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Estrutura e Formação das Palavras em Português

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Língua Portuguesa p/ PRF 
Policial Rodoviário 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 03 
 
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AULA 03 
Estrutura, formação e representação das palavras. 
Emprego das Classes de Palavras I. 
A 
 
Olá, queridos!!! Animados??? 
 
Nosso estudo de hoje será bem interessante e muito importante! Olharemos 
com atenção para as palavras!! Vamos estudar a formação das palavras, a 
estrutura delas e as classes gramaticais (com exceção dos VERBOS, assunto 
da nossa próxima aula) as quais pertencem! 
Com vocês... a fabulosa MORFOLOGIA!! 
 
SUMÁRIO 
1. CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS...............................02 
2. ESTRUTURA DOS VOCÁBULOS.............................................................04 
3. DERIVAÇÃO......................................................................................16 
4. COMPOSIÇÃO...................................................................................20 
5. ESTUDO DAS CLASSES GRAMATICAIS..................................................22 
6. COLOCAÇÃO PRONOMINAL.................................................................59 
QUESTÕES COMENTADAS .....................................................................64 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................91 
GABARITO..........................................................................................113 
ATÉ BREVE.........................................................................................113 
 
 
 
Venham comigo! 
 
 
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Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 03 
 
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MORFOLOGIA 
 
Trata-se do estudo da estrutura, da formação e da classificação das 
palavras. O objetivo da morfologia é estudar as palavras olhando para elas 
isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período (disso trata 
a sintaxe). A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de 
palavras ou classes gramaticais. São elas: 
 
VARIÁVEIS (sofrem flexões): 
 
1. SUBSTANTIVO: designa os seres reais ou fictícios 
 Ex.: pato, ave, Deus, lobisomem, alegria, 
 Barbacena, dó, pé-de-moleque 
 
2. ADJETIVO: indica as características dos seres 
 Ex.: bela, selvagem, brasileiro, amarelo-claro, 
 famoso, azul 
 
3. ARTIGO: acompanha o substantivo, determinando-o ou 
generalizando-o 
 Ex.: o, a, os, as / um, uma, uns, umas 
 
4. NUMERAL: indica quantidade ou ordem dos seres 
 Ex.: um, dois, primeiro, décimo, meio, dobro 
 
5. PRONOME: é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo 
(nome) em relação às pessoas do discurso 
 Ex.: Ela veio à nossa casa. 
 
 
6. VERBO: indica processo, exprimindo ação, estado ou fenômeno 
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Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 03 
 
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 Ex.: voar, cantar, sofrer, ser, estar, chover, nevar 
 
INVARIÁVEIS: 
 
7. ADVÉRBIO: modifica essencialmente o verbo exprimindo uma 
circunstância (modo, tempo, lugar) 
 Ex.: bem, mal, muito, meio, talvez, calmamente, hoje, logo, aqui, 
perto, sim, não 
 
8. PREPOSIÇÃO: liga duas palavras estabelecendo entre elas certas 
relações (posse, companhia) 
 Ex.: A casa é DE Luís. 
 
Principais tipos: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, 
per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. 
 
9. CONJUNÇÃO: liga duas orações coordenando-as, subordinando-as 
 Ex.: Ele chora E ri ao mesmo tempo. 
 É verdade QUE ele fala muito? 
 Sairei QUANDO me pedirem. 
 
10. INTERJEIÇÃO: palavra ou locução que expressa apelos, emoções, 
ou ideias mal estruturadas 
 Ex.: Ah!, Ai!, Olá!, Valha-me Deus! 
 Macacos me mordam! 
 
 
 
 
x PRINCIPAIS: Substantivo, Verbo 
x PRINCIPAIS e ADJUNTAS: Pronome e Numeral 
Quanto à função, pode-se agrupar as palavras em: 
 
Principais, Adjuntas, Conectivas, Classe Especial 
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x ADJUNTAS (sempre): Artigo, Adjetivo, Advérbio 
x CONECTIVAS: Preposição e Conjunção 
x CLASSE ESPECIAL: Interjeição 
 
Então, galera, antes de falar mais 
detalhadamente sobre as classes gramaticais, vamos estudar a 
estrutura e a formação das palavras? Vocês irão gostar!! 
 
ESTRUTURA DOS VOCÁBULOS 
 
Trata-se do estudo dos elementos formadores das palavras. Assim, 
compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos 
abaixo: 
art-ista 
brinc-a-mos 
cha-l-eira 
cachorr-inh-a-s 
 
 
A análise das palavras destes exemplos mostra-nos que as palavras podem 
ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos 
mórficos ou morfemas. 
 
Vamos analisar a palavra "cachorrinhas": 
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. 
São eles: 
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém 
o significado. 
inh - indica que a palavra é um diminutivo 
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a - indica que a palavra é feminina 
s - indica que a palavra se encontra no plural 
 
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. 
Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, 
tais como: mar, sol, lua, etc. 
 
São elementos mórficos: 
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos 
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos 
modificadores da significação dos primeiros 
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou 
eufônicos. 
 
9 Raiz 
 
É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das 
palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, 
comum às palavras da mesma família etimológica. 
 
Observe o exemplo: 
 
 A raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar 
dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, 
inocente, inocentar, inócuo, etc. 
 
 
 
 
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Uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo: 
at-o 
at-or 
at-ivo 
aç-ão 
ac-ionar 
 
 
9 Radical 
 
Observe o seguinte grupo de palavras: 
 
livr- o 
livr- inho 
livr- eiro 
livr- eco 
 
 
Agora, duas perguntas: 
Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? 
Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? 
 
Esse elemento (livr) é chamado de radical (ou semantema). 
 
Radical: elementobásico e significativo das palavras, consideradas sob o 
aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos 
secundários (quando houver) da palavra. 
 
Por Exemplo: 
cert-o 
cert-eza 
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in-cert-eza 
 
 
Radicais Gregos 
 
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a 
exata compreensão e fácil memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a 
seguir duas relações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos 
formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda 
agrupa aqueles que costumam surgir na parte final. 
 
Radicais que atuam como primeiro elemento 
 
Forma Sentido Exemplos 
Aéros- ar Aeronave 
Ánthropos- homem Antropófago 
Autós- de si mesmo Autobiografia 
Bíblion- livro Biblioteca 
Bíos- vida Biologia 
Chróma- cor Cromático 
Chrónos- tempo Cronômetro 
Dáktyilos- dedo Dactilografia 
Déka- dez Decassílabo 
Démos- povo Democracia 
Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã 
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Ethnos- raça Etnia 
Géo- terra Geografia 
Héteros- outro Heterogêneo 
Hexa- seis Hexágono 
Híppos- cavalo Hipopótamo 
Ichthýs- peixe Ictiografia 
Ísos- igual Isósceles 
Makrós- grande, longo Macróbio 
Mégas- grande Megalomaníaco 
Mikrós- pequeno Micróbio 
Mónos- um só Monocultura 
Nekrós- morto Necrotério 
Néos- novo Neolatino 
Odóntos- dente Odontologia 
Ophthalmós- olho Oftalmologia 
Ónoma- nome Onomatopeia 
Orthós- reto, justo Ortografia 
Pan- todos, tudo Pan-americano 
Páthos- doença Patologia 
Penta- cinco Pentágono 
Polýs- muito Poliglota 
Pótamos- rio Potamologia 
Pséudos- falso Pseudônimo 
Psiché- mente Psicologia 
Riza- raiz Rizotônico 
Techné- arte Tecnografia 
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Thermós- quente Térmico 
Tetra- quatro Tetraedro 
Týpos- figura, marca Tipografia 
Tópos- lugar Topografia 
Zóon- Animal Zoologia 
 
