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ANTIBIÓTICOS 2016 (3)

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ANTIBIÓTICOS
CONSIDERAÇÕES GERAIS I
Faculdade de Medicina Veterinária UNIFESO
Maria Leonora Veras de Mello
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ANTIBIÓTICOS:definição
Substância produzida por um organismo ou obtida sinteticamente que, em soluções diluídas, destrói as bactérias e outros microrganismos ou inibe o seu desenvolvimento.” 
Um antibiótico “...apresenta boa capacidade antimicrobiana em baixa concentração (para ser viável) além de apresentar uma boa toxidade selectiva (sendo tóxico para bactérias e não para as células do corpo)...” 
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ANTIBIÓTICOS: importância
Fármacos curativos
Importância ainda maior nos países em desenvolvimento (doenças infecciosas) 
Muito receitados
Usados de modo incorreto→ aparecimento de patógenos resistentes→ necessidade de novos fármacos→↑ dos custos da assistência médica
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ANTIBIÓTICOS: finalidade
Inibir / matar os microorganismos infecciosos e ter efeitos mínimos ou nenhum efeito sobre o receptor
Tal tipo de tratamento é denominado quimioterapia ( também se aplica ao tratamento das doenças neoplásicas com drogas)
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ANTIBIÓTICOS: Conceito
São substâncias produzidas por microorganismos (bactérias, fungos, actinomicetos)
Suprimem o crescimento ou matam outros microorganismos
Atuam em concentrações muito baixas
O uso comum estende o termo para incluir agentes antimicrobianos sintéticos (sulfas, quinolonas)
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ANTIBIÓTICOS: histórico
1929: Fleming: descoberta da penicilina
1935: Domagk: efeito terapêutico do Prontosil 
1938: sulfapiridina: 1ª sulfa a ser comercializada
1939: Chain e Florey: obtenção da penicilina
1941: uso clínico da penicilina
......
FOCO ATUAL: 
desenvolvimento de atb semi-sintéticos com propriedades mais desejáveis ou diferentes espectros de atividade
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ANTIBIÓTICOS
CLASSIFICAÇÕES
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 DOENÇAS 
HOSPEDEIRO
FÁRMACOS
AGENTE
INVASOR
 EFEITOS 
 ADVERSOS
BIOTRANS-
FORMAÇÃO
 REAÇÕES IMUNOLÓGICAS
 AÇÃO CIDA OU STÁTICA
 RESISTÊNCIA
RELAÇÕES IMPORTANTES NA FARMACOTERAPIA 
ANTIMICROBIANA
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ATIBIÓTICOS
Comportamento dos microrganismos 
frente aos fármacos
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ESTRUTURA QUÍMICA
Sulfonamidas e drogas relacionadas: sulfametoxazol, sulfadiazida, dapsona (DDS, sulfona)
Quinolonas: enrofloxacina, norfloxacina, ciprofloxacina, marbofloxacina
Antibióticos β-lactâmicos: penicilinas, cefalosporinas, carbapenemas, monobactâmicos
Tetraciclinas: doxiciclina
Derivados do nitrobenzeno: cloranfenicol
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ESTRUTURA QUÍMICA
Aminoglicosídeos: gentamicina, neomicina
Macrolídeos: eritromicina, roxitromicina, azitromicina
Polipeptídicos: polimixina B, bacitracina
Glicopeptídicos: vancomicina, teicoplanina
Poliênicos: anfotericina B, nistatina
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MECANISMO DE AÇÃO
inibição da síntese da parede celular: penicilinas, cefalosporinas, vancomicina, bacitracina
Alteração da permeabilidade da membrana celular: anfotericina B, nistatina, polimixina
Inibição reversível da síntese proteica: ATB bacteriostáticos: tetraciclinas, cloranfenicol, eritromicina, clindamicina
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MECANISMO DE AÇÃO
Alteração da síntese de proteínas levando à morte celular: aminoglicosídeos
Alteração do metabolismo bacteriano dos ácidos nucléicos: rifampicina (inibição da RNA-polimerase), quinolonas (inibição das topoisomerases)
Antimetabólitos: trimetoprim e sulfonamidas (bloqueiam enzimas essenciais no metabolismo do folato)
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ESPECTRO DE ATIVIDADE
Espectro estreito:
Penicilina G
Estreptomicina
Eritromicina
Cefalexina (cefalosporina 1ª geração)
Espectro amplo
Tetraciclinas, Minociclina
Ampicilina, amoxicilina
Cloranfenicol - derivados permitidos- tianfenicol e florfenicol(Nuflor)
Enrofloxacina, ciprofloxacina, levofloxacina, ofloxacina, norfloxacina
Cefalosporinas ( 2ª, 3ª 3 outras gerações)
Aminoglicosídeos e macrolideos
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O que é GRAM
É um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram em 1884.
