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O darwinismo social presente no Brasil do século XXI

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jusbrasil.com.br
24 de Setembro de 2017
O darwinismo social presente no Brasil do século XXI
Este artigo analisa o comportamento do brasileiro diante das diferenças sociais
causadas por políticas eugênicas que ainda se perpetuam no inconsciente coletivo
dos brasileiros.
No período de 1917 a 1936, a eugenia no Brasil produziu mobilização da
intelectualidade de forma que novas diretrizes educacionais moldassem
comportamentos. O Boletim de Eugenia, periódico dirigido pelo médico Renato
Ferraz Kehl, contribuiu muito para a “novidade científica". Tanto o Boletim quanto
as Constituições de 1930 e 1937 fomentaram propostas para a educação
relacionada aos ideais eugênicos, tais como o estímulo à educação [eugênica] para
higiene social, a obrigatoriedade, na Constituição de 1937, da educação física em
todos os níveis de ensino como medida para se alcançar a estética ideal [eugenia].
A concentração populacional e a estrutura econômica e social embutida no sistema
capitalista trouxeram inúmeros problemas sociais, tais como insalubridade,
doenças epidêmicas, péssimas condições de trabalho e moradia, aumentando ainda
mais as discriminações advindas com a formação das distintas classes sociais
(Alves, 2001).
Segundo Teixeira (1976), o sistema educacional mantida em razoável
funcionamento até 1930, consistia de um ensino primário gratuito, mas de
oportunidade reduzida, o ensino secundário pago, para servir de estrangulamento
a qualquer desejo de ascensão social, e o ensino superior gratuito de caráter
extremamente ineficiente. Assim, a concepção do sistema escolar brasileiro, entre
os anos de 1920 a 1930, era selecionador e não formulador. Diante desta
arquitetura, que se visava manter privilégios de camadas sociais e econômicas mais
elevadas, pode-se dizer que a educação servia para a elite brasileira, tanto que os
pais abastados mandavam seus filhos estudarem fora do Brasil (Azevedo, 2005). O
sistema de ensino então impedia a mobilidade social, de forma a manter certos
indivíduos dentro de seu status social.
PUBLICAR CADASTRE-SE ENTRARPESQUISAR
A Constituição Federa de 1934, pela primeira vez na história brasileira, garantia à
educação para todos os brasileiros. No artigo 150, alínea a, o Plano Nacional de
Educação era competência da União, porém a educação correspondia também à
fixação do Estado Novo, com traços ditatoriais. Na Era Vargas, o sistema
educacional tinha a finalidade de manipular os subalternos, pois a classe
trabalhadora passava a um ter acesso à escola, mas o tipo de oferta não deveria
possibilitar a mobilidade social (Silva e Silva Viva, 2006).
Para boa parte dos eugenistas, o foco eram os jovens em idade escolar despertando
neles o compromisso com os ideais eugênicos, principalmente instruindo os jovens
a não realizar matrimônio entre raças e classes sociais diferentes, bem como gerar
filho, entre casais considerados sadios, eugenicamente, de forma que contribuísse
para a formação de uma elite nacional perfeita. O processo de eugenia no Brasil
teve seus pilares construídos graças à Constituição de 1934:
Artigo 138, “a União, os Estados e aos Municípios, nos termos das respectivas
leis caberia: a) estimular a educação eugênica”.
Através dessa alínea, os eugenistas visavam conscientizar os jovens e adultos de
forma que o matrimônio entre pessoas de uma mesma classe social e étnica
deveriam ser à base do aperfeiçoamento da estrutura social brasileira.
É de fácil constatação, que os ideais de eugenia, e seus defensores, não
encontraram dificuldades para incutir suas convicções ideológicas; graças ao
dispositivo Constitucional, o pensamento de exclusão social para melhoria da
saúde física e psíquica do povo brasileiro foi possível.
O Brasil sempre apresentou diferenças abissais entre as camadas sociais, de forma
que a mobilidade social estava restrita às classes sociais mais elevadas. Pode-se
dizer que a educação voltada para diferenciações sociais e étnicas, por longas
gerações, possibilitou a criação no inconsciente coletivo, de que nordestino e negro
não tivessem capacidades para acompanhar o desenvolvimento que se esperava
das mentalidades eugênicas.
