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14
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
TATIANA CARVALHO DA COSTA E SILVA
A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS:
 
atuação do assistente social
Juazeiro
2013.2
TATIANA CARVALHO DA COSTA E SILVA
A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS: atuação do assistente social
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador: Prof. Rodrigo Eduardo 
Zambom
Juazeiro
2013.2
Londrina, _____de ___________de 20___.
TATIANA CARVALHO DA COSTA E SILVA
A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS: atuação do assistente social
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao professor
 
Rodrigo Eduardo 
Zambom
 da disciplina de orientação de monografia do curso de Bacharel em Serviço Social modalidade à distância, ministrado pela Universidade Norte do Paraná, em cumprimento às exigências para a conclusão da disciplina.
Aprovada em:
___
___________________________________________
Coordenador do Curso de 
Bacharel em Serviço Social
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Professor (a) Especialista 
_____________________________________________________________
Banca Examinadora 
1
_____________________________________________________________
Banca Examinadora 
2
Juazeiro-BA
2013.2
Dedico este trabalho...
 
Dedico este trabalho em especial a Deus, pois, hoje mais do que nunca, compreendo a existência de uma força maior... Sei que esta força me ajudou a seguir por este caminho que chegou ao fim. Sei também
 
que será essa mesma força que 
me
 fará seguir sempre em frente por qualquer caminho! 
Obrigada
 Deus, 
pois sem ti, reconheço que nada posso fazer, sei também que a sua benção estará comigo em mais esta jornada que se reinicia. 
 Se
,
 
cheguei até aqui, 
alguém esteve co
migo
.
 
Se 
houver p
ersist
ência, haverá resultado, logo, Deus estará comigo.
Dedico este trabalho...
agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar a Deus, o que seria de mim sem a fé que eu tenho nele! 
À minha mãe que com muito carinho e apoio não mediu esforços para que eu chegasse ate esta etapa de minha vida. 
Ao meu esposo que foi o maior incentivador, e com muito amor estava sempre ao meu lado.
Às minhas irmãs pela ajuda e esforços dedicados a mim. 
Aos amigos de faculdade em especial a amiga Josianne pelo incentivo e apoio constante, sem esquecer-se das grandes amigas Aparecida e Virgínia que foram participantes em todas as batalhas. 
À tutora Neuracy por sua paciência, e seus conhecimentos profissionais, que me auxiliaram no andamento desta monografia de conclusão. 
Ao professor e orientador Rodrigo Eduardo pelos conhecimentos transmitidos.
“
A vida do homem divide-se em cinco períodos: infância, adolescência, mocidade, virilidade e velhice. No primeiro período o homem ama a mulher como mãe; no segundo, como irmã; no terceiro, como amante; no quarto, como esposa; no quinto, como filha
”
.
Pierre 
Proudhon
SILVA, Tatiana Carvalho da Costa e. A gravidez na adolescência e suas consequências: Atuação do Assistente Social. 2013. 56 pag. Trabalho de Conclusão de Curso Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Juazeiro, 2013.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo falar da Gravidez na Adolescência advertindo sobre a problemática das jovens que cada vez mais cedo se tornam mães. Busca ainda, destacar a atuação do profissional de Serviço Social. Verifica-se também o papel dos Assistentes Sociais, e a contribuição destes para a realidade social. A gravidez na adolescência é um assunto preocupante para muitos pais e é a realidade para muitos jovens. A mídia, por sua vez, tem influência, pois os adolescentes têm despertado o interesse sexual cada vez mais cedo, começando namoros e relações sexuais com menos idade. E, fechando os olhos para a vida sexual dos jovens, na maioria das vezes, os responsáveis os deixam desprezados de conhecimentos sobre prevenção de doenças e como evitar gravidez. Percebe-se que os adolescentes têm uma informação razoável, porém nem todos conhecem acerca dos métodos contraceptivos, pois a mídia tem divulgado bastante esses métodos. Contudo somente a informação não basta, estão aí os números  para provar. Outra causa da gravidez inoportuna é a falta de diálogo em casa  e a precária e muitas vezes, promíscua estrutura  familiar. De uma forma geral, casais adolescentes que engravidam vêm de famílias onde a sexualidade é tabu, assunto onde nem se tocam no assunto. E, por não terem com quem conversar sobre a própria sexualidade, os jovens acabam por fazer uso impróprio da sexualidade recém- descoberta, além da falta de valores existentes em nossa sociedade.
Palavras-chave: Gravidez na Adolescência, Serviço Social, métodos contraceptivos, adolescentes e sexualidade. 
SILVA, Tatiana Carvalho da Costa e. Teenage pregnancy and its consequences: Role of Social Worker. 2013. 56 pag. Trabalho de Conclusão de Curso Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Juazeiro, 2013.
ABSTRACT
The present work aims to speak of teenage pregnancy warning about the problem of young people increasingly become mothers early. Search also highlight the role of professional social work. There is also the role of social workers, and the contribution of these to the social reality. Teenage pregnancy is a matter of concern for many parents and it is the reality for many young people. The media, in turn, has an influence , since teenagers have increased interest in sex at an earlier age , starting dating and sex at an earlier age . And closing his eyes to the sexual life of young people, in most cases, the perpetrators leave the despised knowledge about disease prevention and how to avoid pregnancy. Realize that teens have reasonable information, but not all know about contraceptive methods, as the media have reported fairly these methods. However only the information is not enough, there are the numbers to prove it. Another cause of untimely pregnancy is the lack of dialogue at home and the precarious and often promiscuous family structure. In general, couples who become pregnant teenagers come from families where sexuality is taboo, no matter where they touch on the subject. And by not having to talk about their sexuality, youth end up making improper use of the newly discovered sexuality and the lack of values ​​in our society.
Keywords: Teen Pregnancy, Social Services, contraception, and teenage sexuality.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Mulheres de 15 a 17 anos de idade que tiveram filhos nascidos vivos, total e respectiva proporção, por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões – 2009............................................................................................................................19
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	AIDS
	Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
	DST
	Doenças Sexualmente Transmissíveis
	ECA
	Estatuto da Criança e do Adolescente
	IBGE
	Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
	OMS
	Organização Mundial de Saúde
	PNAD
	Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
	PNDS
	Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde
	SINASC
	Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos
	SUS
	Sistema Único de Saúde
	UNOPAR
	Universidade Norte do Paraná
	
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	14
2	CAPÍTULO I- CONTEXTUALIZANDO	18
2.1	A percepção da fase “adolescência”	20
2.1.1	As transformações socioeconômicas	21
2.1.2	Circunstâncias da gravidez na adolescência	24
3	CAPÍTULO II - DIMENSÕES DA VIDA DO ADOLESCENTE
25
3.1	A dimensão da relação com o parceiro	25
3.1.1	A constituição da identidade feminina	26
3.1.2	Razão do aumento da gravidez na adolescência	27
4	CAPÍTULO III – FATORES QUE LEVAM A GRAVIDEZ PRECOCE	29
4.1	Fatores biológicos	29
4.1.1	Fatores de ordem familiar	30
4.1.2	Fatores sociais	33
4.1.3	Sexualidade e a escola	34
5	CAPÍTULO IV- OS (DES) USOS DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS	36
5.1.1	Consequências da gravidez na adolescência	38
5.1.2	A educação sexual	41
5.1.3	A influência da mídia na adolescência	43
5.1.4	Análise e reflexão	44
6	CAPÍTULO V - O SERVIÇO SOCIAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES	46
6.1	O desafio do assistente social	48
7	CONCLUSÃO	50
REFERÊNCIAS	53
INTRODUÇÃO
O mundo atual se encontra num momento histórico com o desenvolvimento cientifico e tecnológico bastante avançado e inclui os diversos povos existentes no mundo. Tal desenvolvimento é importante, uma vez que nessa conjuntura, verificamos um vasto campo de pessoas desinformadas, pessoas tais, que não possuem acesso a um conhecimento mais avançado, e acabam se excluindo da realidade.
Atualmente, vários problemas têm colocado a sociedade em desafio, quais sejam: a miséria, a violência, o desemprego, a desinformação, os problemas sociais, e, dentre outros, destaca-se também a gravidez na adolescência, que não é acontecimento novo, haja vista que, nos últimos anos foi analisado um crescimento demasiado entre adolescentes de 14 a 18 anos.
Neste mesmo mundo globalizado, notamos que a gravidez precoce está alcançando índices cada vez mais altos, decretando atendimento especial principalmente quando diz respeito à grandeza que esse problema pode impetrar. 
Levando em consideração os desafios enfrentados pela sociedade no que tange a essa problemática pretende-se alertar adolescentes sobre a ocorrência da gravidez precoce, uma vez que o público alvo corresponde a esta parcela da comunidade.
No decorrer deste texto serão abordados temas com o intuito de fazer uma avaliação mais precisa da situação dos adolescentes com incidência deste fato. Com isso, é possível avaliar qual a melhor maneira de intervir, verificando quais as principais causas que levaram esses jovens a vivenciarem tal situação e qual a melhor maneira de ajudá-los.
Diante o exposto, questiona-se: Qual a real relação existente entre Assistente Social e a gravidez na adolescência? 
Considera-se que a gravidez na adolescência não é um fato separado. Inclui-se no processo de descoberta, litigante da adolescente, de sua identidade. Depois disso, a adolescente, na maioria das vezes proporciona dificuldades de adequação ao meio em que vive podendo tornar-se rebelde e buscar relação com grupos que não fazem parte do seu círculo de amizades, como uma forma de se contestar com seus familiares, assim como outros adultos também. A gravidez precoce não mais é considerada como ocorrência casual, e o número de pessoas abarcadas na situação retornou um conjunto de consignações cujo conhecimento viabilizou necessariamente um tipo de influência, que, outrora, necessita de intervenções do Assistente Social. 