Consiste no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os seguintes reagentes:
Cristal – violeta
Lugol
Etanol – acetona
Fucsina básica 
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TIPO DE AÇÃO
Bacteriostática:
Sulfonamidas
Tetraciclinas
Cloranfenicol
Eritromicina
Bactericida:
Penicilinas
Cefalosporinas
Vancomicina
Aminoglicosídeos (gentamicina, tobramicina, estreptomiccina) 
Polipeptídicos (polimixina, bacitracina)
Quinolonas
Rifampicina
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ORIGEM
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Cefalosporinas
Primeira Geração: cefalexina/ cefazolina/cefadroxila
Ativos contra Estafilococos – S. aureus
Não efetivos contra: Enterococcus, MRSA, Listeria, E. coli, Proteus e Klebsiella.
Segunda Geração: cefuroxima, cefoxitina e cefotetan
Melhora espectro para G - , icluindo E. coli, Klebsiella spp, alguns Proteus indol positivos e Providencia spp
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Cefalosporinas
Terceira Geração: 
Cefotaxima, ceftriaxona, ceftazidima e ceftizoxime
Aumenta espectro para G - , mas são menos efetivas contra G +.
Ceftazidima atinge Pseudomonas, mas existe resistência.
Atividade pobre contra anaeróbios
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Cefalosporinas
Quarta Geração:
Cefepime e cefpiroma
Espectro amplo para G -, Incluindo Pseudomonas spp. E melhor espectro para G+.
Reações adversas: Hipersensibilidade (febre, rash, nefrite intersticial e anafilaxia), alergia cruzada com as penicilinas em 5-15% dos casos.
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Cefalosporinas
CONVENIA (Cefovecina sódica)
Cães: CONVENIA (Cefovecina sódica) é indicado para o tratamento de infecções de pele (pioderma superficial secundária, abscessos e feridas infectadas) em cães causadas por cepas susceptíveis de Staphylococcus intermedius, Streptococcus canis (Grupo G) e Escherichia coli e para o tratamento de infecções do trato urinário (cistites) em cães causadas por cepas susceptíveis de Escherichia coli e Proteus mirabilis.
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Cefalosporinas
CONVENIA (Cefovecina sódica)
Gatos: CONVENIA (Cefovecina sódica) é indicado para o tratamento de infecções de pele (feridas e abscessos) em gatos causadas por cepas susceptíveis de Pasteurella multocida e para o tratamento de infecções do trato urinário associadas à Escherichia coli. 
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Inibidores de Beta-lactamase
Ácido clavulânico, sulbactam, tazobactam = se ligam a beta-lactamase de S. aureus, anaeróbios e alguns BGN.
Combinação com penicilinas permite largo espectro.
Inefetivos contra a maioria de P. aeruginosa, E. cloacae, Citrobacter e S. marcescens.
Excreção renal – necessita de ajuste.
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Aminoglicosídeos
Gentamicina, Tobramicina e Amicacina.
Má absorção pelo TGI, ligação protéica mínima, má penetração no LCR mesmo com BHE inflamada, apenas 1/3 penetra na secreção brônquica e penetra muito mal no humor vítreo, bile e próstata.
Excreção renal – necessita de ajuste.
São todos dialisáveis – hemodiálise e diálise peritoneal.
Péssima ação em pH reduzido ou tecidos hipóxicos ( tecidos purulentos ou com bactérias anaeróbias).
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Aminoglicosídeos
Indicações: BGN, epecialmente para multirresistentes ( Enterobacter spp.) e bacilos não fermentadores, como Pseudomonas e Acinetobacter.
Baixa atividade contra G + : necessita de associação.
Reações adversas: Hipersensibilidade rara. Bloqueio muscular em paciente com Miastenia Gravis.
Ototoxicidade: 10% dos pacientes.
Nefrotoxicidade: 2-10% dos pacientes/ 1-25% dos paciente críticos. O dano é reversível com a interrupção da terapia.
