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aps alvenaria estrutural corrigido pdf.pdf

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Unip
Universidade Paulista
Atividades Práticas Supervisionadas
(APS)
Alvenaria Estrutural
Engenharia Civil
Grupo 
Nome, RA, Turma.
Maitê Camila Lopes da Costa C3612b-3 EC3A18
Márcia Gomes Peçanha C3194D-8 EC3A18
Nicoly Furquim Batista da Silva CO5EIH-3 EC5S18 
Mirene Ferreira dos Santos C042JC8
Thales Eduardo de Paula Senju C1360G6
Maio 2016
RIBEIRÃO PRETO, SP 
 
SUMARIO 
1. Introdução................................................................................................... 1
2.Objetivo......................................................................................................... 2 
2.1.Objetivo Geral........................................................................................... 2
2.2. Objetivo Especefico.................................................................................2
3. Metodologia do Trabalho............................................................................3 4. Justificativas................................................................................................4
5. BREVE HISTORICO......................................................................................5
6. ALVENARIA ESTRUTURAL.........................................................................9
6.1.Definições Básica do Sistema...................................................................9
6.2. Elementos Constituentes.........................................................................10
6.2.1. Blocos Vazados....................................................................................10
6.2.2.Argamassa............................................................................................12
6.2.3.Graute...................................................................................................12
6.2.4.Armaduras............................................................................................12
6.3.Vantagens................................................................................................13
6.4.Desvantagens..........................................................................................13
7. ESTUDOS DE CASOS.................................................................................14
7.1. Processo Executivo....................................................................................15
7.1.1. Marcação da 1° Fiada............................................................................15
7.1.2. 1° Elevação............................................................................................18
7.1.3. 2° Elevação............................................................................................19
7.2. Projetos.......................................................................................................22
7.3. Controle dos Materiais................................................................................23
7.3.1. Bloco de Concreto...................................................................................24
7.3.2.Argamassa e Graute.................................................................................26
8. CONCLUSÕES..............................................................................................28
9. Fotos.............................................................................................................29
REFERÊNCIAS.................................................................................................30
INTRODUÇÃO
No cenário atual de crescimento na construção civil e a busca incessante pela redução de custo, tem motivado as construtoras a estudarem inovações tecnológicas. Tais estudos resultam na implantação e racionalização de diferentes sistemas construtivos.
A alvenaria estrutural é usada desde da antiguidade, porém hoje alcança maior racionalização uma vez que existe visão sistemática do processo, onde os projetista compatibilizam os demais subsistema: instalações, caxilharia, estrutura, vedações, tornando sua produção altamente industrializada, permitindo ainda a redução de fôrmas, armaduras e produção excessiva de entulhos.
Uma obra de alvenaria bem planejada destaca-se pela total ausência de “rasgos” nas paredes para as instalações elétrica e hidro sanitária e também pela inexistência de trabalhos.
No presente trabalho de pesquisa buscou-se abordar o processo de execução da alvenaria estrutural, que tem demanda o crescimento sistemático de novas tecnologias na construção civil.
Buscou-se ainda estudar os métodos de controles tecnológicos para garantir a qualidade das construções.
 
OBJETIVO
A finalidade da pesquisa é compreender as fases de execução das obras de edificações pelo sistema construtivo em alvenaria estrutural.
A pesquisa visa ainda, verificar as vantagens e desvantagens desse sistema em relação ao método convencional, bem como, as tecnologias empregadas para obtenção de excelência na produção de edifício. 
2.1. OBJETIVO GERAL
Objetivo geral deste trabalho é de pesquisar o processo de execução da alvenaria estrutural. Para isso tomou como base a proposta de uma construtora que propôs implantar esse sistema, em um empreendimento voltado para atender as necessidades de demanda da classe média relativa as edificações residenciais.
OBJETIVO ESPECIFICO 
Como objetivo especifico a pesquisa visa reunir informações relativa ao sistema construtivo em alvenaria estrutural para a elaboração do planejamento de todas as fases construtivas 
O trabalho tem finalidade também, de estudar os métodos de controle de qualidade de construções que utilizam o sistema construtivo em alvenaria estrutural.
Para atingir os propostos foi escolhido, como estudo de caso, o empreendimento da Construtora MRV – Parque das roseiras, localizada na região norte de Ribeirão preto.
 
MÉTODO DE TRABALHO
As normas técnicas, como a da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), foram consultadas e utilizadas para demostrar as diretrizes quem devem ser utilizadas no sentido de orientar o trabalho executivos sobre sitema construtivo em alvenaria estrutural.
Após a coleta das informações técnicas estas foram organizadas por subtemas para compor a pesquisa bibliográfica que permitiu compreender conceitos e reconhecer as tecnologias empregadas no sistema construtivos.
O estudo de caso, sobre um empreendimento em construção com alvenaria estrutural, foi utilizado como aplicação prática da pesquisa abordada. Foi escolhida a construção localizada na rua General Câmara em frente a transerp no bairro Ipiranga, onde a construtora esta realizando o método em alvenaria estrutural. 
 
