Buscar

A_DIVISAO_SOCIAL_DO_TRABALHO_NA_SOCIOLOGIA_CLASSICA (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO NA SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim (1858-1917) 
Contexto: crises econômicas, desemprego, miséria, greves, criação sindicatos. Esperança no progresso. Suas idéias eram respostas às idéias socialistas - discordava da atribuição aos fatores econômicos no diagnóstico da crise.
Principais idéias: a crise não era econômica, mas moral, incapaz de orientar o comportamento dos indivíduos. Modificações na propriedade e redistribuição da riqueza - não eram soluções aos problemas da época. A solução era novos valores morais para guiar os indivíduos e estabelecer novas relações entre eles. 
Divisão do Trabalho: Inicialmente entre sexos e idade nas sociedades tribais e agrárias pré-capitalistas. Ao longo do tempo produziu a separação entre trabalho intelectual e manual, agrícola e comercial - divisão cidade-campo - até atingir especialização profissional no capitalismo. Gera interesses antagônicos entre classes sociais, os burgueses donos dos meios de produção e proletários que só possuem força de trabalho para vender. Aumento de produtividade não é o mais importante, mas efeito moral, pois sua função é criar a solidariedade e cooperação, já que o indivíduo toma consciência de sua dependência com à sociedade. Durkheim distingue duas formas de solidariedade:
Mecânica: Solidariedade por semelhança que predominou nas sociedades pré-capitalistas. Membros da coletividade têm mesmos valores, costumes, visão de mundo e religião. A sociedade tem coesão porque prevalecia a consciência coletiva que se manifestava nos valores impostos aos que violam regras sociais. 
 
Orgânica: A unidade da coletividade resulta da diferenciação. Na sociedade capitalista impera a solidariedade orgânica e o indivíduo tem mais autonomia, pois são agrupados por atividades profissionais. A divisão do trabalho produz a solidariedade e regras que asseguram o concurso pacifico e regular das funções divididas, e se torna a base da ordem moral.
Visão otimista da sociedade industrial. A divisão do trabalho, ao invés de conflitos sociais, acarretava solidariedade, pois levavam cada um a depender mais dos outros. Seu efeito mais importante não era econômico - aumento da produtividade - mas tornar possível a solidariedade e a cooperação entre os homens na sociedade.
No positivismo durkheimiano a sociedade deveria ser estudada como as ciências naturais. Para restabelecer a saúde da sociedade propunha criar novos hábitos e comportamentos do homem moderno, incentivar a moderação dos interesses econômicos, enfatizar a disciplina e dever, difundir o culto às leis e a hierarquia.
MARX (1818-1883)
Principais idéias: crítica radical à sociedade capitalista - tipo histórico e transitório de sociedade – apontando seus antagonismos e contradições. O surgimento de uma classe revolucionária - o proletariado - cria as condições para surgimento da teoria crítica da sociedade que tem como objetivo final a sua superação.
A divisão social do trabalho no sistema capitalista para Marx era uma das formas pelas quais se realizavam as relações de exploração, antagonismo e alienação. O antagonismo entre as duas classes fundamentais da sociedade, a burguesia e o proletariado, se devia ao fato deste último ter sido expulso das terras comunais e expropriado dos seus meios e instrumentos de trabalho, restando-lhe, para não morrer de fome, apenas sua força de trabalho para trocar/vender no mercado. Com ela o trabalho do homem se torna alienado de si, de seu trabalho e dos produtos de seu trabalho, pois pertence ao patrão burguês.
Por isso, o proletariado esta submetido a uma dominação econômica, política, ideológica e cultural pela burguesia, que dominava a economia, cultura, política e Estado. Ele concebia a sociedade como obra e atividade dos próprios seres humanos, que vivendo e trabalhando a modificam. Por isso, defendia a construção de uma nova ordem social na qual as relações de exploração e dominação entre classes sociais fossem eliminadas. Marx explicou as transformações geradas pela formação e desenvolvimento do capitalismo, as condições da vida humana, o problema do equilíbrio e da mudança social, os mecanismos de dominação, a burocratização e a alienação da época moderna.
O acúmulo do capital aumenta a divisão do trabalho e a divisão do trabalho aumenta o número de trabalhadores; mutuamente, o número crescente de trabalhadores aumenta a divisão do trabalho e a divisão crescente do trabalho intensifica a acumulação do capital. Como resultado da divisão do trabalho, por um lado, e da acumulação do capital, por outro, o trabalhador torna-se mesmo mais inteiramente dependente do trabalho e de um tipo de trabalho particular, demasiadamente unilateral, automático. Por este motivo, assim como ele se vê diminuído espiritual e fisicamente à condição de uma máquina e se transforma de ser humano em simples atividade abstrata e abdômen, também se torna em progressão mais dependente de todas as oscilações no preço corrente, no emprego do capital e nos caprichos dos ricos (MARX, 2001, p. 68).

Outros materiais