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Introdução Sabe-se que toda matéria é formada por átomos de elementos químicos. Com agrupamentos variados desses elementos, é possível obter diversas substâncias e assim formar materiais de propriedades química e física diferentes que sofrem diversas transformações e variações de energia na natureza. Assim, através de uma análise química, serão apresentados dados experimentais que demonstram essa pluralidade de substâncias e suas transformações. Objetivo Analisar a liberação de energia fotoquímica em diferentes substâncias com base num modelo atômico conhecido; Elucidar a influência do número de partículas de uma solução na intensidade da cor da mesma e em outras propriedades; Analisar experimentalmente as diferenças entre fenômenos físicos e químicos. Resultados e Discussões I) ENSAIO DE CHAMA Com base no modelo atômico de Bohr, os íons metálicos, ao serem aquecidos ganham energia e seus elétrons saltam para uma camada mais externa. No entanto, ao voltarem para sua camada de origem (uma mais interna), liberam energia na forma de luz. Por esses elementos possuírem configurações eletrônicas distintas, foram vistas diferentes cores do espectro eletromagnético. Assim, com a utilização de uma chama de vela e uma alça de platina, pôde-se obter os seguintes resultados organizados na tabela 1: Cátion Cor da chama Potássio Violeta Sódio Amarelo (Intensifica a chama por ter a cor da mesma) Lítio Rosa avermelhado Cálcio Laranja Estrôncio Laranja Cobre Verde Bário Amarelo Tabela 1: Cátions e suas respectivas cores ao liberarem energia. Embora cada elemento tenha seu espectro característico, somente alguns, dentro de uma faixa de comprimento de ondas, podem ser visto pelo homem. Figura 1: Espectro de luz visível II) QUEIMA DE MAGNÉSIO Observou-se que o magnésio passou por um processo de combustão, que nada mais é que a queima/aquecimento de certa substância na presença de O2 com liberação de energia. Pôde-se perceber a variação de cor do magnésio, que no início era uma fita cinza, mas que no final passou a ser um pó branco, e a emissão de um flash de luz branca e intensa, o que indica que a energia liberada era do tipo luminosa. Assim, por se tratar de uma reação de combustão que altera a composição química da substância inicial, o fenômeno ocorrido pode ser classificado como químico. Reação química: 2 Mg(s) + O2(g) → 2 MgO(s) (flash de luz branca e intensa) ∆ (Magnésio metálico) (Gás oxigênio) (Óxido de magnésio) III) COR DE SOLUÇÕES Após analisar os três tubos, pôde-se identificar que o terceiro tudo apresentou cor mais intensa, já que o mesmo possui uma solução visivelmente mais concentrada de KMnO4 (muito soluto e pouco solvente). No entanto, com base na molaridade, através de um simples cálculo estequiométrico é possível justificar mais precisamente as diferenças das concentrações de cada tudo e como isso influencia na intensidade das cores das soluções. Para tal, utilizou-se a seguinte fórmula: Ci x Vi = Cf x Vf, onde Ci = concentração inicial Cf = concentração final Vi = volume inicial Vf = volume final Assim, levando em conta a concentração inicial de 0,025 de KMnO4, foram encontradas as seguintes concentrações finais: Tubo 1: 0,005 M Tubo 2: 0,015 M Tubo 3: 0,025 M Além disso, pôde-se relacionar tais resultados com a Lei de Lambert-Beer , que diz que com a alteração da concentração de soluções de substâncias iguais altera-se também a absorbância (A) e a transmitância (T) da solução. A = µ x C x l , onde µ = constante da substância C = concentração l = caminho óptico e T = 1/A Como µ e l são iguais para as três soluções por tratarem da mesma substância, quanto maior for o número de partículas, menor é a transmitância e maior é a absorbância. Dessa forma, pôde-se classificar cada tubo e reunir tais informações na tabela 2. Absorbância Transmitância Tubo 1 Baixa Alta Tubo 2 Média Média Tubo 3 Alta Baixa Tabela 2: Classificação de cada tubo analisado de acordo com a Lei de Lambert-Beer. Por fim, algumas substâncias são coloridas porque elas têm a capacidade de reter certa quantidade de luz que incide sobre a mesma. Com isso, quando um objeto não consegue absorver determinado comprimento de onda da luz que incide, ele o reflete em forma de luz colorida, o que determinada a cor desse objeto. IV) SUBLIMAÇÃO DO IODO Pôde-se observar durante o experimento que o iodo em forma de grãos pretos ao serem aquecidos dentro do béquer passaram para o estado gasoso, uma espécie de vapor roxo. Além disso, à medida que esse vapor subia, ele se solidificava novamente ao se encontrar com uma superfície mais fria (o vidro de relógio) e com isso, cristais de iodo bem finos eram retidos sob a mesma. Notou-se que o iodo passou por duas sublimações, que lhe conferiu características físicas distintas no início e no fim. Assim, esse processo se tratou de um fenômeno físico, uma vez que não ocorreram alterações das propriedades químicas da substância, mas apenas mudanças no seu estado físico. IV) DECOMPOSIÇÃO DO DICROMATO Observou-se que os cristais alaranjados de dicromato de amônio ao serem aquecidos, transformaram-se em uma fuligem verde escura de aspecto meio úmido. Com o aquecimento, o dicromato é decomposto em óxido de cromo, gás nitrogênio e água. Dessa forma, foi notório que esse processo se classifica como um fenômeno químico, já que se tratou de uma alteração na composição química de uma substância inicial para que outras, gasosas e sólida, fossem formadas. Reação química: ∆ (NH4)2Cr2O7(s) → N2(g) + Cr2O3(s) + 4 H2O(g) (Dicromato de amônio) (Gás nitrogênio) (Óxido de Cromo) (Água) Conclusão Pode-se concluir que os resultados foram satisfatórios, uma vez que todos os objetivos citados inicialmente foram alcançados através de observações e cálculos. Anexo Distribuição eletrônica de cada elemento do ENSAIO DE CHAMA K+ : 1s² 2s² 2p6 3s2 3p6 Na+ : 1s² 2s² 2p6 Li+ : 1s² Ca²+ : 1s² 2s² 2p6 3s2 3p6 Sr²+ : 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 4s² 3d10 4p6 Cu²+ : 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 3d9 Ba²+: 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 3d10 4s² 4p6 4d10 5s² 5p6 6s² Referências Apostila das aulas práticas de Química Analítica Experimental. FELTRE, Ricardo. Química Geral. Química – vol. 1. 4ª.ed. - São Paulo: Moderna, 1994. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ANALÍTICA PRÁTICA Nº 1: MATÉRIA E ENERGIA 11/08/2017 CURSO NUTRIÇÃO – 1º PERÍODO DISCIPLINA: QUÍMICA A EXPERIMENTAL – IQA 112 PROFESSORA: MÁRCIA NOGUEIRA ALUNA: ALANA REIS DE ALMEIDA
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