Essa mentalidade influenciou pais, que por sua vez, passou a influenciar os filhos,
de maneira que as crianças conceituadas como geneticamente propensas
(superiores geneticamente) a harmonia social passassem a discriminar crianças, e
até adultos, que tivessem traços caracterizadores de arruaceiros, pessoas
propensas à criminalidade. De certa forma tais pessoas que se caracterizavam
como propensas à criminalidade eram principalmente da raça negra, o que se
explica a segregação, velada, aos negros, para os morros, de maneira que estes não
tivessem contato contínuo com as pessoas consideradas “sangue bom" - o termo foi
usado por Francis Galton para conceituar pessoas geneticamente propensas à
civilidade, enquanto "sangue ruim" seria indivíduo propenso, geneticamente, a
criminalidade.
Não podemos esquecer que a eugenia foi criada no período em que a Europa
apresentava gravíssimos problemas de higiene, desemprego e problemas
sanitários, esse período foi durante o século XIX, na Inglaterra, o berço do
darwinismo social e da eugenia. Na era vitoriana da Inglaterra, meados do século
XIX, o surgimento e desenvolvimento das indústrias favoreceu a migração de
grande número de pessoas, que saíam do campo deslumbradas com a
potencialidade de trabalho que as cidades poderiam ofertar. Esse fluxo intenso fez
com que grande parte dos trabalhadores trabalhasse e vivesse sob condições
deploráveis na cidade que cresceu desordenadamente.
Através desses acontecimentos é que despertou interesse dos higienistas, para
curar os doentes e evitar degeneração da população. A burguesia por sua vez,
queria se diferenciar do proletariado, de forma a alienar a multidão e diferenciar-
se dela. Não é à toa que teorias formuladas por Thomas Malthus, JeanBaptite de
Lamarck e Charles Darwin serviram de base para ideologias de melhoria da
qualidade de vida das pessoas, principalmente através do darwinismo social e,
posteriormente, a eugenia. Segundo postulados eugenistas, a degeneração das
virtudes humanas se devia ao cruzamento genético (miscigenação), ou seja, a falta
de cuidado reprodutivo de pessoas entre várias etnias acabava gerando indivíduos
degenerados, de forma que somente através da reprodução controlada garantiria o
caráter genético saudável, o que proporcionaria a limpeza das mazelas humanas.
Através desse conceito, muitos cientistas, que defendiam a ideia da reprodução
controlada, encorajavam, com habilidosas persuasões, casamentos entre pessoas
com características desejáveis - eugenia positiva – e desestimulando a reprodução
entre os doentes e incapacitados - eugenia negativa. Não podemos esquecer que
esse movimento europeu desencadeou várias políticas segregacionistas
mundialmente, de forma que as políticas, como nos EUA, por exemplo, e também
na África, não permitissem que os negros não se misturarem-se com os brancos.
Chegava-se ao absurdo de criar duas entradas, distintas, para os negros e para os
brancos.
Pode não parecer, mas tais conceitos ainda são muito visíveis na nossa sociedade
brasileira, em pleno século XXI. As políticas sociais do Governo Federal, que
começaram na década de 1990, não vêm agradando principalmente a elite
brasileira, e a antiga classe social C - atualmente existe a nova classe social média.
O Governo Federal vem colocando em prática a segunda dimensão dos direitos
humanos, que é o dever de fazer, este dever se encontra expresso no artigo 6º da
Constituição Federal de 1988. Não se trata como muitos pensam de favoritismo as
classes sociais esquecidas e subjugadas por séculos. O tratamento que se dá é o
tratamento de tratar desiguais nas medidas de suas desigualdades, de forma
material, pois se fosse de forma formal, não haveria possibilidade de mobilidade
social, perpetuando, assim,as desigualdades sociais no Brasil, que ainda é muito
presente.
As favelas cariocas, por exemplo, representavam construções simbólicas que
definem cidadãos, os detentores de qualidades negativas, que passam a ser um
entrave, obstáculo ao desenvolvimento social do Brasil.
