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PROCESSO CIVIL - P2

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20/09
DA DISTRIBUIÇÃO E DO REGISTRO
“Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz.”
REGISTRO:
É a oficialização da entrada da petição.
Primeiramente os processos são registrados, à medida que as petições iniciais chegam ao judiciário são obrigatoriamente registradas, e o advogado precisará de uma comprovação oficial de que ele deu entrada em um pedido no sistema, e o registro é essa oficialização, esse registro também poderá ser conhecido como protocolo ou recibo do advogado.
Caso ocorra alguém erro no sistema, ou seja, culpa do judiciário, o prazo para o advogado será devolvido.
DISTRIBUIÇÃO:
Logo após o registro, automaticamente as ações devem ser distribuídas para algum juiz e quem fará essa distribuição será o cartório distribuidor, e poderá ser físico ou eletrônico.
Nas comarcas em que há mais de um juiz ou mais de um escrivão ou chefe de secretaria os processos devem ser distribuídos.
CARACTERÍSTICAS DA DISTRIBUIÇÃO
• Quando houver mais de um juiz:
O critério para um juiz receber uma petição do cartório distribuidor será a ordem de entrada e a competência do juiz, ou seja, um juiz da vara civil não pegará uma ação, se é civil, penal, de família e dessa forma sendo encaminhado para os juízos das varas correspondentes, pelo cartório distribuidor.
• Alternada e Aleatória, Igualitária:
A distribuição será feita por meio de um critério alternado e aleatório, ou seja, não se pode escolher para qual juiz irá a ação.
Mas se na comarca houverem varas especializadas para cada assunto, exemplo vara específica para assuntos de trânsito, então dependendo da quantidade de ações que ingressarem referentes ao trânsito será direcionado para a vara especializada, isso influenciará a distribuição igualitária e equilibrada, deixando nesse exemplo o juiz da vara do trânsito mais sobrecarregado que os outros.
→ Mas se não houver varas especializadas a distribuição deve ser: alternada, igualitária e aleatória
“Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se rigorosa igualdade.”
• Fiscalizada e publicada:
É publicada no diário oficial da justiça e fiscalizada pelo ministério público e pela OAB para evitar qualquer forma de corrupção. Pode ser fiscalizada pelas partes também através de seu procurador.
“Art. 289. A distribuição poderá ser fiscalizada pela parte, por seu procurador, pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública.”
FÍSICA OU ELETRÔNICA:
Hipóteses de Distribuição por Dependência
Existem situações em que uma ação não será distribuída aleatoriamente, mas sim, por dependência, pois já existe um processo em curso anterior, que já tem prevenido a sua distribuição, então teá que ser encaminhada por dependência, pois já existe uma demanda de curo.
Já temos um juízo prevento.
Ex.: Um ação de inventário que está na 3ª vara civil, então se um advogado quiser entrar com uma ação de execução de cobrança naquele inventário ou até uma investigação de paternidade, então essas ações obrigatoriamente deverão ser distribuídas por dependência naquela ação de inventário já existe na 3º vara civil, então o advogado já sabe para onde será encaminhado essas novas ações, onde já há um juiz prevento.
Ex.: A contestação do réu também será distribuída por dependência, pois já existe um processo em curso, e já existe um juiz prevento.
Ex.: Uma ação de divórcio onde há uma briga pelo patrimônio, onde o marido já vendeu o automóvel, então a esposa pede a anulação desse contrato de compra e venda e a busca e apreensão desse automóvel para que retorne ao patrimônio do casal para ser dividido entre eles, mas já está com uma outra pessoa, então essa 3º pessoa pode ingressas nesse processo de divórcio por meio de embargos de terceiro serão distribuídos por dependência a essa ação de divórcio que já está em curso, que já existe um juízo prevento.
“Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o, ao juízo prevento.
Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.”
“Art. 55. § 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.”
→ Conexão ou Continência: A conexão é um nexo de semelhança entre duas ou mais causas ou ações, deve haver a conveniência das instruções conjuntas de duas ou mais ações para evitar decisões conflitantes sobre o mesmo assunto litigioso.
→ Reiteração do pedido anterior extinto SRM: O reingresso do pedido anterior pode trazer um novo réu ou um novo autor, se ingressou com aquela ação na 3ª vara civil e esse juiz extinguir o processo sem resolver o mérito, e quiser ingressar novamente, então deverá ser perante o mesmo juízo, na mesma vara, ou seja, por dependência.
Então a distribuição dessa ação que você está tentando novamente, será por dependência, ou seja, quando se move a mesma ação que anteriormente foi extinta sem resolução do mérito, deverá ser distribuída aquele mesmo juiz que a extinguiu. Já sei para onde a ação vai.
Mas não adiantará reingressar com a mesma ação, sem antes de concertar o vício que a extinguiu anteriormente.
→ Revisão de processos que possam gerar decisões conflitantes: Quando houver situações em que vários processos possam trazer decisões conflitantes causando assim uma insegurança jurídica.
Ex.: Pessoas que estavam ingressando com ações contra a energiza, questionando a taxa de iluminação pública na conta de energia elétrica, onde alguns juízes entendem que é legal e outros que é ilegal e um terceiro juiz entende que a taxa é legal mas não naquela segurança jurídica nas pessoas, pois elas não saberiam onde o mandado de segurança ou a ação de cobrança iria parar, haveria muitas incertezas.
Por isso convém que o mesmo juiz que receba uma ação que está sendo recebida em grande escala, receba as outras também então as demais ações terão que ser distribuídas por dependência aquele juiz que já tem aquele processo para que semente ele tenha uma sentença única e igual para todos.
Quando houver a possibilidade de ter decisões conflitantes, pois os juízes podem ter entendimentos diferentes, as ações devem ser distribuídas por dependência, os processos devem ser reunidos.
ANOTAÇÕES DO DISTRIBUÍDOR
“Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.”
PROCURAÇÃO E DISPENSA
“Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico.
Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da procuração:
I - no caso previsto no art. 104;
II - se a parte estiver representada pela Defensoria Pública;
III - se a representação decorrer diretamente de norma prevista na Constituição Federal ou em lei.”