 JUSTIFICATIVAS.
Embora o conhecimento técnico em alvenaria estrutural vem sendo desenvolvido nas últimas décadas, essa técnica construtiva parece não ter tido grande absorção no mercado consumidor, como foi previsto pelos profissionais que atuam nas construções de edifícios, mais vem ganhando espaço.
Aparentemente ainda existe uma rejeição pela maioria dos construtores que, normalmente, vêem o sistema construtivo em alvenaria estrutural de maneira simplista ou pontual.
Existe também muitos profissionais, que se graduaram em uma época com poucas alternativas de aplicação estrutural, que ainda demonstram dificuldade em adaptar- se com novas tecnologias, inseridas no sistema de alvenaria estrutural.
O perfil da maioria desses profissionais de engenharia requer comprovações da viabilidade do sistema quanto a qualidade, durabilidade e segurança, assim como no âmbito de satisfação e sucesso do empreendimento realizados. Pelo exposto, acredita-se que que o mercado para aplicação desse sistema construtivo devera crescer, e os novos profissionais que atuam mercado devem se capacitar e buscas as inovações oferecidas na construção civilPor outro lado, o sistema ainda requer melhorias para vencer as desvantagens apontadas pelas construtoras, como as dificuldades em adptar-se a arquitetura da edificação para o novo uso do empreendimento. Nesse sentindo, o tema apresenta desafios tecnológicos que devem ser vencidos, o que motivou a elaboração do presente trabalho.
Outro atrativo para realizar o presente estudo foi à construção de obras que causam menor impacto ao meio ambiente, ou seja, com reduzida produção de resíduos sólidos e menor uso da madeira. A aplicação da alvenaria estrutural evita a produção de entulhos e não requer a execução de cortes nas paredes para a instalações de tubulações.
 BREVE HISTÓRICO 
A utilização da alvenaria como estrutura de edificações data de milhares de anos inicialmente, eram utilizados blocos de rochas como elementos de alvenaria, mais segundo a NATIONAL CONCRET MASONRY ASSOCIATION (19988), no ano 4.000 a.C. a argila passou a ser trabalhada, possibilitando assim, a produção de tijolos. Algum tempo depois, os romanos desenvolveram a argamassa de cal, utilizada não só no assentamento, como também no revestimento. Ao longo dos séculos, obras monumentais foram construídas em diversas partes do mundo, demonstrando a capacidade portante da alvenaria. O Parthenon, na Grécia, construído entre 480 a.C. e 323 a.C. e a Muralha da China, no período de 1368 a 1644, são alguns exemplos do uso desta técnica (YOSHITO, 2005).
Entretanto, devido à ausência de procedimentos de dimensionamento, estas estruturas eram demasiadamente robustas e pouco econômicas. Nessa época surgiram as estruturas de aço e de concreto armado. Respaldados por teorias racionais de cálculo, e devido ao grande arrojo das formas que possibilitaram às edificações, esses novos tipos de estruturas proliferaram por todo o mundo e fizeram com que a alvenaria como estrutura fosse relegada à um segundo plano.
Segundo relatam PRUDÊNCIO et al. (2002), apesar de alguns avanços na área, tal como o advento dos blocos de concreto criados e patenteados por Gibbs na Inglaterra, em 1850, somente por volta de 1950 é que ocorre o surgimento da alvenaria estrutural propriamente dita, ou seja, aquela concebida a partir de teorias de cálculo. É creditada a Paul Haller (Suíça) a responsabilidade por esta revolução na área, quando em 1951 dimensionou e construiu na Basiléia um edifício de 13 andares (41,4 m de altura) sendo 12 andares em alvenaria não armada, com paredes internas resistentes de 15 cm de espessura e externas de 37,5 cm. Nessa mesma época, nos Estados Unidos, a produção de blocos vazados de concreto já superava a de tijolos cerâmicos, impulsionada pelo desenvolvimento das máquinas vibroprensas automáticas concebidas por Jesse Besser em 1904 (YOSHITO, 2005).
A partir de 1950, vários códigos de obras e normas contendo procedimentos de cálculos surgiram na Europa e América do Norte, fazendo com que a alvenaria estrutural experimentasse um crescimento marcante em todo o mundo. No Brasil, o Estado de São Paulo foi o grande precursor deste sistema construtivo. Em 1966, foram construídos os primeiros prédios com 4 pavimentos em alvenaria armada de blocos de concreto, no Conjunto Habitacional "Central Parque da Lapa". Já em 1968 foi fundada a Reago, primeira indústria de blocos de concreto no Brasil e, em 1972, construíram-se 4 edifícios com 12 pavimentos neste mesmo conjunto, representando um marco nacional na utilização desta técnica. Em 1977, ergueu-se o "Edifício Jardim Prudência" em alvenaria estrutural não armada com 9 pavimentos utilizando blocos sílico-calcários de 24 cm de largura (FRANCO, 1987 apud MAURÍCIO, 2005).
Estima-se que tenham sido construídos no Brasil, entre 1964 e 1976, mais de dois milhões de unidades habitacionais em alvenaria estrutural. Porém, os resultados não eram os almejados quanto à qualidade e à durabilidade do produto, tornando-se necessárias pesquisas para dirimir as dúvidas existentes com relação a este tipo de construção (ARAÚJO, 1995).
Em 14 de dezembro de 1977, em São Paulo, a partir de contatos entre profissionais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), das indústrias produtoras de blocos de concreto e do Comitê Brasileiro de Construção Civil (CB-2) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi oficializada uma Comissão de Estudos para desenvolver as normas nacionais de alvenaria estrutural (SÁNCHEZ, 1994).
A carência de pesquisa de pesquisas aliada à falta de conhecimento, e à inexperiência dos profissionais apresentavam-se como os principais a serem na época.
A alvenaria estrutural atingiu seu apogeu no Brasil na década de 80, quando diversas construtoras e produtoras de blocos investiram nesta tecnologia para torná- la mais vantajosa.
O primeiro trabalho expressivo foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) em parceria com a Cerâmica Selecta e conduzido pelo Engenheiro Nelson dos Santos Gomes (IPT). Logo a seguir, o Prof. Fernando Henrique Sabbatini da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP), realizou estudos para a Cerâmica Tebas de São Paulo, auxiliando no desenvolvimento do processo produtivo da referida indústria. Posteriormente, o mesmo professor firmou um convênio com a Construtora Encol para o desenvolvimento de um sistema construtivo que envolvia desde a produção dos blocos de concreto até a manutenção dos edifícios. Este foi o maior trabalho de pesquisa científica de sistemas construtivos já realizado no país até então (PRUDÊNCIO et al. , 2002).