 
 
Radicais que atuam como segundo elemento: 
 
Forma Sentido Exemplos 
-agogós Que conduz Pedagogo 
álgos Dor Analgésico 
-arché Comando, governo Monarquia 
-dóxa Que opina Ortodoxo 
-drómos Lugar para correr Hipódromo 
-gámos Casamento Poligamia 
-glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário 
-gonía Ângulo Pentágono 
-grápho Escrita Ortografia 
-grafo Que escreve Calígrafo 
-grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma 
-krátos Poder Democracia 
 
-lógos Palavra, estudo Diálogo 
-mancia Adivinhação Cartomancia 
-métron Que mede Quilômetro 
-nómos Que regula Autônomo 
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-pólis; Cidade Petrópolis 
-pterón Asa Helicóptero 
-skopéo Instrumento para ver Microscópio 
-sophós Sabedoria Filosofia 
-théke Lugar onde se guarda Biblioteca 
 
 
 
Radicais Latinos 
 
Radicais que atuam como primeiro elemento: 
 
Forma Sentido Exemplo 
Agri Campo Agricultura 
Ambi Ambos Ambidestro 
Arbori- Árvore Arborícola 
Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô 
Calori- Calor Calorífero 
Cruci- cruz Crucifixo 
Curvi- curvo Curvilíneo 
Equi- igual Equilátero, equidistante 
Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia 
Loco- lugar Locomotiva 
Morti- morte Mortífero 
Multi- muito Multiforme 
Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto 
Oni- todo Onipotente 
Pedi- pé Pedilúvio 
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Pisci- peixe Piscicultor 
Pluri- Muitos, vários Pluriforme 
Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede 
Reti- reto Retilíneo 
Semi- metade Semimorto 
Tri- Três Tricolor 
 
 
Radicais que atuam como segundo elemento: 
Forma Sentido Exemplos 
-cida Que mata Suicida, homicida 
-cola Que cultiva, ou habita 
Arborícola, vinícola, 
silvícola 
-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura 
-fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero 
-fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico 
-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme 
-fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo 
-gero Que contém, ou produz Belígero, armígero 
-paro Que produz Ovíparo, multíparo 
-pede Pé Velocípede, palmípede 
-sono Que soa Uníssono, horríssono 
-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo 
-voro Que come Carnívoro, herbívoro 
 
 
 
9 Afixos 
 
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Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que 
se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que 
o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir 
de "certo": certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o 
acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. 
Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe 
gramatical na palavra a que são anexados. Quando são colocados antes do 
radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. 
Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de 
sufixos. 
Exemplos: 
 
Prefixo Radical Sufixo 
in at ivo 
em pobr ecer 
inter nacion al 
 
 
 
9 Desinências 
 
Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das 
palavras. Existem dois tipos: 
 
Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e 
feminino) e de número (singular e plural) dos nomes. 
 
 
Exemplos: 
alun-o aluno-s 
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alun-a aluna-s 
 
o/a = desinências de gênero 
(masculino ou feminino) 
 
s = desinência de número. Marca o 
plural. A ausência dela marca o 
singular. 
 
 
 
Só podemos falar em desinências nominais de gênero 
e de número em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. 
Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos 
desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência 
nominal de número. 
 
Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo 
e tempo dos verbos. 
 
Exemplos: 
compr-o 
compra-s 
compra-mos 
compra-is 
compra-m 
compra-va 
compra-va-s 
 
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A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-
pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de 
"ama-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do 
pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação. 
 
9 Vogal Temática 
 
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para 
receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: 
 
Vogal temática A - Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. 
Exemplos: buscar, buscavas, etc. 
 
Vogal temática E - Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. 
Exemplos: romper, rompemos, etc. 
 
Vogal temática I - Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. 
Exemplos: proibir, proibirá, etc. 
 
9 Tema 
 
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos 
citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibi- 
 
9 Vogais e Consoantes de Ligação 
As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos 
eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma 
determinada palavra. 
 
Exemplo: Parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i) 
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Outros exemplos: gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, 
cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. 
 
FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
 
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a 
derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em 
que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto 
no processo de composição sempre haverá mais de um radical. 
 
Derivação 
 
É o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a 
partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo: 
 
Primitiva Derivada 
mar marítimo, marinheiro, marujo 
terra enterrar, terreiro, aterrar 
 
Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, 
mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de 
um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, 
derivadas. 
 
 
 
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Radical: parte comum das palavras derivadas, carrega a base da 
significação: marítimo, marinheiro, marujo (rad. mar) / enterrar, terreiro, 
aterrar (rad. terr). 
Prefixo: afixo colocado antes do radical: a (prefixo) + terrar = aterrar. 
Sufixo: afixo colocado após o radical: mar + ítimo (sufixo) = marítimo 
 
Tipos de Derivação 
 
Derivação Prefixal ou Prefixação 
 
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu 
significado alterado. 
crer- descrer 
ler- reler 
capaz- incapaz 
 
Derivação Sufixal ou Sufixação 
 
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer 
alteração de significado ou mudança de classe gramatical. 
 
Risonho 
Papelaria 
Alfabetização 
 
Na palavra alfabetização, o sufixo -ção transforma em substantivo o 
verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto 
pelo acréscimo do sufixo -izar. 
 
Derivação Parassintética ou Parassíntese 
 
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Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de 
prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se 
nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. 
 
Vejamos a palavra " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo 
entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". 
A presença de apenas um desses afixos não é 
suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as 
palavras "entriste", nem "tristecer". 
 
Exemplos: 
 
Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada 
mudo e mud ecer emudecer 
alma des alm ado desalmado 
 
 
 
 
Não confunda derivação parassintética com derivação prefixal e 
sufixal (juntas), pois, no primeiro caso, o acréscimo de sufixo e de prefixo é 
obrigatoriamente simultâneo. Já nas palavras desvalorização e 
desigualdade, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização 
provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém 
de valor (derivação prefixal e sufixal). 
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É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não 
se pode dizer que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais 
palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo 
acréscimo concomitante de prefixo e sufixo. 
 
 
Derivação Regressiva 
 
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por 
acréscimo, mas por redução. 
 
Exemplos: 
comprar (verbo) beijar (verbo) 
compra (substantivo) beijo (substantivo) 
 
 
 
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o 
contrário, podemos seguir a seguinte orientação: 
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo 
palavra primitiva. 
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário. 
 
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, 
logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra 
âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá 
origem ao verbo ancorar. 
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Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de 
verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na 
linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por 
derivação regressiva. Veja: 
o portuga (de português) 
o boteco (de botequim) 
o comuna (de comunista) 
 
Ou ainda: 
agito (de agitar) 
amasso (de amassar) 
chego (de chegar) 
 
Normalmente, um verbo é criado a partir de um substantivo. Na derivação 
regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do 
verbo. 
 
 
Derivação Imprópria 
 
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer 
qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. 
Neste processo: 
 
1) Os adjetivos passam a substantivos 
Os bons serão contemplados. 
 
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos 
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. 
 
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3) Os infinitivos passam a substantivos 
O andar de Roberta era fascinante. 
O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 
 
4) Os substantivos passam a adjetivos 
O funcionário fantasma foi despedido. 
O menino prodígio resolveu o problema. 
 
5) Os adjetivos passam a advérbios 
Falei baixo para que ninguém escutasse. 
 
6) Palavras invariáveis passam a substantivos 
Não entendo o porquê disso tudo. 
 