A capacidade da postulatória da parte é provocada com a juntada da procuração outorgada o advogado legalmente habilitado nos autos do processo, por isso exige-se que a petição inicial venha acompanhada do instrumento do mandato.
O advogado é obrigado a juntar a sua procuração é um dos registros da petição inicial. Mas a lei entende que quando uma ação é distribuição, tem que ser demonstrada a existência da procuração.
CANCELAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO
“Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso em15 (quinze) dias.”
29/09
DO VALOR DA CAUSA
Toda causa deve ter um valor certo, mesmo que não tenha conteúdo econômico. O valor da época do ajuizamento da ação, e só ocorrerá na petição inicial.
• Objetivos:
1º. Determinar a competência do juiz, dependendo do valor da causa, será no juizado ou na justiça comum. No causo do juizado o valor da causa não poderá ultrapassar 40 salários mínimos.
2º. Serve de base para o cálculo das taxas judiciárias. Tais como: custas iniciais, custas finais, custa de meio, cálculo dos impostos, cálculo dos emolumentos, dos tributos, honorários advocatícios, tudo será calculado baseado em uma porcentagem sobre o valor da causa.
• Obrigatoriedade:
“Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.”
Obrigatoriamente toda causa deve ser valorada, a regra geral é que o valor da causa corresponde ao proveito econômico a ser obtido pelo demandante através do judiciário.
• Critérios Legais:
“Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.”
→ Temos que ter critérios, pois o valor da causa dependerá da dimensão que a situação tomar.
V – Quando se trata de danos morais, o valor da causa será o valor pretendido.
I e II – Nas ações de cobrança o valor da causa será o valor do ato jurídico que foi mal feito ou que se deixou de fazer. Ex.: Pedi para um construtor fazer um muro, e ele não fez ou fez errado, então o valor da causa dessa ação de cobrança será o valor do muro, o valor da construção. Ex.: No caso as ação para cobrança de aluguel, o valor da causa será as parcelas do aluguel vencidas, somar e colocar na petição inicial como o valor da causa.
III – Na ação de alimentos, tem que ser multiplicado por 12, então se o valor pedido é de 1 salário mínimo, o valor da causa será o valor do salário mínimo vigente na época do ingresso da ação vezes 12, porque a lei entende que a pensão alimentícia é anual, e depois desse período ela está propensa a ser modificada tanto pelo réu que pode ingressas com uma ação para diminuir o valor da pensão, como também pelo autor que pode requerer que se aumente o valor da pensão por isso deve-se multiplicar por 12 aguardar um ano para depois verificar como está a capacidade de pagamento do réu.
IV – Seria o valor da terra ou o valor do imóvel, no caso da usucapião, o valor da causa seria o valor da avaliação desse imóvel ou dessa terra, dessa área, então junto com a petição inicial deve ir junto um laudo com a avaliação feita por um corretor de imóveis.
IV – No caso das ações cumulativas, seria a soma do valor moral com o valor material então se estou pedindo várias coisas ao mesmo tempo. Ex.: 100.000,00 reais em dano moral e também quero 50.000,00 reais em danos materiais, que seria o meu prejuízo terei que somar tudo e o resultado será o valor da causa.
VII – Pedidos alternativos são aqueles em que tenho opções de escolha. Ex.: Contrato de arrendamento, onde posso escolher como vou cobrá-lo, ou cobro em sacos de soja, ou cobro em dinheiro, ou em cabeças de gado. Então na hora que houver uma ação para cobrar um arrendamento, o advogado terá que escolher a opção que for a de maior valor.
VIII – Subsidiário seria o pedido complementar ao principal.
Obs.: Nas ações em que não há conteúdo econômico o valor da causa será sempre de 1 salário mínimo. Ex.: ações de investigação de paternidade, ações de registro tardio ações de retificação de registro de nascimento.
• O Valor da Causa Será Atribuído:
Na Petição Inicial: É um requisito obrigatório, documento oficial que do início ao processo.
Na Reconvenção: É um direito que o réu tem que contra-atacar, onde ao invés de só se defender ele passa também a fazer pedidos para o autor no prazo da sua própria defesa, ou seja no prazo de 15 dias, em sua contestação além de se defender, também argumentará fazendo pedidos, mas essa argumentação, esses pedidos devem ser relativos ao processo em questão, deve ter uma conexão. A reconvenção também tem valor da causa. Ex.: Pedido de compensação de dívida.
• Prestações Vencidas e Vincendas:
“Art. 292. §1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.
§2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.”
→ Falam de prestações que vão vendendo ao longo do processo. Ex.: Uma ação para cobrança de aluguel de 12 meses atrás, mas como no mínimo essa ação demorará mais de 1 ano pelo menos, então não obtendo liminarmente na justiça a desocupação do imóvel, esse inquilino inadimplente continuará morando lá, e todo mês vencerá o aluguel, por essa razão esses alugueis vincendos aqueles que vão vencendo no decorrer do processo serão incorporados a ele e consequentemente o valor da causa vai aumentando e será trabalho do advogado ir peticionando e acrescentando essas parcelas do processo.
• Correção de Ofício
“§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.”
→ O juiz verificando que o advogado não proceder com o correto valor da causa, ele mesmo pode corrigir de ofício, e ele tende a baixar o valor, e também pode intimar a parte para recolher a diferença. Ex.: Se o advogado atribuir ao valor da causa 30.000,00 e o juiz entende que seria de 50.000,00, então nesse caso, o juiz vai intimar a parte para recolher custas iniciais sobre essa diferença de 20.000,00, porque ele fez uma modificação de ofício. Quem faz essa verificação se o valor da causa está correto é o contador do fórum e logo após notifica o juiz que então intimará a parte para recolher a diferença no prazo de 15 dias.
• Se não for feito isso o juiz extinguirá o processo sem resolução do mérito. Caso o autor ingresse novamente com essa mesma ação e a distribuição será por dependência para esse mesmo juiz.
04/10
IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUSA
“Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.”