Após a segunda guerra mundial, o Brasil transformou, gradativamente, a sua base econômica da zona rural para a zona urbana. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000) 81% da população vive nos centros urbanos. A intensificação desse processo provocou a verticalização das construções em conjuntos habitacionais de diferentes classes sociais, desde a de baixa renda até os condomínios de luxo. As empresas mais competitivas do subsetor edificações tiveram que rever não só as tecnologias e os insumos empregados, como também as estratégias de sobrevivência no mercado. Foi neste contexto que surgiu a implantação e intensificação do sistema construtivo da alvenaria estrutural com bloco de concreto. Entende-se por bloco de concreto para alvenaria estrutural os produzidos segundo a norma brasileira NBR 6136 (ABNT, 1994a) e não aqueles produtos moldados em equipamentos precários, sem qualquer controle tecnológico. O sistema construtivo com blocos estruturais de concreto foi e continua sendo uma resposta ágil e econômica às demandas habitacionais, sendo um sistema barato para quem faz e, conseqüentemente, para quem compra. As palavras mais pronunciadas pelos construtores são a racionalização e industrialização. Elas traduzem o espírito deste novo sistema construtivo que traz para a construção civil a linha de produção, o planejamento, o não desperdicio, o aumento de produção com redução de mão de obra e a padronização (GRANDI, 2002).
ALVENARIA ESTRUTURAL
É um sistema onde é dispensado o uso de vigas e colunas, que transportam as cargas de forma concentrada, as substituindo por blocos com capacidade para resistir a compressão, que são capazes de transmitir o seu peso próprio, 
o peso da laje e as cargas dos pavimentos superiores até a fundação.
6.1. Definições básicas do sistema 
Descreve-se algumas definições básicas para entendimento do que é um sistema construtivo e o que define alvenaria estrutural. Segundo a NBR 10837/1989 (ABNT,1989):
Material – constituinte dos componentes da obra;
Componentes – ente que compõe os elementos da obra, constituídos por material natural ou de fabricação industrial.
Elemento - parte da obra suficientemente elaborada, constituída da reunião de um ou mais componentes;
Alvenaria estrutural não armada de blocos vazados de concreto – aquela constituída com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, e que contém armaduras com finalidade construtiva ou de amarração,não sendo esta última considerada na absorção dos esforços calculados;
Alvenaria estrutural armada de blocos vazados de concreto – aquela constituída com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, na qual certas cavidades são preenchidas continuamente com graute, contendo armaduras envolvidas o suficiente para absorver os esforços calculados além daquelas armaduras com finalidade construtiva ou de amarração.
Estrutura de alvenaria parcialmente armada de blocos vazados de concreto – aquela em que algumas paredes são constituídas, segundo as recomendações da alvenaria armada, com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, e que contém armaduras localizadas em algumas cavidades preenchidas com graute, para resistir aos esforços calculados, além daquelas armaduras com finalidades construtivas ou de amarração, sendo as paredes restantes consideradas não armadas.
Conforme Oliveira (2002), “um conjunto de componentes agrupados forma um elemento e um conjunto de elementos constitui um subsistema” e, ainda, “edifício pode ser definido como um sistema formado por um conjunto de subsistemas, constituídos de elementos combinados para servir um objetivo comum”.
Segundo Franco (1992) apud OHASHI, (2002), a alvenaria estrutural é conceituada como um processo construtivo que se caracteriza pelo emprego de paredes de alvenaria e lajes enrijecidas, como principal estrutura suporte dos edifícios, dimensionadas segundo métodos de cálculo racionais e de confiabilidade determinável. Neste processo construtivo, as paredes constituem-se ao mesmo tempo nos subsistemas de estrutura e vedação.
Para o Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural (NEPAE, 2000), a alvenaria estrutural é um sistema construtivo racionalizado, no qual os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, projetados segundo modelos matemáticos preestabelecidos.
Nesse sentido o sistema em alvenaria estrutural traz para a construção civil o conceito de planejamento da linha de produção (learn construction), que evita o desperdício e procura reduzir o tempo de execução.
Elementos Constituintes 
Conclui-se, então, que o sistema construtivo é determinado pela forma de combinação dos componentes para formar o elemento e estes, por sua vez, formarão os subsistemas que definirão o edifício. No caso em questão, os componentes são os seguintes:
Blocos Vazados de Concretos
Os blocos são vidro prensados e constituídos de uma mistura de cimento Portland, agregados e água. Devem apresentar um aspecto homogêneo e compacto, com arestas vivas, sem trincas e textura com aspereza adequada à aderência de revestimentos. Sua resistência é especificada pelo fck, sendo que o índice mínimo para paredes internas e externas com revestimento é 4,5 MPa e o índice mínimo para paredes externas sem revestimento é de 6 MPa.
Com relação às dimensões, pode-se classificar os blocos em dois grupos distintos: blocos modulares (com comprimento igual a duas vezes a largura mais a junta) e blocos não modulares.
A grande vantagem da utilização dos blocos modulares é a utilização da técnica de coordenação modular e a eliminação do uso de blocos com medidas especiais, e deduzindo-se assim a diversidade de elementos na obra e facilitando o trabalho da mão-de-obra. Caso haja alterações poderá se tornar uma desvantagem, anti-econ.
Apresenta-se na Figura 5.1 e Tabela 5.1, as principais famílias e características de blocos utilizados na alvenaria estrutural:
Figura 5.1 – Família de blocos estruturais para atender as necessidades das obras
 (MANZIONE, 2002)
Tabela 5.1 – Principais pesos específicos para alvenaria
	Tipo
	1.1.1	Peso	específico
kN/m³
	