A gravidez na adolescência causa preocupações não só para as famílias, mas também já é considerado como uma questão social. É nesta fase que os jovens não se sentem mais crianças e ainda não são adultos. O corpo está passando por intensas transformações embora fisicamente já forem capazes de engravidar, mas emocionalmente não estão maduros para serem pais e mães. Isso porque eles ainda não têm claros seus projetos de vida para o futuro, muitos não se sentem responsáveis pelo rumo de sua própria vida e ainda são muito dependentes dos pais. Existem bruscas mudanças psicológicas. Para Barros (2007 p.62).
“Alterações psicológicas são mudanças na mente da pessoa, ou seja, em sua maneira de pensar. Geralmente, essas alterações trazem mudanças na maneira de agir. A situação do adolescente na família geralmente muda. Até então, ele era apenas uma criança de quem se exigia pouca responsabilidade. A partir da adolescência, os pais costumam cobrar atitudes mais adultas, querem mais seriedade, mais aplicação nos estudos e mais responsabilidade.”
Todavia, os adolescentes têm muita curiosidade a respeito de tudo, inclusive de sexo. Estão em contato a todo instante com cenas de sexo através da televisão, redes sociais, cinema e nas conversas com amigos. Isso os deixa confusos e com vontade de colocar em prática o que veem e escutam. Tudo isso leva os adolescentes a iniciarem a atividade sexual cada vez mais cedo. A falta de diálogo na família, ou porque não associar, a própria ausência da família e com isso resultando em medos, tabus e por desconhecerem o funcionamento do seu corpo, acabam agravando a situação. 
 “A gravidez na adolescência pode ser influenciada por situações, como a falta de comunicação e de formação escolar adequada desses jovens, associado à ausência familiar em que estamos vivenciando no contexto atual (KASSAR, 2006, p: 397)”.
Constitui direito fundamental no estatuto da criança e do adolescente previsto na lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, Art.7º “A criança e o adolescente têm direito á proteção á vida e á saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitem o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”. Apesar das leis que regem nosso país fica claro que para melhorar essa problemática é preciso uma intervenção especifica da família desses adolescentes e das políticas públicas. A gravidez precoce pode está pautada com diferentes fatores, desde estrutura familiar, formação psicológica e baixa autoestima. Por isso, o apoio da família é importante, uma vez que esta, é a base que poderá adequar compreensão, dialogo segurança, afeto e auxilio para que tanto os adolescentes envolvidos, quanto a criança que foi gerada se desenvolvam saudavelmente. Com a ajuda da família, abortos e dificuldades de amamentação têm seus riscos diminuídos. Alterações na gestação envolvem diferentes alterações no organismo da jovem grávida e sintomas como depressão e humor podem piorar ou melhorar.
Dados do Ministério da Saúde mostram que uma em cada 10 mulheres brasileiras de até 19 anos que já tem dois filhos. No país, está diminuindo o número de gravidez em mulheres adultas e aumentando entre as adolescentes. Entre 1993 e 1998, aumentaram em 31% os partos em meninas de 10 a 14 anos e em 19% nas meninas entre 15 e 19 anos atendidas pelo SUS.
 O objetivo deste trabalho é compreender por meio de um estudo bibliográfico as aparências da relação Assistente Social e a gravidez na adolescência, bem como conhecer os fatores que levam uma jovem a engravidar. A partir de então será possível observar a relevância da gravidez na adolescência como meio instigador ao processo de mudança de fase, da mesma maneira, comparar a relação sexualidade, gravidez e adolescência, além de caracterizar os aspectos relevantes de uma orientação sexual tanto no meio familiar, quanto no meio escolar como tema transversal de estudo.
Tal pesquisa é cunho bibliográfico, foram utilizados para este estudo diferentes autores, como: Desser (1993); Barros (2007); Kassar (2006); Miranda -1987, p. 38; Katz – 1999, p. 21; Fonseca 2004; Zimeman – 2000; Vieira et. al. 1998; Dias, Gomes, 2000; Aires 1997, p. 5; Furlani, 1997, p. 35; Vitalle e Amâncio 2001; Iamamoto, 2004, p. 18; Martinelli, 2001, p. 122; Netto, 1992, p. 13; Marx, 1977, p. 69; Henriques, 1989, p. 35, dentre outros mais. 
 A pesquisa bibliográfica é baseada nas informações de documentação e bibliografia e tem por objetivo pôr o pesquisador em contato com o que já foi feito em relação a seu tema de pesquisa. . 
O interesse pelo tema brotou a partir de investigações sobre a problemática em questão e a amplitude de crianças e adolescentes grávidas na realidade mundial. O tema é considerado por parte dos governantes como assunto de saúde pública. Enfim, a monografia se divide em cinco capítulos, no primeiro capítulo abordarei a contextualização do termo gravidez na adolescência, assim como a
percepção da fase “adolescência”, as transformações socioeconômicas e as circunstâncias da gravidez na adolescência. No segundo capítulo desdizer-se a respeito da dimensão da vida do adolescente e da relação com o parceiro; e a construção da identidade feminina. Ainda no mesmo capítulo, mostrarei os números da gravidez precoce, e a razão do aumento da gravidez na adolescência. No terceiro capítulo, serão abordados os fatores que levam a gravidez precoce, que por sua vez são fatores norteadores para as questões da gravidez na adolescência, quais sejam: fatores biológicos, sociais e de ordem família e sexualidade e escola. No quarto capítulo trata dos (des) usos dos métodos contraceptivos, das consequências da gravidez na adolescência, a educação sexual, a influência da mídia na adolescência, além da análise e reflexão.
No quinto capítulo encerrarei com uma discussão acerca das contribuições do Serviço Social, bem como do desafio do Assistente Social.  
CAPÍTULO I- CONTEXTUALIZANDO
A gravidez na adolescência ocorre desde a antiguidade, visto que nos séculos XIX e XX, o casamento acontecia com meninas que tinham entre 13 e 14 anos, e, ainda crianças eram orientadas assim como “tradição” de que às mulheres cabia a missão de serem esposas, mães e cuidar do lar. 
Antigamente, precisamente antes da revolução industrial, as famílias alimentavam seus filhos por meio do trabalho na terra, tomadas por meio de ações decididas pela posição social que ocupavam, onde sua infância acabava era marcada pelo início da fase reprodutiva, tornando-se, portanto, um adulto. Depois da revolução industrial, as crianças e os jovens abandonavam seus lares familiares em busca de trabalho, uma vez que a família não se responsabilizava mais pela educação e sim a escola. Já no século XX a adolescência foi marcada diferentes aptidões e designações características dos jovens que se torna adulto autônomo e de sucesso. Neste prisma, Danziato (1997, p.82) afirma que:
“em outros povos é comum o casamento entre crianças, ou a maternidade aos 12 ou 13 anos, contudo, nos últimos anos, a incidência de gravidez na adolescência vem aumentando significativamente, tanto no Brasil como no mundo. Em todo o mundo, o casamento de crianças é a maior causa de gravidez antes dos 15 anos”. 
Com a mesma finalidade a Federação Internacional (2005) expõe que:
Na maior parte dos países em desenvolvimento, 90% dos primeiros partos entre meninas com menos de 18 anos ocorrem dentro do casamento. As noivas jovens geralmente tornam-se sexualmente ativas assim que se casam, algumas vezes antes da primeira menstruação. Vivendo muitas vezes com a família e na comunidade dos maridos, enfrentam fortes pressões para terem filhos o mais rapidamente possível, com resultados potencialmente desastrosos. (Federação Internacional de Paternidade Planejada, Fundo de População das Nações Unidas e Coalizão Internacional pela Saúde das Mulheres e AIDS, 2005). 
Segundo dados do IBGE houve no Brasil, um acréscimo da dimensão das adolescentes de15 e 17 anos de idade com filhos. De fato, hoje em dia, os adolescentes começam sua vida sexual cada vez mais cedo, daí a gravidez nesta fase da vida deixa de ser incomum, e passa a acontecer com mais frequência. A gravidez na adolescência vai muito além de assunto muito delicado, pois abrange problemas físicos, emocionais e sociais. Ademais, carece ser analisada como questão de saúde pública, uma vez que esta acarreta muitas consequências. Os dados do IBGE mostram que 7,3% das jovens brasileiras entre 15 a 17 anos têm, ao menos, um filho. (IBGE - 2002).
Outro fator essencial relacionado à gravidez na adolescência são os dados do SINASC - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos -  que apontam esse acontecimento como inalterável no decorrer dos anos, visto que em 1998, houve registro de 27.237 nascimentos de mães de 10 a 14 anos de idade; em 2004 26.276; e, em 2008 28 479. Na faixa etária de 15 a 17 anos, a PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – mostra um total de 283.000 mulheres (6% do total nessa faixa etária) que tiveram filhos nascidos vivos em 2009, 40% delas moram na Região Nordeste. Entretanto, para tal faixa, a dimensão foi maior entre as adolescentes da Região Norte (perto de 10% tiveram filhos nascidos vivos). No que tange a inserção familiar, aproximadamente 40% das adolescentes que tiveram filhos eram filhas dos responsáveis pelas famílias (formando, assim, uma segunda família) e 35% eram cônjuges. 
Tabela 1: Mulheres de 15 a 17 anos de idade que tiveram filhos nascidos vivos, total e respectiva proporção, por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões – 2009.