Não podem ser associados com furosemida
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Fluorquinolonas
Enrofloxacino,ciprofloxacino, ofloxacino, levofloxacino, moxifloxacino e gatifloxacino.
BGN ( incluindo Salmonella e Shigella spp.) H. influenzae, Pseudomonas, Acinetobacter e Aeromonas hydrophila.
Agem contra Mycoplasma, Clamydia, Ureaplasma e Legionella pneumophila.
Cipro e Oflox - Mycobateria
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Fluorquinolonas
Excreção renal – necessita de ajuste
Não é eliminado por diálise.
Efeitos colaterais: Bem tolerados – náuseas, vómitos, diarréia, hipersensibilidade e alterações do SN, com
insônia, cefaléia, confusão e convulsão.
Indicações: ITU complicada envolvendo G – resistentes, prostatites, pneumonia bacteriana, diarréia, otite externa maligna, infecção intra-abdominal e pélvica ( associado a cobertura contra anaeróbios).
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Macrolídeos
Eritromicina, claritromicina, tilosina e azitromicina
Tratamento para pneumonia por Mycoplasma, Clamydia, faringite por S. pyogenges, Bordetella Pertussis, enterite por Campylobacter spp.
Não necessita de ajuste renal.
Pode causar irritação do TGI, com vómitos e diarréia.
Azitromicina: C. tracomatis, Mycobacterium avium e M. chelomei.Hemoparasitoses
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Macrolídeos
Tilosina ( Tyladen)
Tratamento de doenças infecciosas que acometem bovinos, suínos e caprinos, tais como: 
Metrites: Staphylococcus spp, Streptococcus spp; 
Piodermites: Staphylococcus spp, Streptococcus spp; 
Pneumonia enzoótica dos suínos e bovinos: Mycoplasma hyopneumoniae, Streptococcus spp, Pasteurella multocida; 
Artrite: Mycoplasma hyosynoviae; Mastite aguda: Mycoplasma spp, Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae 
Infecção podal: Fusobacterium necrophorum. 
Tratamento de apoio da enterite necrótica superficial: Treponema hyodisenteriae. 
Tratamento de infecções bacterianas secundárias às moléstias virais. 
Tratamento de infecções pós-operatórias. 
MODO DE USAR: Injetável por via intramuscular. 
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Doxiciclina( da familia das Tetraciclinas)
Para cães: Infecçõesrespiratórias: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Haemophilus spp, Mycoplasma spp. Infecções urinárias: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Escherichia coli Anaplasmose: Anaplasma spp  Erliquiose canina: Ehrlichia canis Leptospirose: Leptospira spp Pododermatite: Fusobacterium spp, Staphylococcus spp  Diarréias e gastroenterites: Escherichia coli, Salmonella spp Tétano: Clostridium tetani Otite: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Pasteurella multocida Feridas infectadas pós operatórios: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, 
Corynebacterium spp,Escherichia coli, Pasteurella multocida. 
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Doxiciclina(da familia das Tetraciclinas)
Para gatos: Infecçõesrespiratórias: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Haemophilus spp, Mycoplasma spp Infecções urinárias: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Escherichia coli Leptospirose: Leptospira spp Pododermatite: Fusobacterium spp, Staphylococcus spp  Diarréias e gastroenterites: Escherichia coli, Salmonella spp Tétano: Clostridium tetani Otite: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Pasteurella multocida Feridas infectadas pós operatórios: Staphylococcus spp, Streptococcus spp,
Corynebacterium spp,Escherichia coli, Pasteurella multocida.
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Terapia contra Anaeróbios
Metronidazol:
Metabolizado pelo fígado – diminuir doses na insuficiência hepática.
Excelente penetração no LCR e cérebro.
Muito potente contra B. fragilis e BGN entéricos.
Indicado para associação em doenças pélvicas e abdominais.
Gosto metálico na boca, relatos de neutropenia, pancreatite e hepatite.
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Terapia contra Anaeróbios
Clindamicina:
Penetra bem em todos os tecidos, exceto LCR e cérebro.
Atividade contra anaeróbios – B. fragilis resistentes em 29%.
=> Indicado para infecção da cabeça, pescoço, pulmão e fasceíte necrotizante.
Metabolismo hepático – Não necessita de ajuste renal.
Efeito colateral: Colite pseudomembranosa – 10% dos pacientes.