7) Substantivos próprios tornam-se comuns. 
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) 
 
COMPOSIÇÃO 
 
É processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou 
mais radicais. Existem dois tipos: 
 
Composição por Justaposição 
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração 
fonética. 
Passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor 
 
Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") 
justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. 
 
Composição por Aglutinação 
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Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou 
mais de seus elementos fonéticos. 
embora (em boa hora) 
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) 
hidrelétrico (hidro + elétrico) 
planalto (plano+ alto) 
 
Redução 
 
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma 
reduzida. Observe: 
auto - por automóvel 
cine - por cinema 
micro - por microcomputador 
Zé - por José 
 
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas 
também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja 
mais sobre siglas na seção "Extras" -> Abreviaturas e Siglas) 
 
Hibridismo 
 
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de 
línguas diferentes. 
auto (grego) + móvel (latim) 
 
 
Onomatopeia 
É a tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da 
natureza. 
Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc. 
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Agora sim, queridos, vamos fundo no estudo 
das classes gramaticais!! 
 
SUBSTANTIVO 
 
I ± CLASSIFICAÇÃO 
 
a) COMUM: designa seres da mesma espécie 
 Ex.: estudante, dança, felicidade, cardume 
 
b) PRÓPRIO: designa seres específicos, um único ser 
 Ex.: Paula, Brasília, Pirineus, África, Tietê 
 
c) PRIMITIVO: não derivam de outra palavra 
 Ex.: Bruxa, mar, sol, alma, dor, Paula, homem 
 
d) DERIVADO: formados a partir de outra palavra 
 Ex.: Brasília, covardia, felicidade, estudo, maresia 
 
e) SIMPLES: possui apenas um radical 
 Ex.: Gato, caneta, política, boiada, bando, estudo 
 
f) COMPOSTO: possui mais de um radical 
 Ex.: Girassol, lobisomem, rodapé, couve-flor 
 
g) CONCRETO: seres com existência própria 
 Ex.: Mar, sol, areia, alma, fada, Deus, Ana Maria 
 
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h) ABSTRATO: designam qualidade, ação, estado, sentimento 
 Ex.: Covardia, luta, felicidade, calor, viagem 
 
i) COLETIVO: conjunto de seres da mesma espécie 
 
 Alcateia (lobos), Arsenal (armas), 
 Corja (bandidos), Código (leis), 
 Atlas (mapas), Banca (examinadores), 
 Mó (gente), Enxoval (roupas) 
 
Cada substantivo possui quatro classificações, a não ser que seja 
um coletivo: 
 Ex.: Casa: comum, simples, concreto e primitivo 
 Brasília: comum, próprio, concreto, derivado 
 Enxame: comum, simples, concreto, primitivo e derivado 
 
ADJETIVO 
 
I ± CLASSIFICAÇÃO SEMÂNTICA: 
 
a) RESTRITIVO: 
 
 Não pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie 
 
 Ex.: Aluno inteligente / Mulher sincera / Cidade limpa 
 
b) EXPLICATIVO: (sem restrição) 
 
 Pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie 
 
 Ex.: Homem mortal / Água mole / Animal irracional 
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c) UNIFORME: (sem flexão de gênero) 
 
 Ex.: Aluno(a) gentil, inteligente e fiel. 
 
d) BIFORME: (com flexão de gênero) 
 
 Ex.: Aluno bonito, dedicado e sincero. 
 Aluna bonita, dedicada e sincera. 
 
II ± CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL: 
 
a) SIMPLES: um só radical 
 
 Ex.: lindo, elegante, bom, verde, famoso 
 
b) COMPOSTO: mais de um radical 
 
 Ex.: azul ± claro, político ± social, cor ± de ± abóbora 
 
 
c) PRIMITIVO: original 
 
 Ex.: fácil, nobre, ruim, sério, ágil, bom 
 
d) DERIVADO: provem de outro vocábulo 
 
 Ex.: hospitalar, feioso, amável, brasileiro 
 
III ± ADJETIVO PÁTRIO 
 
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 Refere-se à pátria, ao lugar de origem dos seres: 
 
x Acre ± Acreano 
x Moscou ± Moscovita 
x Barbacena ± barbacenense 
x Belo Horizonte ± belorizontino 
x Etiópia ± etíope 
x Guatemala ± guatemalteco 
 
IV ± LOCUÇÃO ADJETIVA 
 
 É uma expressão que caracteriza um substantivo, formada por 
preposição + substantivo. Normalmente possue um adjetivo correspondente. 
 
x Amor DE MÃE = materno 
 Locução Adjetivo 
 
x Nariz DE ÁGUIA = aquilino 
 Locução Adjetivo 
 
 
x Paixão SEM FREIO = desenfreada 
 Locução Adjetivo 
 
x Rosto DE ANJO = angelical 
 Locução Adjetivo 
 
x Folha DE PAPEL = (sem adjetivo correspondente) 
 Locução 
 
x Cão DE RAÇA = (sem adjetivo correspondente) 
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 Locução 
 
 
Flexão nominal (substantivos e adjetivos) 
 
PRINCIPAIS DESINÊNCIAS NOMINAIS 
Gênero masculino (-o) 
 feminino (-a) 
Número singular (não há) 
 plural (-s) 
 
Os substantivos e os adjetivos são as classes nominais que mais sofrem 
flexões. Vamos estudar cada uma separadamente. 
 
1. Flexão dos substantivosFLEXÃO DE GÊNERO: 
 
a) Masculino e Feminino: algumas palavras possuem apenas o masculino 
ou o feminino, não tendo, portanto, o gênero oposto correspondente. Veja: 
 
O cometa A libido 
O champanha A alface 
O clã A apendicite 
O dó A cal 
O herpes A comichão 
 
O cometa é sempre masculino. A alface é sempre feminino. 
 
b) Biformes: são aqueles substantivos que têm o correspondente do outro 
gênero, com palavras que possuem o mesmo radical. 
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O pardal = A pardoca 
O judeu = A judia 
O herói = A heroína 
O sargento = A sargenta 
O cachorro = A cachorra 
 
Dentro dos biformes, temos ainda os heterônimos: 
 
O cavaleiro - A amazona 
O zangão - A abelha 
O pai - A mãe 
O boi ± A vaca 
 
Observe que são formas correspondentes, mas não possuem o mesmo 
radical. 
 
c) Uniformes 
 
x Epicenos: usados para animais 
 
 O Jacaré 
 A cobra MACHO 
 O peixe ou 
 A mosca FÊMEA 
 
Observe que são dois vocábulos, apenas um designa macho e fêmea. 
 
x Sobrecomuns: usados para pessoas 
 A pessoa 
 O sósia 
 A mascote 
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 A vítima 
 O algoz 
 
Também não possuem uma forma para o masculino e outra para o feminino. 
A pessoa, por exemplo, é sempre um vocábulo feminino, referindo-se tanto a 
um homem quanto a uma mulher. 
 
x Comuns-de-dois: a mudança do determinante (artigo, adjetivo ou 
pronome) vai distinguir o gênero do vocábulo. 
 