	DE 15 A 17 ANOS QUE TIVERAM FILHOS NASCIDOS VIVOS
	TOTAL (1000 PESSOAS)
	TOTAL (1000 PESSOAS) (1)
	PROPORÇÃO (%)
	Brasil 
	5 121
	283
	5,5
	Norte 
	466
	44
	9,5
	Nordeste
	1 616
	111
	6,8
	Sudeste 
	1 906
	72
	3,8
	Sul 
	738
	30
	4,1
	Centro-Oeste 
	395
	26
	6,5
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009.
(1) Exclusive as informações das mulheres que não souberam informar a pelo menos um dos quesitos de fecundidade.
Embora houvesse uma decadência das taxas de fecundidade na década de 70, cresce cada vez mais o número de partos entre as adolescentes em se comparando com o total de partos realizados no Brasil. Baseando-se nos dados do IBGE, percebe-se que a gravidez e o aborto na adolescência é um problema que só tende a crescer, por causa da falta de orientações relacionadas aos métodos contraceptivos, para que, possam conscientizar aos adolescentes a melhor forma quanto ao uso destes, independentemente da idade.
 É importante saber que as principais dificuldades das adolescentes aparecem no começo da gravidez e causam risco de aborto espontâneo ou induzido. Sendo este, dentre outras, o principal motivo que leva a morte materna, além de ser um tema bastante criticado seja nos ares legal, social, moral ou religioso. Tornando, portanto, o aborto um crime, em nosso país, por ser, na maioria das vezes, clandestinos, fazendo com que as jovens se submetem a estes serviços com condições arriscadas e sem higiene, verdadeiros matadouros de seres humanos, arriscando sua própria vida. 
A percepção da fase “adolescência”
Considera-se a fase da adolescência como um período muito meigo, em que se estima que haja no Brasil 190 milhões de pessoas, destas, 60 dizem respeito aos que têm menos de dezoito anos, ou seja, aos adolescentes, o que corresponde a mais de 30% da população mundial. 
É Sabido que esta fase apresenta muitas mudanças no corpo, no crescimento, no desenvolvimento físico, no comportamento, no relacionamento com a família, uma vez que se torna de difícil compreensão tanto da parte dos pais quanto dos filhos, em que a falta de diálogo impera e por isto o entendimento maior com os amigos, com isso, os adolescentes saem de casa em busca de novas sensações, a sua inteligência o faz interrogar o dia a dia e a se preocupar por prazeres antes inimagináveis. 
Segundo Desser, “a adolescência é uma fase de transição entre a infância e a vida adulta, o período entre 10 e 20 anos incompletos, quando ocorre crescimento rápido e surgem os tipos sexuais secundários”. (DESSER, 1993, p. 28). Enquanto que para o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), em seu art. 2º criança e adolescente é definido como:  considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade. (Brasil, 1990 LEI Nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente).
É neste período de transição que ocorrem às transformações físicas, a mente se evolui, tornam-se independentes, experimentam novas possibilidades, passam por novas experiências. Ora se sentem frágeis e inseguros, ora que não precisam de ninguém; ao tempo em que se vê retraído, também se veem capazes de tudo, embora que nada pode lhe acontecer. Com isso, Henriques assegura que: 
Ao adquirir personalidade própria, o jovem
geralmente se distância da família, e passa a preferir a companhia de outros adolescentes, recusando a dos pais e irmãos. Os amigos de mesma idade passam a ser as pessoas mais importantes. Começa a vestir-se de acordo com o grupo que convive, falando uma linguagem própria, passando a frequentar lugares diferentes, a chegar mais tarde em casa. (HENRIQUES, 1989, p 35).
Ainda segundo o autor “a adolescência quase nunca é vivenciada com simplicidade e tranquilidade, geralmente é cercada por rebeldia, com momentos de constante instabilidade”. 
Perante essas opiniões cremos na ideia de que jovem não tem o mesmo sentimento de quando era uma criança, muito menos como os de um adolescente para a fase de adulto. Depois do Capitalismo, houve uma busca maior pela inclusão no mercado de trabalho, as famílias deixam seus filhos a mercê da própria sorte, sem a devida proteção do âmago familiar. Antes, na formação de um adulto, especialmente em sua educação, a mãe era mais presente de forma íntegra, hoje, os adolescentes se tornam adultos de forma precoce, devido às obrigações que lhes são atribuídas pela sociedade, sociedade esta que é muito complexa, principalmente no processo de desenvolvimento e de formação de um adulto. 
Os afazeres da adolescência dizem respeito a todos os processos que permitirão as muitas opções e deliberações necessárias para se tornar um ser maturo. Tanto as modificações corporais, emocionais, quanto à sexualidade são aparências inerentes dos adolescentes com relação ao convívio familiar, alterando seu comportamento não somente no ambiente familiar, mas também no meio social em que o mesmo está inserido. 
As transformações socioeconômicas
Hoje em dia, em meio a uma sociedade capitalista, cobra-se muito dos jovens, sendo que não há muitas escolhas a fazer, pois muitos adolescentes tem a missão de eleger seus governantes, porém não podem nomear na escolha de um emprego formal, ou de serem inseridos em cursos profissionalizantes, a não ser que seja como menor aprendiz.
Muitas vezes as escolhas deixam de ser feitas por parte dos adolescentes devido à falta das más condições financeiras, pois muitos precisam entrar no mercado de trabalho muito cedo para ajudar no seu sustento e da família, tornando-se adulto antes da hora, por outro lado, os que ingressam na universidade, precisam da ajuda dos pais para seu custeio. 
A relação entre educação e maternidade existe. De acordo com dados do PNDS 51% das mulheres com idade entre 15 e 19 anos sem escolarização já haviam se tornado mães e quase 4% estavam grávidas do primeiro filho (BEMFAM, 1997, p. 47).
Podemos observar que é nos grupos mais vulneráveis da sociedade que prevalece o maior número de adolescentes grávidas, talvez por falta conhecimento de como evitar a gravidez. É o que afirma Velasco: 
Certos aspectos biopsicossociais deste grupo derivam das mudanças no comportamento das jovens, notadamente na esfera sexual, desencadeando elevado número de ocorrência de gravidez entre adolescentes. Este fato é observado em todos os níveis sociais, predominando nas menos favorecidas em virtude de maior desinformação, ausência de orientação sexual e outras questões sociais, culturais e comportamentais (VELASCO, 1998). 
Para quem tem uma vida sexual ativa a gravidez inesperada torna-se perigosa, inclusive para os adolescentes, pois coloca em risco tanto a vida do bebê como a sua haja vista que o corpo não está disposto para aguentar uma gravidez. Percebe-se, portanto que é nas classes mais desfavorecidas que este índice é maior, por motivos como evasão escolar, falta de conhecimento, além da dificuldade de conseguir os anticoncepcionais, isso faz com que essa situação se agrave ainda mais.
Com meninas grávidas entre 10 e 14 anos. Durante esses cinco anos, 50 mil adolescentes pararam nos hospitais públicos por causa de complicações de abortos Com isso, a Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde, (PNDS) de 1996, despontou um elemento assombroso: 14% das adolescentes já apresentavam com pelo menos um filho e as jovens mais pobres tinham fecundidade dez vezes maior. Entre as adolescentes grávidas acolhidas pelo SUS entre 1993 a 1998, existiu aumento de 31% comparando clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos. (PNDS, 1996). O excessivo número de abortos clandestinos subsequentes desta realidade, já foi contexto de alguns países para a legalização desta prática, que conseguiriam abreviar os riscos à saúde e à vida, visto que as mulheres são expostas a essa realidade. 
Adolescentes cuja renda familiar se classifica entre as mais pobres (1/4 salário mínimo) quase não têm nenhuma chance de completar o 2º grau após o nascimento de um filho. Vinte e quatro por cento dessas adolescentes tiveram de cinco a oito anos de escolaridade, mas somente 2% prosseguiram sua educação após o nascimento do filho. Entre as que tiveram um filho antes dos 20 anos, apenas 23% haviam estudado além da 8ª série, enquanto as que não deram à luz, 44% estudaram além da 8ª série. (HENRIQUES, et al.1989. p. 5).
Depois de confirmada a gravidez, se a família da adolescente tiver capacidade de receber a nova ideia com harmonia, respeito e colaboração, esta gravidez tem mais chance de ser levada ao fim normalmente e sem contratempos. O controle dos meios de comunicação instiga discretamente os jovens para começarem a vida sexual antes do tempo, com liberalismo saliente impedindo mais ainda a educação por parte dos pais. Para (NECHI, 1998), “por outro lado, dependendo do contexto social em que está inserida a adolescente, a gravidez pode ser encarada como evento normal, aceito dentro de suas normas e costumes”. Percebe-se que se há afinidade entre uma religião e um adolescente, mais perfeito será o comportamento sexual desses jovens. Com isso GLASS, relata que: “Em alguns estudos foi observado que a religião tem participação determinante nas atitudes sexuais dos adolescentes que participam de atividades religiosas, fazendo com que eles tenham um comportamento sexual responsável”. (GLASS, 1972. p 56). 
Ultimamente, a semelhança entre escolaridade e gravidez na adolescência distingue significativas influências do baixo nível de escolaridade quando ocorre esse tipo de gravidez, oferecendo destaques de que a baixa escolaridade caracteriza-se por adolescentes que já tiveram filho, independente de seu nível de renda ou se moram na zona rural ou urbana. 
Segundo os autores, esses fatos significam que a escola está doutrinando algo sobre o corpo, sexualidade e relações afetivas. Outra presunção é que o fato de permanecer com os estudos alarga a autoestima e estimula as adolescentes a terem projetos de vida profissional mais vasto que o de ser somente esposa e mãe.
