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Trabalho Alelopatia em sementes de alface

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II Colóquio de Botânica e Ecologia Macapá-AP, 13 e 14 de Novembro de 2017 
 
 
 O EFEITO ALELOPÁTICO DO EXTRATO AQUOSO DE FOLHAS DE 
Eucalyptus urograndis SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE 
ALFACE (Lactuca sativa). 
 Cleice C.M Gomes Dias1*, Emanuel M. Brandão1, Wanderson N. Lima1, Débora O. Souza1 
1Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Laboratório de Botânica e Educação Ambiental (LABOT), Campus Marco 
Zero do Equador, Macapá-AP, Brasil.*cleicecmg@hotmail.com 
 
 
Introdução 
 O E. urograndis é um hibrido desenvolvido no Brasil, 
através do cruzamento do E. grandis x E. urophylla que 
favorece o bom crescimento do eucalipto[1]. Esses 
vegetais liberam no ambiente uma variedade de 
metabólitos primários e secundários a partir de folhas, 
raízes e da serapilheira em decomposição, que interagem 
no meio ambiente, liberando substâncias tóxicas que 
inibem o crescimento de outra planta. Essas substâncias 
são chamadas de compostos alelopáticos[2]. Para a 
constatação dos efeitos alelopáticos do eucalipto, utilizou-
se a Lactuca sativa (alface) devido esta ser um 
bioindicador excelente para análise laboratorial e pela sua 
rápida propagação germinativa. Diante disso, o objetivo 
deste trabalho é verificar os efeitos alelopáticos de extrato 
aquoso originados das folhas de eucaliptos (E. 
urograndis) na germinação de sementes de alface. 
Metodologia 
 O E. urograndis foi coletado na rodovia do Curiaú-
Macapá e encaminhado ao laboratório, onde preparou-se 
o extrato de eucalipto com a concentração de 0,05g.ml-
1(com água destilada), sendo trituradas (3min no 
liquidificador) e coadas (filtro de papel). As placas foram 
forradas com filtro de papel de mesmo diâmetro 
(90x15mm) e colocadas 10 sementes por petri a 5ml de 
extrato ou água[3]. As amostras foram etiquetadas como 
de controle (concentração 0% com água) e de tratamento 
(concentrações 25%, 50%,75% e 100% de extrato), 
totalizando 5 amostras com 4 repetições cada. Foram 
contabilizados o número de sementes germinadas 
diariamente no prazo de 6 dias, verificando a taxa de 
germinação, índice de velocidade de germinação (IVG) e 
comprimento, obtendo-se também a média e o desvio 
padrão[4]. 
Resultados e Discussão 
 Verificou-se que o percentual de germinação (%G) e o 
Índice de velocidade de germinação (IVG) da alface foi 
diminuindo em todas as concentrações quando 
comparado ao controle (0%), tendo uma redução 
significante com o aumento da concentração do extrato. 
Nas médias de germinação entre os tratamentos 0 e 25%, 
50 e 75% e 75 e 100% não há significância, já nos 
tratamentos entre 0 e 50%, 0 e 75%, 0 e 100%, 25 e 50%, 
25 e 75%, 25 e 100% e 50 e 100% podemos notar valores 
significativos, mostrando que a taxa de germinação foi 
afetada com o aumento da concentração de eucalipto. Ao 
analisar o Índice de Velocidade de Germinação (IVG) 
notou-se que entre os tratamentos 0 e 25%, 0 e 50%, 0 e 
75%, 0 e 100%, 25 e 50%, 25 e 75%, 25 e 100% e 50 e 
100% possuem significância, onde as concentrações de 
eucalipto influenciaram na taxa de velocidade das 
sementes de alface. Na medição do comprimento da 
plântula, nota-se nos tratamentos entre 25 e 75%, 25 e 
100% e 50 e 100% valores significativos nos 
comprimentos de uma concentração para outra. 
 
Tratamento 
(%) 
%G IVG Comp 
(cm) 
0 
97,5 ± 5 13,0 ± 1,01 3,03±0,8 
25 
77,5 ± 25 8,0 ± 2,5 4,13±1,7 
50 
30 ± 16,33 2,2 ± 1,5 3,63±1,1 
75 
12,5 ± 5 0,8 ± 0,3 1,46±0,37 
100 
7,5 ± 9,57 0,2 ± 0,35 0,51±0,3 
 Tabela 1. Porcentagem de germinação (%G), Índice de 
velocidade de germinação (IVG) e comprimento da plântula de 
sementes de alface cultivadas em extratos aquosos de folhas de 
Eucalyptus urograndis. 
Conclusões 
 O extrato obtido através das folhas de Eucaliptus 
urograndis reduziram o processo de germinação das 
sementes de alface conforme o aumento das 
concentrações (25%, 50%, 75% e 100%), confirmando 
seu efeito alelopático sobre esta espécie (Lactuca sativa). 
Agradecimentos 
 Ao Botânico e Fisiologista Dr. Davi Silva Dalberto, 
coordenador do Laboratório de Botânica e Educação 
Ambiental (LABOT), UNIFAP. 
Referências Bibliográficas 
[1] Queiroz M.M.2007. Comportamento De Espécies De 
Eucalyptus Em Paty Do Alferes,RJ. Rio de Janeiro. 06 pg. 
Monografia.Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro; 
[2] Ferreira A.G. Aquila, M.E.A. Alelopatia: Uma Área 
Emergente Da Ecofisiologia. R. Bras.Fisiol.Veg. 12(Edição 
Especial):175-204, 2000; 
[3] Souza V.M.; Cardoso S. B. Efeito Alelopático Do Extrato 
De Folhas De Eucalyptus Grandis Sobre A Germinação De 
Lactuca Sativa L. ( Alface) E Phaseolus Vulgaris L.(Feijão). 
Revista Eletrônica de Educação e Ciência – 2013; 3(2): 01-06 
[4] Yamagushi, M. Q.; Gusman, G. S.; Vestena, S. Efeito 
alelopático de extratos aquosos de Eucalyptus globulus 
Labill. e de Casearia sylvestris Sw. sobre espécies 
cultivadas. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 32, n. 4, p. 
1361-1374, out./dez. 2011;

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