 O / A estudante 
 Bom / Boa ciclista 
 Meu / Minha colega 
 O / A rival 
 
FLEXÃO DE NÚMERO: 
 
Plural dos Compostos 
 
Para entender o plural dos compostos, é importante relembrar quais são as 
classes gramaticas variáveis e quais são as classes invariáveis: 
Variáveis: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome e verbo 
Invariáveis: advérbio, preposição, interjeição e conjunção 
 
a) Em palavras compostas, ambos se flexionam se o vocábulo for composto 
por: 
 
- Substantivo + Substantivo = COUVES ± FLORES 
- Substantivo + Adjetivo = BOIAS ± FRIAS 
- Adjetivo + Substantivo = PUROS ± SANGUES 
- Numeral + Substantivo = TERÇAS ± FEIRAS 
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 b) Somente o primeiro elemento varia se for composto por: 
 
- Substantivo + Substantivo (o segundo determinando, especificando o 
primeiro) = POMBOS ± CORREIO 
 PEIXES ± ESPADA 
 
- Substantivo + preposição + Substantivo = 
 ÁGUAS ± DE ± COLÔNIA 
 MULAS ± SEM ± CABEÇA 
 
 c) Somente o segundo elemento varia se for composto por: 
 
- Verbo (o verbo não vai para o plural) + Substantivo = ARRANHA ± 
CÉUS 
 
9 Guarda ± noturno > Guardas ± noturnos 
 (substantivo + adjetivo) 
Nesse caso, o guarda vai para o plural porque não é o verbo, é o 
substantivo, significa a pessoa que trabalha de guarda. 
 
- Advérbio + Adjetivo = ALTO ± FALANTES 
 
- Prefixo + Substantivo = VICE ± DIRETORES 
 
- Grão / Grã / Bel + substantivo = GRÃO ± DUQUES 
 GRÃ ± DUQUESAS 
 
- Onomatopeias = TIQUE ± TAQUES 
 
- Palavras repetidas = RECO ± RECOS 
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As palavras a seguir merecem atenção especial 
 
9 Bem ± te ± vi > Bem ± te ± vis 
9 Bem ± me ± quer > Bem ± me ± queres 
 
 
d) Invariáveis (vocábulos que nunca mudam, o que vai variar é o 
determinante que vier antes): 
 
x Verbo + Advérbio = O /OS BOTA-FORA 
x Verbos Antônimos = O /OS SENTA±LEVANTA 
x Frases Substantivas = O / OS DEUS±NOS±ACUDA 
 O / OS LOUVA±A±DEUS 
x Verbo + Subst. Plural = O / OS CONTA±GOTAS 
 
e) Substantivos que admitem dois plurais: 
 
x salvo ± conduto > salvos ± condutos 
 salvo ± condutos 
 
x padre ± nosso > padres ± nossos 
 padre ± nossos 
 
x pisca ± pisca > Pisca ± piscas / Piscas ± piscas 
 
x xeque ± mate > xeques ± mates 
 xeques ± mate 
 
x fruta ± pão > frutas ± pães 
 frutas ± pão 
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x guarda ± marinha > Guardas ± marinhas 
 Guardas ± marinha 
 
ATENÇÃO! Variação menos importante para concurso com relação 
aos substantivos: 
 
GRAU: 
A) Aumentativo: Analítico: Casa grande 
 Boca enorme 
 Sintético: Casarão / Bocarra 
 
B) Diminutivo: Analítico: Casa pequena 
 Porta mínima 
 Sintético: Casebre ou Casinha 
 Portinhola ou Portinha 
 
 
2. Flexão dos Adjetivos 
 
Acompanham os substantivos e flexionam em número, gênero e grau para 
fazer a concordância com eles. 
 
Ex.: Roupa bela, locais proibidos, visita agrabilíssima 
 
FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS: 
 
Regra geral: 
 
Somente o último elemento (se for ADJETIVO) do composto pode flexionar-
-se em gênero e número. 
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Ex.: Instrumento médico±cirúrgico 
 Sala médico±cirúrgica 
 Trauma afetivo±emocional 
 Traumas afetivo±emocionais 
 
9 Invariáveis: azul±marinho / azul±celeste 
9 Flexionam-se ambos os termos: surdo(a) (s) ± mudo(a) (s) 
9 Se o último elemento for SUBSTANTIVO, o composto fica 
INVARIÁVEL 
 
Ex.: Bandeira (s) azul ± turquesa 
 Camisa (s) cor ± de ± abóbora 
 Fita (s) rosa 
 
GRAU: flexão importante com relação aos adjetivos 
 
 I . COMPARATIVO: 
 
a) Igualdade (tão / tanto ... como / quanto) 
 
Ex.: Os alunos eram tão dedicados como / quanto os 
mestres. 
 
b) Inferioridade (menos ... (do) que) 
 
Ex.: O salário era menos interessante (do) que o trabalho. 
 
c) Superioridade (mais ... (do) que) 
 
Ex. : Perla era mais feia (do) que sua irmã. 
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II. SUPERLATIVO: 
 
a) Relativo de Inferioridade: (o menos ... de) 
Ex.: Seu chute era o menos confiável do time. 
 
b) Relativo de Superioridade: (o mais ... de) 
Ex.: O brasileiro tem sido o mais confiante dos homens. 
 
 
c) Absoluto Analítico: (com auxílio de advérbio) 
Ex.: Os concursos têm sido extremamente difíceis. 
 
d) Absoluto Sintético: (com auxílio de sufixos) 
Ex.: Aquelas modelos são magríssimas. (vernáculo) 
 Aquelas modelos são macérrimas. (erudito) 
 
A lista a seguir é para marcar a diferença do superlativo erudito daquele 
que usamos em nosso cotidiano. 
 
9 Amargo ± amaríssimo 
9 Áspero ± aspérrimo 
9 Célebre ± celebérrimo 
9 Cristão ± cristianíssimo 
9 Cruel ± crudelíssimo 
9 Doce ± dulcíssimo 
9 Fiel ± fidelíssimo 
9 Frio ± frigidíssimo 
9 Humilde ± humílimo 
9 Íntegro ± integérrimo 
9 Magro ± macérrimo 
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9 Negro ± nigérrimo 
9 Pobre ± paupérrimo 
9 Sagrado ± sacratíssimo 
 
 
 
Usam-se as formas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno 
quando se comparam qualidades do mesmo ser! 
 
Ex.: Aquele aluno é mais bom que inteligente. 
 Esta sala é mais grande do que confortável. 
 
No mais, usam-se as formas sintéticas MELHOR, PIOR, MAIOR e MENOR. 
 
Ex.: João é menor que seu irmão. (mais pequeno) 
 
 
 
 
Duas características comparadas em um mesmo ser, ok! 
 
 
 
 
ARTIGO 
 
 
I ± ARTIGO DEFINIDO: 
 João é MAIS grande QUE forte. 
 O, A, OS, AS 
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Definem um ser dentre tantos de sua espécie, indicando-lhe gênero e 
número. 
Ex.: Chamem o jovem. (aquele jovem, sexo masculino) 
 
II ± ARTIGO INDEFINIDO: 
 
 
Designam qualquer ser dentro da espécie, deixando-o vago; determinam 
gênero e número. 
 
Ex.: Contratem uma jovem. (qualquer jovem, sexo feminino) 
 
9 O artigo definido é facultativo antes de: 
x Possessivos: Amanhã visitarei (o) seu pai. 
x Nomes próprios: Maria sempre estuda com (o) Paulo. 
 