	Blocos Vazados de Concreto
	14
	
	Blocos Vazados de Concreto preenchido com graute
	24
	
	Bloco Cerâmico
	12
	
(RAMALHO E CORREA, 2003)
Argamassa
A função principal é solidarizar os blocos pela transferência de esforços e acomodar as deformações transmitindo as tensões de forma uniforme de uma unidade a outra, geralmente possui de 70% a 100% da resistência do bloco, não afetando o prisma.
A espessura da junta horizontal deve ser igual a 1 cm valores inferiores podem ocasionar concentração de tensões e no caso de valores maiores levam a uma diminuição na resistência da parede.
Grout
Concreto constituído de agregado de pequena dimensão e relativamente fluido utilizado para solidarização das armaduras com os blocos e também, simplesmente, para aumento da capacidade portante das paredes.
Armaduras
Elementos que absorve os esforços de tração e cisalhamento do conjunto estrutural, ou simplesmente como função de amarração para garantir o trabalho conjunto com o restante da alvenaria.
Vantagens 
O sistema construtivo com blocos estruturais de concerto apresenta as seguintes vantagens:
Redução da utilização de madeira e, consequentemente, o custo da obra e a atuação da função de carpinteiro;
A obra é mais limpa (sem entulho);
Maior qualidade sem a necessidade de equipamentos caros;
Maior velocidade na conclusão da obra (com blocos faz-se um andar com quatro apartamentos de 6 a 10 dias),
Padronização e nivelamentos da obra com menores desvios,
Menor custo para instalação elétrica e hidráulica (não há necessidade de quebrar paredes para fazer estas instalações);
diminuição da quantidade de armadura (não há vigas e pilares) e, consequentemente, de mão-de-obra; 
aumenta a produtividade do pedreiro e de outros profissionais envolvidos no processo devido a padronização e repetição dos serviços;
Redução significativa nos revestimentos.
Desvantagens 
As desvantagens do sistema construtivo com blocos estruturais de concreto são:
Dificuldade de se adaptar arquitetura para um novo uso;
Interferência entre projetos de arquitetura/estruturas/instalações;
Necessidade de uma mão-de-obra bem qualificada;
Mudança no tipo de utilização do edifício (retrofit de utilização). 
Estudo de Casos
A incorporação e construção do empreendimento do estudo de caso estão sendo realizadas pela Construtora MRV.
A edificação está localizada em um terreno de 18.118,14m², e o empreendimento é composto por 304 apartamentos de 2 dormitórios com área privativa de 54,61 m2. O empreendimento está previsto para ser concluído até dezembro de 2016.
Com a finalidade de compreender melhor o processo construtivo com blocos estruturais foram realizadas visitas técnicas ao local do empreendimento
Nessas visitas procurou-se acompanhar o processo construtivo durante a realização das etapas executivas, a fim de avaliar as etapas programadas do planejamento da construção em relação à execução. Essa etapa da pesquisa foi importante para compreender melhor as informações coletadas na fase da pesquisa bibliográfica.
O contato com a equipe da construtora permitiu sintetizar a seqüência executiva das paredes com blocos estruturais, além de conhecer detalhes executivos não descritos na literatura. Essa etapa de acompanhamento da construção foi registrada por meio de fotografias.
7.1. Proocesso Executivo 
Nos subitens seguintes, o processo executivo está apresentado em etapas seqüenciais de execução descrevendo-se com detalhes as atividades essenciais da alvenaria estrutural. Para garantir a qualidade da construção, evitando-se perdas ou retrabalhos, apresentam-se também os cuidados e as técnicas adotadas durante a construção. De uma forma geral a construção com blocos estruturais obedeceu a seguinte seqüência construtiva:
Q	Marcação da Primeira Fiada;
Q	Primeira Elevação;
Q	Grauteamento da Primeira Elevação;
Q	Segunda Elevação;
Q	Forma;
Q	Grauteamento da Segunda Elevação;
Q	Armação e Instalações;
Q	Concretagem da Laje.
7.1.1. Marcação da Primeira Fiada
A primeira fiada de blocos é a etapa que compreende o início do ciclo, e é muito importante, pois se trata da base das atividadesposteriores (Figura 7.1). É fundamental o bom alinhamento e o esquadro das paredes, que devem dar seguimento para uma boa execução da elevação, fazendo com que não haja desperdícios de materiais nos revestimentos internos e externos. Também nesta etapa foram realizados os seguintes pré-trabalhos:
Q Limpeza do andar com remoção de poeiras e materiais soltos na laje, para melhor fixação e resistência da base;
Q Mapeamento da laje com nível a laser identificando o ponto mais alto que será tomado como referência, para evitar problemas em vãos de portas e janelas após a elevação e execução do contrapiso;
Q Limpeza fina (varredura) e umidecimento ao longo do alinhamento da primeira fiada (figura 7.2)
Figura 7.1 – Marcação da primeira Figura 7.2 – Limpeza fina e umedeci-
Fiada. mento no alinhamento da primeira fiada
 
