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Planejamento e Controle de Custos

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Organização da Aula 
Olá, seja bem-vindo à sexta aula da disciplina Gestão de Custos Industriais! Neste último 
encontro, vamos tratar dos custos segundo as lentes do planejamento e controle. Veja os temas desta 
aula: 
1. Formação do Preço de Venda 
2. Níveis de Alavancagens 
3. Teoria das Restrições 
4. Medidores de Desempenho 
 
 
Formação do Preço de Venda 
Como foi dito desde a primeira aula, um processo de gestão dos custos exige uma visão 
sistêmica para ser efetivo em seu objetivo de reduzir desperdícios, favorecendo a geração do lucro de 
uma empresa. Pois bem, nesse sentido, chegamos ao ponto que se faz necessário avaliar como os 
custos incorridos irão impactar no preço de venda do produto final. Algo que, por sua vez, pode ser 
interpretado de duas formas distintas dentro do processo de gestão. 
 
1º podemos considerar que a empresa tem certo nível de poder de mercado para impor seu preço de 
venda aos clientes, nesse caso, as ferramentas que serão vistas servem para definir o que será 
praticado. 
2º o mercado é que define qual é o preço de venda e, por isso, nós utilizamos do mesmo instrumental 
para agora analisarmos se somos ou não capazes de atender tal imposição. 
Seja qual for a visão da empresa sobre o preço, o que importa realmente para nós é que o 
processo de precificação é um fenômeno que se faz com base nos gastos da entidade – custos para os 
mais ortodoxos e despesas para os mais modernos. 
 
Mas como essa precificação é feita? 
 
Bem, ela pode ser feita de várias formas, todavia, dentre os instrumentais existentes, dois se 
destacam na prática comercial: o método do preço mínimo pelo Custo/Volume/Lucro e o método do 
Mark-up (detalhado ou geral). Veja cada um deles a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
Custo/ Volume/ Lucro (C/V/L) Fórmula do Ponto de equilíbrio 
(PE) 
PE= GF / MC 
Detalhando a Margem de 
Contribuição (MC) 
PE = GF / (PV - GVu) 
Convertendo a MC de divisor 
para multiplicador 
(PV – GVu) . PE = GF 
 
Transformando o PE em Divisor 
GF, gerando GF médio 
(PV – GVu) = GF / PE 
 
Convertendo PV como variável 
dependente 
PV = GF / PE + GVu 
Fórmula da precificação 
pelo C/V/L 
GV 
No método de precificação por meio do 
Custo/Volume/Lucro (C/V/L), o valor de venda 
que se obtém pelo uso do método é o limite 
mínimo que deve ser respeitado para a 
empresa não incorrer em prejuízo (contábil 
e/ou econômico) dado os gastos que uma 
determinada quantidade orçada para a venda 
impõe à empresa. Sua fórmula deriva 
diretamente da forma clássica do Ponto de 
Equilíbrio, como demonstra a Tabela 01. 
Tabela 01 – Fórmula de precificação C/V/L 
 
 Percebe-se que o preço de venda no C/V/L é constituído pelo Gasto Fixo Médio por produto e 
pelo gasto variável unitário (o GVu, pela óptica geral, considera tanto o custo como a despesa 
variável): 
 
GV 
 
Portanto, o preço de venda obtido nesse método representa o menor valor que uma transação 
pode ser realizada considerando uma unidade de produto para que, segundo a quantidade orçada e os 
dispêndios apurados, não haja nem lucro, nem prejuízo. Ou seja, a gestão de custo é o coração para 
definir o preço de venda ou para verificar quanto a empresa é aderente à realidade do mercado. O 
motivo? Quanto maior for a eficiência da gestão de custos, menor é o preço de equilíbrio em relação 
ao preço de mercado. 
 