9 Omite-VH�R�DUWLJR�DQWHV�GD�SDODYUD�FDVD�QR�VHQWLGR�GH�³ODU´���1mR�
saio de casa. Vou para casa. Ficarei em casa. 
 
9 Usa-se TODO ou TODO O : 
TODO país participará do evento. (qualquer país) 
TODO O país participará do evento. (o país inteiro) 
 
 
 
 
INTERJEIÇÃO 
 
e�D�FODVVH�HVSHFLDO�TXH�GHPRQVWUD�R�³HVWDGR�GH�HVStULWR´�GR�IDODQWH��9iULDV�
outras classes gramaticais podem desenvolver função de interjeição. 
 UM, UMA, UNS, UMAS 
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 EXPRIMEM: 
x Advertência: Alerta! Cuidado! Calma! Atenção! Olha! 
x Afugentamento: Fora! Rua! Saia! 
x Alegria: Ah! Oh! Eta! 
x Alívio: Ufa! Arre! Também! 
x Animação: Coragem! Avante! Força! 
x Chamamento: Alô! Olá! Psiu! Hei! Ô! 
x Aplauso: Bravo! Viva! Bis! 
x Aversão: Xi! Ih! Credo! 
x Cessação: Alto! Basta! Chega! 
x Desejo: Oxalá! Tomara! Viva! 
x Dor: Ai! Ui! 
x Espanto: Ué! Uai! Puxa! Caramba! Oba! 
x Impaciência: Hum! Puxa! Raios! 
x Incredulidade: Qual! Ora! 
x Reprovação: Francamente! 
x Satisfação: Oba! Boa! Opa! 
x Saudação: Salve! Adeus! Viva! 
x Silêncio: Psiu! Silêncio! Caluda! 
x Terror ± medo: Uh! Ui! Cruzes! Barbaridade! 
 
 
 
 
 
 
NUMERAL 
 
EMPREGO: 
 
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1) Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos etc., 
empregam-se: 
 
x De 1 a 10 > os ordinais: 
 
Ex.: João Paulo II (segundo) 
 Ano III (terceiro) 
 D. Pedro I (primeiro) 
 
x De 11 em diante > cardinais: 
 
Ex.: Papa Pio XI (onze) 
 Século XXI (vinte e um) 
 
 
2) Na sucessão de leis, decretos, artigos, portarias, avisos etc., 
empregam-se: 
 
x De 1 a 9 > ordinais: lei 7ª / portaria 8ª 
x De 10 em diante > cardinais: artigos 43 e 47 
 
3) O numeral AMBOS é dual porque sempre se refere a dois seres, mas 
a expressão pleonástica AMBOS OS DOIS é correta desde que usada com 
discrição: 
 
Ex.: Perguntaram se Maria e Joana são minhas filhas. Respondi-lhes que o 
são AMBAS AS DUAS (ou ambas de duas). 
 
4) Décimo primeiro ou undécimo 
 Décimo segundo ou duodécimo 
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HUM e TREIS são formas erradas, só aceitas em preenchimento de cheques 
para evitar fraudes bancárias. 
 
PREPOSIÇÕES 
 
São usadas basicamente para unir palavras em frases nominais e verbais. 
São importantíssimas no estudo da transitividade verbal e da regência. 
 
São divididas em: 
 
I ± Preposições Essenciais (sempre são desta classe): a, ante, até, 
após, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás 
 
 
II ± Preposições Acidentais (palavras eventualmente usadas como 
preposições): afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, 
menos, salvo, segundo, tirante, visto etc. 
 
Ex.: Salvo melhor juízo, julgo correta a expressão. 
 Ela sofreu um acidente durante o exercício. 
 Eles se vestem conforme a moda. 
 
 
III ± Locução Prepositiva: ao lado de, abaixo de, a despeito de, apesar 
de, de acordo com, por causa de etc. 
 
Ex.: O perigo morava ao lado de todos. 
 Passamos no concurso graças a nossa capacidade. 
 
CONJUNÇÃO 
 
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As conjunções são elementos importantíssimos na coerência do texto, pois 
elas são uma das formas de unir orações. Uma conjunção mal colocada modifica 
o valor semântico estabelecido entre as orações e pode anular um texto, fazê- 
lo ficar sem sentido. 
São divididas didaticamente entre coordenativas e subordinativas: 
 
I ± COORDENATIVAS: unem orações independentes entre si 
 
x Aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, como também, bem como 
x Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, 
não obstante 
x Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja 
x Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, por conseguinte, pois (após 
o verbo) 
x Explicativas: porque, que, porquanto, pois (antes do verbo) 
 
II ± SUBORDINATIVAS: unem orações dependentes entre si 
 
x Integrantes: que, se 
x Causais: porque, visto que, pois que, como,já que 
x Comparativas: como, (mais) que, (menos) que, assim como, (tanto ± 
tão) quanto 
x Condicionais: se, caso, uma vez que, desde que, salvo se, sem que 
x Concessivas: embora, ainda que, se bem que, conquanto, mesmo que 
x Conformativas: conforme, segundo, consoante, como 
x Consecutivas: (tão)...que, (tal)...que, de modo que 
x Finais: para que, a fim de que, de sorte que, de forma que 
x Proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais...menos 
x Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sempre que, depois que 
 
Aqui cabe a pergunta: 
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É preciso decorar as conjunções? 
 
Cada um tem um jeito de estudar que facilita a compreensão, mas eu penso 
que decorar hoje te leva a esquecer amanhã! Até porque, algumas conjunções 
nem sempre ficam no grupo a que elas pertencem, o contexto conta mais em 
uma análise, veja: 
 
Corri muito e nao consegui chegar antes do avião decolar! 
A conjunção e está no grupo das aditivas, mas, na frase dada, não está 
indicando adição, ao contrário, está incicando oposição! 
 
Não precisa decorar, basta procurar entender! Qierem um exemplo de 
qestão? 
 
 
 
 
 
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(TEM/2013/Auditor Fiscal do Trabalho/CESPE 
Dada a relação de concessão estabelecida entre as duas primeiras orações 
GR� WH[WR�� D� SDODYUD� ³(PERUD´� �O���� SRGHULD�� VHP� SUHMXt]R� GR� VHQWLGR� RX� GD�
correção gramatical do texto, ser substituída por Conquanto. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
Comentário: 1R�LQtFLR�GR�WH[WR��D�FRQMXQomR�³HPERUD´�IRL�XVDGD�SDUD�PDUFDU�
oposição, contraste entre as orações, uma vez que as conquistas da Revolução 
Francesa, embora fosse o esperado, não foram vistas de fato na vida das 
pessoas. Podemos chegar a tal conclusão através da interpretação do texto, sem 
QHQKXPD�³GHFRUHED´��� 
$�TXHVWmR�SURS}H�D�VXEVWLWXLomR�GR�³HPERUD´�SRU�³FRQTXDQWR´��$OWHUDomR�
perfeitamente válida, já que o ³&RQTXDQWR´� H[SUHVVD também relação de 
oposição, contraste. A substituição, então, não altera o sentido da oração. 
GABARITO: CERTO 
 
 
 
 
Preposição x Conjunção 
 
Enquanto a preposição une palavras de uma oração, a conjunção une as 
orações! 
Vamos voltar a um exemplo dado anteriormente: 
 
Eles se vestem conforme a moda. 
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O conforme é uma conjução conformativa sendo usada como preposição 
nesta oração. Basta observar que ela une o substantivo moda ao verbo vestir. 
Já em: 
 
Tudo aconteceu conforme prevíamos. 
Conforme é uma conjunção que une duDV�RUDo}HV�� ³WXGR�DFRQWHFHX´� H�
³SUHYtDPRV´��GDQGR�LGHLD�GH�FRQIRUPLGDGH� 
 
 
ADVÉRBIO 
 
Trata-se de uma classe gramatical muito comum em orações e que tem um 
papel fundamental na sintaxe (estuda a função das palavras na frese), pois tem 
como função dar circunstância ao verbo. Veja: 
 
Meu sobrinho nasceu. 
 
Sujeito: meu sobrinho. 
Verbo intransitivo (NÃO pede complemento): nasceu. 
 
É claro que, diante dessa oração, algumas pessoas perguntariam: Quando? 
Onde? Como ele nasceu? Para responder a essas perguntas, usamos os 
advérbios! Então teremos: 
 
Meu sobrinho nasceu ontem, no Rio de Janeiro, de parto normal. 
 