→ Temos a possibilidade do réu em sua defesa impugnar o valor da causa. Ex.: O autor ingressou com a ação, que foi registrada e distribuída, e na sua defesa o réu verificou que o autor errou no valor da causa, ao atribuir o valor, e isso ocorre quando o autor acaba atribuindo valor superior ao que seria correto, porque o valor da causa alto e prejudicial ao réu, pois como a base de cálculo para os honorários advocatícios é o valor da causa então significa que se esse réu perder, os honorários advocatícios também serão calculados por ele.
A impugnação do valor da causa significa uma tentativa do réu de fazer com que o valor seja ajustado, baixando esse valor.
PRAZO E MODO DE IMPUGNAÇÃO
O prazo que o réu tem para impugnar o valor da causa seráde 15 dias, porque é feito no prazo da defesa, depois desse prazo não poderá mais. Preclui o direito. O modo que essa impugnação será feita é na própria contestação, mas de forma preliminar, quer dizer, que antes do réu contestar oferecendo as razões da sua defesa, ele terá que arguir de forma preliminar a incorreção do valor da causa. 
PRELIMINAR A CONTESTAÇÃO
A impugnação ao valor da causa tem que vir como matéria preliminar a contestação porque ela vem antes, Não posso contestar sem antes tentar baixar o valor da causa.
EFEITO DA PRELIMINAR
Quando o réu oferece impugnação ao valor da causa, em matéria preliminar a contestação, nós podemos ter dois efeitos – Efeito Dilatório e Efeito Peremptório -.
• Efeito Dilatório:
É um retardamento na marcha do processo. Significa que o juiz acatando a alegação de que o valor da causa está muito alto, o juiz intimará o autor para que ele adeque o valor da causa ou então que receba as custas naquele valor exato em que deva ser pago.
Para que o autor possa fazer isso o processo terá que ser suspenso, pois o juiz não deixarpa o processo ir para frente sem antes resolver essa questão primordial que é o valor da causa. Não pode continuar sem antes fazer esse acerto financeiro. Por isso efeito dilatório, causar uma lentidão.
• Efeito Peremptório
Se o autor, mesmo intimado, não adequar o valor da causa, diminuir o valor da causa, o juiz irá extinguir o processo sem resolução do mérito. Peremptório, significa extinguir o processo.
04/10
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL
“Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.”
JURISDIÇÃO:
Jurisdição é um poder que emana do judiciário. Jurisdição também está ligada ao território, pois demarca no território até que ponto vai o poder do juiz. Onde entram as cartas precatórias, juiz precisa requerer através de carta precatória para que o juiz de outra comarca faça algo, pois a jurisdição dele é somente em Ponta Porã, em seu território.
COMPETÊNCIA
É o fracionamento do poder jurisdicional. É a capacidade de exercer poder outorgada pela constituição. Não há processo justo diante de juiz absolutamente incompetente e a competência absoluta é um requisito de validade do processo.
A jurisdição está ligada a competência, porque quando se diz que determinado juiz só tem jurisdição na comarca de Ponta Porã significa também que ele só tem competência para atuar nessa mesma comarca. 
Temos uma limitação da competência do juiz, do seu poder, não é ilimitado. Ex.: A limitação do juiz trabalhista, somente questões trabalhistas e nada mais, a sua competência será somente para essa matéria, relações empregatícias.
EFEITOS
Confere a cada juiz um tipo de poder especializado, por regras legais. O juiz não pode ser eleitoral, trabalhista, estadual e federal, tudo ao mesmo tempo. Ex.: Um juiz titular de uma vara de falência e recuperação de empresa está limitado somente a esse assunto e a nenhum outro. Essas são as regras de competência, de está limitado a fazer somente isso.
CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Caso esteja emprestado a uma outra vara ou esteja substituindo um outro juiz.
“Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.”
REGISTRO E DISTRIBUIÇÃO
• Registro-comarcas com vara única
• Distribuição-comarcas com mais de uma vara, mais de um juiz.
Toda petição inicial e toda reconvenção é registrada e distribuída, no momento em que uma ação é registrada e distribuída aquele juiz adquire sua competência imediatamente, tornando-se o juiz prevento para aquela ação. O simples registro já confere competência para o juiz quando ocorrer em uma comarca com vara única.
“Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz.” 
Supomos que em uma comarca tenhamos somente um juiz civil e um juiz criminal, então se vou interpor uma ação de divórcio, está ação será somente registrada, porque aquele juiz criminal não tem competência para o divórcio, ele não pode receber. Mesmo tendo duas varas e dois juízes, não haverá distribuição para essa ação, somente registro para o juiz competente.
06/10
DA COMPETÊNCIA
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
ABSOLUTA
• Em Razão da Matéria (assunto)
Constitui um meio de especializar a justiça, na medida em que leva a criação de varas exclusivas para a apreciação de pedidos relacionados com determinados ramos do direito, tais como direito civil, penal, trabalhista, militar, eleitoral, etc.
Quando não for o caso para a justiça especializada, a competência será da justiça comum, que se divide em estadual e federal, então se a matéria não for da competência da união, será da justiça estadual.
Ex.: Quando há a necessidade de caçar o mandato de um candidato que foi eleito, vou propor essa ação na justiça eleitoral, pois é uma matéria específica que precisa de uma justiça especializada onde haverá um juiz competente para essa questão, específico e próprio para isso.
Então, apesar dos juízes terem poder jurisdicional, não é um poder absoluto, ao contrário, o poder dele está dividido, pois nesse caso do exemplo acima, esse juiz só poderá resolver os assuntos eleitorais e nenhum outro.
Essa questão da matéria, é um critério de fixação da competência do juiz e de classificação para essa competência. A não ser que se juiz seja de comarca única, nesse caso ele será competente para todos os ramos do direito, para todos os processos que aparecerem. Mas somente na justiça estadual (a mais ampla de todas, também chamada de justiça comum). 
• Em Razão da Pessoa
Determinadas ações contra certas pessoas não podem ser propostas na justiça comum, deve ser proposta ou nos tribunais de justiça ou no STF. Isso ocorre devido ao fato dessas pessoas possuírem foro privilegiado, pela posição e cargo que elas ocupam.
