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TOXICOLOGIA DE INSETICIDAS I RELEVANCIA, CONCEITOS, PARAMETROS TOXICOLOGICOS E FORMULAÇÕES

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What is Life? 
The Layman's View of Nature 
(1949) 
“The Creator, if He exists, 
has an inordinate fondness 
for beetles” 
J.B.S. Haldane 
[O Criador, se Ele existe, nutre um apreço 
desproprocionado a besouros] 
The Sheep Look up 
(1972) 
“And I presume on the 8th 
day God called you and said, 
‘I changed my mind about 
insects” 
John Brunner 
[E eu presumo que, no 8o dia, Deus o 
tenha chamado e dito, ‘Eu mudei de idéia 
sobre insetos’] 
Paradoxos a considerar 
• 1º Paradoxo: insetos 
Diversidade & benefícios 
vs 
Percepção negativa 
• 2º Paradoxo: inseticidas 
Aumento de produção agrícola e prevenção de doenças 
vs 
Segurança humana e ambiental 
• 3o Paradoxo: inseticidas 
Uso de pesticidas no manejo de pragas 
vs 
Problemas de falhas de controle com pesticidas 
 
 
Toxicologia de Inseticidas I: 
Relevância, Conceitos, Parâmetros 
Toxicológicos e Formulações 
Raul Narciso C. Guedes 
Prédio da Entomologia, Sala 311 
guedes@ufv.br 
Toxicologia de Inseticidas: subsidia 
base de decisões relativa ao 
controle químico 
• Relevância, conceitos, parâmetros 
toxicológicos, formulações 
 
• Classificação e principais inseticidas 
 
• Modo de ação 
 
• Limitações do uso 
1. Introdução e Relevância 
• Componentes do MIP 
– Identificação do Problema 
– Amostragem e Tomada de 
Decisão 
– Métodos de Controle 
• Cultural 
• Biológico 
• Químico 
• Resistência de plantas 
• Outros 
Controle Químico 
• Método de controle mais utilizado... 
 
• Agrotóxicos, Produtos Fitossanitários, 
Pesticidas ou Praguicidas? 
 
• Termo técnico: pesticidas ou praguicidas 
 
• Inseticidas 
Pesticida/ha de terra cultivada 
(Kg/ha; 2005-2009) FAO Statistics Yearbook (2013) 
Aumento de produção agrícola e prevenção de doenças 
vs 
Segurança humana e ambiental 
• Agente: 
– Organismo vivo 
(patógeno, 
parasitóide ou 
predador) 
• Problemas: 
– Eficiência 
– Custo 
– Predição 
– Impacto ambiental: 
• Agente: 
– Substância 
(pesticida) 
• Problemas: 
– Impacto ambiental 
– Saúde humana 
 
Controle Biológico vs. 
Controle Químico 
“Easy to pour, impossible to recover” 
(Simberloff & Stiling, 1996) 
[fácil de despejar, impossível de recuperar] 
2. Conceitos em Toxicologia 
• Pesticida 
– Qualquer substância ou mistura de substâncias 
utilizadas para prevenir, destruir, repelir ou 
atenuar pragas ou pestes 
– Inseticidas - pesticidas utilizados para controlar insetos-praga 
• Toxicologia 
– Ciência em que se estuda os efeitos (adversos) de 
compostos químicos em organismos vivos 
– Toxicologia de pesticidas 
• Ramo da Toxicologia em que se estuda efeitos de 
pesticidas (= praguicidas) em organismos vivos 
Toxicidade e Relação Dose-
Resposta 
• Toxicidade: 
– Refere-se a 
capacidade inata de 
um composto ser 
venenoso sob 
condições 
experimentais 
– Estimada por relação 
dose-resposta 
– DOSE determina o 
VENENO 
Dose 
M
o
rt
a
li
d
a
d
e
 