Ontem (advérbio): dá circunstância de TEMPO ao verbo. 
No Rio de Janeiro (locução advérbial): dá circunstância de LUGAR ao 
verbo. 
De parto normal (locução adverbial): dá circunstância de MODO ao 
verbo. 
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Os advérbios são circunstanciadores do verbo. NÃO SÃO 
COMPLEMENTOS, são termos acessórios da oração. 
 
 
 
 
 
Do ponto de vista sintático, o advérbio vem associado ao verbo, ao 
adjetivo ou ao próprio advérbio, podendo inclusive modificar uma frase 
inteira! Vejam: 
Exemplos 
x 2�MXL]�PRUDYD�ORQJH�!!�R�DGYpUELR�³ORQJH´�PRGLILFD�R�YHUER�³PRUDU´�� 
x 2�GLD�HVWi�PXLWR�FDOPR�!!�2�DGYpUELR�³PXLWR´�PRGLILFD�R�DGMHWLYR�³FDOPR´�� 
x )DODYD�PXLWR�EHP�!!�2�DGYpUELR�³PXLWR´�PRGLILFD�XP�RXWUR�DGYpUELR��R�
³EHP´�� 
x Certamente, você saberá como proceder na hora oportuna >> o advérbio 
³FHUWDPHQWH´�PRGLILFD�72'$�D�RUDomR�TXH�YHP�D�VHJXLU� 
 
 
ATENÇÃO: 
 
Os advérbios são assim chamados na análise morfológica das 
classes de palavras, no estudo sintático das funções das palavras, 
eles são chamados de adjuntos adverbiais, ou seja, possuem a 
função de dar circunstâncias de tempo, lugar, intensidade, entre 
outras, ao verbo. 
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Listei agora os principais tipos de advérbios e as circunstâncias que 
exprimem: 
 
x Afirmação: sim, certamente, deveras, realmente 
x Dúvida: talvez, quiçá, decerto, acaso, porventura 
x Negação: não, absolutamente, tampouco, nunca 
x Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, menos, 
 meio, extremamente 
x Lugar: aqui, ali, acolá, perto, longe, dentro, fora 
x Modo: bem, mal, assim, depressa, calmamente 
x Tempo: agora, já, depois, breve, cedo, novamente 
x Advérbios interrogativos: onde, aonde, como, quando, por que 
 
Ex.: Como você aprendeu a dirigir? 
Como = advérbio interrogativo. 
 
O homem veio depressa ver o ocorrido. 
Depressa = advérbio de modo, indica o modo como o homem veio. 
 
Certamente tudo dará certo! 
Certamente = advérbio de certeza. 
 
Estou muito animada com o evento. 
Muito = advérbio de intensidade. 
 
 
 
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$V� SDODYUDV� WHUPLQDGDV� HP� ³PHQWH´� VmR� WLSLFDPHQWH� DGYpUELRV�� VmR� RV�
chamados modalizadores, uma vez que modalizam, ou seja, marcam opinião do 
emissor sobre aquilo que está sendo dito. 
Exemplos: 
Felizmente tudo acabou. 
Comumente ele está aqui. 
 
Felizmente e comumente = advérbio modalizador 
 
 
Flexão do Advérbio 
 
Muito importante saber: os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não 
apresentam variação em gênero e número. Isso quer dizer que não existe 
³HVWRX�meia FDQVDGD´��SRLV�³PHLR´�� LQGLFDQGR� LQWHQVLGDGH��p�DGYpUELR�H�1­2�
deve variar em gênero ou em número. O correto é: estou meio cansada. 
 
Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: 
 
Grau Comparativo 
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o 
comparativo do adjetivo: 
De igualdade: tão + advérbio + quanto (como) 
Exemplo: 
Renato fala tão alto quanto João. 
 
De inferioridade: menos + advérbio + que (doque) 
Exemplo: 
Renato fala menos alto do que João. 
 
De superioridade: 
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Analítico: mais + advérbio + que (do que) 
Exemplo 
Renato fala mais alto do que João. 
 
Exemplo: 
Renato fala melhor que João. 
 
Grau Superlativo 
O superlativo pode ser analítico ou sintético: 
 
Analítico: acompanhado de outro advérbio. 
Exemplo: 
Renato fala muito alto. 
Muito = advérbio de intensidade 
Alto = advérbio de modo 
 
Sintético: formado com sufixos. 
Exemplo: 
Renato fala altíssimo. 
 
 
 
As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua 
popular. Observe: 
Maria mora pertinho daqui. (Muito perto) 
A criança levantou cedinho. (Muito cedo) 
 
PRONOME 
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Antes das demais classificações, precisamos compreender o uso pronominal 
em duas situações, veja: 
 
x Pronome Substantivo: quando ele substitui um substantivo, fica no 
lugar dele em uma frase, fazendo remissão textual. 
 
Ex.: Tudo nos une, nada nos separa. 
 
Os pronomes em destaque substituem coisas e pessoas na frase. 
 
x Pronome Adjetivo: determina o substantivo, funcionando mesmo como 
um adjetivo. 
 
 Ex.: Todo homem é mortal 
 
O pronome todo está ligado ao substantivo homem. 
 
I ± CLASSIFICAÇÃO: para entendermos o uso dos pronomes, vamos vê-
los divididos em grupos. 
 
Os pronomes podem ser: 
1) Pessoais: subdividem-se em retos e oblíquos. 
 
a) Retos: funcionam como sujeito ou predicativo. 
 
1ª pessoa ± eu / nós 
2ª pessoa ± tu / vós 
3ª pessoa ± ele (a) / eles (as) 
 
Ex.: Eu não sou ele. 
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 Sujeito predicativo 
 
O uso do pronome pessoal reto é como o sujeito da oração, posição que 
nenhum outro pronome pode assumir. 
 
b) Oblíquos: funcionam como complementos (verbais e nominais) ou 
adjuntos 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
Beijou±me com amor. 
 O.D. 
 
O verbo beijar é transitivo direto e pede um complemento, que, no caso, é 
quem foi beijado, me é o objeto direto! 
 
Entregou±me o livro. 
 O.I. 
O verbo entregar é transitivo direto e indireto, entrega-se alguma coisa 
(OD) a alguém (OI). No caso da oração, entregou o livro (OD) a mim (me - OI) 
 
Tenha±me respeito. 
 C. Nominal 
 
Analisando sintaticamente a oração, temos: ter... o quê? Respeito (OD). 
Respeito a quem? A mim (me ± complemento nominal). 
 
Tapou±me a boca. 
Singular 
1ª pessoa - Me mim comigo 
2ª pessoa - Te ti contigo 
3ª pessoa - Se si consigo o, a, lhe 
 
Plural 
1ª pessoa - Nos conosco 
2ª pessoa - Vos convosco 
3ª pessoa - Se si consigo os, as, lhes 
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 Adjunto Adnominal 
 
Vejam: tapou o quê? A minha boca. Minha é adjunto adnominal de boca. 
 
 
 
9 Os pronomes ele, nós, vós, eles serão considerados oblíquos 
quando estiverem em funções sintáticas próprias do pronome oblíquo > O diretor 
convidará todos ELES (OD), se estiver na posição de sujeito, será classificado 
como reto > Ele convidará a todos. ELE é o sujeito, então é pronome reto. 
 
 
 
 
Emprego de o, a, os, as 
 
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, 
as não se alteram. 
Exemplos: 
Chame-o agora. 
Deixei-a mais tranquila. 
 
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se 
para lo, la, los, las. 
Exemplos: 
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. 
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(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 
 
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão), os pronomes 
o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas. 
Exemplos: 
Chamem-no agora. 
Põe-na sobre a mesa. 
 