Baseia-se no princípio da isonomia que assegura tratamento desigual aos desiguais na medida de suas diferenças. Ex.: Se o presidente da república cometer um crime comum, será julgado pelo STF.
• Em razão da função do juiz
No caso de um juiz federal, sua função será federal e a sua competência será unicamente para questões de interesse da união federa. A competência em razão da matéria está ligada diretamente a função do juiz pois uma matéria trabalhista só pode ser levada a um juiz trabalhista e a nenhum outro. São dois critérios que se ligam se complementam e são de competência absoluta.
RELATIVA
• Em Razão do Valor da Causa
É determinado com base no valor da causa. Se pretendo propor uma ação no juizado especial, não poderá o valor da causa ultrapassar 40 salários mínimos, então o juiz do juizado especial é competente para ações nesse valor. Acima desse valor seria a justiça comum e a justiça federal.
• Em Razão do Território
Em razão da localidade onde se encontra a demanda ou a pessoa, ou seja, as ações devem ser propostas no foro em que estiver domiciliado o réu no tocante as ações pessoais, no caso das ações sobre imóveis, mobiliárias, será proposta, ajuizada no foro do local do imóvel. 
Ex.: Eu moro aqui em Ponta Porã e sou proprietário de um imóvel em outra cidade, e está sendo alugada para uma outra pessoa que também mora aqui, mas caso eu precise mover uma ação de despejo e cobrança de aluguel, devido ao atraso nos aluguéis, esta ação deve ser movida na localidade onde se encontra o imóvel.
Ex.: Menores também tem foro privilegiado, se tenho um filho que mora em Campo Grande, e tenho que mover umaação revisional de alimentos, para baixar o valor dos alimentos, ou uma ação de pensão alimentícia, deve ser proposta em Campo Grande que é a comarca onde reside o menor.
Nos contratos de adesão, o consumidor pode ingressar com a ação no território do seu domicílio, o for competente é onde reside o consumidor.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
• É fixada em razão do interesse público, a matéria que está sendo levada é de interesse público, até mesmo a pessoa que está sendo demandada também é de interesse público.
• É improrrogável, a competência absoluta não se prorroga, porque um juiz que é absolutamente incompetente para determinada demanda, sempre será, ele não poderá adquirir competência. Ex.: Um juiz trabalhista, não é competente para uma ação de divórcio e nunca será.
• Pode ser alegada “ex officio”, ou seja, o próprio juiz pode se considerar absolutamente incompetente para determinada ação, não pode sentenciais, e caso ele sentencie, essa sentença será nula, porque trata-se de competência improrrogável.
• Pode ser alegada a qualquer tempo no processo, e até 2 anos após o término do processo, através de uma ação rescisória.
COMPETÊNCIA RELATIVA
• Fixada em função do interessa das partes, pois um juiz que a princípio era incompetente, pode vir a ser competente desde que ninguém alegue.
• É prorrogável, pois um juiz que inicialmente era incompetente para determinada causa, pode se tornar competente, quando a ação que chega a esse juiz é em razão do valor da causa ou em razão do território.
• Essa incompetência não pode ser alegada de ofício pelo juiz, ele deverá aguardar que as partes interessadas o façam, diga que ele é incompetente.
• A incompetência deverá ser arguida pelo réu no prazo de 15 dias na contestação (defesa), caso o réu não alegue nesse prazo, não poderá fazer depois pois precluirá o direito. Ex.: Meu filho mora em Dourados e não estou pagando a pensão alimentícia, então ingresso com uma ação, aqui em Ponta Porã, de revisional de alimentos, esse juiz aqui de Ponta Porã ao receber essa ação de competência territorial, não pode alegar a sua incompetência, já que o menor mora em Dourados e o correto seria, ingressar com a ação no local do domicilio, então quem terá que fazer essa alegação será o advogado do réu no prazo de 15 dias, que é o prazo de contestação, então o juiz de Ponta Porã citará, meu filho, que é o réu, lá em Dourados através de uma carta precatória e é nesse momento que o advogado do réu alega a incompetência esse processo será remetido a Dourados.
Caso esse réu não tenha um advogado ou esse advogado perca o prazo de 15 dias, então preclui o direito e esse juiz que inicialmente não era competente para essa ação se torna competente, ocorre a prorrogação.
Prorrogação → É um fenômeno que só ocorre nas causas de competência relativa, é a única que admite prorrogação. 
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
A competência pode ser modificada juntamente com a declaração de incompetência relativa pela:
• Conexão de causas, que são os processos que estão ligados por pedidos semelhantes ou são iguais e a causa de pedir também, então se um processo está com o juiz da 1ª vara civil e o outro processo está com o da 8ª vara civil, o juiz que primeiro se tornou competente é o que deverá receber em conexão a 2ª ação proposta. O juiz se tornou competente pela distribuição e pelo registro.
Nesse caso quando há uma outra ação semelhante que tem conexão com a primeira que já ingressou, essas ações deverão ser juntadas. Essa conexão também pode ser alegada pelo réu no prazo da sua defesa que é de 15 dias.
• Continência, é o fenômeno em que poderemos ter duas ou mais ações em que todos os pedidos são iguais, mas uma delas além d econtar os pedidos da outra ação semelhante, contém também outro pedido, por isso chama-se continente e a outra ação que tem menos pedidos chama-se contida. A continente chama para si, para que a contida se junte a ela.
Ex.: Duas ações de indenização, com o mesmo pedido para indenização material, só que uma delas tem mais um pedido que é de indenização moral, então essa ação que é maior pois possui mais pedidos, será a continente, e chamará para si a ação menor e englobará ela. Então aquele juiz que estava com a ação contida (menor) vai perder a sua competência, pois essa ação irá para o juiz prevento, o qual está com a ação maior.
• Prevenção pela concorrência territorial, em comarcas, essa regra de ações imobiliárias que são propostas em território localizado em duas ou mais comarcas. 
Ex.: Um pedaço de terra em que a metade fica em Amambai e a outra metade fica em Ponta Porã então nesse caso os dois juízes das duas comarcas serão competentes, caso o proprietário desse terreno ingresse com uma ação, mas vai fixar a competência aquele juiz que primeiro recebeu a ação ou pela distribuição ou pelo registro, e essa competência abrangerá toda a totalidade da terra até onde ele não tem jurisdição.
