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CR. DE TRÂNSITO

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PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CÓDIGO DE TRÂNSITO E SEGURANÇA VIÁRIA
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE DAS PENAS
SUPONHAMOS QUE, EM DECORRÊNCIA DAS TECNOLOGIAS HOJE DESENVOLVIDAS PARA OS VEÍCULOS AUTOMOTORES E DA GRAVIDADE DAS LESÕES QUE POSSAM VIR A SER CAUSADAS À INTEGRIDADE FÍSICA DOS CIDADÃOS NO CASO DE ACIDENTES DECORRENTES DE CONDUTAS CULPOSAS, NÃO HÁ COMO SE AUFERIR O MESMO JUÍZO DE REPROVABILIDADE APLICÁVEL ÀS DEMAIS SITUAÇÕES DE LESÕES CORPORAIS CULPOSAS, ATÉ MESMO PORQUE A GRADAÇÃO ENTRE LESÃO LEVE, GRAVE OU GRAVÍSSIMA SOMENTE É APLICÁVEL AOS DELITOS DE LESÕES CORPORAIS DOLOSAS.
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
TODO CONDUTOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR ESPERA QUE O OUTRO AJA DE ACORDO COM O SEU DEVER OBJETIVO DE CUIDADO. POR EXEMPLO, O CONDUTOR DE UM VEÍCULO AUTOMOTOR, DENTRO DA VELOCIDADE MÁXIMA PERMITIDA PARA DETERMINADA VIA TERRESTRE, NÃO DIMINUI SUA VELOCIDADE PRÓXIMO A UM CRUZAMENTO, HAJA VISTA ENCONTRAR-SE NA VIA PREFERENCIAL. CASO O CONDUTOR DE OUTRO VEÍCULO, VINDO DA VIA SECUNDÁRIA, NÃO RESPEITE A PREFERÊNCIA DO CONDUTOR DA VIA PRINCIPAL E, POR CONSEGUINTE, HAJA A COLISÃO ENTRE OS VEÍCULOS, O CONDUTOR QUE MANTEVE SUA VELOCIDADE, APESAR DE TER VISLUMBRADO UM VEÍCULO NO CRUZAMENTO, NÃO PODERÁ SER RESPONSABILIZADO PENALMENTE PELAS POSSÍVEIS LESÕES CAUSADAS AO OUTRO CONDUTOR, POIS AGIU EM CONSONÂNCIA COM O PRINCÍPIO DA CONFIANÇA.
“Em geral, o princípio da confiança significa, a expectativa, por quem se conduz nos limites do risco permitido, de comportamentos alheios adequados ao dever de cuidado, exceto indicações concretas em contrário. Assim, veículos com preferência de passagem em cruzamentos ou de circulação em rotatórias, por exemplo, podem confiar que outros condutores respeitarão a preferência, sob pena de inviabilização do tráfego por subversão das regras que disciplinam a circulação de veículos”.
CRIMES DE TRÂNSITO
A PARTIR DA DISTINÇÃO ENTRE DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE PARA OS CRIMES DE TRÂNSITO, NA ANÁLISE DOS CASOS CONCRETOS, PODEMOS AFASTAR OU NÃO A INCIDÊNCIA DA LEI 9.503/1997, DEIXANDO A TIPIFICAÇÃO DA CONDUTA A CARGO DO CÓDIGO PENAL, BEM COMO NOS CASOS DE HOMICÍDIO ESTABELECER A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI PARA SEU PROCESSO E JULGAMENTO, E NÃO DO JUIZ SINGULAR.
A CONCORRÊNCIA DE CULPAS NOS CRIMES DE TRÂNSITO, POR EXEMPLO, NA SITUAÇÃO EM QUE DOIS OU MAIS CONDUTORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES CONCORREREM CULPOSAMENTE PARA A PRÁTICA DE UM ACIDENTE COM A CONSEQUENTE PRODUÇÃO RECÍPROCA DE RESULTADOS ILÍCITOS (LESÕES CORPORAIS CULPOSAS OU HOMICÍDIOS CULPOSOS), NÃO HAVERÁ POSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO DE RESPONSABILIDADE JURÍDICO-PENAL DOS AGENTES EM DECORRÊNCIA DA CONCORRÊNCIA DE CULPAS.
