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TRABALHO CASO FUNRURAL - ABNT

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TRABALHO HORAS EXTRAS – DIREITO CONSTITUCIONAL II
CASO FUNRURAL, RE: 718874
Pietra Drum Rodrigues
Faculdades Integradas de Ponta Porã – FIP/Magsul, drumpietra@outlook.com.
O caso do FUNRURAL se baseia na constitucionalidade ou inconstitucionalidade da contribuição social de “O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.”, como diz o art. 195, §8º da Constituição Federal. 
O pagamento ao FUNRURAL era feito através da técnica de desconto na nota fiscal do produtor, e era calculado sobre a receita bruta derivada da negociação da produção rural. Fazendo com que muitas vezes os produtores (e etc) não soubessem que estavam sendo cobrados ou o porquê de estarem a ser cobrados. Assim podemos dizer que ocorria um enriquecimento ilícito da Fazenda Nacional. A partir de longas leituras, vejo que é uma longa discussão. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade da contribuição pelo modo de controle difuso de constitucionalidade, o que proliferou controvérsias sobre o assunto.
Esse tributo do FUNRURAL, é alvo de grande repercussão. Para ilustrar esse fato dizemos que antes dessa decisão, haviam mais de 15 mil ações suspensas em instâncias inferiores, esperando a decisão do Supremo Tribunal Federal.[1: “Recolhimento do Funrural é constitucional, decide STF”, por Mariana Muniz. Acessado em 17/11/2017]
É importante focarmos no que já foi dito por meio de estudos mais conclusivos e mais aprofundados do que eu poderia concluir. Como é dito no Artigo escrito por Luciano Nardi Comunello: 
“Com a Lei n.º 8.540/92, além da contribuição referida, instituiu-se nova contribuição, exercitando agora, o legislador ordinário, a norma de competência do artigo 195, I, da CF (contribuição do produtor rural pessoa física empregador à seguridade social). A Lei n.º 9.528/97 em nada alterou a inteligência do artigo, tão-somente esclareceu, precisou a qualidade de empregador do sujeito passivo desta contribuição.”[2: Artigo: “FUNRURAL: EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA CONTRIBUIÇÃO”, por: Luciano Nardi Comunello. Disponível em: <http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tc c2/trabalhos2010_2/luciano_comunello.pdf>.]
Nessa decisão votaram a favor da constitucionalidade: Alexandre de Morais, Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Enquanto Edson Fachin(relator da causa), Celso de Mello, Rosa Weber, Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski, ficaram no lado oposto.
Para tanto, depois de sentenças, uma turma recursal, o caso foi para o STF, novamente após o caso Mataboi, em 2010, o qual o foi declarado inconstitucional. Deste modo, todos os tramites previstos ocorreram, estando de acordo com as normas regimentais o Recurso Extraordinário andou.[3: Página da Internet. Disponível em: < http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=11 9605>, acessado em 17/11/2017]
O RE 718874 foi declarado constitucional, o STF declarou que o R.E. n 718874 “É constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/2001, incidente sobre a receita bruta obtida com a comercialização de sua produção". 
Em dois casos anteriores, em 2010 e 2011, o Supremo Tribunal Federal havia julgado inconstitucional a regra que autorizava a contribuição social sobre a receita da comercialização dos produtores rurais com empregados.[4: “Recolhimento do Funrural é constitucional, decide STF”, por Mariana Muniz. Acessado em 17/11/2017]
Para finalizar, deixo aqui a opinião clara do advogado e tributarista, Eduardo Maneira:
“Desde a redação original da Constituição, falava-se em empregador e em faturamento. Para tributar o resultado da produção bastava a expressão faturamento, ou seja, não precisava do acréscimo da palavra receita, mas o STF por duas vezes entendeu em sentido contrário, com razão. Se fosse possível tributar o faturamento ou a receita do empregador rural, o parágrafo 8º do art. 195 seria absolutamente inútil. Esta questão não foi enfrentada”.[5: “Recolhimento do Funrural é constitucional, decide STF”, por Mariana Muniz. Acessado em 17/11/2017]

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