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Terapia contra Anaeróbios
Cloranfenicol (usa-se hoje para grandes animais o tianfenicol e o florfenicol):
Bacteriostático usado para tratamento de infecções por Rickettsia spp. e raramente Salmonella typhi, H. influenzae.
Metabolismo hepático.
Boa penetração em todos os tecidos.
Efeito colateral: supressão da M.O. Anemia aplásica idiossincrática é rara (1/40000). O Cloranfenicol está proibido, mas seus derivados são utilizados na criação de animais de produção e aves.
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Bactérias de importância veterinária
Staphylococcus
S. aureus (coagulase +) – Agente piogênico comum em diferentes espécies animais. 
OBS: Coagulase + são os Staphylococcus com potencial patogênico. Estes crescem melhor em . 
 S. intermedius (coagulase +) – Mais freqüente em cães, estando envolvida na piodermite canina (inflamação cutânea piogênica). Pode causar também urolitíase de cães (pela urease)
 S. epidermidis (coagulase -) – Encontrado na pele e em algumas membranas mucosas. 
Raramente é patogênico. 
 S. hycius – Causa epidermite exsudativa em suínos. É a chamada Doença do porco gordo, 
que acomete suínos jovens, é sistêmica e rapidamente fatal. As lesões cutâneas 
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Bactérias de importância veterinária
Staphylococcus
S. schleiferi subespécie coagulans – Está associado a otite externa em cães. 
 Grande parte das infecções de animais é provavelmente endógena, isto é, provocada por uma cepa residente.
Supuração e formação de abcesso (lesão típica) são um modelo predominante da patogenia. 
A estafilococose em perus é uma bacteremia que se localiza em articulações e bainhas tendinosas. 
Piemia em cordeiros decorre de inoculação cutânea de S. aureus por picada de carrapato. 
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Bactérias de importância veterinária
Streptococcus
S. pyogenes - roedores, bovinos e humanos. Piodermites, erisipelas, febre puerperal, febre reumática, glomerulonefrite
S. Agalactie - Bovinos de raças leiteiras Mastite* e infecções neonatais
S. Equi - Equinos Garrotilho **
S. equismilis -Suínos, equinos Condições supurativas mistas
S. zooepidemicus -Equinos Problemas genitais (metrite) e neonatais (infecções umbilicais disseminadas pela corrente sanguínea). Pneumonias secundárias.
S. canis - Carnívoros Linfadenite felina, condições supurativas mistas em cães e gatos.
S. suis Suínos Infecções neonatais, septicemias, pneumonia.
S. pneumoniae Primatas Pneumonia***, septicemia e meningite.
S. uberis Bovinos Mastite (geralmente mais suave).
* A mastite é transmitida por ordenha sem condições higiênicas adequadas. A infecção instala-se na glândula mamária pelo canal da teta e a proliferação causa uma inflamação aguda e por fim a glândula inteira pode ser perdida. 
** Rinofaringite eqüina contagiosa, que se caracteriza por secreção nasal serosa ou purulenta, dor local, tosse e anorexia. Desenvolvem-se abscessos nos linfonodos regionais, que tipicamente se drenam e rompem em 2 semanas. 
*** A evolução é muito aguda em macacos, levando a altas taxas de mortalidade. 
Um Streptococcus beta-hemolítico é responsável por uma forma de septicemia em peixes de água doce em aquários.
Infecções neonatais comumente originam-se de infecção no trato genital materno.
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Bactérias de importância veterinária
Streptococcus
S. Suis - Suínos Infecções neonatais, septicemias, pneumonia.
S. pneumoniae -Primatas Pneumonia***, septicemia e meningite.
S. Uberis - Bovinos Mastite (geralmente mais suave).
A mastite é transmitida por ordenha sem condições higiênicas adequadas. A infecção instala-se na glândula mamária pelo canal da teta e a proliferação causa uma inflamação aguda e por fim a glândula inteira pode ser perdida.
 
** Rinofaringite eqüina contagiosa, que se caracteriza por secreção nasal serosa ou purulenta, dor 
local, tosse e anorexia. Desenvolvem-se abscessos nos linfonodos regionais, que tipicamente se 
drenam e rompem em 2 semanas. 
*** A evolução é muito aguda em macacos, levando a altas taxas de mortalidade. 
Um Streptococcus beta-hemolítico é responsável por uma forma de septicemia em peixes de 
água doce em aquários.
Infecções neonatais comumente originam-se de infecção no trato genital materno.