CONCURSO DE CRIMES E CONFLITO APARENTE DE NORMAS ENTRE OS CRIMES DE TRÂNSITO, NO CASO DA PRÁTICA NO MESMO CONTEXTO FÁTICO DOS CRIMES DE TRÂNSITO, PREVISTOS NOS ARTS. 302 A 312 DA LEI 9.503/1997 (CTB), POR FORÇA DA CONTROVÉRSIA SOBRE A POSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DE CONCURSO DE CRIMES ENTRE CRIMES DE PERIGO E CRIMES DE DANO, E NÃO SOMENTE A CONSTATAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE CONFLITO APARENTE DE NORMAS (A SER SOLUCIONADO PELO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO), DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA, TÊM APRESENTADO DIVERSOS ENTENDIMENTOS, DENTRE ELES:
1º ENTENDIMENTO: PELA CARACTERIZAÇÃO DO CONFLITO APARENTE DE NORMAS, POR EXEMPLO, ENTRE OS DELITOS DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E HOMICÍDIO CULPOSO OU LESÃO CORPORAL CULPOSA (PREVISTOS NO CTB) OU HOMICÍDIO DOLOSO OU LESÃO CORPORAL DOLOSA (PREVISTOS NO CP), SENDO A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE ABSORVIDA POR ESTES, HAJA VISTA TRATAR-SE DE CRIME DE PERIGO. A SISTEMÁTICA DO CTB POSSUI UM CARÁTER EMINENTEMENTE PREVENTIVO E QUE, PORTANTO, TIPIFICOU AS CONDUTAS DE PERIGO, TAL COMO A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE, COM A FINALIDADE DE EVITAR A PRODUÇÃO DE UM RESULTADO LESIVO (CRIME DE DANO). LOGO, COM OBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO DO “NON BIS IN IDEM”, O DELITO DE DANO ABSORVERÁ O DELITO DE PERIGO.
5º CÂMARA CRIMINAL RJ, APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0001252-78.2010.8.19.0003.
3. Age com imprudência e deve ser responsabilizado por homicídio culposo o agente que trafega em velocidade incompatível com a via, em afronta às regras de trânsito (artigo 28, da Lei nº 9.503/97), e provoca acidente com resultado morte da vítima sem que esta tenha contribuído para o evento; 4. Pelo princípio da consunção, os tipos penais se relacionam do mais para o menos, ou seja, o maior consome o menor, nas hipóteses de crime progressivo, progressão criminosa e crime complexo; 5. No crime progressivo existe a figura do crime-meio e do crime-fim, pelo qual um dos delitos da série é o meio para se atingir um fim, enquanto na progressão criminosa, há uma mudança de deliberação por parte do agente, de realizar conduta mais grave em relação à inicial, podendo resultar em um ante fato punível ou um fato posterior impunível, de acordo com o caso concreto; 6. O crime complexo, por sua vez, é a fusão de duas condutas para formar um tipo penal novo, podendo ser em sentido amplo ou em sentido estrito; 7. (...) é cabível a aplicação do referido princípio, consunção na modalidade de crime progressivo entre a embriaguez na direção de veículo automotor e o homicídio ou lesões corporais culposos, visto que o primeiro é crime de perigo concreto e os dois últimos são delitos de dano. 
2º ENTENDIMENTO: DE FORMA OPOSTA, SUSTENTA A POSSIBILIDADE DE CONCURSO DE CRIMES, POR EXEMPLO, ENTRE OS DELITOS DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E OS DELITOS DE HOMICÍDIO CULPOSO OU LESÃO CORPORAL CULPOSA (PREVISTOS NO CTB) OU HOMICÍDIO DOLOSO OU LESÃO CORPORAL DOLOSA (PREVISTOS NO CP). 