DL50 
Relação Dose-Resposta: 
Doses Letais 
M
o
rt
a
li
d
a
d
e
 (
%
) 
Log Dose 
DL50 
Relação Dose-Resposta: 
Dose Letal e Classificação de Inseticidas 
Classe II – Faixa Amarela – Altamente Tóxico 
Classe III – Faixa Azul – Medianamente Tóxico 
Classe I – Faixa Vermelha – Extremamente Tóxico 
Classe IV – Faixa Verde – Pouco Tóxico 
< DL50 
> DL50 
Indica a toxicidade a mamíferos 
Advertência para quem manipula o pesticida 
Classificação Toxicológica ao Homem 
Classes Cor da 
tarja 
DL50 (mg/kg) para ratos* CL50 
inalatória em 
1 h (mg/mL) 
Olhos Pele 
Via oral Via dérmica 
Sólido Líquido Sólido Líquido 
I. Extremamente 
tóxico Vermelha <5 <20 <10 <40 < 0,2 
Opacidade da córnea 
reversível ou não em 7dias. 
Irritação permanente 
Corrosivo 
II. Altamente 
tóxico 
Amarela 5 a 50 20 a 2000 
10 a 
100 
40 a 400 0,2 a 2 
S/ opacidade. Irritação 
reversível em 7dias 
Irritação 
severa 
III. Medianamente 
tóxico 
Azul 
50 a 
500 
200 a 2000 
100 a 
1000 
400 a 
4000 
2 a 20 
S/ opacidade. Irritação 
reversível em 72h 
Irritação 
moderada 
IV. Pouco tóxico 
Verde >500 >2000 >1000 >4000 >20 
S/ opacidade. Irritação 
reversível em 24h 
Irritação 
leve 
Risco Toxicológico 
•Grau de perigo de envenenamento 
ao se usar um composto químico 
(p.ex., pesticida) 
–Diferente de toxicidade de um 
composto, mas depende dela 
• Depende de: 
–Toxicidade do composto 
–Uso do composto 
Risco de Inseticidas 
Risco de Inseticidas 
Risco de Inseticidas 
Agente tóxico No. casos (intoxicação) % Casos 
Medicamentos 26.384 30,71 
Pesticidas (uso agrícola) 4.074 4,74 
Pesticidas (uso doméstico) 2.820 3,28 
Produtos veterinários 1.084 1,26 
Raticidas 2.936 3,42 
Domissanitários 10.554 12,28 
Cosméticos 1.286 1,50 
Produtos químicos industriais 5.526 6,43 
Metais 395 0,46 
Drogas de abuso 3.855 4,49 
Plantas 1.303 1,52 
Alimentos 738 0,86 
Animais peçonhentos (serpentes) 3.189 3,71 
Animais peçonhentos (aranhas) 2.937 3,42 
Animais peçonhentos (escorpiões) 6.912 8,04 
Outros animais peçonhentos/venenosos 4.549 5,29 
Animais não-peçonhentos 3.178 3,70 
Desconhecido 1.957 2,28 
Outro 2.248 2,62 
Total 85.925 100,00 
Obs: Ocorreram 1915 casos de suicídio e 980 intoxicações ocupacionais por uso de pesticidas (agrícolas) 
em 2008. Foram 144 óbitos 23 sequelas por pesticidas (agrícolas) no Brasil em 2008. 
Fonte: Serviço Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX (2010) 
http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=319 
Risco de Inseticidas 
Agente tóxico _______ No. casos (intoxicação) % Casos ____%Óbitos__ 
Medicamentos 27.008 27,27 25,44 
Pesticidas (uso agrícola) 4.656 4,70 32,75 
Pesticidas (uso doméstico) 2.146 2,17 1,76 
Produtos veterinários 835 0.85 1,25 
Raticidas 2.291 0,23 3,27 
Domissanitários 7.987 8,06 2,26 
Cosméticos 1.467 1,48 - 
Produtos químicos industriais 5.015 5,06 6,55 
Metais 288 0,29 - 
Drogas de abuso 7.998 8,07 10,58 
Plantas 1.185 1,20 0,25 
Alimentos 2.228 2,24 - 
Animais peçonhentos (serpentes) 4.532 4,58 5,54 
Animais peçonhentos (aranhas) 3.768 3,80 0,25 
Animais peçonhentos (escorpiões) 12.494 12,61 3,78 
Outros animais peçonhentos/venenosos 5.796 5,85 1,26 
Animais não-peçonhentos 4.238 4,27 - 
Desconhecido 2,711 2,73 1,76 
Outro _2,392_________________ 2.41____________3,27____ 
Total __________ _99.035 100,00___________ 0,40---__ 
Obs: Ocorreram 1.903 tentativas de suicídio e 1.172 intoxicações ocupacionais por uso de pesticidas (agrícolas) 
em 2012. Foram 144 óbitos 23 sequelas por pesticidas (agrícolas) no Brasil em 2012. 
Fonte: Serviço Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX (2012; acesso 2015) 
http://www.fiocruz.br/sinitox/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=8 
Percepção 
Percepção Pública de Risco 
Ou seja:Os riscos de uso de 
pesticidas são 
superestimados 
pelo público! 
 