• Foro de eleição, em questões patrimoniais as partes podem eleger qual é o juízo competente que vai resolver o problema entre eles, isso ocorre frequentemente nos contratos de adesão, não é em função da pessoa, mas sim em função do território, ou seja, onde o consumidor mora.
20/10
COMPETÊNCIA INTERNA
DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA:
“Art. 42.  As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.”
→ Submetem-se a jurisdição civil e a competência dos juízes cíveis, tanto as causas de direito privado, como aquelas ligadas ao direito administrativo, tributário, previdenciário, etc. A competência atribui ao órgão jurisdicional a capacidade para processar e julgar as causas cíveis nos limites da constituição.
EXEÇÃO → A instituição da arbitragem serve para resolver litígios relativos a direito patrimoniais disponíveis.
“Art. 44.  Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.”
INTERESSE DA UNIÃO → Competência da Justiça Federal:
Toda vez que surgir o interesse da união federal, que pode ocorrer no meio do processo, então aquele juiz no qual tramitava o processo, deverá de ofício enviar essa ação para a justiça federal, deixando de lado a justiça comum ou a justiça especializada onde se encontrava aquele processo. O juiz pode fazer de ofício, pois a competência é absoluta.
Toda vez que as pessoas de direito público tais como: empresas públicas, entidades autárquicas, fundações ou conselhos de fiscalização de atividade profissional, intervirem ou tiverem interesse, mesmo que o processo já tenha iniciado na justiça comum estadual, o juiz estadual deverá de ofício enviar o processo para o juiz federal, porque a competência é material, absoluta.
“Art. 45.  Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:”
UNIÃO FEDERAL
Administração direto, que seria todos os encargos, ordens, interesses vindos diretamente da administração federal. Ex.: Quando se ingressa com ação contra a União Federal na sua administração direta, nas áreas de educação, saúde, etc.
EMPRESAS PÚBLICAS
Não admitem capital privado. São criadas para gerenciar empreendimentos públicos, mas com o exercício de uma função privada. Ex.: Caixa Econômica Federal, Correios. Para ingressas com uma ação contra essas empresas, deverá ser na Justiça Federal.
AUTARQUIAS
A competência também é da justiça federal. É um órgão descentralizado da administração pública direta, criado para estabelecer determinada função específica. Ex.: INSS, Incra, Receita Federal.
FUNDAÇÕES
A competência também é da justiça federal. Órgão criado para promover algode interesse público. Ex.: FUNAI.
CONSELHOS PROFISSIONAIS
Conselhos de natureza privada, pois regulamentam uma atividade profissional privada. Para ingressar com uma ação contra um conselho, será na Justiça Federal. Ex.: OAB, CRM, CRA. 
 
EXCEÇÕES
Casos em que a competência não é da justiça federal, mas sim da comum:
“Art. 45. I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho”
→ Compete a justiça do trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde do trabalhador, também é competente para processas e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho proposta pelo empregado contra o empregador. A justiça do trabalho é mantida pela união federal, mas como ela resolveu se especializar, deixou esses casos específicos para a justiça especializada do trabalho. Compete a justiça eleitoral, que também é especializada, processar e julgar ações decorrentes de matéria eleitoral.
REGRAS ESPECÍFICAS
“Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.”
→ Onde propor a ação: domicilio do réu, nos direitos pessoais, que são as obrigações de fazer alguma coisa, ou de entregar alguma coisa, ou de pagar alguém, ou construir algo, etc. E as ações que versem sobre os móveis também. Ex.: O autor de uma ação mora em Campo Grande, e o réu mora em Três Lagoas e era uma ação para a entrega de 100 cabeças de gado, venceu a data, e o réu não entregou o gado, o qual está aqui em Ponta Porã, em cima fazenda, já foi escolhido, separado e marcado, como sendo do credor que mora em Campo Grande, então para haja a entrega dessas cabeças de gado, ingressarei com uma ação em Três Lagoas onde é o domicílio do réu.
“Art. 46. § 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.” 
Ação com réu incerto ou inexistente, seria além da própria ausência dessa pessoa em seu domicílio, a falta de notícia e a não constituição de um representante para administrar seus bens. A ausência tem que ser decretada judicialmente. Se a ação em que o ausente é demandado for sobre direitos reais imobiliários sobre propriedade, vizinhança, divisão e demarcação de terras, então nesses casos o foro competente será o do lugar da coisa. Essa ação de ausência é feita após 10 anos de sumiço.
“Art. 49.  A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.”
“Art. 46 § 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.”
“Art. 46 § 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.”
Os réus moram, um em Três Lagoas, outro em Dourados e o outro em Campo Grande então em qualquer dessas localidades pode se ingressar com a ação, e os demais terão que responder no local escolhido. 
“Art. 46. § 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.”
A execução fiscal é uma ação em que o estado está cobrando tributos vencidos, e pode ser execução fiscal estadual, federal, ou municipal, e será onde reside o réu e se cometeu o fato gerador do tributo.
“Art. 47.  Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.”
Será sempre na localidade territorial onde está o imóvel. Ex.: Comprei terras em Ponta Porã e autor e réu moram em Campo Grande, a ação será em Ponta Porã. Mas caso metade desse terreno esteja em Ponta Porã e a outra parte dele esteja em Dourados, então será competente o juiz que pela distribuição pegar primeiro a ação e então estenderá a sua jurisdição e competência a outra metade, pois o terreno é um só.
“Art. 47. § 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.”
Nunciação de obra nova é uma ação para impedir a construção de uma obra que está ameaçando cair. Servidão é quando você exerce o seu direito. Ex.: Servidão de passagem é quando uma propriedade está encurralada e fica sem o acesso a passagem até a rodovia pelas outras propriedades, é um direito assegurado, que deve ser preservado não pode ser construído, nem fechado, nem modificado, deve estar sempre livre, e caso alguém crie obstáculos, pode-se ingressar com uma ação de indenização.