4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, 
formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. 
Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro) 
 
 
 
9 O, A, OS, AS 
 
x Objeto Direto = Jamais O acompanharei. 
x Sujeito do infinitivo = Deixei ± O ficar no quarto. 
 
9 LHE, LHES - só não terá a função de Objeto Direto, podendo ser 
Objeto Indireto, Complemento Nominal e Adjunto Adnominal. 
 
x O.I. (2ª pessoa) = Façam o que LHES convêm. 
x Compl. Nominal = Tenho ± LHE respeito. 
x Adj. Adnominal = Beijei ± LHE o rosto. 
 
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9 Uso de EU ± TU / MIM ± TI 
Existe grande confusão na língua falada sobre isso! Mas vejam: 
 
x Ele trouxe um presente para MIM. ± CORRETO - Após preposição e 
em posição de complemento, usa-se o oblíquo. 
x Ele trouxe um presente para EU. ± ERRADO - O EU e o TU são sempre 
retos. 
x Ele trouxe um presente para EU usar na festa. ± CORRETO - O EU é 
sujeito do infinitivo usar. 
x Ele trouxe um presente para mim usar na festa. ± ERRADO - Embora 
comum na linguagem falada, está errado de acordo com a gramática 
normativa: nada de oblíquo na posição de sujeito! 
x É fácil para MIM trabalhar aqui. ± CORRETO - A frase está invertida, 
cuidado: Trabalhar aqui é fácil para mim. 
x O namoro acabou, nada mais há entre MIM e TI. ± CORRETO - Não 
podemos usar os pronomes retos EU e TU nesse caso, pois não estão em 
posição de sujeito! 
x Pesam suspeitas sobre você e MIM. ± CORRETO - Não podemos usar 
o pronomes reto EU no lugar de MIM, pois a posição não é de sujeito. 
 
 
9 O diretor ficou satisfeito CONOSCO. 
 O diretor ficou satisfeito com NÓS todos. 
 
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Caso seja usado um determinante após o conosco, o pronome deve ser 
desmembrado: com nós. 
 
9 SE, SI, CONSIGO ± são sempre reflexivos 
Ex.: Ele trouxe CONSIGO o irmão. 
 Ele não SE dá com a irmã. 
 Ele guardou o livro para SI. 
 
c) Tratamento: usados no relacionamento social e em 
correspondências oficiais. 
 
Você (V.) = para um ser igual 
Vossa Alteza (V.A.) = Príncipes e Princesas 
Vossa Majestade (V.M.) = Reis e Rainhas 
Vossa Eminência (V.Emª) = Cardeais 
Vossa Excelência (V.Exª) = Altas patentes 
Vossa Senhoria(V.Sª) = Linguagem comercial 
Vossa Santidade (V.S.) = Papas 
 
 
 Cuidado com a concordância com relação ao uso dos pronomes de 
tratamento. Embora eles sejam usados para a segunda pessoa do discurso, 
os pronomes de tratamento fazem concordância em 3ª pessoa. 
 
1ª pessoa do discurso: emissor 
2ª pessoa do discurso: receptor 
3ª pessoa do discurso: o assunto 
 
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Ex.: Vossa Alteza soubeste do ocorrido? ERRADO! O verbo saber deverá 
concordar em terceira pessoa com o pronome de tratamento! 
 Vossa alteza soube do ocorrido? CORRETO! 
 
 Emprego dos pronomes Vossa e Sua: 
 
9 VOSSA - para falar com... 
9 SUA ± para falar de... 
 
Ex.: Vossa Excelência gostaria de um chá? (falando com a própria Alteza) 
 Sua Alteza, o príncipe, estará presente. (referindo-se à Alteza) 
 
2) Possessivos: indicam posse 
 
1ª pessoa ± meu (a) (s) / nosso (a) (s) 
2ª pessoa ± teu (a) (s) / vosso (a) (s) 
3ª pessoa ± seu (a) (s) / seu (a) (s) 
 
9 O pronome SEU quase sempre traz ambiguidade. 
Ex.: Chegaram Pedro, Maria e SEU filho. 
 
 De quem é o filho? De Pedro, de Maria ou seu? 
 
9 Constitui pleonasmo vicioso usar pronome possessivo para se referir 
a partes do próprio corpo. 
 
Ex.: Estou sentindo muita dor no MEU joelho. 
 
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9 Os pronomes pessoais podem funcionar como possessivos: 
Ex.: Beijou-lhe a boca avidamente. 
 Beijou a boca dela. 
Lhe = pronome pessoal usado como possessivo 
 
Pegou-me a mão com força. 
Pegou a minha mão. 
Me = pronome pessoal usado como possessivo 
 
3) Demonstrativos: posição do ser no tempo e no espaço 
 
1ª pessoa ± este (a) (s) / isto 
2ª pessoa ± esse (a) (s) / isso 
3ª pessoa ± aquele (a) (s) / aquilo 
 
 Emprego 
 
a) Em relação às pessoas 
 
 AQUI ± Veja ESTES livros. (os livros estão perto do emissor) 
 AÍ ± Não carregues ESSA culpa. (a culpa é de quem ouve, do receptor) 
 LÁ ± AQUILO que vês em alto-mar é a salvação. (longe de quem emite e 
de quem recebe a mensagem) 
 
 
 
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b) Em relação ao tempo da mensagem 
 
Sei apenas ISTO: nada somos. (o que ainda SERÁ falado) 
Estudar muito? ISSO não quero. (o que já FOI falado recentemente) 
AQUILO que disse é sério? (FOI falado há bastante tempo, passado remoto) 
 
c) Em relação ao tempo cronológico 
 
PRESENTE ± ESTE foi o século mais importante de todos. 
PASSADO e FUTURO ± Uma noite DESSAS irei à sua casa. 
PASSADO e FUTURO distantes ± AQUELE tempo era bom. 
 
d) Localizando termos da oração 
 
ÚLTIMO da série (ESTE) ± PRIMEIRO da série (AQUELE) 
 
Ex.: Diálogo entre pais e filhos é difícil: ESTES não querem ouvir nada, e 
AQUELES querem falar muito. 
Estes: filhos 
Aqueles: pais 
 
9 São também pronomes demonstrativos TAL, MESMO, PRÓPRIO, 
SEMELHANTE, O. 
 
Ex.: Pediram-me que voltasse, mas não O farei. 
 As garotas MESMAS não disseram TAL coisa. 
 
 
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Os Dêiticos 
Pode ser que a banca use a denominação dêiticos para se referir aos 
elementos linguísticos que fazem referência ao falante, à situação de 
produção de um dado enunciado ou mesmo ao momento em que o 
enunciado é produzido. Nós acabamos de estudar os pronomes 
demonstrativos, não só eles, mas os pessoais e os advérbios de lugar e de 
tempo, em geral, funcionam como dêiticos, elementos que evidentemente se 
encarregam de "embrear" o enunciado, situando-o no contexto espaço-temporal 
em que se realiza. 
Trata-se, pois, da utilização de palavras apontando para a situação em 
que o discurso é materializado. Por isso, é indispensável que haja o 
conhecimento partilhado dessa situação de produção para que os elementos 
dêiticos façam sentido na interação comunicativa. 
 
Dependendo da localização do referente, um elemento linguístico pode ser 
classificado como dêitico ou como anafórico. Se o referente se localizar no 
texto, então o elemento que é usado para referir-se a ele é uma anáfora. Neste 
caso, ocorre uma remissão a um referente anteriormente citado e, por isso, 
passível de ser reconhecido pelo interlocutor. Mas, estando o referente na 
situação comunicativa imediata, então o elemento linguístico de que se vale para 
apontá-lo é um dêitico. 
 
