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* * * MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Prof. MSc André L. Estrela aluiz@pucrs.br * * * É de suma importância saber empregar técnicas e instrumentos para medir e avaliar determinadas características ou habilidades com precisão ..... * * * .... resultando em um processo calcado em bases científicas, dando, desta forma, origem a um trabalho de maior credibilidade. * * * TESTE: É um instrumento, procedimento ou técnica utilizada para se obter uma informação. Forma: escrito, observação, performance * * * MEDIDA É o processo utilizado para coletar as informações obtidas pelo teste, atribuindo-se valores numéricos aos resultados. É uma determinação de grandeza e se constitui no primeiro instrumento para se obter informação sobre algum dado pesquisado As medidas devem ser precisas e objetivas * * * AVALIAÇÃO Determina a importância ou o valor da informação coletada. Decisão: Classifica os testados, reflete o progresso, indica se os objetivos traçados estão sendo alcançados, indica se o sistema de treinamento está sendo satisfatório. Faz comparação com algum padrão. * * * Principal diferença entre MEDIDA E AVALIAÇÃO Medida: Abrange o aspecto quantitativo Avaliação: Abrange o aspecto qualitativo * * * Objetivo das medidas e avaliações em Educação Física Avaliar o estado do indivíduo ao iniciar a programação; Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de supera-lá; Auxiliar o indivíduo na escolha de uma atividade física, que além de motiva-lo, possa desenvolver suas aptidões; * * * Impedir que a atividade seja um fator de agressão; Acompanhar o progresso de indivíduo; Selecionar elementos de alto nível para integrar equipes de competição; Desenvolver pesquisas em Educ. Física; Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento de alunos. * * * PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES Para se avaliar, todas as medidas devem ser conduzidas de acordo com os objetivos do programa; Deve-se lembrar sempre a relação existente entre teste, medida e avaliação; (avaliação é uma tomada de decisão.); Os testes devem ser conduzidos e supervisionados por pessoas treinadas * * * Nenhum teste ou medida é perfeito; Não há teste que substitua o julgamento profissional; Deve sempre existir o reteste para observar o desempenho; Usar os testes que mais se aproximam da situação da atividade a ser desenvolvida * * * Por que fazer uma AVALIAÇÃO FÍSICA? Para verificar a condição inicial do aluno, atleta ou cliente; Para obter dados para a prescrição adequada da atividade; Para programar o treinamento e acompanhar a progressão do atleta/aluno durante o mesmo; Para verificar se os resultados estão sendo atingidos. * * * Quando fazer uma AVALIAÇÃO FÍSICA? No início de qualquer programa de atividade física; No decorrer do período de treinamento; Ao final de um ciclo de treinamento ou quando for necessária uma reformulação do mesmo. * * * Por onde começar uma AVALIAÇÃO FÍSICA Como ponto de partida o interessante é fazer uma Anamnese (questionário), onde constarão perguntas simples, mas de fundamental importância. * * * Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2000) alguns aspectos são importantes para constar em uma anamnese: Histórico Familiar; Diagnósticos clínicos; Exames físicos e clínicos anteriores; Histórico de sintomas; Enfermidades recentes; Problemas ortopédicos; Uso de medicamentos; Alergias. Outros hábitos (atividade física, profissão, dieta, consumo de álcool, fumo...) * * * Por onde começar uma AVALIAÇÃO FÍSICA Como ponto de partida o ideal é fazer uma anamnese, onde deverão aparecer perguntas simples, mas de fundamental importância. Um exemplo é o Par-Q Questionário sobre Prontidão para Atividade Física (Physical Activity Readiness Questionnaire), que tem sido recomendado como padrão mínimo pelo ACSM para indivíduos entre 15 e 69 anos * * * NENHUM TESTE OU MEDIDA É PERFEITO DEVE SEMPRE HAVER O RETESTE PARA QUE POSSAMOS AVALIAR O DESEMPENHO Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * CINEANTROPOMETRIA Palavra de origem grega que significa: “MEDIR O HOMEM EM MOVIMENTO” * * * BREVE HISTÓRICO Sem sombra de dúvida, o fenômeno que mais tem captado a atenção do ser humano através da sua história, tem sido o próprio homem, e tão complexo é analisar sua totalidade que se faz necessário dividi-lo, e uma destas divisões, é a cineantropometria. * * * BREVE HISTÓRICO 400 a.C. Hipócrates faz as primeiras referências ao conceito de estrutura humana, foi um dos primeiros a classificar os indivíduos segundo sua morfologia em tísicos ou delgados e apopléticos ou musculosos. Século XVII Elsholtz emprega pela 1ª vez o termo “antropometria” em uma série de estudos morfológicos realizados na Universidade de Pádua. * * * BREVE HISTÓRICO 1930 desenvolve-se um “compasso”, similar a uma pinça que permite medir a gordura em determinadas partes do corpo. 