“Art. 47. § 2° A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.”
Situação da coisa significa onde encontra-se o imóvel, e a ação deve ser proposta onde se localiza o imóvel.
“Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.”
No último domicílio do falecido será proposta a ação; no juízo estadual.
“Parágrafo único.  Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.”
“Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.”
O absolutamente e o relativamente incapaz tem domicílio necessário que é de seu representante ou assistente.
“Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.”
25/10
LIMITES DA JURISTIÇÃO NACIONAL
Competência Internacional Concorrente:
Se a competência internacional é concorrente pode haver homologação da decisão estrangeira no Brasil. 
São todos os casos em que a competência da justiça brasileira é concorrente com a internacional. Trata-se de fatos que tem ligação com o exterior, fatos que aconteceram no exterior e que repercutem no Brasil, ou então que aconteceram no Brasil e que repercutemno exterior, ou se tratando de pessoas que tem domicílio no Brasil e são estrangeiras ou brasileiros com domicílio no exterior, ou seja, são situações que se ligam ao exterior de alguma maneira, por alguma razão ou porque a tratativa do negócio foi no exterior de alguma maneira, por alguma razão ou porque a tratativa do negócio foi no exterior e indicou o Brasil para cumprimento da obrigação, ou então, porque o réu ou o autor é estrangeiro, mas mora no Brasil, ou o autor ou réu são brasileiros, mas residem no exterior.
→ Quando a justiça brasileira for igualmente competente com a justiça estrangeira, ou eu posso propor no Brasil ou eu posso propor essa ação no estrangeiro, teremos duas situações, será a competência internacional concorrente, pois tanto o brasil quanto o país estrangeiro são competentes para resolver a questão. A decisão de um juiz estrangeiro pode ser cumprida no Brasil, tem validade, ele é competente para receber e julgar essas ações.
“Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.”
I – Quando o réu estiver domiciliado no Brasil, certamente é porque algum fato ocorreu ou foi praticado por esse réu no Brasil. Teremos o princípio da territorialidade. 
Ex.: Um italiano que mora na Itália, emprestou dinheiro para um brasileiro que voltou para o Brasil sem pagar a dúvida. Nesse caso a ação pode ser ajuizada tanto na Itália como no Brasil, ambas as justiças são competentes para receber essa ação. 
Ex.: Se for um italiano que emprestou dinheiro para outro italiano, mas esse devedor tem domicílio no Brasil, então a ação será ajuizada no Brasil, pois não importa a sua nacionalidade, mas sim a domicílio do réu.
II – Quando em um contrato há uma clausula indicando o Brasil como o lugar do cumprimento da obrigação. No caso das partes indicarem o Brasil como local do cumprimento da obrigação, deve ser expresso.
III – Fato ocorrido no Brasil, mas que repercutiu na esfera estrangeira, então tanto juiz brasileiro como estrangeiro é competente.
“Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.”
Para viabilizar o início de uma ação contra uma pessoa jurídica estrangeira dentro do Brasil, basta que ela tenha uma filial ou uma agência aqui para que possa ser citada, pois o processo não começa sem a citação.
Facilita muito a vida do consumidor, esse entendimento que o código tem da filial sendo aceita como sede para se ingressas com uma ação, porque seria inviável er que ingressar com essa somente no país de origem da pessoa jurídica, até um pequeno escritório que está atuando em nome daquela pessoa jurídica, daquela empresa, já se vê como domicilio. Ex.: Uma concessionária de veículos de uma determinada marca, é vista como uma extensão as sede aqui no país e entendesse como uma filial, pois é um contrato de concessão comercial que habilita essas concessionárias, tornando-as competentes.
“Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.”
I – A justiça brasileira é competente para a ação de alimentos internacionais de forma concorrente em duas situações:
• Quando o autor da ação de alimentos reside no Brasil, mas o réu reside no estrangeiro, esse réu é citado através de uma carta rogatória, a audiência ocorrerá no estrangeiro, na fase de execução haverá a necessidade de uma nova carta rogatória para o bloqueio e penhora de bens. Quando a criança mora estrangeiro e o réu mora no Brasil, a ação será proposta no Brasil.
• Caso ambos os sujeitos (autor e réu) tenham domicílio no exterior, mas o devedor possuía, no Brasil, bens ou rendas passíveis de execução, porque aqui pode ocorrer a execução da sentença, então a justiça brasileira se torna competente para a causa.
II – Sendo o consumidor domiciliado no Brasil, a justiça brasileira é competente para a causa, mas nada impede o ingresso da ação no estrangeiro e ambos os juízes tanto o brasileiro, quanto estrangeiro serão competentes.
III – Autor e réu combinam por meio de um contrato escrito, ou verbal, ou mesmo tácito, que a jurisdição nacional será competente. Seria um contrato onde há o foro de eleição, como se dois estrangeiros que morassem na Europa convencionassem que a justiça brasileira que vai dirimir a questão entre eles. Está correto tanto no exterior quanto no Brasil depende do acordo entre as partes, dependerá da existência no contrato dessa cláusula de foro de eleição. 
Competência Internacional Exclusiva ou Interna:
“Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.”
→ Competência Internacional exclusiva ou Interna significa que nesses casos do Art. 23 a competência internacional é exclusiva da autoridade judiciária brasileira.
O Brasil não reconhece autoridade da jurisdição estrangeira para demandas do art. 23, e entende que só a jurisdição nacional pode reproduzir efeitos em território nacional sobre essas questões. Uma eventual decisão estrangeira que abranjam em quaisquer dessas hipóteses do art. 23 não terá qualquer eficácia e efeito no Brasil. Nesse caso, a jurisdição brasileira não concorre com nenhuma outra.
Eventual sentença estrangeira não é passível de homologação, perante o direito nacional, não surtindo efeito no país, nem se autoriza as cartas rogatórias expedidas por outras nações.
Eventual cláusula de eleição de foro, quando se trata de matéria do art. 23 não é reconhecida para a jurisdição brasileira. Somente a jurisdição brasileira pode atuar, não se aceita a decisão de um juiz estrangeiro.