Circunstâncias da gravidez na adolescência 
Vários motivos podem tornar uma adolescente mais suscetível a uma gravidez, sendo que a falta de um projeto de vida é a mais crucial, além da falta de perspectiva futura, da imaturidade dos jovens, da sensação de onipotência, do desleixo e da ausência de informação. Todavia, existe gravidez na adolescência que é desejada, pois a gravidez indesejada acontece quando ocorre o abuso sexual ou quando os métodos anticoncepcionais falham. Em suma, a gravidez na adolescência ocorre sem intenção, ou seja, não é projetada, que pode ser originada por fatores individuais ou sociais. Uma vez que nem por isso, a gravidez seja bem vinda. 
Os fatores que colaboram com esse quadro, podem ser por que as adolescentes têm um desejo de ser mãe, onde elas não possuem conhecimento suficiente para saber das possíveis consequências da possível gravidez prematura. A escola, a família, a comunidade e as igrejas podem ajudar a mudar esse quadro, por meio de projetos de orientação sexual, assim, contribuirão de forma significativa por meio de orientação básica mostrando as desvantagens suas consequências. A mídia, no entanto, ostenta muita influência de feitio direto no que tange a gravidez precoce, por meio do excesso na erotização do corpo. Vale destacar também a relação entre idolatria por parte
dos adolescentes para com os artistas que são vistos em passarelas, revista, cinema e televisão, pois eles deixam traspassar uma imagem de liberação sexual, e a tendência de um fã é sempre reproduzir o que seu ídolo faz.
CAPÍTULO II - DIMENSÕES DA VIDA DO ADOLESCENTE 
Vários fatores atribuem para a gravidez na adolescência como um autorrisco tanto para a mãe quanto para a criança, em especial as de classes populares. A gravidez na adolescência traz consequências cruéis no quesito morbidade/mortalidade de mãe e bebê e nos impactos econômico, educacional escolar e social. A educação influencia de forma significativa quando se trata desse problema. Entretanto, atuações educacionais que realçam a investida somente biológica do projeto familiar não têm eficiência ao considerarmos as estatísticas alusivas à saúde reprodutiva das adolescentes. Para que a educação colabore para a redução desse tipo de gravidez, devem-se considerar todas as extensões principalmente a dimensão sociocultural em que se encontram fortes determinantes da gravidez indesejada. Com isso, abre-se espaço dentro e fora das escolas para o debate sobre a identidade feminina num processo que abranja a totalidade do ser humano. 
A dimensão da relação com o parceiro 
Algumas famílias recebem a adolescente grávida sem criticar para que haja casamento, no entanto, existem outras que fazem questão, obrigando a adolescente a casar sem vontade. Todavia, ao unir-se com o pai da criança não significa submeter-se à sua família. De certa maneira, a adolescente se ver obrigada a pagar um preço por ter sua reputação reconstruída. A família, por sua vez, consegue enxergar o matrimônio como uma forma de conforto e reconhecimento, por causa da situação de inferioridade a que a jovem se expõe. Quando a adolescente não vê a gravidez como um obstáculo aos seus planos tranquiliza as mesmas esperanças que tinha pré-parto. 
Entretanto percebem-se as consequências. Desser (1993) localizou entre mães adolescentes de classes baixas que conviveram ou não com o parceiro, um desacerto no meio da avaliação das que estão nos primeiros seis meses de sua maternidade e da avaliação das que já superaram o primeiro ano. Mas com o passar do tempo, desaparecem as fantasias de que a vida conjugal lhe ocasionaria a tão sonhada independência despontando que o mundo tirânico em que vivia só mudou de endereço. Quanto aos rapazes depois de assumirem a paternidade, largam os estudos para trabalhar, enquanto que a jovem fica em casa cuidando dos filhos e dos afazeres domésticos. E os dois consideram que seus planos de vida estão desfeitos. Tal situação traz reflexos no relacionamento com o bebê, uma vez que adolescentes que possuem essa ótica mostram problemas no papel afetivo da maternidade e da paternidade. Fatores como: fracasso derivado dessa ótica, a imaturidade para instituir a família, os problemas financeiros, dentre outros, fazem com que essa união acabe logo. Isso por causa da arrogância das famílias que os obrigaram a viver essa situação. Segundo Desser:  
 “O desencanto com o projeto acalentado durante a gravidez, de uma maternidade/paternidade igualitária, a descoberta de precisar da ajuda da própria mãe no cuidado com a criança – ajuda que fora desqualificada no projeto original de maternidade/paternidade -, as alterações da vida sexual, gerando acusações bilaterais de “falta de interesse” são vividas como críticas que introduzem a separação como possibilidade concreta entre casais com, em média, 10 meses de vida conjugal” (Desser 1993, p.132). 
Essa ruptura faz com que a adolescente carregue seu filho assim como será apontada como “separada” e “mãe solteira” até o fim da vida.
A constituição da identidade feminina 
No decorrer dos anos muitas coisas mudaram, entre elas, a mulher que passou por mudanças principalmente relacionadas à cultura, a educação e o ambiente em que vivem, produzindo diferenças entre os sexos. Para Sarmento (2004), tais elementos demonstram que existem várias culturas da infância, que mudam de acordo com a era histórica em que se desenrolam. Para Vygotsky (1998), a imaginação – que caracteriza uma função superior – depende da experiência que, na criança, vai se acumulando e aumentando paulatinamente, com peculiaridades que a diferenciam da experiência dos adultos. Para Santos (2009, p. 165), a imaginação surge na “capacidade que o sujeito tem de combinar variáveis e fazer uma nova leitura da realidade.” Assim sendo, a imaginação é um método criativo presente em toda criança e está voltado às experiências vividas na totalidade do seu grupo social ou para brigar com certas situações de carência, elas se utilizam de uma mente imaginativa onde também designam histórias e personagens e até músicas com algum fato que tragam influência na imaginação.
Razão do aumento da gravidez na adolescência
São muitas as dificuldades enfrentadas por algumas adolescentes, mas, apesar disso, elas engravidam. Antes, a falta de informação era fator imprescindível para aumentar o número. Porém, hoje todos sabem que têm muitos artifícios para evitar a gravidez. Eles são de fácil acessibilidade, custam pouco, e podem ser amplamente utilizados pelos jovens, assim como são fáceis de manusear. Dessa forma, os adolescentes têm o acesso facilitado às pílulas anticoncepcionais, ao diafragma, à camisinha, dentre outros. Os meios de comunicação e as escolas são meios de frequentes campanhas de esclarecimento. Os serviços de saúde se dispõem para prestar informações. Entretanto, as estatísticas brasileiras comprovam que apenas 14% das jovens de 15 a 19 anos utilizam métodos contraceptivos; e somente 7,9% delas, a pílula. O defeito que os adolescentes têm é que dizem saber de tudo sobre sexo, no entanto não sabem. O que ocorre é que não têm subsídios corretos ou que não saibam como colocá-las em prática no dia a dia, ou que seus pais achem que eles já estão suficientemente elucidados e não precisam mais de informação ou conversa sobre um assunto que ainda traz certa compulsão. Embora os jovens saibam das coisas, acreditam que com eles nada acontecerá. Geralmente ao descobrirem a gravidez costumam dizer: "Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo, embora soubesse do risco que corria ao não usar a camisinha todas as vezes que mantinha relação”.
Na mentalidade dos adolescentes as coisas só acontecem com os outros. Com isso, cresce o número de adolescentes que se tornaram mães. Outro fator relevante é que muitos jovens dispensam mediações e rodeios. Antes de começarem a fazer sexo, não pensam nas consequências: abusam do desejo imediato, desconhecendo os resultados. Porém, nem toda gravidez precoce e não planejada é uma história infeliz, assim como tudo acabar bem é uma exceção à regra. Muitas adolescentes engravidam para aproximar sobre si a atenção ou o afeto da família e dos amigos, ou para apanhar o namorado. As ausências afetivas são estímulos que devem ser levados a sério, pois a gravidez antecipada não é a mais perfeita solução. Até porque como muitos dizem filho não brande namorado, bem como não faz com que o casamento seja duradouro. É provável até que, se o relacionamento do casal estiver passando por dificuldades, arduamente um bebê facilitará as ocorrências, muito pelo contrário. 
É sabido que quando uma jovem fica desprezada, condição em que não pode curtir uma vida digna, na mente dela vem à ideia de que se ela for mãe poderá desprender-se da miséria e conseguir ser respeitada pelas pessoas. Tal ideia é guiada pela confiança que a sociedade apresenta de apreciar a figura da genitora e a ter muito apreço pelas grávidas. Ainda existindo veracidade neste ponto, a adolescente se notará em circunstâncias piores: deverá trabalhar e cuidar do filho em condições antagônicas, quanto à maternidade, só acarretará em mais enigmas e responsabilidades, ao contrário de recompensá-la com as benfeitorias desejadas. Enfim, dentre outras causas, a violência, força ou constrangimento também gravidez precoce. 
Nesses casos, geralmente, a gravidez deriva do estupro - a consumação
de ato sexual forçado - ou de incesto, ou seja, a afinidade com familiar chegado, como por exemplo: o pai, o tio ou o irmão. Em caso de violência, o trauma psicológico geralmente se torna aberto. Necessitando mais e mais de proteção especial. Nesses casos, não só as adolescentes, mas todas as mulheres, são amparadas pela lei, lhes é permitido à prática do aborto, com acolhimento pelo SUS - Sistema Único de Saúde. Tal procedimento está previsto no artigo 128 do Código Penal que trata do aborto sentimental, em caso de estupro.