Por décadas, as favelas cariocas, por exemplo, passaram a ser o simbolismo de
indivíduos não capacitados para desenvolver o país servindo apenas como força
braçal. É muito fácil verificar essa premissa, força braçal, pois os moradores das
favelas, antes da Constituição Federal 1988, não conseguiam ascender na
mobilidade social e econômica. Somente com a aplicação da segunda dimensão dos
direitos humanos foi possível que os moradores das favelas pudessem sair de suas
condições restritivas a qualidade vida, para possibilidades de ascensão social e
econômica. Por exemplo, as cotas nas universidades representam a aplicação da
segunda dimensão dos direitos humanos, e os preceitos contidos no artigo 6º da
Constituição Federal de 1988.
Apesar de muitos considerarem que o assistencialismo governamental representa
uma maneira de conseguir eleitores, mesmo que seja somente com essa
característica, é que as camadas sociais reprimidas secularmente puderam ter certa
qualidade de vida e possibilidade de ascensão na mobilidade social e econômica.
Também não podemos esquecer que as políticas de intervenção do Estado nos
morros cariocas, para combater os narcotraficantes, somam-se e concretiza a
segunda dimensão dos direitos humanos, pois não basta dar oportunidades se
essas camadas sociais consideradas, até então, “degeneradas"não possuíssem
mecanismos favoráveis possibilitando o alcançar das oportunidades, dos direitos
constitucionais, se o Estado fosse um mero facilitador sem dar condições reais de
progressão socioeconômica.
O que vemos no Brasil atual é a luta entre classes, o que também se vê é o conceito
ideológico de décadas construído no inconsciente coletivo, de geração a geração, de
forma que a luta pela sobrevivência, somada ao narcisismo, não permite, até certo
limite, a mobilidade social das classes sociais “degeneradas”. É fácil observar em
redes sociais a frase" Eu estudei na universidade federal, e não em particular ".
Essa frase conceitua a prevalência da ideologia eugênica e darwiniana social, de
que somente os capacitados (geneticamente) conseguem ingressar nas
universidades federais. Já aos indivíduos que ingressam nas universidades
particulares há uma simbologia de que tais pessoas são incapacitadas
intelectualmente (geneticamente), pois se fossem capacitadas ingressariam numa
universidade federal.
Essa forma de pensar mostra que o darwinismo social e a eugenia ainda são muito
arraigados na inconsciente coletivo brasileiro. O que é mais espantoso é ver que
esses conceitos estão presentes na mentalidade dos jovens em pleno século XXI. As
cotas nas universidades para os negros são ferrenhamente combatidas pelas
pessoas que possuem o darwinismo social em suas concepções de vida, ou seja, as
cotas raciais representam facilitador às pessoas incapacitadas, geneticamente, o
que torna o desenvolvimento social brasileiro [futuro] duvidoso.
Nas concepções dos darwinistas sociais, as cotas para os negros nas universidades
prejudicariam tanto o desenvolvimento econômico como social, além disto, a
miscigenação resultaria [perpetuaria] na má qualidade de vida dos brasileiros,
como criminalidades diversas. Se o conceito de darwinismo social for uma mentira,
não se veria justiceiros a quererem manter a “ordem social” através de
linchamentos. A justiça pelas próprias mãos se justifica, na visão dos justiceiros, se
torna legítima pela má atuação do Estado na (in) segurança pública - o que foi
muito usado na década de 1980, no Rio de Janeiro, na Baixada, com atuações de
justiceiros contratados por comerciantes para dar cabo aos assaltantes. Assim, o
Estado é insuficientemente capaz de dar proteção aos cidadãos contra ações de
marginais, àqueles resta o se defender pelo direito natural à vida. O problema fica
grave, pois da ineficiência do Estado, darwinistas sociais encontram brechas para
descarregarem suas investidas preconceituosas contra os “degenerados”. Das ações
constantes se fomenta conceitos darwinistas otimizando no inconsciente coletivo,
de cada cidadão, que certos indivíduos não podem viver em sociedade. Deste
modo, não importa as causas que geraram os comportamentos violentos e
criminosos, mas apenas o chancelamento de que as características étnicas já
demonstram a tendência ao crime.