Por que? 
• Incompreensão do 
uso e importância 
•Publicidade 
provocada por 
acidentes e uso 
indevido 
Fonte: Science of Food and Agriculture (1987) 
Veículos automotores 
Motocicletas 
Nadar 
Aviação em Geral 
Bicicletas 
Caçar 
Eletrodomésticos 
Aviação Comercial 
Microtratores 
Skiar 
PESTICIDAS 
Aerosóis 
Pesticidas na percepção 
de empresários 
Pesticidas na percepção 
de mulheres acima de 21 
anos 
Pesticidas na percepção 
de universitários 
Nivel de Risco Real Como Visto pelo Público 
Estudos Requeridos para 
Avaliação Toxicológica 
• Animais de laboratório visando 
extrapolação para humanos 
– Toxicidade 
• a curto prazo em animais (ratos 
camundongos) 
• dérmica subaguda se houver risco de 
exposição humana não-intencional 
• crônica e subcrônica (1 roedor e 1 não-
roedor) 
– Estudos 
• Mutagênese, teratogênese e carcinogênese 
• Reprodução (e a prole) 
• Metabolismo e excreção, efeitos 
neurotóxicos 
• Resíduos 
3. Parâmetros Toxicológicos 
• Nível de Não Efeito (NNE ou NOEL) 
– (mg subs./kg peso/dia) 
• Fator de segurança (FS) 
– 100 ou 1000 
• Ingestão Diária Aceitável (IDA) 
– IDA = NNE/FS 
• Limite Máximo de Resíduo (LMR) 
• Dieta Alimentar 
• Período de Carência ou 
Intervalo de Segurança 
• Período de Reentrada 
Estabelecimento de Limite Máximo 
de Resíduos de Pesticidas 
Estudos 
toxicológicos 
mg i.a./Kg ração 
Nível de não efeito 
(NNE ou NOEL) 
(mg i.a./kg peso/dia) 
Fator de 
Segurança 
(FS = 100) 
Ingestão diária 
aceitável (IDA) 
(mg i.a./kg peso/dia) 
Boas práticas 
agrícolas 
Resíduo (mg i.a./Kg produto) 
Dieta usual 
Máxima ingestão 
potencial (MIP) 
(mg i.a./kg peso/dia) 
Vs. 
IDA > MIP 
IDA < MIP 
Possibilidades: 
OK 
Problema; para solucionar 
pode alterar prática agrícola: 
 - diminuir dose 
 - aumentar 
 período de carência 
Período de Carência e 
Degradação de Pesticidas 
• Período de carência: 
– Tempo decorrido entre a última aplicação ou 
tratamento inseticida e a colheita ou coleta 
– Se extendido, favorece degradação do 
inseticida (normalmente minimiza risco) 
 
• Degradação de 
 pesticidas: 
– inicia-se tão logo sejam 
 sintetizados e purificados 
Fonte: Blinn et al. 1959 
Resíduo de 
malatiom em 
casca de laranja 
Dias após aplicação 
 R
e
s
íd
u
o
 (
m
g
/K
g
) 
 R
e
s
íd
u
o
 (m
g
/K
g
) 
Resíduos de pesticidas em 
alimentos 
Da Mata & Ferreira (2015) 
Agrotóxicos no Brasil. Monografias. 
 Obs: 75% das amostras foram satisfatórias (ANVISA, 2012) 
Classificação de Potencial de 
Periculosidade Ambiental 
Classes Significado 
I Altamente Perigoso 
II Muito Perigoso 
III Perigoso 
IV Pouco Perigoso 
 Bioacumulação, 
 Persistência, 
 Transporte, 
 Toxicidade, 
 Potencial mutagênico, 
teratogênico e carcinogênico 
4. Formulações Inseticidas 
• Componentes 
– Ingrediente ativo (i.a.) 
– Solvente 
– Produto Inerte e/ou 
– Adjuvantes 
• Tipos 
Produto 
técnico 
Forma apropriada 
Para uso 
Tipos de Formulações 
Pré-
mistura 
Pó-Molhável 
PM 
Pó-Solúvel 
PS 
Concentrado 
Emulsionável 
CE 
Suspensão 
Concentrada 
SC 
Outras 
Pronto 
uso 
Pó Seco 
Granulado 
G 
Soluções 
concentradas 
Outras 
Outros Tipos de Formulação 
• Comprimidos, 
pastilhas, tabletes 
 
• Pincelamento 
 
• Trat. Sementes 
 
• Aerosóis, etc. 
Importância do Conhecimento 
sobre Formulações 
• Elaboração de Receita Agronômica 
• Adequabilidade ao produtor 
– Preço 
– Disponibilidade de equipamento 
– Medição de volume vs. peso 
– Transporte 
– Armazenamento 
5. Classificações de Inseticidas 
• Finalidade 
– Insetos em geral = inseticidas 
– Afídeos = aficidas (ex. pirimicarbe) 
– Formigas = formicidas (ex. sulfluramida) 
• Penetração no inseto 
– Contato = via exoesqueleto 
– Fumigação = via espiráculos 
– Ingestão = via intestino 
Translocação no Organismo 
Tratado 
• Sistêmicos: translocam-se através do 
sistema vascular das plantas 
– Pragas sugadoras de seiva e minadores 
em menor grau 
• Profundidade: ação translaminar 
– Capaz de atingir a praga do lado oposto da 
superficie foliar

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