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Caso 7 Resolvido pratica 5

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, entidade de classe de âmbito nacional, inscrita no CNPJ sob nº , sediada em (endereço completo), legitimada ativa nos termos do art. 103, IX, da CRFB vigente, vem respeitosamente à presença de Vossas Excelências, por seu advogado infra firmado (procuração anexa), com escritório profissional à (endereço completo), onde recebe intimações nos termos do artigo 77, inciso V, CPC, propor
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE LIMINAR
a fim de que seja declarada a incompatibilidade com o texto da Lei Maior a Lei Estadual nº X, que estabelece a obrigatória gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados e shopping centers, conforme publicação no Diário Oficial nº , do Estado KWY em (data). A mencionada lei estadual fere o que dispõe a Constituição Federal no artigo 5º, XXII, e no artigo 22, I, conforme a seguir se expõe.
DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA E DA LEGITIMIDADE ATIVA
A pertinência entre a autora e o tema da presente Ação se configura haja vista a relação de causalidade entre a norma impugnada, bem como os objetivos sociais descritos em estatuto social (doc. anexo), onde se destaca a defesa dos interesses das entidades e pessoas jurídicas do comércio, que é o caso em comento.
Além disso, o entendimento dessa Excelsa Corte, a autora detém a legitimidade ativa ad causam por possuir comprovado caráter nacional no que tange a sua atuação, que "não decorre de mera declaração formal, consubstanciada em seus estatutos ou atos constitutivos", mas que se origina de sua índole espacial, em atuação nacional, conforme, pede-se vênia, para colacionar:
Processo
ADI 4171 DISTRITO FEDERAL 0006960-59.2008.0.01.0000
Órgão Julgador
Tribunal Pleno
Partes
REQTE(S) CONFEDERAQAO NACIONAL DO COMERCIO
Publicação
21/08/2015
Julgamento 20 de Maio de 2015
Relator
Min. ELLEN GRACIE
Ementa
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DA CONFEDERAQAO NACIONAL DO COMERCIO - CNC. CABIMENTO DO CONTROLE ABSTRATO AQAO PARA O QUESTIONAMENTO DA CONSTITUCIONALIDADE DE CONVENIO FIRMADO PELOS ESTADOS MEMBROS. INCIDENCIA DO ICMS NA OPERAQAO DE COMBUSTEVEIS. PARAGRAFOS 10 E 11 DA CLAUSULA VIGESIMA DO CONVENIO ICMS 110/2007, COM REDAQAO DADA PELO CONVENIO 101/2008 E, MEDIANTE ADITAMENTO, TAMBEM COM A REDAQAO DADA PELO CONVENIO 136/2008. ESTORNO, NA FORMA DE RECOLHIMENTO, DO VALOR CORRESPONDENTE AO ICMS DIFERIDO. NATUREZA MERAMENTE CONTABIL DO CREDITO DO ICMS. O DIFERIMENTO DO LANQAMENTO DO ICMS NAO GERA DIREITO A CREDITO. ESTABELECIMENTO DE NOVA obrigação TRIBUTARIA POR MEIO DE CONVENIO. violação DO DISPOSTO NOS ARTS. 145, § 1°; 150, INCISO I; E 155, § 2°, INCISO I E § 5°,
DA CONSTITUIQAO FEDERAL. AÇÃO DIRETA JULGADA PROCEDENTE.
I - A legitimidade da Confederação Nacional do Comercio - CNC para propor ação direta de constitucionalidade questionando dispositivos do interesse de setores do comercio já foi reconhecida por este Tribunal na ADI 1.332/RJ, de relatoria do Min. Sydney Sanches.
II - Cabe a ação direta de inconstitucionalidade para questionar convênios, em matéria tributária, firmado pelos Estados membros, por constituírem atos normativos de caráter estrutural, requeridos pelo próprio texto Constitucional (art. 155, § 5°). Precedente da Corte. 
(...) Omissis.
IX- Ação direta de inconstitucionalidade cujo pedido se julga procedente.
DOS FATOS
O Estado KWY, ao arrepio da CF/88, editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, estabelecendo, inclusive, multas pelo descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. 
 DO DIREITO
O direito da autora, além de pautado na defesa dos interesses de seus associados, se demonstra quando o Legislativo e o Executivo do Estado KWY promulgaram norma estadual que fere a competência da União prevista na CRFB, em seu artigo 22, inciso I, senão vejamos:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (grifou-se)
Observa-se de plano que a lei estadual ao estabelecer a “obrigatória gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados e shopping centers”, além de atacar a Carta Maior, no que concerne a competência em razão da matéria, também fere de morte a lei substantiva, o Código Civil, atinente ao direito real de propriedade, garantido também na CF/88, no art. 5º, inciso XXII, que estabelece que “é garantido o direito de propriedade”. 
São inúmeras as decisões dos tribunais pátrios acerca da competência legislativa que são inconstitucionais em razão da matéria, como, por exemplo a que se pede vênia para colacionar:
TJ-RO - Recurso Inominado RI 10011073120148220601 RO 1001107-31.2014.822.0601 (TJ-RO)
Data de publicação: 05/02/2016
Ementa: RECURSO INOMINADO. MEIA-ENTRADA PARA PROFESSOR. LEI MUNICIPAL. INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL. ? É inconstitucional, por ofensa à competência legislativa estampada no art. 24 da Constituição Federal, lei municipal que trata de direito econômico e acesso à cultura.
Vê-se, pois, ser inconstitucional a lei atacada pelo fato de avançar nos direitos fundamentais constitucionais e invadir a competência da União.
DA MEDIDA LIMINAR
A Lei Estadual nº X, que determina multas pelo descumprimento da gratuidade do estacionamentos em estabelecimentos comerciais, com gradação das punições administrativas, e que delega ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos comerciais relacionados e diante de todo o exposto, faz-se necessária a suspensão de sua eficácia em sede liminar, uma vez que ingressa no ordenamento jurídico pátrio ferindo a Constituição Federal vigente, estando dessa forma presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora, tendo em vista os iminentes prejuízos financeiros que se avizinham aos estabelecimentos comerciais sediados naquele ente da federação. Também não é demais ressaltar a responsabilidade dos estabelecimentos comerciais atinentes a danos ocorridos em seu interior. Ou seja, restou-lhes somente o ônus.
Assim sendo, reitera-se o pedido da concessão da liminar inaudita altera pars, a fim de que a lei estadual não produza, ou cesse, os seus efeitos.
DOS PEDIDOS
Ex positis, requer a Vossas Excelências:
a) o recebimento da presente ADIn, instaurando-se a competente instância constitucional;
b) o deferimento da liminar para a suspensão da eficácia da norma estadual ora atacada, ou seja, a Lei nº X, do Estado KWY, na forma acima preconizada;
c) a intimação da Advocacia-Geral da União, para, querendo, contestar a presente ação;
d) a intimação obrigatória do senhor Procurador-Geral da República para acompanhar a presente ADIn e pronunciar-se oportunamente a seu respeito;
e) a notificação do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado KWY, bem como da Assembleia Legislativa daquele estado;
f) seja, ao final, após o devido processamento, julgada procedente a demanda, para decretar-se a inconstitucionalidade da norma enfocada, cassando-lhe em definitivo a eficácia.
g) protesta-se pela produção de provas por todos os meios em direito admitidos, especialmente as documentais.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa, para fins meramente processuais, o valor de R$1.000,00 (mil reais).
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local e data
Advogado
OAB/UF nº

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