STJ RESP 1474815 SC 2014/0208505-9 
De acordo com o entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, O delito de embriaguez ao volante não é meio necessário, nem fase de preparação ou de execução do crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Além disso, possuem momentos consumativos distintos, na medida em que o art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro (embriaguez ao volante) é de perigo abstrato, de mera conduta, e se consuma no momento em que o agente passa a conduzir o veículo automotor, "estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância piscoativa que determine dependência",  ou "com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência". Já o crime tipificado no art. 303 (lesão corporal culposa) da Lei n.º 9.503⁄1997 é de dano, sendo imprescindível a existência de lesão corporal culposa para a consumação.
BEM JURÍDICO TUTELADO PELO CTB: OBJETIVIDADE JURÍDICA
NO CÓDIGO DE TRÂNSITO, A TUTELA OBJETIVA IMEDIATA VOLTA-SE À PROTEÇÃO DA PRÓPRIA COLETIVIDADE (SEGURANÇA VIÁRIA) RAZÃO PELA QUAL HÁ DIVERSAS FIGURAS TÍPICAS EMINENTEMENTE DE PERIGO, TAIS COMO O DELITO DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NÃO AUTORIZADA; DE FORMA REFLEXA - MEDIATA - TUTELA- SE A VIDA E A INTEGRIDADE FÍSICA NOS DENOMINADOS CRIMES DE DANO, TAIS COMO O HOMICÍDIO CULPOSO E A LESÃO CORPORAL CULPOSA NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR.
A POLÍTICA CRIMINAL ADOTADA NO CTB PARTE DA PREMISSA DE QUE “PROTEGENDO-SE O INTERESSE COLETIVO, AUTOMATICAMENTE ESTÁ SENDO CONFERIDA TUTELA AOS BENS PARTICULARES”. 
INCIDÊNCIA DOS INSTITUTOS DESPENALIZADORES DA LEI 9.099/95 (JECRIM)
CTB ART 291 Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
POR SE TRATAR DE LEI ESPECIAL, TAL DISPOSITIVO LEGAL, ESTABELECE A APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DAS NORMAS PREVISTAS NO CÓDIGO PENAL E NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL; 
CP ART. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
CTB ART 291 § 1o  Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa CUJA PENA MÁXIMA ABSTRATA NÃO EXCEDE A DOIS ANOS o dispostonos ARTS. 74, 76 E 88 DA LEI NO 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995, 
ART. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
§ ÚNICO. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. EXTINGUE-SE A PUNIBILIDADE DO FATO. 
ART. 76. Havendo representação APPC ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o ministério público OU O OFENDIDO NOS CR. DE AÇÃO PRIVADA (STF/STJ) poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, TRANSAÇÃO PENAL a ser especificada na proposta. 
§ 1º nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o juiz poderá reduzi-la até a metade.
§ 2º Não se admitirá a proposta DA TRANSAÇÃO PENAL se ficar comprovado: 
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; NO PRAZO DE 5 ANOS O AG. JÁ TENHA SE BENEFICIADO DA TRANSAÇÃO PENAL. 
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. QUE PODERÁ SER JULGADA POR TURMA COMPOSTA DE TRÊS JUÍZES EM EXERCÍCIO NO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO, REUNIDOS NA SEDE DO JUIZADO.
§ 6º a imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo TRANSAÇÃO PENAL não constará de certidão de antecedentes criminais, NÃO GERA REINCIDÊNCIA salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, IMPEDIMENTO DO AG. (PRAZO DE 5 ANOS) VIR A SE BENEFICIAR COM A TRANSAÇÃO PENAL e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
ART. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
CTB ART 291 § 1º (...) exceto se o agente estiver: 
NÃO SERÁ CABÍVEL A COMPOSIÇÃO CÍVEL E A TRANSAÇÃO PENAL AOS CR. DE TRÂNSITO DE LESÃO CORPORAL CULPOSA, CASO O AG ESTIVER:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). 
§ 2o  Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal.
SUSPENSÃO OU PROIBIÇÃO DE SE OBTER A PERMISSÃO OU HABILITAÇÃO PARA DIRIGIR
VEÍCULO AUTOMOTOR 
CTB ART. 292.  A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades
ART. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. 2 MESES A 5 ANOS.