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Bactérias de importância veterinária
Streptococcus
** Rinofaringite eqüina contagiosa, que se caracteriza por secreção nasal serosa ou purulenta, dor local, tosse e anorexia. Desenvolvem-se abscessos nos linfonodos regionais, que tipicamente se drenam e rompem em 2 semanas. 
*** A evolução é muito aguda em macacos, levando a altas taxas de mortalidade. 
Um Streptococcus beta-hemolítico
é responsável por uma forma de septicemia em peixes de água doce em aquários.
Infecções neonatais comumente originam-se de infecção no trato genital materno
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Bactérias de importância veterinária
Bactérias Gram -
As espécies que mais freqüentemente acometem animais são: Enterobacter, E.coli, Klebsiella, Proteus, Salmonella, Shigella, Yersinia, Providencia. Dentre elas, as mais importantes são:
 E. coli –
A principal espécie que compõe a flora normal do TGI inferior pode ser causa de doença septicêmica em potros, bezerros, leitões, filhotes de cães e cordeiros; de diarréia enterotoxigênica em neonatos de animais de produção e de doença edematosa em suínos (uma enterotoxemia aguda) e também causa a colibacilose dos pintinhos (Cepas potencialmente patogênicas que contaminam a superfície do ovo, por ocasião da postura, podendo penetrar a casca e infectar o saco vitelínico) ou o pintinho é infectado pelo trato respiratório. Pode também ser oportunista em quase todas as espécies animais.
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Bactérias de importância veterinária
Bactérias Gram -
Salmonella sp 
Tem o TGI como reservatório. Fontes de infecção incluem: solo contaminado, vegetação, água e componentes de rações animais (farinhas de peixe, carne e osso) e fezes de animais contaminados. Lagartos e cobras (geralmente assintomáticos) estão comumente infectados. 
A salmonelose é caracterizada por diarréia e resposta inflamatória no tecido linfóide e submucosa, podendo ou não ocorrer septicemia. É uma doença significativa em ruminantes, especialmente bovinos, afetando principalmente animais em confinamento. 
Pode ocorrer aborto após a septicemia e pneumonia adquirida por via hematógena em bezerros com S. dublin (que junto com S. typhimurium e S. newport são os sorotipos mais comuns em bovinos.) 
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Bactérias de importância veterinária
Bactérias Gram –
Salmonella sp 
Em suínos apresenta-se como septicemia aguda e fulminante ou como doença crônica debilitante e é mais freqüentemente vista em suínos submetidos a stress, em regime de engorda, uma faixa etária em que a salmonelose é muito comum, sendo a S. typhimurium e S. cholerae suisos sorotipos predominantes. 
Em cavalos, cólica, cirurgia gastrointestinal e agentes antimicrobianos predispõem o animal 
ao desenvolvimento de sinais clínicos e S. typhimurium e S. anatum são os sorotipos comumente isolados. 
É incomum em cães e gatos.
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Bactérias de importância veterinária
Bactérias Gram –
Salmonella sp 
S. pullorum é específico de aves domésticas, causando a chamada pulorose.
A bactéria infecta o óvulo de perus e galinhas e uma vez posto o ovo infectado, o ambiente de incubação é contaminado, infectando outras aves. A morte resulta de septicemia. 
Os animais e seus subprodutos também são importantes fontes de infecção para o homem, sendo o S. typhimurium o mais comum, produzindo gastroenterite.
 
S. gallinarum causa o tifo aviário, uma doença septicêmica aguda ou grave que acomete aves adultas, principalmente galinhas.
 
S. arizonae é o agente da arizonose aviária, freqüentemente isolada de perus. A bactéria se mantém nas granjas por meio de ovos incubados infectados após a ingestão do microorganismo 
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Bactérias de importância veterinária
Bactérias Gram -
Shigella 
Causa disenteria bacilar em primatas, principalmente em cativeiro. A doença parece estar relacionada a situações de stress ou disfunções imunológicas. O reservatório é o intestino grosso de animais clinicamente doentes, assintomáticos ou convalescentes.
 Drogas antimicrobianas e mudanças dietéticas aumentam o risco de infecção. 