 (Mrv engenharia,2016) (Mrv - engenharia,2016)
Q Marcação dos eixos ortogonais (Figura 7.3) para proceder a locação dos blocos das extremidades alinhando o mesmo pelo lado externo em relação ao pavimento inferior (Figura 7.4). Dessa forma em uma etapa futura, a fachada, poderá ser executada com maior rapidez e racionalização.
 Figura 7.3 – Colocação e fixação do	 Figura 7.4 – Verificação da veticalida
 ferro de eixo. de externa (prumo externo).
 
 (Mrv –engenharia,2016) 	 (Mrv – engenharia,2016)
Q Esticar uma linha de nylon entre os blocos extremos de cada vão garantindo assim o alinhamento da parede (Figura 7.5 e 7.6)
 Figura 7.5 – Alinhamento externo. Figura 7.6 – Alinhamento.
 .
 (Mrv- engenharia, 2016) (Mrv – engenharia, 2016)
Q É necessário contar com o acompanhando de um eletricista para a marcação dos pontos elétricos para evitar a quebra de blocos estruturais e não comprometer a funcionalidade do sistema;
Q Procurar fazer toda marcação com os mesmos funcionários, pois com a repetição do serviço no pavimento tipo minimiza-se a possibilidade de erros;
Q Conferir a locação (Figura 7.7) e o esquadro (Figura 7.8) das paredes após iniciar a marcação, assim como na estrutura convencional nesta etapa não pode haver erros.
 Figura 7.7 – Conferência de locação. Figura 7.8 – Conferencia de esqu.
 
 (Mrv – engenharia, 2016) (Mrv- engenharia, 2016)
Q Conferir as distâncias das paredes em relação aos eixos (Figura 7.9), bem como o comprimento (Figura 7.10), o alinhamento interno (Figura 7.11) e a distância entre elas (Figura 7.12). Para estes itens é necessário fazer a verificação, e dessa forma haverá economia de material no revestimento interno.
 Figura 7.9 – Conferência da distância. Figura 7.10 – Conferência de esquadro.
 
 (Mrv – engenharia, 2016) (Mrv – engenharia, 2016)
Figura 7.11 – Alinhamento interno. Figura 7.12 – Conferência da distância.
 
(Mrv – engenharia,2016) (Mrv – engenharia, 2016)
 7.1.2. Primeira Elevação
 Esta etapa sobrepõe o processo executado no item 7.1.1, e deve seguir os passos compreendidos nos itens seguintes:
Q As alvenarias deverão ter juntas verticais totalmente preenchidas, como mostra a Figura 7.13, para que haja transferência de tensões de bloco para bloco;
Q Na fiada de bloco canaleta, é fundamental atentar-se para a quebra do bloco para que a armadura fique na altura especificada em projeto;
Q Deve-se ter o cuidado na limpeza dos pontos de graute vertical e utilizar os próprios ferros para vibração fazendo com que o graute preencha todos os vazios;
Q	Não esquecer de conferir o nível da fiada de bloco canaleta;
Q O grauteamento encerra esta etapa de atividades, podendo ocorrer no mesmo dia da primeira elevação ou no dia posterior (figura 7.14)
Figura 7.13 – Junta entre blocos. Figura 7.14 – Bloco canaleta gruteado.
 
 (Mrv – engenharia,2016). (Mrv – engenharia, 2016) 
Q Caso não exista amarração por interpenetração de blocos, deverá ser utilizada tela eletrosoldada ou ferro “gancho” para que as alvenarias internas de vedação fiquem amarradas à estrutura da torre (Figura 7.15);
Q Nesta fase os blocos elétricos deverão estar com as caixinhas chumbadas (Figura 7.16) e já devem ser assentadas no lugar correto, também nesta fase é necessário o acompanhamento de um eletricista.
Figura 7.15 – Tela eletrosoldada. Figura 7.16 – Caixas elétricas.
 