Na prática: qual é a diferença entre dêiticos e as anáforas? 
 
Basicamente, a diferença está no fato de que os dêiticos fazem referência 
ao contexto extralinguístico, enquanto os anafóricos retomam elementos já 
citados e situados no ambiente linguístico. Por exemplo: 
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1- Chegamos a São Paulo hoje. Esta cidade me inspira! 
 
2- Aquele livro sobre a mesa não é meu. 
 
Em (1) o demonstrativo ESTA refere-se a um elemento linguístico já citado: 
anáfora, pois. 
Em (2) o pronome AQUELE faz referência a algo que não está no contexto 
linguístico, mas extralinguístico. Trata-se, portanto, de um dêitico. 
 
 
4) Indefinidos: refere-se à 3ª pessoa do discurso de maneira vaga 
 
Principais indefinidos: 
x Algo, algum, bastante, cada, certo, mais, menos, muito, nada, qualquer, 
ninguém, alguém, vários 
 
Ex.: Alguém sabe em que matéria paramos? 
 Tenho bastantes livros. (vários ± varia para o plural porque aqui é um 
pronome, não advérbio) 
 
x LOCUÇÕES PRONOMINAIS: cada um, cada qual, seja quem for, todo 
aquele que, qualquer um, quem quer que 
 
 
9 Certos amigos nem sempre são amigos certos. 
 Pronome indefinido Adjetivo de amigos 
9 Recebi muito apoio. Chorei muito. 
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 Pronome indefinido Advérbio 
 
A classificação vai depender do uso! 
 
5) Interrogativos: usado em frases interrogativas diretas ou 
indiretas 
 
QUEM foi o maior jogador do mundo? 
QUE loucura é essa? 
QUANTOS candidatos foram aprovados? 
Não sei QUEM fez tal acusação. 
Gostaria de saber QUAL é seu nome. 
 
6) Relativos: substitui um termo comum a duas orações, 
estabelecendo uma relação de subordinação entre elas. 
 
O banco não oferece produtos. (primeira oração) + Você não precisa de 
produtos. (segunda oração) O banco não oferece produtos de que você não 
precisa. (período composto unido pelo relativo que) 
 
 
Muito importante!!! 
 
Emprego:a) QUEM: refere-se sempre a pessoas. $FRPSDQKDGR�GH�SUHS��³a´�FRP�
verbo transitivo direto (V.T.D.). 
Conheça a mulher A QUEM amo. 
 
b) QUE: refere-se a coisas ou a pessoas e ao antecedente mais 
próximo. 
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Você é a pessoa QUE sempre chega na hora. 
O estudo é o caminho QUE conduz ao sucesso. 
 
c) QUAL: refere-se a coisas ou a pessoas e ao antecedente mais 
distante. Sempre é DFRPSDQKDGR�GH�DUWLJR�³o´�RX�³a´. 
Aquele é o candidato do concurso O QUAL obteve o 1º lugar. 
 Antecedente 
 mais distante 
 
d) ONDE: indica lugar. ETXLYDOHQWH�D�³HP�TXH´�RX�³QR�TXDO´, mas não 
pode ser substituído por eles. 
Visitaremos a casa ONDE nasceu Bilac. 
Ela sabe AONDE você quer chegar. 
 
* quero o relatório onde falo da petrobrás. ERRADO = onde apenas para 
LUGAR! 
 
ATENÇÃO: ³DRQGH´� H� ³GRQGH´� VmR� XVDGRV� DSHQDV� FRP� YHUERV� GH�
movimento. 
Aonde você está indo? 
 
e) QUANTO: aSyV�³WDQWR´��³WRGR´�H�³WXGR´ 
Não gaste num dia tudo QUANTO ganhas no mês. 
 
f) CUJO: refere-se a um antecedente, mas concorda com o 
consequente, indicando POSSE. Sempre é pronome adjetivo. 
 
ATENÇÃO: NÃO admite artigo (antes ou depois) 
 Há pessoas CUJA inimizade nos honra. >> antecedente pessoas, concorda 
com inimizade. 
 
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g) COMO: antecedentes sempre: maneira, modo, forma 
 Este é o modo COMO deves estudar. 
 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes 
oblíquos átonos na frase. Embora, na linguagem falada, a colocação dos 
pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser 
observadas, sobretudo, na linguagem escrita. 
 
 
A ordem natural na Língua Portuguesa é o uso da ênclise, mas existe 
uma prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois 
mesóclise e em último caso, ênclise. 
 
 
Próclise 
 
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada: 
 
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras atrativas, ou seja, 
que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 
 
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais etc. 
Ex.: Não se esqueça de mim. 
 
b) Advérbios 
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Ex.: Agora se negam a depor. 
 
c) Conjunções subordinativas 
Ex.: Soube que me negariam. 
 
d) Pronomes relativos 
Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas. 
 
e) Pronomes indefinidos 
Ex.: Poucos te deram a oportunidade. 
 
f) Pronomes demonstrativos. 
Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. 
 
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
Ex.: Quem te fez a encomenda? 
 
3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. 
Ex.: Quanto se ofendem por nada! 
 
4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). 
Ex.: Que Deus o ajude. 
 
 
Mesóclise 
 
Usa-se dizer que é a colocação pronominal no meio do verbo, mas, na 
verdade, é a colocação entre o verbo e a desinência. A mesóclise é usada: 
 
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1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do 
pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que 
exijam a próclise. 
 
Exemplos: 
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no 
mundo. (Verbo no futuro do presente) 
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. 
(Verbo no futuro do pretérito) 
 
Ênclise 
 
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a 
próclise e a mesóclise não forem possíveis: 
 
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
 
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
Ex.: Não era minha intenção machucar-te. 
 
3) Quando o verbo iniciar a oração. 
Ex.: Vou-me embora agora mesmo. 
 
4) Quando houver pausa antes do verbo. 
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. 
 
5) Quando o verbo estiver no gerúndio. 
Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
 
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O pronome poderá vir proclítico ou não quando o infinitivo estiver precedido 
de preposição ou palavra atrativa. 
Exemplos: 
É preciso encontrar um meio de não o magoar. 
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo. 
 
 
Colocação pronominal nas locuções verbais 
 
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio: 
 
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
Ex.: Haviam-me convidado para a festa. 
 
b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo 
ficará antes do verbo auxiliar. 
Ex.: Não me haviam convidado para a festa. 
 
 
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, 
ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. 
Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa. 
 
2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um 
gerúndio: 
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a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo 
auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
Exemplos: 
Devo esclarecer-lhe o ocorrido. 
Devo-lhe esclarecer o ocorrido. 
Estavam chamando-me pelo alto-falante. 
Estavam-me chamando pelo alto-falante. 
 
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do 
verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
Exemplos: 
Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. 
Não lhe posso esclarecer o ocorrido. 
Não estavam chamando-me. 
Não me estavam chamando. 
 
 
 
O conceito de planejamento surgiu no final do século 
 
O conceito de planejamento surgiu no final do século XIX, na Inglaterra, 
como um conceito vinculado ao planejamento de cidades. Data dessa época, por 
exemplo, R� FRQFHLWR� GH� ³FLGDGH-MDUGLP´ (Howard, 1902), segundo o qual se 
poderia planejar uma cidade, distribuindo-se espacialmente suas funções, a fim 
de tornar o espaço mais agradável a todos. 
Esse conceito gerou forte impacto na área de urbanismo do século passado, 
com o aparecimento de várias cidades-jardim ao redor do mundo. Até essa 
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