 
Convém ressaltar que é possível acrescentar, no caso de uma análise econômica, uma margem 
de lucro desejada no gasto, a título de custo de oportunidade da empresa. Nesse sentido, o preço de 
venda de equilíbrio seria o menor valor permitido para compensar os sacrifícios dos gastos e das 
oportunidades perdidas pela escolha desse projeto. Por exemplo: quando uma empresa opta por 
vender “x” quantidade de um tipo de produto, isso significa que ela deixou de fornecer esses recursos 
para algum outro tipo de investimento e, por isso, ela exige que o produto escolhido lhe dê no mínimo 
tal valor. Supondo que ela deixou de ganhar um aluguel de R$ 1 mil por ceder espaço para a fábrica, 
então este representa seu custo de oportunidade e deve ser adicionado no GF; ou ainda, segundo seus 
cálculos, para cada um real vendido ela tem um risco de R$ 0,20/ produto, esse valor, igualmente, 
pode ser incorporado ao GVu. 
 
 
Mark-up (MK) 
 
Este se trata de um método que utiliza um “multiplicador” para aumentar o valor de um número 
que serve de base de valor (geralmente, o custo industrial) transformando-o em preço de venda; 
portanto, basicamente, sua fórmula é: valor de base x MK = Preço. 
Existem duas formas para aplicar o Mark-up, detalhando em preço de venda sem impostos e com 
impostos (MK-1 e MK-2) e realizando a análise de forma ampla, isto é, alcançado o preço com 
impostos diretamente (MK-Geral ou apenas MK). No primeiro caso, temos que preço de venda “com 
impostos” é obtido do preço de venda “sem impostos”, o qual, por sua vez, surge a partir do custo 
industrial. No segundo caso, usamos apenas um multiplicador para transformar o custo em preço de 
venda. Vamos fazer uma simulação para entender esses dois casos: 
 
 
 
 
a) Encontrando o MK-1 
 
A lógica do MK-1 é que o custo industrial é a base de valor para se determinar o preço de venda 
sem impostos. 
 
1º Etapa: a participação das despesas e do lucro no preço sem imposto 
Determinaremos a participação das “despesas e lucro” sobre o preço de venda sem impostos. 
Para tanto, devemos realizar um planejamento orçamentário definindo as despesas administrativas, 
comerciais e financeiras, bem como o valor desejado de retorno para a operação (= custo de 
oportunidade + prêmio de risco). 
 
 
 
Exemplo: 
 14,4% + (Comerciais) 
 07,6% + (Administrativas) 
 01,8% + (Financeiras) 
 07,5% + (Lucro desejado) 
 31,3% = (Despesa + lucro) 
 
Nesse caso, as despesas e lucros são tratados como itens a serem absorvidos pelo produto de 
venda. Ou seja, esses são valores representam a participação percentual desses itens em relação ao 
preço de venda sem impostos. 
 
 
 
2º Etapa: a participação do custo industrial no preço sem imposto 
Nessa etapa, vamos obter qual é a participação percentual do custo industrial sobre o preço de 
venda sem impostos. Para tanto, iremos partir do valor calculado na primeira etapa. 
 
Exemplo: 
 
100,0% + (Preço de venda sem impostos) 
 31,3% - (Despesa + lucro) 
 68,7% = (Custo Industrial) 
 
A lógica é a seguinte, se o preço de venda é 100% e as despesas e lucro são 31,3%, então a 
diferença somente pode ser o Custo industrial (aquele que, por sinal, pode ser obtido via custeio por 
absorção). 
3º Etapa: estabelecer o valor do MK-1 
Para finalizarmos o MK-1, precisamos apenas encontrar qual é a proporção entre o preço de 
venda “sem impostos” e o custo industrial. Ou seja, o MK-1 é um multiplicador do custo industrial para 
se chegar ao preço de venda sem impostos. 
 
Exemplo: 
 
100,0% (Preço sem impostos) 
 68,7%  (Custo industrial) 
 1,4556 = (MK-1)  
 
 
 
Acredito que agora, olhando a última fórmula, você está começando a entender qual é a 
importância do MK-1. Então vamos apenas confirmar suas suspeitas. O MK-1 é uma razão entre o 
preço e o custo, que foi construído em cima de premissas estruturais, considerando a participação 
relativa do custo industrial em relação ao sistema produtivo como um todo. Sendo assim, se definimos 
o valor do “custo industrial” como sendo uma variável independente, teremos a condição, por meio do 
MK-1, de encontrar o valor do preço de venda: 
 
MK1 .Custo indústria apurado = Preço de venda 
 
Dito de outra forma, se pudermos considerar que a participação relativa das despesas e do lucro 
se mostram relativamente constantes em relação ao custo industrial, o preço de venda sem impostos 
poderá ser obtido ao multiplicarmos o MK-1 ao valor corrente do custo. 
 