Depois que a adolescente engravida, só cabe aos que a cercam informar, orientar e prestar assistência, por meio de um acompanhamento médico, ou mesmo um pré-natal diferenciado, visto que sua gravidez é meditada como de alto risco, inclusive às que tem menos de 16 anos. 
CAPÍTULO III – FATORES QUE LEVAM A GRAVIDEZ PRECOCE
Fatores biológicos 
Em relação a este fator, as adolescentes ainda não se sentem prontas para encarar a gravidez muito menos o parto, em especial quando há um desejo de engravidar. Não existem só as dificuldades, mas também os preconceitos e problemas financeiros, sociais e culturais. Sabe-se que a adolescência é a fase de transformações e de mudanças de personalidade, biológicas e morfológicas, gerando perturbações psicológicas por não o devido preparo em meio a essas transformações, tornando-se, portanto, maduros. E ainda, tem as transformações da própria gravidez, onde a garota vai perceber principalmente quando a barriguinha começar a crescer. 
Quando se trata de uma gravidez indesejada, na mente de muitos vem à ideia de abortar, e muitas vezes esse procedimento é feito clandestinamente, pelo motivo de que no Brasil essa prática não ser legalizada, como já mencionado antes, com exceção para os casos característicos de gravidez resultantes de estupro ou que coloquem a mãe em situação de risco de morte. Segundo Fernandes, “a adolescente é mais vulnerável ao aborto porque biológica e psicologicamente está menos preparada que uma mulher madura”. Fernandes assegura ainda que o aborto clandestino normalmente ocasiona implicações negativas para a saúde da mulher, por causa, sobretudo, do acolhimento inapropriado por ser ilegal. O aborto provoca riscos em sua maioria, nas adolescentes, e não em mulheres adultas sob os mais distintos assuntos. O Ministério da Saúde aponta para pesquisas realizadas que, custear os atendimentos em centros de saúde pública, de uma mulher com complicações pós-aborto é bem maior do que custear um parto. 
As complicações na saúde da mulher devido ao aborto são corriqueiras, em especial quando for provocado de maneira errada, ou seja, quando for clandestina. As adolescentes grávidas correm o risco maior de contrair o vírus da AIDS - Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – além de das demais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Esse fato se dá por causa da falta de orientação necessária de como utilizar os métodos contraceptivos, principalmente o preservativo, por ser fácil acesso e alcance. De acordo com o Coordenador de DST e AIDS do Ministério da Saúde, Paulo Roberto Teixeira, como nunca antes acontecido, a quantidade de casos com mulheres extrapolou o de homens entre 13 e 19 anos. Estima-se que aproximadamente 400 mil pessoas contaminadas com o HIV/AIDS, por mais que só apresentem notificações de somente 222 mil casos no Brasil todo, isso implica no grande número de jovens grávidas com o vírus do HIV.
O estudo mencionado confirma também que, por causa da fragilidade da mãe e da criança que têm o vírus e ainda vai nascer é considerada gestação de alto risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS 1977, 1978). Todavia, hoje em dia, pensa-se que o risco seja em maior parte social do que biológico. A gravidez precoce torna-se ainda mais comum na contemporaneidade, principalmente por que os adolescentes estão no início da vida sexual precocemente, buscando o prazer de momento, e, ao descobrir que estão grávidas as jovens se veem em uma circunstância muito complexa de enfrentar. Porém, excepcionalmente, a gravidez quando é não planejada leva amiúde ao aborto, que a depender da forma e condições que é feito, pode acarretar a infecundidade e até a morte, as adolescentes que fazem uso desta prática, não pensam nas implicações que isso pode causar, só refletem após fato exímio. 
Fatores de ordem familiar 
Quando começam a namorar, o homem e a mulher sonham em ter valores e desejos alcançados, bem como, pensam de forma diferente em relação ao amor, sexo e a formação de uma família. O casal absorverá vivências, valores das relações com familiares e com a sociedade, tais vivências influenciaram suas atitudes, desejos, sentimentos e relações. A adolescente grávida, não consegue meditar e exteriorizar os valores conseguidos durante o diálogo familiar, isto por que, estas estão em uma fase de mudança entre a infância e a adolescência e se notam perdidas em sonhos, se admitindo como se ainda fosse uma “criança”, sem ter a noção das responsabilidades de ser mãe. 
Com isso Miranda expõe que: 
“Quanto mais jovem for à mãe, ou quanto menor a idade ginecológica maior a tendência a complicações biológicas”. Devido à imaturidade e instabilidade emocional podem ocorrer importantes alterações psicológicas. Muitas vezes, a adolescente não consegue assimilar e trabalhar de forma coerente a inversão de papéis, ou seja, ser filha em segundo plano para ser mãe em primeiro, gerando extrema dificuldade em adaptar-se à sua nova condição, e os muitos sentimentos que já estavam presentes antes da gravidez, como ansiedade, depressão e hostilidade. (MIRANDA, 1987. p. 38) 
Ainda segundo a autora, outra dificuldade enfrentada pelas adolescentes é a rejeição das famílias, haja vista que é muito comum os pais repudiarem seus filhos nessa fase tão difícil, excluindo-os da casa e do convívio familiar, ou simplesmente os ignorando sem a assistência necessária, seja em manter o filho seja na parte psicológica. Por outro lado, tem que acredite que o melhor caminho é se casando. 
Embora nos dias de hoje esse acontecimento não existir com tanta frequência, ocorrendo apenas nas regiões interioranas os casamentos forçados tem como objetivo de corrigir o “erro” cometido, os casamentos de improviso, acertados entre as famílias ainda é bastante recorrente. (KATZ, 1999, p. 21).
Katz relata ainda que na situação supracitada os adolescentes normalmente, não intervêm na decisão dos pais, somente analisam e aderem a tudo que é acertado, ora pela falta de experiência ora por sentirem culpa pelo que ocorreu, às vezes aceitam por não apresentarem outra saída ou espécie de soluções para o “problema”. Outro fator que piora a situação são os conflitos pós-casamento, que, normalmente culminam em separação, ocasionando uma situação estressante tanto para os jovens pais, quanto para o bebê. Sabe-se que tal reação acontece em sua maioria, pelo medo do posicionamento da família, ou da sociedade, por isso acontece que a adolescente esconde a gravidez o máximo que pode. 
Contudo, acredita-se que a assistência familiar é essencial para as adolescentes grávidas. Porque a falta de ajuda arrebenta fatores negativos para as jovens, tais como abandono, evasão escolar, falta de autoestima, e a possibilidade de uma nova gravidez de pais distintos, causando muito mais contratempos para as jovens mães, tanto no convívio familiar, quanto no social. 
Portanto, é papel da família a educação sexual, pois a mesma precisaria ser a base para que a criança vire-se um adulto responsável, e cônscio de seus atos. A educação sexual é prioritariamente uma aptidão da família, pois é peça chave na instauração da identidade de gênero e no desempenho dos papéis sexuais de seus filhos. Para Bocardi (1997). “os pais sentem dificuldade de abordar sobre sexualidade junto aos seus filhos não só pelo constrangimento, mas também pelo receio de uma conversa franca e direta. Eles têm receio de que o diálogo possa indicar que estão prontos para iniciar uma vida sexual”. 
No ponto de vista de Bocardi conclui-se que essa
falta de liberdade atrapalha os adolescentes na construção do conhecimento, levando os a buscar informações em outros meios, como televisão, internet e revistas. Enquanto que Fonseca, 2004, destaca que “a família, mesmo que não dialogue abertamente sobre sexualidade, é quem dá as primeiras noções sobre o que é adequado, ou não, por meio de gestos, expressões, recomendações e proibições”.
Na visão do autor nota-se com evidência a importância da família reafirmando que o diálogo entre pais e filhos no eixo da sexualidade é uma ocasião de difusão de normas, valores e conhecimentos sobre condutas preventivas. Para Zimerman (2000) “O grupo familiar exerce profunda importância na estruturação do psiquismo da criança e consequentemente na formação da personalidade do adulto, determinando como o indivíduo interagirá e configurará suas relações grupais e sociais ao longo da vida”.
Entretanto, convivemos com grupos familiares desnorteados onde na maioria dos casos a mãe ostenta a maternidade sem o comparecimento do pai, tendo em vista que este fato hoje é considerado como algo normal em nossa sociedade onde se queixa que é pertinente da mulher a carga relacionada à vida reprodutiva, ocasionando a jovem o cuidado com o uso de anticoncepcionais, e o homem não precisa tomar este cuidado, ou seja, o cuidado em ajudar na prevenção de uma gravidez indesejada, (VIEIRA et. al., 1998) ratifica que. 
“Um fator que influencia nas taxas de gestação precoce é o preconceito social em relação à concepção, cuja adoção constitui uma confissão de vida sexual ativa, de modo que uma adolescente prevenida é discriminada por estar assumindo a responsabilidade quanto à prática sexual. Além disso, a instabilidade emocional própria da fase adolescente também tende à inconstância no uso de métodos anticoncepcionais, em razão da ausência de vida sexual regular e da troca de parceiros frequente”.
Com isso, pode-se concluir que esta tomada de decisão faz com que a adolescente com vida sexual intensa não use anticoncepcionais e nem ande com a camisinha na bolsa seja por vergonha do parceiro seja por medo de como a sociedade vai reagir a esta atitude, e, por isso, a necessidade da influência positiva da família na orientação e ajuda para com as adolescentes na solução de seus problemas, pois, por causa do preconceito e da vergonha de articularem sobre a sexualidade devido aos que acham que este assunto é meigo, deixam que seus filhos experimentem a vida sexual sem nenhuma informação. 