(Mrv – engenharia, 2016). (Mrv – engenharia, 2016)
 7.1.3. Segunda Elevação 
A segunda elevação é a etapa posterior à primeira e esta nova etapa compreende a parte da alvenaria que se inicia no peitoril das janelas. A finalização dessa etapa ocorre no apoio da laje. Além dos cuidados já tomados na etapa anterior, outros deverão ser levados em consideração pois nessa fase estarão sendo locados os vãos de portas e janela. Para a segunda elevação é necessário seguir as seguintes atividades:
Q	Segunda elevação ( Figura 7.17), proteções de periferia já colocadas.
Figura 7.17 – Inicio da segunda elevação.
 (Mrv – engenharia,2016)
Q Nos vãos das portas e das janelas são utilizados gabaritos metálicos para garantir as medidas, para que quando chegue a etapa da caixilharia seja essa uma etapa rápida e prática, tendo como exemplo, executar todas as janelas de dormitórios com a mesma medida.
Figura 7.18 – Gabaritos metálicos.	Figura 7.19 – Gabaritos metálicos.
(Mrv – engenharia, 2016) (Mrv – engenharia, 2016)
Q Nessa etapa é importante não esquecer da verga em cima da porta da sacada e abaixo dos vãos de janela que poderão ser feitos com bloco canaleta;
Q Até a chegada do grauteamento da segunda etapa de bloco canaleta, deverão ser adotados os mesmos procedimentos da etapa anterior, são eles: nivelamento, preenchimento das juntas, colocação das caixas elétricas e colocação das telas eletrosoldadas.
Q Montar a forma do beiral (Figura 7.20 e 7.21) antes do grauteamento para ajudar no travamento das paredes, evitando assim, que os blocos canaleta saiam do alinhamento;
Q Foi frisado que nas formas do beiral é necessário um complemento de outra fita de madeirite (Figura 7.21) para que a laje ao ser concretada não fique com rebarbas, e assim evitar que na execução da fachada não seja necessário fazer cortes ou enchimento de argamassa.
 Figura 7.20 – Forma do beiral vista	 Figura 7.21 – Forma do beira vista pelo
 pelo lado de fora antes do graute. lado de dentro após o graute.
 
 (Mrv – engenharia, 2016). (Mrv – engenharia, 2016). 
Q Para a montagem da laje é necessário que o escoramento (Figura 7.22) esteja todo colocado, fazendo com que ele suporte o peso da laje sem que cause flexão após a concretagem;
Q Em seguida inicia-se o assoalhamento da laje, que é a colocação das chapas de madeirite, conforme mostra a Figura 7.23.
 Figura 7.22 – Escoramento.	 
 (Mrv – engenharia, 2016).	 
Q A concretagem da laje finaliza o ciclo de um pavimento, é necessário atentar para os arranques que dão continuidade aos pavimentos superiores.
Projetos 
Os projetos de cálculo estrutural são peças fundamentais na execução de um edifício. As informações neles contidos são de vital importância, como é mostrado na Figura 7.26. São fundamentais, também,as tabelas de resistências dos blocos, bem como, onde serão utilizados.
 
 Figura 7.26- Detalhe do projeto – Tabela
 de resetência dos blocos
 (Mrv – engenharia, 2016).
Os detalhamentos nos projetos devem ser nítidos e fáceis de compreender. É importante que a seqüência executiva seja clara e mostre detalhes de como deverá ser executado. Como exemplo desse detalhamento pode-se ver na Figura 7.29, que mostra onde deverão ser colocados os ferros horizontais e verticais da estrutura, bem como, qual a área que será preenchida por graute. Já na Figura 7.30 exibi-se detalhes dos locais por onde devem passar os conduítes da rede elétrica.
Figura 7.29 – Armação e Graute.	Figura 7.30 – Vistas elétrica e hidráulica.
 
(Mrv – engenharia, 2016).	(Mrv – engenharia, 2016).
Controle dos materiais 
As padronizações e controles efetuados pela construtora dos materiais utilizados na construção permitem a garantia da qualidade e o rastreamento de qualquer material utilizado na obra.
Esse controle possibilita, em casos de uso de materiais inadequados, a localização na estrutura da obra e sua substituição, quando necessária.
Por outro lado, esse controle permite extrair dados para elaborar índices como de consumo de um determinado material, informação importante para compor o banco de dados da empresa para a execução de uma obra futura.
Esses controles são registrados em fichas técnicas que requer assinatura do engenheiro responsável fazendo com que ele tenha conhecimento das transações que ocorrem dentro da obra.
 Blocos de Concreto 
Os blocos são armazenados separadamente conforme sua resistência (Figura 7.31). As programações, de entrega do material são realizadas por andar periodicamente, para que não haja engano na sua utilização. Em alguns casos é utilizada tinta (inerte) na fabricação do bloco para fácil identificação da resistência do mesmo. Os blocos são transportados em paletes, e neste caso foi utilizado uma grua para leva- los até o andar de utilização (Figura 7.32).
 Figura 7.31 – Armazenamento dos blocos. Figura 7.32 – Transporte Vertical.
 
Para o controle dos materiais, quando uma carga chega na obra, o responsável pelo almoxarifado emite uma ficha de recebimento de material para controle do estoque e da rastreabilidade. Para cada tipo de material a construtora possui uma ficha específica. No caso de blocos a ficha é a ilustrada na Figura 7.33.
	FICHA DE MATERIAL ( FM )
	OBRA
	(por espécie) - versão 00
	3259 - 00
	No.
	Unidade
	Previsto pçs
	MATERIAL
	
N.LOTES
	
	
	
	
BLOCO ESTR. 14 X 19 X 39 16 MPA PALETES C/ 85 PÇS.
	