I – Quando a questão gerar em torno de imóveis e estes estejam situados no Brasil; pode ser uma ação de usucapião, ou uma ação de divisão de terras, ou demarcação de terras, despejo por falta de pagamento de aluguel, ação discriminatória (quando sem terras públicas), então toda vez que o objeto de uma ação é um imóvel, então será somente no Brasil, e é bem abrangente quanto as ações.
II – Quando temos Inventário e a sua consequência que é a partilha, e o testamento, ocorrerá da mesma forma, somente a justiça brasileira tem a capacidade exclusiva de partilhar esses bens deixados pelo falecido entre os herdeiros necessários. Não importa se o autor da herança é um estrangeiro que mora em outro país, o que realmente é levado em consideração é se os bens (móveis e Imóveis) estão localizados no brasil, então esse inventário deve ser distribuído no Brasil.
III – Fala sobre o direito de família, é exclusivamente no Brasil, ainda que os titulares residam no exterior e sejam estrangeiros, a partilha dos bens situados no Brasil deve ser feita no Brasil.
Ação Propostas no Estrangeiro Não Induz Uma Litispendência:
Em se tratando de litispendência o juiz estrangeiro não tem competência, quem tem a competência exclusiva será um juiz brasileiro. No caso de um casalingressas em outro país com uma ação de inventário e resolvem partilhar seus bens no Brasil, não haverá litispendência em relação a partilha dos bens, terá que ser inventariado aqui com um juiz brasileiro.
Significa que se há duas ações idênticas tramitando simultaneamente no exterior e no Brasil, há litispendência, MAS um processo não extinguirá o outro processo sem a resolução do mérito, porque ações propostas no estrangeiro não induz a litispendência no Brasil, pois a justiça brasileira é indiferente as ações ajuizadas em país estrangeiro ainda que seja idêntica a outra ação que tramita aqui.
“Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.”
08/11
CLAUSÚLA DE ELEIÇÃO DE FORO EM CONTRATO INTERNACIONAL
“Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.”
Se as partes elegerem o foro da Itália, então será lá que a ação será processada, não compete a autoridade brasileira porque houve essa escolha do foro internacional, mas é necessário que o interessado manifeste isso na contestação, essa vontade de afastar, excluir a jurisdição brasileira, sob pena de preclusão, e consequentemente tornando será que a jurisdição nacional passará a ser competente para esse processo.
REGRAS ESPECÍFICAS DO Art. 53 
I – Casamento e União Estável:
O casamento é uma instituição do direito civil e a união estável seria uma instituição que pende para o lado constitucional, diferente do casamento, para que a união estável tenha validade e seja reconhecida é necessário que o juiz a aceita, seria a união estável judicial, ou com uma declaração do cartório de registros e fazer uma escritura pública de união estável.
Para o divórcio e para a dissolução da união estável:
Se houver filhos incapazes será no foro daquele que tem a guarda do incapaz será o domicílio do seu guardião. A criança puxa a competência para ela. Ex.: A criança mora em Campo Grande e o pai mora em Ponta Porã, então a ação deve ser movida em CG. MAS caso o pai mova essa ação em PP, nesse caso a esposa vai receber o mandado de citação e ela terá 15 dias para na contestação alegar a incompetência relativa, calo ela perca esse prazo, então prorroga-se a competência de PP e a ação permanecerá aqui (competência relativa territorial).
Se o filho já for maior de idade ou se não houverem filhos, a ação será movida no último domicílio do casal, na cidade onde por último residiram.
Domicílio do réu, também é possível.
II – Alimentos 
O foro competente para a ação em que se pedem alimentos, é o foro de domicílio ou da residência do alimentando, normalmente são menores, mas há casos de maiores que também recebem alimentos, não importa a idade. Também é um caos de competência relativa territorial.
III – Lugar
Em que lugar mover a ação:
No caso da pessoa jurídica, onde estiver a sede, para a ação em que a pessoa jurídica for ré. Exceção: Consumidor, porque se a ação é movida pelo consumidor contra a pessoa jurídica, então será proposta na residência do consumidor. Se forem duas pessoas jurídicas, uma autora, outra ré, então a ação será movida onde tem sede a ré, essa informação do endereço da sede pode ser verificada no contrato social da pessoa jurídica
Onde se acha a agência, sucursal ou filial quanto as obrigações que ela contraiu.
Podem existir sociedades e associações sem personalidade jurídica, que não tem contrato social, é esse contrato social que personifica as sociedades, se essa sociedade ou associação não fez seu contrato social e não arquivou na junta comercial, então passa a ser despersonificada, e a ação será movida onde exerce as suas atividades, a localidade onde atua.
Para as ações que pretendam seu cumprimento, então serão movidas onde a obrigação deve ser satisfeita. Se um contrato diz que aquela dívida deve ser paga em determinado lugar, então será nesse lugar que deve ser movida a ação de cobrança.
Onde reside o idoso, pessoas com mais de 60 anos.
Da serventia notarial ou de registro para as demandas que pretenda uma repartição por danos causados por elas. Toda vez que os serviços dos tabelionatos, tais como protestos, escritura pública, prejudicar alguém, então essa ação deve ser movida há sede da serventia notarial, ou seja, na cidade onde está localizado o cartório.
IV – Lugar do Ato ou do Fato
É competente o local onde ocorreu a circunstância jurídica.
Para que a repartição de dano tanto material, quanto moral, no lugar onde aconteceu esse ato, no lugar onde ocorreu esse ato deve-se ingressar com a ação. Ex.: Caso em uma viagem para outra cidade tenha ocorrido um desentendimento, um fato que tenha sido necessário o registro de um boletim de ocorrência, então nesse caso tanto a vítima quanto o autor residem em Ponta Porã, mas o fato ocorreu nessa viagem para outra cidade, então essa ação para a reparação desse dano, decorrido da briga, do insulto, deve ser ingressada na cidade onde ocorreu.
Mover uma ação contra o administrador ou gestor do réu, de seus negócios, terá que ser onde ocorreu o fato que deu causa a esse prejuízo.