S. flexneri 4 é isolada em doença periodontal de macacos. 
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
TOXICIDADE:
Irritação Local:
Irritação gástrica
Dor e formação de abcessos (IM)
Tromboflebites (IV)
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
Toxicidade sistêmica:
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AMG: oto e nefrotoxicidade
Tetraciclinas: lesão hepática e renal
Cloranfenicol: depressão da MO
Polimixina B: toxicidades renal e neurológica
Vancomicina: perda da audição e lesão renal
Anfotericina B: toxicidades renal, medular e neurológica
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE:
Mais comuns com:
Penicilinas
Cefalosporinas
Sulfonamidas
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
RESISTÊNCIA ÀS DROGAS:
Resistência Natural:
O microorganismo carece do processo metabólico ou do sítio-alvo afetado pela droga
Resistência dos bacilos gram-negativos à penicilina G
Resistência do M. tuberculosis às tetraciclinas
Não constitui um problema
clínico significativo
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
RESISTÊNCIA ÀS DROGAS:
Resistência Adquirida:
Desenvolvimento de resistência por um microorganismo (anteriormente sensível), devido ao uso de um ATB durante certo período de tempo.
Pode se dar através de:
Mutação
Transferência gênica
Constitui um problema
clínico significativo
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
RESISTÊNCIA ÀS DROGAS:
Resistência Adquirida: Mutação
Alteração genética hereditária e estável que ocorre, de modo espontâneo e aleatório, entre os microorganismos.
De etapa única: uma única mutação gênica, a resistência surge rapidamente. Ex: resistência da E.coli e do S.aureus à rifampicina
De múltiplas etapas: várias modificações gênicas, surge gradualmente. Ex: resistência à eritromicina, tetraciclinas e cloranfenicol
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
RESISTÊNCIA ÀS DROGAS:
Existem 3 categorias gerais:
1) o fármaco não atinge o seu alvo
2) o fármaco é inativado
3) o alvo é alterado
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O FÁRMACO É INATIVADO:
Produção de enzimas inativantes:
β-lactamases produzidas por estafilococos, gonococos e Haemophilus: inativam a penicilina G
Acetiltransferases, fosfotransferases e adeniltransferases: inativam os aminoglicosídeos: produzidas por E.coli
CAT: acetila o cloranfenicol : produzida por E.coli, H. influenzae e S.typhi
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PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS
não usar de modo indiscriminado e inadequado
utilizar por período de tempo adequado
preferir o uso de ATB de ação rápida e seletivos (espectro estreito)
Utilizar associação de fármacos quando houver necessidade de tratamento prolongado. Ex: TBC
as infecções por microorganismos notáveis pelo desenvolvimento de resistência (S.aureus, E.coli, M. tuberculosis, Proteus) devem ser tratadas intensivamente
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
SUPERINFECÇÃO:
É mais comum quando as defesas do hospedeiro estão comprometidas:
terapia com corticóides
Leucemias e outras neoplasias ( particularmente quando tratadas com agentes antineoplásicos)
Síndrome de imunodeficiência adquirida (retroviroses)
Agranulocitose
Diabetes, lupus eritematoso disseminado
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SUPERINFECÇÃO: microrganismos causadores e tratamento
 Candida albicans : diarréia, vulvovaginite, “sapinho”; tratamento: nistatina, clotrimazol
estafilococos : enterite; tratamento: cloxacilina ou congêneres
Clostridium difficile : enterocolite pseudomembranosa; tratamento: vancomicina e metronidazol
Proteus : ITU, enterite; tratamento: cefalosporina, gentamicina
Pseudomonas : ITU, enterite; tratamento: carbenicilina, piperacilina, gentamicina
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Medidas para minimizar as superinfecções
Utilizar um antimicrobiano específico (espectro estreito) sempre que possivel
Não utilizar antimicrobianos para o tratamento desnecessariamente (ex: infecções virais)
Não prolongar desnecessariamente a terapia antimicrobiana
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
O uso prolongado de ATB pode resultar em deficiências de: 
Vitaminas do complexo B (por outro lado, a administração de Complexo B no tratamento com tetraciclinas e derivados diminuem sua absorção)
Vitamina K
Neomicina anormalidades morfológicas da mucosa intestinal
Esteatorréia e síndrome de má absorção
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PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS
Não deve ser
utilizadas as quinolonas (enrofloxacina e derivados) em gestantes e filhotes até no mínimo 4 meses, pelas lesões que causam nas articulações
Não se deve utilizar tetraciclinas e derivados em gestantes e filhotes pois há interação com o cálcio, gerando principalmente lesões ao esmalte dos dentes
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