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
ART. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
§ ÚNICO. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.
FACE À RELEVÂNCIA DA PROTEÇÃO À COLETIVIDADE, O RECURSO SOMENTE SERÁ RECEBIDO EM EFEITO DEVOLUTIVO, (DEVOLVE TODA MATÉRIA PARA REEXAME EM INSTÂNCIA SUPERIOR, PARA QUE SENTENÇA SEJA ANULADA, REFORMADA OU MANTIDA. PORÉM OS EFEITOS DESSA SENTENÇA CONTINUAM VIGENTES).
ART. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
MULTA REPARATÓRIA
CONFIGURA-SE COMO MEDIDA RESTRITIVA DE DIREITOS QUE TEM A FINALIDADE DE INDENIZAÇÃO CIVIL À VÍTIMA OU A SEUS SUCESSORES.
CTB ART. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.
CP ART 49 § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
CTB ART 297 § 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos ARTS. 50 A 52 do Código Penal.
CP ART. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. 
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: 
a) aplicada isoladamente; 
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos;
c) concedida a suspensão condicional da pena. 
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. 
ART. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. 
Suspensão da execução da multa
ART. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental. 
CTB ART 297 § 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.
CRIMES EM ESPÉCIE
CTB ART 302 Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
PENAS - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
PARA A CARACTERIZAÇÃO DO REFERIDO DELITO, BASTA QUE TENHA HAVIDO A EFETIVA CONDUÇÃO DO VEÍCULO AUTOMOTOR, INDEPENDENTE DE TER SIDO PRATICADO EM VIA PÚBLICA (AVENIDA) OU NÃO (CONDOMINIO).
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA - HÁ A EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE PENAL POR AUSÊNCIA DA PRÓPRIA CONDUTA DO CONDUTOR DO VEÍCULO AUTOMOTOR; 
CONCORRÊNCIA DE CULPAS - ACIDENTE DE TRÂNSITO EM QUE TODOS OS AGENTES ENVOLVIDOS TENHAM AGIDO CULPOSAMENTE, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE PENAL, POIS NÃOSE ADMITE A COMPENSAÇÃO DE CULPAS EM DIREITO PENAL. ASSIM, CADA AGENTE SERÁ RESPONSABILIZADO CULPOSAMENTE PELO RESULTADO AO QUAL TIVER DADO CAUSA. 
CP ART 13 - o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa; Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DAS CONDIÇÕES.
§ 1o  No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
AS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES PREVISTAS NO ART. 298 (GENÉRICAS) SÃO APLICÁVEIS A TODAS AS INFRAÇÕES PENAIS DE TRÂNSITO, DESDE QUE NÃO CONFIGUREM CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO DE PENA, COMO PREVISTO NO PARÁGRAFO ÚNICO DOS ARTS. 302 E 303 DO CTB.
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; 
NESSE CONFLITO APARENTE DE NORMAS COM O DELITO PREVISTO NO ART. 309 (DELITO DE PERIGO) RESTARÁ ABSORVIDO ESTE PELOS DELITOS DE HOMICÍDIO CULPOSO OU LESÃO CORPORAL CULPOSA POR SEREM DELITOS DE DANO.
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
APLICÁVEL SOMENTE AOS DELITOS DE HOMICÍDIO CULPOSO E NA LESÃO CORPORAL CULPOSA, NÃO PODENDO SER CUMULADA COM A CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE PREVISTA NO ART 298 VII SOB PENA DE OCORRÊNCIA DE “BIS IN IDEM”.
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; 
APLICA-SE SOMENTE AO CONDUTOR DO VEÍCULO QUE TENHA CAUSADO CULPOSAMENTE O ACIDENTE COM VÍTIMAS, SENDO ESTA OMISSÃO DOLOSA.
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. 