Exemplo: 
Custo industrial de R$ 50,00/ peça x MK1 de 1,4556 = R$ 72,78 preço sem imposto 
 
Qual a vantagem desse preço sem imposto? Imagine uma empresa que atende a diferentes 
Estados, onde a carga tributária diverge de território para território. Então, saber o preço de venda 
líquido dos impostos significa saber qual é o valor do bem que realmente pertence à empresa. Pode ter 
certeza que essa informação é bem útil em processo gerencial. 
 
b) Encontrando o MK-2 
 
Partindo do preço absoluto que será obtido no MK-1, vamos considerar que ele é a base de valor para o 
uso do MK-2 (por uma questão didática, vamos continuar com numeração das etapas, por isso, o 
primeiro item do MK-2 é a 4º etapa). 
 
 
4º Etapa: a participação dos tributos no preço com impostos 
A primeira coisa que precisamos fazer é identificar o valor da participação dos impostos de venda 
sobre o preço final para calcular o MK2. 
 
Exemplo: 
 18,00% + (ICMS) 
 01,65% + (PIS) 
 07,60% + (Cofins) 
 27,25% = (Imposto venda) 
 
Trata-se de um orçamento da carga tributária que irá compor o valor final de venda de um 
produto. O procedimento é muito parecido com a etapa 1 do MK-1, a única diferença é que aqui as 
taxas são menos subjetivas. 
5º Etapa: a participação do preço sem impostos no preço com impostos 
Agora vamos calcular o valor em % do preço de venda sem os impostos em relação ao preço 
com impostos, simplesmente subtraindo os valores. 
 
Exemplo: 
 
100,00% + (Preço com impostos) 
 27,25% - (Impostos venda) 
 72,75% = (Preço sem impostos) 
 
A lógica é a mesma do MK-1, isto é, se o preço de venda é 100% e os impostos são 27,25%, 
então a diferença somente pode ser a participação do Preço sem impostos no valor final (ver etapa 3). 
 
 
 
6º Etapa: estabelecer o valor do MK-2 
Bem, somente nos falta obter o valor do MK-2, o multiplicador para a obtenção do preço de 
venda com impostos a partir do preço líquido de impostos. E como fizemos no MK-1, basta encontrar a 
razão entre as variáveis (ver etapas 1 e 3). 
 
Exemplo: 
 
100,00% (Preço com impostos) 
 72,75%  (Preço sem impostos) 
 1,3746 = (Mark-up 2) 
 
 
Agora com o MK-2 temos como converter o valor do “preço sem impostos” obtido pelo MK-1 em 
preço de venda com impostos: 
 
MK2 . Preço sem impostos = Preço de venda com impostos 
 
Exemplo: 
Custo industrial de R$ 50,00/peça x MK 1 de 1,4556 = R$ 72,78 preço sem imposto 
Preço sem imposto de R$ 72,78 x MK 2 de 1,3746 = R$ 100,04 preço com imposto 
 
 
 
 
 
 
 
c) Encontrando o MK-Geral 
 
Para obter o mark-up geral, o qual, nada mais é do que um único multiplicador que converte o 
“custo industrial” em preço de venda com impostos, basta multiplicar os valores de MK-1 e MK-2 
 
Exemplo: 
1,4556 (Mark-up - 1) 
1,3746 x (Mark-up - 2) 
2,0009 = (Mark-up-Geral=MKG) 
 
Resultado: 
Custo industrial ($) . MKG = Preço de venda 
No caso nosso exemplo: R$ 50,00/peça x MKG de 2,0009 = R$ 100,045 preço com imposto. 
O custo participa ativamente do processo de precificação do produto final, seja no C/V/L, seja no 
método MK. Sendo assim, a gestão dos custos participa do próprio processo de geração do lucro e, a 
partir dessa constatação, vem nosso próximo assunto, a Alavancagem Operacional. Mas, antes, assista 
à seguinte videoaula com o professor Ernani. 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grupouninter.com.br/2015/A
BR/MT50029-A06-P02.mp4

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