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Pigmentação patológica

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Curso: Enfermagem
	Ano letivo: 2014
	Período: 3º
	
	Disciplina: Patologia Geral
	Profs.: Estela e Camilo
	
	
	ESTUDO DIRIGIDO – Pigmentação patológica
Defina pigmento e pigmentação patológica.
Pigmento é a designação dada a substâncias que possuem cor própria e têm origem, composição química e significado biológico diversos. Os pigmentos acham-se distribuídos amplamente na natureza e são encontrados em células vegetais e animais, nas quais desempenham importantes funções.
A pigmentação é o processo e/ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos no organismo. Pigmentação patológica pode representar resultado de alterações bioquímicas pronunciadas, e o acúmulo ou a redução de certos pigmentos é um dos aspectos mais marcantes em várias doenças. Grande número de pigmentos origina-se de substâncias sintetizadas pelo próprio organismo: são os pigmentos endógenos. Outros são chamados de pigmentos exógenos, são formados no exterior e, por via respiratória, digestiva ou parenteral, penetram e depositam-se em diversos órgãos.
Cite as pigmentações endógenas e as pigmentações exógenas.
Pigmentações endógenas resultam, em geral, de hiperprodução e acúmulo de pigmentos sintetizados no próprio organismo. Podem ser: derivadas da hemoglobina, ou pigmentos hemoglobínicos; melanina; ácido homogentísico; lipofuscina.
Pigmentações exógenas são pigmentos diversos penetram no organismo junto com o ar inspirado e com os alimentos ingeridos, ou são introduzidos por via parenteral, como ocorre com as injeções e tatuagens. As partículas depositam-se, em geral, nos pontos do primeiro contato com as mucosas ou a pele; aí podem ficar retidas ou ser eliminadas ou transportadas para outros locais pela circulação linfática ou sanguínea, ou pelos macrófagos.
Quanto aos pigmentos biliares:
Descreva, resumidamente, os principais pontos do metabolismo da bilirrubina;
Aproximadamente 80% da bilirrubina (Bb) provêm da hemoglobina livre resultante da hemocaterese, a qual é a destruição fisiológica das hemácias senescentes, com aproximadamente 120 dias de vida, pelos macrófagos no baço, fígado, medula óssea e, em escala bem menor, em outros locais. Essas células liberam, em média, 8g de hemoglobina por dia, o que leva à produção de cerca de 500 μM de Bb. O restante da Bb origina-se de hemoproteínas hepáticas e do pool de heme livre. A Bb para ser liberada da hemoglobina precisa que a fração heme, que é tetrapirrol em forma de quadrado centralizado por uma molécula de ferro da molécula de hemoglobina, em seguida, abre-se o anel porfirínico do heme por meio de cisão oxidativa pela enzima heme oxigenase, na presença de oxigênio e NADPH, resultando na formação de monóxido de carbono, redução de Fe++ para Fe+++ e biliverdina. A biliverdina é rapidamente reduzida para Bb por ação da biliverdina redutase, uma fosfoproteína na qual a fosforilação é essencial para a sua atividade enzimática.
Defina icterícia e aponte a importância do seu conhecimento em recém nascidos.
A icterícia é o sinal clínico causado pela elevação dos níveis plasmáticos de Bb acima de 35 μM/litro (hiperbilirrubinemia) e pela sua deposição na pele, esclera e mucosas, e na maioria do tecidos e órgãos, em especial no fígado e nos rins, nos quais produz coloração que vai do amarelo ao negro, passando por diversas tonalidades de verde. Microscopicamente, a Bb é vista como grânulos ou glóbulos amorfos castanho-esverdeados a negros, evidentes especialmente no citoplasma dos hepatócitos e das células de Kupffer e na luz dos canalículos biliares, onde formam os chamados “cilindros biliares”.
É importante o seu conhecimento pois ela pode ser causada por várias doenças, levando a complicações muito sérias, como uma síndrome neurológica, a Kernicterus, causada pela deposição da Bb nas células cerebrais, com evidência de lesão neuronal e sequelas motoras graves.
Dê a classificação das icterícias.
As icterícias podem ser classificadas como:
1 – aumento da produção da Bb, por exemplo, nas anemias hemolíticas;
2 – redução na captação e transporte da Bb pelos hepatócitos, por exemplo, em doenças genéticas;
3 – diminuição na conjugação da Bb, por exemplo, em doenças genéticas;
4 – redução na excreção celular da Bb, por exemplo, em doenças genéticas;
5 – obstrução na eliminação canalicular intra e extra-hepática da Bb, por exemplo, por tumores e cálculos;
6 – mais de um mecanismo, por exemplo, nas hepatites e na cirrose hepática.
_1328961227/ole-[42, 4D, 36, 69, 00, 00, 00, 00]

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