1972 pela primeira vez usa-se o termo “cineantropometria” num artigo de Willian Ross na revista científica belga Kinanthropologie. * * * BREVE HISTÓRICO 1976 no Congresso Científico Olímpico (Montreal 1976). A cineantropometria foi apresentada pela primeira vez como uma especialidade emergente e de grande aplicabilidade na área da atividade física, nutrição e alto rendimento. 1978 acontece o 1o Congresso Mundial de Cineantropometria. Até 1990 haveriam outros três. A cineantropometria é reconhecida como ciência. * * * BREVE HISTÓRICO No final dos anos 70 início dos 80 desenvolvem-se os principais métodos de mensuração e avaliação da composição corporal: Ultra-som, Tomografia computado-rizada, Bio-Impedância, etc. Mais a frente em 1987 surge o DEXA. 1939 BRASIL. É introduzido o ensino da Biometria nas Escolas de Educação Física. Em 1984 é lançado o primeiro livro que início ao estudo da Cineantropometria * * * KINEIN: O sufixo significa “movimento” e reflete o estudo do movimento, das trocas que ocorrem no homem. É o símbolo da vida, da evolução e do desenvolvimento do ser humano. CINEANTROPOMETRIA ANTHROPOS: O tema central cujo significado é “homem” o qual vamos medir, o objeto principal do nosso estudo. METREIN: O sufixo que tem um significado de fácil compreensão, “medida”. * * * MÉTODOS DE VALORAÇÃO DIRETOS: DISSECAÇÃO DE CADÁVERES INDIRETOS: PESAGEM HIDROSTÁTICA DEXA (Dual Energy X-Ray Absorptiometry) DUPLAMENTE INDIRETOS: BIO-IMPEDÂNCIA ANTROPOMETRIA * * * PESAGEM HIDROSTÁTICA * * * MÉTODO DXA * * * Posição supinada; Área de escaneamento 60 x 200 cm; Escaneamentos transversais com intervalos de 1cm da cabeça aos pés; Cada escaneamento gera 120 pixels; Tempo de escaneamento 20-25min; Exposição a radiação 0,02-1,0 mrem MÉTODO DXA * * * BIO-IMPEDÂNCIA * * * Não comer ou beber a menos de quatro horas do teste; Não fazer exercícios a menos de 24 horas do teste; Urinar a menos de 30 minutos do teste; Não consumir álcool a menos de 48 horas do teste; Não tomar medicamentos diuréticos a menos de sete dias do teste Mulheres em período pré-mestrual não devem fazer o teste. Protocolo para realização de BIA * * * ANTROPOMETRIA O ser humano pode ser descrito com grande precisão através de medidas de sua morfologia externa, tais como segmentos ou alturas, diâmetros, perímetros e dobras cutâneas. O uso da dobra cutânea é um dos mais práticos e hábeis métodos na avaliação corporal em populações adultas entre 20 e 50 anos de idade, isto porque aproximadamente 70% da gordura corporal total está localizada subcutâneamente. * * * O QUE MEDIR? DOBRAS PERÍMETROS DIÂMETROS SEGMENTOS * * * COMPASSO DE DOBRAS * * * Procedimento O compasso deve ser manuseado com a mão direita, com a mão esquerda pinçamos o tecido subcutâneo entre o polegar e o indicador, cuidando para o músculo não seja pinçado junto, na dúvida solicita-se uma leve contração e posterior relaxamento do músculo. As extremidades do compasso são ajustadas perpendicularmente à prega a uma distância de aproximadamente 1 cm do ponto onde a prega foi pinçada, aguarda-se dois segundos antes de efetuar a leitura. * * * O QUE MEDIR? DOBRAS PERÍMETROS DIÂMETROS SEGMENTOS * * * FITA MÉTRICA * * * Procedimento Tomar a fita métrica na mão direita e a extremidade livre na mão esquerda. Deve-se ter o cuidado de manter a fita formando um ângulo reto como o eixo do osso ou com o segmento que se está medindo. A fita passa ao redor do local onde se vai realizar a medida, cuidando para não comprimir a pele. * * * O QUE MEDIR? DOBRAS PERÍMETROS DIÂMETROS SEGMENTOS * * * PAQUíMETRO E ANTROPÔMETRO * * * Procedimento As ramas do paquímetro ou do antropômetro devem estar colocadas entre os dedos polegar e indicador, utiliza-se o dedo médio para localizar o ponto anatômico. Deve-se aplicar uma pressão firme sobre as ramas para minimizar a espessura dos tecidos como músculos e gordura. * * * O QUE MEDIR? DOBRAS PERÍMETROS DIÂMETROS SEGMENTOS * * * SEGMÔMETRO * * * Procedimento As ponteiras do segmômetro devem estar colocadas sobre os pontos anatômicos demarcados. Devemos ter o cuidado para que a fita não fique em contato com o segmento a ser medido pois isso acarretaria, em muitos casos, a deformação da fita de acordo com a conformação do mesmo. * * * POR QUE MEDIR? DOBRAS: Através do conhecimento dos valores das dobras cutâneas poderemos determinar o percentual de gordura total do indivíduo ou a quantidade de gordura no local avaliado. PERÍMETROS: Através do conhecimento dos valores dos perímetros, subtraído-se daí o