Em relação a isto, “muitos pais e filhos não se sentem à vontade para iniciarem um diálogo sobre sexualidade, os adolescentes temem que seus pais não aprovem o assunto, e os pais se acham pouco preparados e tímidos para conversar com seus filhos e filhas sobre isso, desconhecendo a importância que essa conversa tem para a vida deles”. (DIAS; GOMES, 2000).
Em meio a tudo isto, é bom lembrar que não devemos desconhecer como a sociedade e a família é importante. Os pais devem debater sobre o assunto de forma aberta, a fim de arranjarem meios para que os adolescentes possam sentir-se mais seguros e valorizados, deparando as possibilidades de enxergar seus sonhos e desejos para que a prática sexual não emane somente a reprodução. O diálogo e a educação são imprescindíveis para que tabus sejam quebrados. Com a ajuda da sociedade e especialmente da família, os adolescentes terão o conhecimento devido para terem suas relações sexuais, de uma forma mais consciente, responsável e segura.
Fatores sociais
Além da família, a escola é o estabelecimento que está inteiramente atrelada aos adolescentes, e que colabora diretamente na educação do indivíduo. Geralmente serve como prorrogação da educação de casa. Assim sendo, é essencial que com tanta frequência a família como a escola assuma o dolo de educar e informar às jovens para que concretizem uma aparição prosaica da própria sexualidade e tomem decisões maduras e menos maléficas a suas vidas. Ulterior fator definitivo na vida dos adolescentes são as intensas mudanças que a sociedade enfrenta. A concordância do sexo sem aliança matrimonial, e a gravidez na adolescência comete que as jovens perturbem suas escolhas e o caminho a seguirem, os tabus, os estigmas e as inibições estão atenuando enquanto a célere e a gravidez derivam assombrosamente. 
“A crescente tendência da liberação do comportamento social, especificamente, o sexual, contribui para o aumento da gravidez na adolescência, devido à falta de conhecimento do próprio corpo enquanto função reprodutora, vinda da falta de uma educação esclarecedora tanto no âmbito familiar como no escolar e social” (AIRES, 1997, p. 5). 
Neste prisma, é conveniente que as escolas, públicas e particulares, foquem na educação sexual para os jovens, explanando suas dúvidas e lhes proporcionando toda orientação necessária. Adolescentes afirmam que não existe uma relação direta entre gravidez e fim da adolescência. Algumas famílias não vêm isso como uma quebradura social e, até mesmo, se sentem solidários com a gravidez. Com certeza têm atitudes novas no universo adolescente, contudo, são pouco apreciadas embora se conteste o juízo comum no que tange aos anseios e dilemas desta faixa etária de idade, em relação à maternidade e à paternidade. Seria indispensável acentuar a percepção e enraizar estudos para averiguar o que é habitual e o que é atualizado para adolescência na atualidade. 
Fatores como aparecimento da menarca em idade precoce, estilo de vida urbana, deficiência na educação sexual dirigida especificamente a este grupo etário e a quase ausência de serviços de saúde destinados ao atendimento das adolescentes relacionam-se com aumento de adolescentes grávidas. (LEITE, 2005; PICARELLI, 2005). 
As moças grávidas estão colocadas numa conjuntura de burburinho: criança ou mulher, filha ou mãe, não sabendo do devido comportamento e quais atitudes adotarem mediante a gravidez em meio à sociedade.
Sexualidade e a escola
É bom lembrar que a sexualidade é uma penúria pessoal, a depender a idade ou do sexo, que o ser humano aumenta e desponta por meio da sua originalidade. Fundando-se nesta afirmação confia-se que a escola conceba um espaço de coerência social, onde se deve implantar a educação sexual permitindo cogitar de forma emergente a sexualidade, levando em conta que a escola não ensina sozinha, sendo indispensável, assim uma ação adjacente entre sociedade, família e escola, e não ações enjauladas e interrompidas. 
Diante disto, completa-se que a escola deve propiciar momentos de meditações, orientando os jovens a buscar, para que entendam os valores humanos, comprovando que a atividade sexual deve começar na ocasião em que os dois estejam dispostos tomando os devidos cuidados para não sobrevir uma gravidez indesejada uma vez que a maternidade para muitas jovens significa o abandono dos estudos, gerando conflitos familiares, alterando os planos do futuro e abrolhando a obrigação de ostentar o papel de mãe para o qual não está disposta.
Segundo Souza (1999, p. 33): 
 “A educação sexual precisa ser aprimorada durante a adolescência, quando, pelas transformações físicas determinadas pelo comando hormonal e pelo estímulo de fatores psicossociais, o interesse sexual passa a dominar o pensamento e as ações dos jovens”.
A adolescência é a fase de formação escolar e de incubação para o mercado de trabalho. O fato de uma gravidez nessa fase, logo, significa o declínio ou até mesmo a cessação de tais processos, o que pode molestar o começo da carreira ou o alargamento profissional. O que se deve ponderar é que sem a direção devida os jovens incumbirão ações que danifiquem sua vida futura.
CAPÍTULO IV- OS (DES) USOS DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
Dentre os motivos citados pelas adolescentes referentes à gravidez precoce é a ausência do uso de métodos contraceptivos, está a pouca informação a respeito da contracepção e da reprodução, bem como o uso correto dos métodos anticonceptivos. Além disso, em muitos casos existe dificuldade de dialogar com o parceiro sexual sobre contracepção.
Em geral adolescentes provenientes de famílias disfuncionais, pobres, de pouca instrução e cujas mães tiveram precocemente seu primeiro filho, correm um risco maior de engravidar. Ainda, família com história de violência abusa de drogas e doença crônica de um dos pais podem predispor as adolescentes a uma relação sexual prematura. Aquelas meninas que possuem baixa autoestima, baixo rendimento escolar e falta de aspirações profissionais também constituem um grupo de risco (NEINSTEIN E COLS, 1991, ROMERO E COLS. 1991 apud AMAZARRAY, 1998, p. 431 – 440). 
Para Vitalle e Amâncio (2001):
“a utilização de métodos anticoncepcionais não advém de modo eficaz na adolescência, devido a fatores psicológicos intrínsecos ao período da adolescência. A adolescente nega a possibilidade de engravidar e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária”. 
A vida sexual da adolescente é, na maioria das vezes, acidental, explicando para muitas a falta de uso contínuo de anticoncepcionais. Em suma, a maioria delas também não admite diante da família a sua sexualidade, nem a posse do contraceptivo, que incrimina uma vida sexual intensa. 
Os rumos repassados aos adolescentes, sobre o enigma da gravidez, mesmo longe de ecoar de forma positiva em suas vidas, uma vez que a percepção da gravidez na adolescência muitas vezes é fruto da desinformação sobre métodos contraceptivos, ou mesmo por medo em buscar um profissional para pagar as necessitadas orientações sobre o uso apropriado das técnicas.
As jovens aceitam os métodos anticoncepcionais e persistem fecundando, pois existe um buraco entre a informação e o uso, e por tantos outros fatores essa informação não é transformada em ação efetiva.
É de suma importância lembrar que não é preciso apenas conhecer os métodos contraceptivos, para que tenha efeito positivo os métodos tem que ser acessíveis a todos. Algumas adolescentes não conhecem os métodos contraceptivos, enquanto outras conhecem, porém não fazem uso de nenhum método na primeira relação sexual, muitas vezes por falta de acesso aos mesmos, fazendo com que muitas vezes derive numa gravidez, contornando um momento muito delicado. Concretizada a gravidez é essencial o apoio do companheiro, dos amigos e, sobretudo dos pais e da família, pois daí em diante, ocorrerá grandes mudanças e ela precisará de pessoas que a ajudem. Depois do parto, deve-se afiançar o acesso aos anticoncepcionais para impedir uma segunda gravidez, que embaraçará ainda mais a circunstância em que ela se depara. Para tanto, são varias as formas de se evitar a gravidez precoce, é preciso, portanto, apresentar alguns métodos contraceptivos, suas vantagens e desvantagens.
O coito interrompido é o ato que o homem tem em retirar o pênis da vagina durante a penetração para emitir o sêmen fora. Esta opção é inconveniente, já que no momento culminante da excitação pode não dar tempo de concretizar o procedimento ou mesmo que tudo ocorra bem, ao contrário, bastaria que uma gota de esperma caísse na vagina para que a mulher engravide.
A tabelinha também é um método que leva a riscos, especialmente no começo da vida sexual. Esse é uma solução que deve ser usada por mulheres com ciclo menstrual regular, não significando que quem tem o ciclo irregular não dá para acreditar nesse método.
O espermicida é uma invenção, composta por gel, encontrado em farmácias sem a necessidade de receitas médicas e usado para eliminar ou imobilizar os espermatozoides impedindo que eles cheguem até o óvulo. É colocado na vagina antes penetração do pênis, contudo não é tão eficiente quanto a camisinha, por isso é recomendado que fosse usado junto com a camisinha somando portanto, sua eficácia.
A camisinha é o método anticoncepcional mais garantido oferecendo até 90% de segurança em relação à gravidez. Previne não só a gravidez como todo tipo de doença sexualmente transmissível. Mais a frente disso, se apresenta tanto no formato masculino quanto feminino, além de ser mo mais acessível por ser encontrado na maioria dos postos de saúde.
As pílulas anticoncepcionais são consideradas um dos métodos contraceptivos mais conhecidos, por ser um método seguro, mas não antecipa as doenças sexualmente transmissíveis, por isso, todos os métodos mencionados acima devem ser usados juntamente com a camisinha para que a prevenção seja eficaz.