	1º
	PÇ
	60PÇ
	
	TORRE 1
	DATA
	NF
	PROCEDÊNCIA OU DESTINO
	QUANTIDADE
	ENSAIOS
	OBS.
	
	
	GLASSER LTDA
	Entrada
	Ent. Acum.
	Saída
	Consumida
	Estoque
	P.Oco
	P.Cheio
	argam/graute
	LOTES
	16/06/2004
	216627
	Torre 1 - 3º pav.
	85,00
	85,00
	85,00
	85,00
	0,00
	
	
	
	878
	22/06/2004
	217015
	Torre 1 - 3º pav.
	935,00
	1020,00
	935,00
	1020,00
	0,00
	
	
	
	878
	22/06/2004
	217021
	Torre 1 - 3º pav.
	170,00
	1190,00
	170,00
	1190,00
	0,00
	
	
	
	878
	23/06/2004
	217069
	Torre 1 - 3º pav.
	1020,00
	2210,00
	1020,00
	2210,00
	0,00
	
	
	
	878
	23/06/2004
	217074
	Torre 1 - 3º pav.
	680,00
	2890,00
	680,00
	2890,00
	0,00
	29,6
	28,1
	18,6/34,6
	1102
	13/07/2004
	218238
	Torre 1 - 4º pav.
	1020,00
	3910,00
	1020,00
	3910,00
	0,00
	
	
	
	1102
	13/07/2004
	218240
	Torre 1 - 4º pav.
	510,00
	4420,00
	510,00
	4420,00
	0,00
	
	
	
	1102
	13/07/2004
	218251
	Torre 1 - 4º pav.
	680,00
	5100,00
	680,00
	5100,00
	0,00
	
	
	
	1102
	13/07/2004
	218260
	Torre 1 - 4º pav.
	935,00
	6035,00
	935,00
	6035,00
	0,00
	29,6
	21,8
	26,4/31,9
	1102
	26/07/2004
	218914
	Torre 1 - 5º pav.
	255,00
	6290,00
	255,00
	6290,00
	0,00
	
	
	
	1102
	26/07/2004
	218962
	Torre 1 - 5º pav.
	1105,00
	7395,00
	1105,00
	7395,00
	0,00
	
	
	
	1102
	26/07/2004
	218965
	Torre 1 - 5º pav.
	765,00
	8160,00
	765,00
	8160,00
	0,00
	
	
	
	1102
	29/07/2004
	219214
	Torre 1 - 5º pav.
	765,00
	8925,00
	765,00
	8925,00
	0,00
	29,6
	25,5
	15,1/35,7
	1102
	03/08/2004
	219413
	Torre 1 - 6º pav.
	255,00
	9180,00
	255,00
	9180,00
	0,00
	
	
	
	1246
	02/08/2004
	219429
	Torre 1 - 6º pav.
	1190,00
	10370,00
	1190,00
	10370,00
	0,00
	
	
	
	1246
	03/08/2004
	219457
	Torre 1 - 6º pav.
	1190,00
	11560,00
	1190,00
	11560,00
	0,00
	
	
	
	1246
	03/08/2004
	219481
	Torre 1 - 6º pav.
	1190,00
	12750,00
	1190,00
	12750,00
	0,00
	
	
	