valor da dobra cutânea, poderemos determinar o desenvolvimento muscular no local medido. * * * POR QUE MEDIR? SEGMENTOS: Através do conhecimento dos tamanhos dos segmentos poderemos determinar a posição correta de móveis, equipamentos e utensílios utilizados no dia a dia, proporcionando desta forma um melhor posicionamento ergonômico do indivíduo. DIÂMETROS: Através do conhecimento dos valores dos diâmetros, poderemos determinar o desenvolvimento esquelético do indivíduo. * * * UTILIZAÇÃO PRÁTICA NA EDUCAÇÃO FÍSICA AVALIAÇÃO DA RECUPERAÇÃO MUSCULAR; AVALIAÇÃO GERAL DO INDIVÍDUO; ANÁLISE DA SIMETRIA MUSCULAR; ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE EQUIPAMENTOS PARA SEGURANÇA NO TRABALHO; * * * UTILIZAÇÃO PRÁTICA NA EDUCAÇÃO FÍSICA AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO OU RECONFIGURAÇÃO DE LOCAIS DE TRABALHO; FORMULAÇÃO DE PROGRAMAS ADEQUADOS DE ATIVIDADE FÍSICA; * * * CUIDADOS GERAIS Local amplo e com regulação de temperatura; Vestimenta (menor roupa e descalço); Medidas realizadas do lado direito; Marcar pontos anatômicos antes de iniciar as medidas. * * * RECOMENDAÇÕES Explicação sobre os procedimentos; Trocas de posição do avaliado de forma não brusca; Estudos ao longo do tempo, respeitar horário que os testes foram feitos pela primeira vez; É conveniente contar com a colaboração de um ajudante. * * * Avaliação da flexibilidade FLEXIBILIDADE É uma capacidade física que pode ser relacionada à saúde e ao desempenho desportivo e descreve a Amplitude de Movimento que uma articulação pode realizar. * * * Avaliação da flexibilidade 1998 - A recomendação do Colégio Americano de Medicina Esportiva diz que, um programa ótimo de atividade física deve incluir não somente exercícios cardiovasculares e de resistência muscular mas também exercícios de alongamento. “SE QUEREMOS MELHORAR A CAPACIDADE TEMOS QUE TREINÁ-LA” * * * Avaliação da flexibilidade Em relação aos desportos os principais estudos na área tem demonstrado a importância da flexibilidade para o desempenho das outras capacidades físicas, cooperando para um menor gasto energético quando há uma amplitude de movimento adequada do atleta. * * * Avaliação da flexibilidade MANIFESTAÇÃO DA FLEXIBILIDADE A flexibilidade pode se manifestar de maneira ativa ou passiva. ATIVA: A maior amplitude de movimento possível, que o indivíduo pode realizar devido à contração da musculatura agonista. PASSIVA: A maior amplitude de movimento possível que o indivíduo pode alcançar sob ação de forças externas. * * * Avaliação da flexibilidade Flexibilidade Flexibilidade ativa passiva A flexibilidade passiva é sempre maior que a ativa * * * Avaliação da flexibilidade RESERVA DE FLEXIBILIDADE É a diferença entre a flexibilidade passiva e a ativa, Ela explica a possibilidade de melhora da flexibilidade ativa através da fortalecimento da musculatura agonista e pela maior capacidade de alongamento dos antagonistas. * * * Avaliação da flexibilidade COMO PODEMOS MEDIR A FLEXIBILIDADE Os métodos para medida da flexibilidade podem ser classificados em função das unidades de mensuração dos resultados em 3 tipos principais: ADIMENCIONAIS LINEARES ANGULARES * * * Avaliação da flexibilidade TESTES ADIMENSIONAIS Quando não existe uma unidade convencional, como ângulo ou centímetros para expressar os resultados obtidos. Eles não dependem de equipamentos, utilizando-se somente de critérios ou mapas de análise. Ex: Flexiteste * * * Avaliação da flexibilidade TESTES LINEARES Expressam os resultados em escala de distância, em centímetros ou polegadas, utilizando-se de fitas métricas, réguas ou trenas. Ex: Sentar e Alcançar * * * Avaliação da flexibilidade * * * Avaliação da flexibilidade TESTES ANGULARES Seus resultados são expressos em graus. O termo utilizado para a medidas de ângulos é “goniometria”. Os instrumentos que utilizamos são os goniômetros, os mais utilizados são o goniômetro universal e o goniômetro pendular (ou flexímetro). * * * Avaliação da flexibilidade * * * Avaliação da flexibilidade IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE Permite ao professor de Educação Física ou ao Profissional da Saúde avaliar... O nível da capacidade física; As disfunções musculares; A predisposição a patologias do movimento; Os avanços no treinamento ou na recuperação funcional * * * Avaliação da flexibilidade É insuficiente medir a FLEXIBILIDADE, o que se deve buscar é a análise dos resultados dos testes, a fim de se indicar os efeitos do exercício de alongamento em benefício da saúde, do desporto ou da doença. Conforme os resultados encontrados pode-se determinar quais grupos musculares precisam de maiores índices de alongamento.
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