SOMENTE INCIDIRÁ NOS CASOS EM QUE O CONDUTOR DO VEÍCULO ESTIVER TRANSPORTANDO PASSAGEIROS;
OBJETIVIDADE JURÍDICA: PROTEGE-SE DE FORMA DIRETA A SEGURANÇA VIÁRIA E DE FORMA INDIRETA, A VIDA. 
OBJETO MATERIAL: A PESSOA CUJA VIDA É ELIMINADA.
CRIME COMUM: NÃO EXIGE CONDIÇÃO ESPECIAL DO AGENTE;
CR. MATERIAL: DE RESULTADO NATURALISTICO, MODIFICA O MUNDO EXTERIOR;
CR. DE DANO: A MAIORIA DOS  CRIMES POSSUI UMA CARACTERÍSTICA EM COMUM, OU SEJA, O FATO DE SIGNIFICAREM DANO À VÍTIMA. A EXPRESSÃO PRESSUPÕE UMA PERDA OU DIMINUIÇÃO DE UM BEM JURÍDICO, AINDA QUE MOMENTANEAMENTE. O DANO SÓ EXISTE NA FORMA DOLOSA, TODAVIA, A LEI ADMITE A CULPA EM SENTIDO ESTRITO.
CR. ABERTO (EM DECORRÊNCIA DO ELEMENTO NORMATIVO CULPA);
CR. COMISSIVO AÇÃO OU OMISSIVO IMPRÓPRIO, UMA OMISSÃO INICIAL DO AGENTE DÁ CAUSA A UM RESULTADO POSTERIOR, O QUAL O AGENTE TINHA O DEVER JURÍDICO DE EVITÁ-LO (SALVA VIDAS)
CR. UNISSUBJETIVO, MONOSSUBJETIVOS, OU DE CONCURSO EVENTUAL: PODEM SER PRATICADOS POR APENAS UM SUJEITO, ENTRETANTO, ADMITE-SE A CO-AUTORIA E A PARTICIPAÇÃO.
CR. CULPOSO: LOGO, NÃO ADMITE A TENTATIVA; 
ART 303 Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
PENAS - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ ÚNICO. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1º do art. 302. 
CONFIGURA-SE COMO INFRAÇÃO PENAL DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, EM DECORRÊNCIA DA PENA MÁXIMA ABSTRATA COMINADA:
LEI 9.099/95 ART 61 Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
ART 304 Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
PENAS - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. IMPO ART 61 JECRIM.
§ ÚNICO Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
CASO OUTRO CONDUTOR ENVOLVIDO PRESTE SOCORRO IMEDIATO, NÃO HÁ QUE SE FALAR NA APLICAÇÃO DESTE ARTIGO.
CRIME OMISSIVO – NÃO FAZER;
FORMAL – CONSUMAÇÃO ANTECIPADA, NÃO EXIGE RESULTADO NATURALISTICO;
DOLOSO - (DOLO DE PERIGO)
A CONDUTA DESCRITA NO TIPO REQUER QUE O AGENTE ESTEJA NA CONDUÇÃO DO VEÍCULO AUTOMOTOR, QUE ESTEJA ENVOLVIDO NO ACIDENTE AO QUAL OMITE SOCORRO E QUE NÃO TENHA SIDO O RESPONSÁVEL PELO ACIDENTE. CASO CONTRÁRIO, SUA CONDUTA PODERIA ESTAR INCURSA NAS FIGURAS DOS ARTS. 302 (HOMICIDIO) OU 303 (LESÃO) DO CTB, ACRESCIDAS DA CAUSA DE AUMENTO DECORRENTE DA OMISSÃO DE SOCORRO.
CTB ART 305 Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:
PENAS - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. IMPO ART 61 JECRIM
OBJETIVIDADE JURÍDICA - ALÉM DA SEGURANÇA VIÁRIA (INCOLUMIDADE PÚBLICA), TUTELA-SE O NORMAL FUNCIONAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA.