O Dispositivo Intrauterino (DIU) são artifícios de polietileno, com presença ou ausência de substâncias metálicas ou hormonais, que desempenham efeito anticonceptivo quando postos dentro da cavidade uterina. O DIU classifica-se em não medicados (ou inertes) – os que não contêm ou liberam substâncias ativas; medicados (ou ativos) – que, além de matriz de polietileno, sobrepujam substâncias (metais (Cu) ou hormônios) cumprindo ação bioquímica local, acrescendo a eficácia anticonceptiva. Dados da Organização Mundial da Saúde (1987), afirmam que o DIU exerce seu efeito antifertilidade de forma modificada e interfere no processo reprodutivo antes mesmo do óvulo atingir a cavidade uterina. Além dos supracitados existe também a injeção, o diafragma, dentre outros.
Perante o exposto, confia-se que a natalidade pode ser controlada pelos adolescentes, ainda que não se feche as portas para os métodos contraceptivos e tirem suas dúvidas, tomando os devidos cuidados quanto a sua sexualidade de forma consciente e responsável, procurando prazer e satisfação para ambos, impedindo transtornos desnecessários.
Consequências da gravidez na adolescência
A fase da adolescência é assinalada por momentos memoráveis que serão lembrados pela vida toda. Conhecida como a fase de várias modificações e descobertas de posições sociais, relação à família. Contudo a adolescência atual é marcada por ocasiões que nunca poderão ser esquecidas, por causa da gravidez precoce. A gravidez na adolescência acarreta aos jovens graves consequências com dimensão emocional e corporal, tendo em vista que uma jovem ainda não está inteiramente desenvolvida, porque a vida dos adolescentes responsáveis pela gravidez se modifica de repente, tanto em relação à futura criança que nascerá como das famílias dos jovens. Muitos adolescentes acabam padecendo grandes coações por parte dos pais neste período. 
Grande parte das adolescentes não possui nenhuma condição financeira imprescindível para ostentar e educar a criança que nascerá. Bem como condição emocional abundante para saber lidar com um bebê. Lembrando-se das mudanças que toda adolescente já se habitua a gravidez, e, tais mudanças tornam-se ainda mais complexas, e nestas ocorrências a adolescente necessitará de ajuda por parte da família, que deverá assistir nesta difícil situação, mas não impossível de ser vivida. Todavia, quando adolescentes se deparam com a gravidez precoce e indesejada é necessário o diálogo com os pais, pois somente estes poderão apoiar estes jovens, sendo que, se os pais dos adolescentes não ampararem será ainda mais difícil para que os jovens criem a criança sozinha. 
Daí a importância de da conversa entre pais e adolescentes, pois o assunto sexualidade deve ser tratado em primeiro lugar dentro de casa, exibindo aos filhos os perigos de não se precaverem na hora do sexo e das futuras consequências que poderão vir caso não utilizem as prevenções. Logo, a fase que pode ser como a mais importante e memorável que é a adolescência deve ser abrangida como a etapa de mudanças que se os jovens não ficarem atentos sofrerão sérias decorrências que é a gravidez precoce e acontecendo isso terão que tomar atitudes de gente grande que é cuidar de um bebê. 
Nesta fase, as adolescentes estão divididas entre hormônios e a responsabilidade, e, por isto, iniciam a atividade sexual cada vez mais cedo aumentando os riscos da gravidez precoce e indesejada. A experiência da gravidez afeta de modo denso e completo a vida das mulheres que a vivenciam, modificando-a definitivamente. Tal fase – de 10 a 19 anos, também é um momento exclusivo, onde os meninos e as meninas começam essa fase cada vez mais cedo. 
Quando a adolescente descobre
que está grávida, automaticamente sua vida fica atordoada, uma vez que as transformações não são exclusivamente no corpo, e sim na mente também. Isso também ocorre com o menino que depara que vai ser pai, suas ansiedades também são enormes, tudo porque querem apenas curtir o tempo de prazer e muitas vezes esquecem-se da devida proteção, como o caso da camisinha. O grave é pensar que a cada dia que passa esse número cresce descontroladamente onde cada vez mais meninas de 14 a 19 anos estão admitindo a responsabilidade de ser mãe ou muitas vezes não admitem nada. 
A adolescência caracteriza-se por um período de novos descobrimentos, novos amigos, uma vida social mais vasta, de tal modo quando ocorre a gravidez, tudo isso pode ser descontínuo, todo esse procedimento de alargamento competente da idade, passa a ser trocado por culpabilidades e papéis de adulta antes da hora, já que na situação em que se encontra a menina se vê obrigada a aplicar-se aos cuidados de mãe. O estrago vem sempre em dobro, pois a menina não é ainda completamente adulta com capacidade de lidar com a situação nem plena adolescente. E, ao engravidar a jovem enfrenta paralelamente os processos de transformação da adolescência e a gestação, significando que nesta fase da vida pode trazer pra si uma sobrecarga de esforços físicos e psicológicos, precisando é claro da ajuda da mãe. 
A revelação da gravidez é um dos grandes problemas da gravidez na adolescência, bem como assumir a culpa, e isso faz com que as adolescentes procurem um especialista, trazendo, portanto, complicações e aumento do risco de ter bebê antecipados e de baixo peso. Vivenciar este momento de adolescência, cuidar da gestação e mais do bebê é tarefa difícil, sendo ainda mais complexo para quem estuda e trabalha, chegando ao ponto de ceder os estudos. Lembrando que o sexo faz parte desta fase, mas sempre com a devida proteção. 
Quanto aos riscos, ter um filho na adolescência, certamente é uma realidade para muitas jovens mães de nossa sociedade, e também cada vez mais comum, estas situações ocorrerem. 
Uma gravidez indesejada nesta fase pode ter milhares de razões para ter acontecido, quais sejam: a não prevenção na hora do ato sexual, ou por causa de algum dos dois não saber como se proteger, ou porque a família não dialogava abertamente e claramente com os futuros pais, enfim os fatores que levam a gravidez na adolescência acontecer é inúmero, como já citado antes.
Excepcionalmente os riscos e consequências que a gravidez traz durante esta fase na vida dos jovens são muito amplos. Tais riscos podem estar ligados tanto no alargamento pessoal da adolescente, quanto ao desenvolvimento social, bem como na vida do jovem. 
Quando a futura mãe não incluir-se numa família bem estruturada e que de muito apoio nesta sofisticada circunstância, é possível que a jovem tenha confusões emocionais. Portanto uma gravidez necessita de muitos cuidados, e especialmente a gravidez na adolescência. E estes cuidados devem ser tomados tanto regulados à saúde do bebê da jovem, como o lado psicológico da menina, pois ser mãe nova, não é uma coisa simples de perceber. Por isso os pais necessitam estar ao lado de seus filhos, em todos os momentos, e não deixar que estes riscos como os da gravidez tornem-se ainda piores, e apresentem maiores consequências, como a mãe jovem repudiar seu filho, o filho crescer num ambiente abandonado, dentre outros riscos, que podem fazer mal tanto a mãe, ao seu filho quanto à família dos jovens envolvidos com a gravidez.
A educação sexual 
A educação sexual diferencia-se primeiramente como anexo de direções ampliadas sobre a sexualidade. Tal processo é completo, e compreende toda a ação exercida sobre o indivíduo no seu dia a dia desde que apareceu, com repercussão direta ou indireta sobre a sua vida sexual no decorrer da vida. Desta forma, a educação sexual é denominada, para alguns autores, como descerimoniosa, brotando no seio da vida familiar reproduz nos jovens os padrões de moralidade, em uma determinada sociedade. Identifica-se ainda nesta naturalidade, a conexão de subsídios dos meios de comunicação de massa. De outro modo, a educação sexual avaliada como formal recebe o espaço institucional das escolas e centros comunitários, como forma de obras, programas e projetos decididos. Esta investida também pode reafirmar conceitos ou, mesmo solicitar a difusão de informações inerentes á sexualidade, acompanhadas de questionamentos e conversas acerca da sexualidade. Freitas sublinha que: 
Outros autores diferenciam a educação sexual da orientação sexual considera a educação sexual derivada do conceito pedagógico de orientação educacional, definindo-se como um processo de intervenção sistemática na área da sexualidade, realizada principalmente em escolas por um educador ou outro profissional capacitado para tal, e aproxima-se do que denominado-se como educação formal. (FREITAS, 1999; p.32).
Diante o exposto, distingui-se, conforme alguns autores, dois novos julgamentos caracterizados para a educação sexual: o primeiro, que se batiza intelectual, preocupa-se com a precisão de opiniões e com a clareza de acepções; e o segundo, agressiva, onde mostra a principal estima da participação nas lutas mundiais, pelas modificações dos padrões de relacionamento sexual. 
Atualmente, esta conceituação é alvo de grande polêmica entre vários autores. Alguns consideram que a educação sexual como um conjunto de teorias e práticas, formais ou informais, aborda, numa aparência educativa, aspecto da sexualidade humana com as crianças e adolescentes. A educação sexual tem por objetivo geral admitir que crianças e adolescentes apreendam a sexualidade como jeito positivo e natural da vida humana, propiciando-se a livre contenda de normas e padrões de conduta em relação ao sexo e o debate das atitudes pessoais relacionadas à própria sexualidade. 
A abordagem da sexualidade não deve ater-se ao tratamento de assuntos biológicos e reprodutoras, pelo contrário, devem conter questionamentos mais abertos sobre o sexo, seus valores, seus aspectos preventivos, como forma de exercício da cidadania. 