Toda criminalidade tem um início, que poderá se desenvolver ao longo da vida do
indivíduo. Grande parte dos criminosos tiveram passados traumáticos, sejam por
estupro, conflitos familiares chegando ao abandono e expulsão do lar, facilidade
em adquirir drogas (lícita ou ilícita), principalmente no seio familiar, ou no
habitat. Os psicólogos dizem que no meio familiar se desenvolvem complexos
diversos nos filhos, que se não corrigidos podem desencadear sérios problemas de
comportamento na prole. Alfred Adler, o pai do termo “complexo de inferioridade”
dizia que toda criança nasce com o complexo, e que a educação familiar e social
poderão abrandar ou aumentar este complexo. Muito totalitarismo torna as
crianças apáticas e revoltadas descarregando suas frustrações e descontentamentos
contra a própria sociedade (imago). Quando a criança é mimada pelos pais, a
criança passa a subjugar as demais pessoas. Crianças menosprezadas pelos pais
podem desenvolver comportamentos perniciosos a elas mesmas como
masoquismo. Enfim, cada qual desenvolve um comportamento. Eis a importância
da educação equilibrada onde não se menospreza a prole, mas também não a trata
com mimos em excessos sendo o equilíbrio entre os dois, o norte.
Se nos primórdios do darwinismo social e da eugenia procurava-se uma melhoria
humana quanto aos problemas de higiene e criminalidade, com o passar dos
séculos se acentuou o complexo de narcisismo. As diferenciações sociais no Brasil
alimenta o complexo narcisista, onde roupas de grife, moradias em bairros nobres
e os tipos de empregos e profissões que atuam, proporcionam diferenciações
capazes de simbolizar pessoas capacitadas das não capacitadas. Dessa forma, as
pessoas se acham muito melhores do que de fato são, ou seja, a autovalorização é o
mecanismo de defesa diante do complexo de inferioridade. As desigualdades de
renda na sociedade cria um mecanismo psíquico e emocional de superioridade e
inferioridade diante da sobrevivência. Os indivíduos que possuem bom padrão
socioeconômico acham que os desiguais são absolutamente invejosos, ao passo que
a os indivíduos que não conseguem ascender socioeconomicamente, pelas
condições sociais e políticas que não favorecendo a ascensão social, acham que a
elite é soberba, em ambos os casos há um hiato entre ambos gerando egoísmo,
indiferença, ódio e até perseguições nas redes sociais.
Como mudar?
Somente com educação universalista onde não há mais conceitos de
“superioridade” e “inferioridade”, de “melhor” ou “pior”. Não bastam somente
ações governamentais, mas atuações dentro das próprias famílias. Com o tempo,
conceitos eugenistas e de darwiniano social vão se diluindo e sumindo na
sociedade brasileira. Certo é que as políticas de Estado devem criar mecanismos de
ascensão socioeconômica, mas equânime a todos. As cotas nas universidades são
necessárias, no momento, mas o primordial, que deve ser o pilar da uma sociedade
justa, é a estruturação da educação, de forma que todos tenham as mesmas
condições para, então, agirem igualmente. Também é certo que o Estado deverá
tratar os desiguais de forma material, como portadores de necessidades especiais,
o que não há qualquer privilégio nisso.
O que se vê atualmente no Brasil, desde a violência aos negros, aos gays, às
mulheres, e toda forma de barbaridade justificada, vem a materializar conceitos
seculares deeugenia e darwinismo social. Educação universalista, sem
preconceitos de qualquer ordem, seja social, política e religiosa, para que as
futuras gerações possam viver num Brasil humanizado (artigo 3º da Constituição
Federal de 1988).
Outro gravíssimo problema que perpetua o conceito darwiniano social existente
diz respeito aos programas e comerciais televisivos. Mulheres são submetidas a
vários momentos constrangedores, de forma que a imagem da mulher continue
sendo de mero desejo sexual dos homens, em outros momentos reforça conceitos
preconceituosos e machistas de que a mulher não tem cérebro (inteligência). Em
outros momentos, publicidades chancelam a mulher como libertina. Piadas quanto
à morfologia também são exploradas e acentuadas sem se importar com o
emocional de quem sofre tais piadas.
Disponível em: http://sergiohenriquepereira.jusbrasil.com.br/artigos/115488228/o-darwinismo-social-presente-no-brasil-do-seculo-xxi

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