CR PRÓPRIO - EXIGE QUE O AGENTE SEJA O CAUSADOR DO ACIDENTE;
COMPLEXO - (POSSUI O DOLO GENÉRICO E ESPECIAL FIM DE AGIR);
 CR COMISSIVO AÇÃO OU OMISSIVO IMPRÓPRIO CRIOU O RESULTADO - 
	ART 304 CTB
	ART 305 CTB
	
MERA OMISSÃO PRÓPRIA DE SOCORRO; CONDUTOR NÃO CULPADO;
	
POSSUI O ESPECIAL FIM DE SE EXIMIR DA RESPONSABILIDADE PENAL OU CIVIL; CONDUTOR CULPADO;
CTB ART 306  Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
PENAS - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
COM OBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO SOMADO À IMPRECISÃO DO AGENTE ACRESCIDA À NEGATIVA DO CONDUTOR DO VEÍCULO EM REALIZAR O TESTE DE ALCOOLEMIA, DEVERÁ O CONDUTOR SER AUTUADO PELA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA PREVISTA NO ART. 165, DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 277, TODOS DA LEI Nº 9.503/97.
LEI 9.099/95 ART. 89 Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 e SS do Código Penal).
CTB ART 306 § 1o  As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; 
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
§ 2o  A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3o  O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. 
CRIME DOLOSO (DOLO DE PERIGO)
STF HC 109.269/MG
II - Mostra-se irrelevante, nesse contexto, indagar se o comportamento do agente atingiu, ou não, concretamente, o bem jurídico tutelado pela norma, porque a hipótese é de crime de perigo abstrato, para o qual não importa o resultado. Precedente. 
III – No tipo penal sob análise, basta que se comprove que o acusado conduzia veículo automotor, na via pública, apresentando concentração de álcool no sangue igual ou superior a 6 decigramas por litro para que esteja caracterizado o perigo ao bem jurídico tutelado e, portanto, configurado o crime. 
IV – Por opção legislativa, não se faz necessária a prova do risco potencial de dano causado pela conduta do agente que dirige embriagado, inexistindo qualquer inconstitucionalidade em tal previsão legal.
	EXAME DE SANGUE
	AR ALVEOLAR (ETILOMÊTRO)
	
= OU + DE 6 DECIGRAMAS DAALOCOL POR LITRO DE SANGUE;
	
= OU + DE 0,34 MILIGRAMAS DE ALOCOL POR LITRO DE AR ALVEOLAR;
CTB ART. 307 Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código:
PENAS - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição. IMPO ART 61 JECRM
ÚNICO. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º DO ART. 293, (48 H) a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
OBJETIVIDADE JURÍDICA - ALÉM DA SEGURANÇA VIÁRIA (INCOLUMIDADE PÚBLICA), TUTELA-SE O NORMAL FUNCIONAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
CTB ART 308 Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada: RACHA;
PENAS - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.      CABIVEL O SURSIS ART 89 DA LEI 9.099/85.    
§ 1o  Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.
§ 2o  Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.
CR. DE CONCURSO NECESSÁRIO DE AGENTES OU PLURISUBJETIVO - EXIGE NECESSARIAMENTE O CONCURSO DE VÁRIAS PESSOAS;
CR. DE PERIGO CONCRETO - EXIGE-SE A PRODUÇÃO DE SITUAÇÃO DE RISCO À INCOLUMIDADEPÚBLICA OU PRIVADA;
O RESULTADO MAIS GRAVOSO (HOMICÍDIO OU LESÃO CORPORAL GRAVE) É CONSIDERADO COMO QUALIFICADORA PRETERDOLOSA DO DELITO, OU SEJA, CARACTERIZA-SE A CONDUTA DOLOSA DE PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NÃO AUTORIZADA, MAS OS RESULTADOS DE HOMICIDIO OU LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE SERÃO CONSIDERADOS CULPOSOS, AINDA QUE NA CONDIÇÃO DE CULPA CONSCIENTE.
CTB ART 309 Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
PENAS - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. IMPO
CR. DE PERIGO CONCRETO - EXIGE-SE A PRODUÇÃO DE PERIGO DE DANO;
CR. DE PERIGO DE MERA CONDUTA – NÃO EXIGE TAL CIRCUNSTÂNCIA;
SÚMULA 720 STF O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres.