V – Acidente de Veículos e Aeronaves
É competente o for do domicílio do autor ou do lugar do fato para as ações que visam a repartição por dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículo e aeronaves. A opção é do autor.
CODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
“Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.”
• Conexão → Dois ou mais processos ligados pela mesma causa de pedir e pelas partes, são processos semelhantes, não são iguais. Então reuniremos esses processos para julgamento simultâneo, mas se um dos processos já foi julgado então a conexão não determinará mais a reunião entre eles.
“Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.”
• Continência → É uma espécie de conexão, pois para que se dê a continência entre duas ou mais ações tem que haver as mesmas partes e a mesma causa de pedir, a diferencia é que em uma ação o pedido é mais amplo, tem algo a mais do que na outra e essa ação maior acaba englobando a menor. O processo menor é chamado contido.
“Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.”
Se a ação continente foi proposta primeiro o contido terá que morrer pois é a segunda ação e será extinta sem resolução de m´rito S.R.M. Como a ação continente que é a maior e mais ampla foi introduzida primeiro a ação seguinte que discute os mesmos assuntos já apresentados na primeira, mas é menor, então deve ser extinta SRM.
“Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas”
→ São duas as soluções para a continência:
Se a ação contida for proposta primeiro, então teremos areunião do processo continente (maior) com o processo contido (menor) para que ocorra o julgamento simultâneo. Se a ação continente (maior) for proposta primeiro, então a contida (menor) será extinta sem resolução de mérito (SRM).
PREVENÇÃO
A prevenção fixa a competência em função de determinado elemento temporal, impõe a reunião das causas e seu julgamento conjunto. Significa que determinado juiz adquire a competência, ele pode chamar para si, tanto processos conexos, quanto processos continentes para um único julgamento ou decisão simultânea. 
A prevenção ocorre com o registro ou a distribuição da petição inicial. A prevenção pressupõe juízo competente, se o juízo é incompetente para a causa que foi ajuizada, então não haverá fixação de prevenção.
“Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.”
IMÓVEL SITUADO EM MAIS DE UMA COMARCA
No caso de imóveis situados em mais de uma comarca, o juiz prevento será aquele que recebeu o processo primeiro, seja pela distribuição ou pelo registro e uma vez fixada essa competência o juiz prevento não precisa expedir carta precatória para a outra comarca para poder praticar os atos processuais dessa causa, porque com a prevenção a competência desse juiz se alarga para alcançar todo o imóvel que é o objeto do litígio.
Ex.: Uma fazenda localizada em duas comarcas ao mesmo tempo, Amambai e Ponta Porã, isso quer dizer que tanto o juiz de Amambai quanto o de Ponta Porã são competentes, mas apenas um deles pode ser prevento, aquele que primeiro recebeu a ação através da distribuição ou do registro.
“Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.”
AÇÃO RESCISÓRIA
Significa que uma ação, em que eu estou tentando anular uma sentença transitado em julgado, ou seja, serve para anular tudo o que foi feito e voltar ao começo. Ex.: Um réu que foi condenado a revelia dele pode ingressar com a ação rescisória para anular todo esse julgamento e voltar ao começo, mas esse réu que não tinha sido citado, e nem estava sabendo desse processo, tem 2 anos para ingressas com a ação rescisória. 
10/11
COMPETÊNCIA INDERROGÁVEL
É inderrogável aquilo que não se pode anular, nem revogar. A competência absoluta não pode ser modificada pela vontade das partes, ou seja, pela comodidade das partes.
“Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.”
COMPETÊNCIA DERROGÁVEL
O Art. 63 admite que as partes podiam modificar a competência estabelecida em razão do valor e do território, utilizando a eleição de foro para isso. A competência derrogável vai se modificar pela prorrogação da competência, por exemplo: um juiz que inicialmente era incompetente para uma causa, acaba se tornando competente quando se prorroga a competência dele, essa prorrogação ocorreu porque ninguém alegou a incompetência dele no prazo de 15 dias, pois o juiz não pode aligar a sua incompetência de ofício, então essa inércia das partes prorroga a competência do juiz.
Também vai se modificar pela vontade das partes, através do foro de eleição, significa que as partes nas questões de competência delativa que é o valor da causa, ou territorial podem modificar a competência por vontade própria.
“Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.”
Esse foro de eleição é um verdadeiro contrato, escrito e específico para determinado negócio. Ex.: Contrato de matricula, onde o estudante elege a comarca de Ponta Porã para resolver questões relativas ao contrato de matricula. Esse foro deve constar da clausula escrita, para que seja valido e eficaz. Foro de eleição geralmente é eleito pelas partes para dirimir eventuais conflitos oriundos dos mais diversos atos da vida civil.
“Art. 63. § 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.”
O foro de eleição obriga os herdeiros das partes contratantes, e mesmo que qualquer das partes faleça, os herdeiros não podem modificar o foro de eleição, ele permanece, era a vontade do falecido e vai obrigar herdeiros e sucessores. Então o foro de eleição é transmissível ao herdeiros e sucessores das partes, obrigando-os.
“Art. 63. § 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.”
Cláusula abusiva, se o juiz desconfiar que o foro é abusivo ou que pode trazer prejuízos para as partes, antes mesmo de citar o réu, o juiz não vai aceitar a ação e ele mesmo de ofício, vai enviar esse processo ao juiz competente. Ex.: O consumidor compra uma TV da Samsung em um loja de eletrodomésticos da cidade onde esse consumidor mora, mas no contrato de venda está especificado que as partes elegem o foro da comarca de Manaus, então caso essa TV de problema, o consumidor terá que resolver em Manaus, onde foi o foro escolhido, é competência territorial, pois estão elegendo o território, mas é uma cláusula abusiva que fere o direito do consumidor, e quando uma ação como essa cai nas mãos de um juiz, ele de ofício alega que é abusiva e envia a ação aqui para Ponta Porã, onde é o domicílio do consumidor.
Além de poder o juiz agis de ofício, o requerido também pode, após citado, arguir esse defeito da cláusula na contestação. Mas se nada for feito e passado o prazo, então ocorre a preclusão e a competência se prorroga.
“Art. 63 § 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.”
“Art. 63 § 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.”

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