	1246
	06/08/2004
	219677
	Torre 1 - 6º pav.
	170,00
	12920,00
	170,00
	12920,00
	0,00
	26,1
	20,2
	15,4/30,7
	1246
(Mrv – engenharia, 2016).
Neste empreendimento foram utilizados blocos certificados pela Glasser, sendo que cada lote enviado para obra foi submetido aos ensaios de resistência a compressão do bloco estimada (fbk – est.), antes do envio do mesmo à obra, segundo NBR 6136. No caso de reprovação o lote é descartado, e, em caso de aprovação, esses ensaios são registrados e apresentados juntamente na entrega do material, conforme mostra a Figura 7.34.
Figura 7.34 – Laudo de resistência emitido pela Glasser
Figura 7.34 – Laud
Argamassa e Grout 
As Figuras 7.35 mostram parte das etapas de preparação da argamassa empregada na obra, esses componentes da alvenaria são dosados no canteiro de obra, visando a redução de custos.
 Figura 7.35 - Betoneira para mistura.
 (Mrv – engenharia, 2016).
CONCLUSÃO
No meio técnico que executa edificações pelo sistema em alvenaria estrutural, as palavras mais pronunciadas pelos construtores são industrialização e racionalização. Elas traduzem o espírito desse sistema construtivo que traz para a construção civil o conceito da linha de produção (learn construction), o planejamento detalhado da construção, o não desperdício de tempo e material, o aumento na produção com redução de mão-de-obra e a padronização no método construtivo.
Embora as limitações e as vantagens não tenham sido abordadas na presente pesquisa, o sistema construtivo em alvenaria estrutural, como os demais sistemas, apresenta limitações que devem ser observadas com atenção para que se tenha um resultado satisfatório, tanto sob aspecto da segurança e dos custos, quanto da qualidade final do produto.
Pela pesquisa efetuada conclui-se que é necessária a integração total entre todos os participantes das equipes envolvidas, desde a etapa da concepção do projeto, ou seja, entre o arquiteto e o engenheiro estrutural, até a fase construtiva da edificação, quando são envolvidos os engenheiros e os encarregados técnicos de todas as instalações. Portanto, nos projetos de alvenaria estrutural é fundamental que ocorra essa interação, pois o resultado final é baseado na inter-relação dos diversos projetos e na harmonia do conjunto.
O motivo principal da necessidade dessa interação é o sistema construtivo que está baseado na modulação que é o elemento que determina todo o processo executivo. O criterioso arranjo da planta baixa, a definição conveniente e precisa das dimensões dos cômodos, dos vãos de portas e janelas, do pé-direito e o posicionamento das instalações hidráulicas, elétricas, etc., são os pontos onde residem as partes mais importantes de toda a concepção, no qual o projetista estrutural vai se fixar para dimensionar a estrutura, especificar os procedimentos executivos e também orientar os projetistas de instalações. E quanto maior for o nível de detalhamento desses projetos, maior será a qualidade da execução e por conseqüênciamenor a incidência de patologias.
Além desses elementos, outros importantes compõem o conjunto: a perfeita especificação do material a ser empregado (bloco de concreto, dimensões, resistência), do tipo de assentamento (argamassa, cola), os detalhes da execução das juntas (juntas a prumo, juntas desencontradas, juntas de dilatação, juntas de controle), as dimensões e a posição dos vãos, os elementos de contraventamento e reforço (vergas, contravergas, elementos de concreto, a utilização de aditivos, graute), detalhes da distribuição das instalações elétricas e hidro-sanitárias, as plantas de marcação das fiadas (a atenção à primeira fiada, as posições das tomadas, das caixas de luz, as paredes hidráulicas) entre outros. Tais elementos, embora sejam relativamente simples de serem cuidados, podem passar despercebidos no dia-a-dia de uma obra, e a sua omissão é responsável pela maioria das falhas ocorridas na execução, onde surgem os principais problemas e os defeitos construtivos mais graves de execução.
Outro ponto crucial, também não discutido na presente pesquisa, mas que foi observado durante o acompanhamento executivo da obra, é a falta da mão-de-obra qualificada. A desqualificação da força de trabalho tem afetado todos os setores na construção civil, principalmente, as áreas que exigem melhor conhecimento dos trabalhadores, como é o sistema construtivo em alvenaria estrutural. Além disso, a melhoria e os avanços tecnológicos desse sistema dependem fundamentalmente dessa mão-de-obra qualificada.
É nesse contexto que vem ocorrendo a evolução tecnológica do método construtivo em alvenaria estrutural, e tem se tornado uma opção cada vez mais viável do ponto de vista da técnica executiva, e mais acessível sob o aspecto dos custos finais.
E nesse contexto que vem ocorrendo a evolução tecnológica do método construtivo em alvenaria estrutural, e tem se tornado uma opção cada vez mais viável do ponto de vista da técnica executiva, e mais acessível sob o aspecto dos custos finais.
Na presente pesquisa concluiu-se que o sistema construtivo com blocos estruturais de concreto foi e continua sendo uma resposta ágil às demandas habitacionais. 
Além disso, permite reduzir a geração de resíduos na fase de construção e na
economia de materiais utilizados.
Fotos dentro da obra.
Quadro da obra.
(Mrv – engenharia, 2016).
Sanitario. 
(Mrv – engenharia, 2016).
Canteiro de obras.
(Mrv – engenharia, 2016).
Alvenaria quase concluida.
(Mrv – engenharia, 2016).
Alvenaria.
(Mrv – engenharia, 2016).
Local para armazenar materiais. 
(Mrv – engenharia, 2016).
Turma na obra
(Mrv – engenharia, 2016).
Almoxarifado.
(Mrv – engenharia, 2016).
Referencia
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para o
cálculo de estruturas de edificações . Rio de Janeiro, 1980.
 	. NBR 8215: Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural – Preparo e ensaio à compressão. Rio de Janeiro, 1983.
 	. NBR 8798 : Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto. Rio de Janeiro, 1985.
 	. NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro, 1988.
 	. NBR 10837: Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto. Rio de Janeiro, 1989.
 	. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 1994a.
 	. NBR 6136: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural. Rio de Janeiro, 1994b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Praticas Recomendadas –
PR2.Como Escolher e Controlar a Qualidade dos Blocos. São Paulo, 2005. Disponível
<http://www.abcp.org.br/downloads/arquivos_pdf/pr1_alvenaria_estrutural.pdf
	. Praticas Recomendadas –PR2.Alvenaria: Como projetar a modulação. São Paulo, 2005.
Disponível
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 	. Praticas Recomendadas –PR3.Ferramentas para melhorar a qualidade e a produtividade da sua obra. São Paulo, 2005.
Disponível
<http://www.abcp.org.br/downloads/arquivos_pdf/pr3_alvenaria_estrutural.pdf>. 
	. Praticas Recomendadas – PR4.Execução de alvenaria- Marcação. São Paulo, 2005.
Disponível	em	<http://www.abcp.org.br/dowloads/arquivos_pdf.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTÁTISTICA, 2000
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