A educação sexual é como qualquer processo, duradouro, muitas vezes só é compreendido depois de muito tempo e seguramente não tem poder de modificarem-se em todas as atitudes e condutas dos jovens. Os autores focam a educação sexual, em duas dimensões: Formal e Informal. Ressaltando que na dimensão informal que é preservada a família, onde não só refletem os padrões morais como também não estão dispostos para uma função tão compassiva, como é o caso da educação sexual. As famílias não estão organizadas para a conversa, que é a porta mais segura para tal direção. Na grandeza formal, sugere a questão do processo educacional brasileiro que sempre se esqueceu de melhorar a grade curricular das escolas, conseguintemente sempre ficou a questão da educação sexual em segundo plano. E com isto, a escola nunca se organizou para tal tarefa. 
Em relação aos conceitos, já que nada é mais extraordinário que o conhecimento por meio do diálogo e de pessoas dispostas a aumentar questões, pois é até difícil à investida para crianças e adolescentes. É preciso que todos lutem frente às autoridades, para antecipar a admissão da disciplina nas escolas. A educação sexual, não modifica todas as atitudes do comportamento dos jovens, contudo, aspectos culturais, econômicos, políticos, sociais e históricos, podem transformar a sociedade, onde a criança e os jovens sejam vistos como cidadãos é uma questão de visão holística da situação. 
Segundo FURLANI (1997, p. 35): 
A Educação sexual com adolescente deve ser feito de modo contínuo e permanente, ou pelo menos, deverá durar um bom tempo, para que possam ser discutidas, além de informações, novas atitudes nas pessoas, frente a sexualidade coletiva e a sexualidade individual, ele deve ter a característica de partir das dúvidas existentes nas crianças e jovens dos temas mais urgentes. Cada jovem tem as suas particularidades e interesses. No entanto, minha experiência
de pesquisa aponta os seguintes temas, mais comuns, para adolescência: *Iniciação sexual com parceiros (a primeira transa – aspectos práticos e sociais); *Envolvimento sexual e afetivo com pessoa do mesmo sexo; *Autoerotismo (masturbação) em meninos e meninas; *Virgindade; *Sexo seguro (evitando a gravidez e as DSTs); *As desigualdades sociais frente aos sexos - discussão de gênero e como a sociedade vê homens e mulheres frente a sexualidade; *Os rituais sociocultural na adolescência atual. (FURLANI, 1997, p. 35). 
Neste prisma, a Educação Sexual deve ser acarretada e preparada por alguém que seja da bondade e da veracidade dos jovens. Este é um processo de conquista bem vagaroso. O educador sexual deve frisar que a confiança é o assunto principal. Os jovens precisam se sentir bem, para que haja uma discussão e o trabalho ficará ilimitado. 
É imprescindível levar os jovens a ponderarem nas responsabilidades da prática sexual, eles precisam também debater relações de gênero, ou seja, como as ideias sobre o homem/masculino e a mulher/feminino são arquitetadas na sociedade e, em decorrência, como se compõe as diferenças entre ambos. 
Essa conversa é essencial para a igualdade entre as pessoas e para ultrapassar a preguiça das mulheres em meio a um relacionamento, diante dos homens, nos casos em que se subordinam à violência e ao poder masculino e machista, um dos culpados pelo enigma da garota persistir o uso da camisinha, numa relação amorosa, por exemplo. 
Este é um jeito ligado, transversalmente, com a gravidez na adolescência. A Educação Sexual precisaria ter doutrinas na infância, para que a capacidade de abrangência de nossas crianças, antes mesmo da adolescência. Já é aceitável dialogar sobre menstruação, gravidez, ato sexual, higiene corporal, relações de gênero, vida social, namoro, expressão de afeto, pois estudos despontam que as crianças de hoje sabem muito mais sobre sexualidade do que a nossa geração e a geração de nossos pais sabiam cerca de 30 anos atrás. Deste modo, essa discussão deve, basicamente, apreender como cada mito e cada tabu foram inventados e construídos nas sociedades. Para isso, torna-se imprescindível o conhecimento histórico e político da humanidade e dos seus estabelecimentos sociais como a Igreja, o Estado, as Leis, a mídia e a Escola. 
A influência da mídia na adolescência
A sociedade em que vivemos acolhe as informações e as transformações com muita velocidade, e a adolescente sente-se equívoca, o que simula a sua aptidão subjetiva de lidar com o novo. Isso gera incerteza e dúvidas, e a mídia tem sido a maior vilã neste sentido. Segundo Levisky (1997). A TV e os meios de comunicação grifam uma cultura cuja afinidade social é cada vez mais egocêntrica.
A sociedade contemporânea encontra-se irrequieta e esmaecida de parâmetros, na qual o real e o imaginário se embaraçam.
As estimações transmitidas pela mídia podem admitir o papel de modelo e arquitetar uma identificação. Para Kehl (2001, p. 29-38), a mídia focaliza alguns aspectos como vaidade, egocentrismo e sedução, sobressaindo uma cultura do egocentrismo e consumismo. Ainda segundo o autor, na mídia predomina uma vulgarização do corpo fazendo com que haja incentivo para a sexualidade levando os adolescentes a terem relacionamentos sexuais mais cedo, onde essas relações não são planejadas, também os jovens preparam-se para passar pela sexualidade.
Análise e reflexão 
Conforme pesquisas, percebe-se uma precariedade de informações que seriam importantíssimas para impedir que adolescentes engravidassem. Uma educação sexual apropriada apresenta condições para que a criança e o jovem assumam seu corpo e sua sexualidade com atitudes positivas, sem medo, culpa do preconceito ou da vergonha. A informação favorece o crescimento exterior e o interior engrandece o respeito pela sexualidade do outro, carga pelos próprios atos e direito a sentir prazer, emocionar-se, rir ou chorar, enfim, viver de forma sadia. Devemos permitir o jovem a alargar-se com confiança, estimulando-o a protestar, perguntar, ir à busca de conhecimento, e modificar suas aspirações em valores morais e éticos, informando ativamente de seu ambiente social. 
Ensinar sexualmente constitui guiar a criança para que passe pelas fases de progresso de sua sexualidade de forma que sua vida ativa se estruture de modo bom. Ajudar a criança e o jovem a descobrir uma forma de contentar seus impulsos e sobrepujar os conflitos do ambiente. Favorecer um ajustamento do indivíduo consigo mesmo, livrando-o da angústia que desvia suas energias, de modo inclusivo aos estudos, isto é, muitas crianças e jovens empatam seu tempo procurando apreender o que está sucedendo com o seu corpo e com a sua mente, assim, com comunicação gradual e apropriada os ajudará a subjugar a ansiedade natural provocada pelo próprio incremento. 
A educação sexual caracteriza-se por estar continuamente adequado ás necessidades dos jovens que vivem num mundo em constante mudança. Daí é informal e contínua, onde todos se educam e reeducam consecutivamente, ou seja, as pessoas estão sempre se avaliando, percebendo e escolhendo uma forma harmoniosa de viver, estão sempre determinando o seu comportamento de acordo com a educação em que recebeu, ou busca completar algum vazio em sua vida através do sexo indefinido, buscando prazer e uma forma de amar ou se sentir amado. 
Contudo, todos estão aptos ao processo de educação sexual, em qualquer faixa etária e em qualquer lugar, consciente ou inconscientemente. Vivemos em um mundo globalizado e temos que continuamente organizar o que vemos e ou ouvimos e desenvolver uma opinião pessoal, é um tipo de educação dinâmica, fida mutante e sempre presente. 
Em meio aos progressos das tecnologias e uma alteração bem grande na educação que se dá para a criança e o adolescente, com as modificações ocorridas na própria família e nas instituições escolares, tem-se hoje uma maior visibilidade da sexualidade. Portanto, diz-se que temos a sexualidade como um show disfarçadamente perpetuado á questão do consumo. Todos esses casos novos proporciona uma ampliação dos conhecimentos da sexualidade e das suas relativas vivencias. 
A mídia, por exemplo, é aparelho importante no entendimento e revelação de determinados conceitos, pré-conceitos, tornando, enfim, um forte aliado para debater essas questões e dar visibilidade a elas. No entanto, os programas de divertimento, novelas, reportagens, enfim, uma série de programas lembra a sexualidade, o corpo erótico com ingenuidade. Isto, por consequência, deixa as crianças, os adolescentes e também os adultos mais sujeitos a essa informação. 
Cabe aos profissionais em Serviço Social, guiar pais, escolas e comunidades em geral medidas eficazes de como lidar com os adolescentes de hoje, e a medida mais sensata é uma conversa franca sobre a realidade, responder a eles exatamente o que eles querem saber seja em relação às drogas, o corpo, o sexo, pois se eles não forem educados e organizados sobre estas questões a uma possibilidade bem maior de ele instruir-se de maneira induzida e errada na rua com colegas e acabar sofrendo consequências desagradáveis, como a gravidez indesejada, doenças e muito mais. 
CAPÍTULO V - O SERVIÇO SOCIAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES
A introdução do Serviço Social na área da saúde tende à ascensão, recuperação, amparo e prática em áreas distintas, permitindo um maior nível de alegria das precisões das usufrutuárias. Bem como, tem comprovado que sua interferência proclama na prática profissional dos Assistentes Sociais, uma cobrança da saúde em diversos níveis. 
A institucionalização do Serviço Social como especialização do 
trabalho ocorreu nas décadas de 20 a 30, sob influência católica europeia, a partir das ideias de Mary Richmond e nos fundamentos do Serviço Social de Caso, a técnica está a serviço da doutrina social da Igreja. No Brasil o Serviço Social surgiu no inicio da década de 30 através do movimento de reação da igreja católica, em principio como um trabalho missionário, depois sob o imperativo

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