CTB ART 310 Permitir, confiar ou entregar a direção, de veículo automotor, a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
PENAS - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. IMPO
CR. DE PERIGO ABSTRATO - NÃO EXIGEM A LESÃO DE UM BEM JURÍDICO OU A COLOCAÇÃO DESTE BEM EM RISCO REAL E CONCRETO. SÃO TIPOS PENAIS QUE DESCREVEM APENAS UM COMPORTAMENTO, UMA CONDUTA, SEM APONTAR UM RESULTADO ESPECÍFICO COMO ELEMENTO EXPRESSO DO INJUSTO.
SÚMULA 575 STJ 
"Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção, de veículo automotor, a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das situações previstas no ART. 310 DO CTB, independentemente da ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na condução do veículo”.
CTB ART. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
 PENAS - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
§ ÚNICO. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
O INSTITUTO DO PERDÃO JUDICIAL E OS DELITOS DE TRÂNSITO
O INSTITUTO DO PERDÃO JUDICIAL, DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO DO RÉU DE CARÁTER UNILATERAL, NO QUAL O ESTADO-JUIZ DEIXA DE APLICAR A PENA EM CIRCUNSTÂNCIAS EXPRESSAMENTE PREVISTAS EM LEI;
NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA CONCESSIVA DO PERDÃO JUDICIAL
PARTE DA DOUTRINA SUSTENTA SER UMA DECISÃO CONDENATÓRIA, SUBSISTINDO TODOS OS EFEITOS SECUNDÁRIOS DA CONDENAÇÃO (LANÇAMENTO DO NOME NO ROL DOS CULPADOS PARA FINS DE REINCIDÊNCIA E MAUS ANTECEDENTES, BEM COMO OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO, É POSSÍVEL, INCLUSIVE, QUE O RÉU INTERPONHA RECURSO PLEITEANDO A ABSOLVIÇÃO POR NEGATIVA DE AUTORIA OU POR AUSÊNCIA DE CULPA EM RELAÇÃO AO EVENTO DANOSO COMO FORMA DE AFASTAR OS EFEITOS SECUNDÁRIOS DA CONDENAÇÃO).
DE FORMA CONTRÁRIA É O ENTENDIMENTO JURISPRUDÊNCIAL PÁTRIO:
STJ SÚMULA 18 
“A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório”.
CP ART. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
OS DELITOS DE TRÂNSITO E A SUBSTITUIÇÃO DE PPL’S POR PRD’S 
CP ART 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
A EXIGÊNCIA PARA FINS DE SUBSTITUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO ART 44 I DO CP , DE QUE O CRIME NÃO TENHA SIDO PRATICADO COM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA À PESSOA SOMENTE SE APLICA AOS CRIMES DOLOSOS.
II - o réu não for reincidente em crime doloso; 
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 
CTB ART. 312-A Para os crimes relacionados nos ARTS. 302 A 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades: 
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e poli traumatizados;
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de trânsito;
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. 
PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO NO CASO DE ACIDENTES COM VÍTIMAS
CTB ART. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
O SOCORRO DEVE SER PRESTADO DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES E CONHECIMENTOS DO CONDUTOR QUE TENHA CAUSADO O ACIDENTE, O QUE SE RESUME, NA MAIORIA DAS VEZES, EM CONTACTAR A AUTORIDADE PÚBLICA, AGUARDAR SUA CHEGADA E ACOMPANHAR A EFETIVAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SOCORRO, PARA QUE NÃO SEJA CARACTERIZADA SUA OMISSÃO. 
NAS SITUAÇÕES EM QUE O CONDUTOR SE EVADE DO LOCAL, POR SE ENCONTRAR EM IMINENTE RISCO DE SER LINCHADO, É IMPRESCINDÍVEL PARA A CARACTERIZAÇÃO DA EXCLUDENTE DE ILICITUDE, (ESTADO DE NECESSIDADE) QUE O CONDUTOR DO VEÍCULO COMUNIQUE TODOS OS FATOS À AUTORIDADE PÚBLICA POLICIAL.

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