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Movimento Parabólico Relatório Nº03 Turma: 30F Integrantes do grupo • Ana Clara Rodrigues Faria • Alicia Ferreira Cassiano • Isabella Rezende Rodrigues • Suzane Kellen de Castro Palumbo 2. OBJETIVOS Este experimento tem por finalidade estudar o movimento parabólico no lançamento de projéteis, nas mediações da Terra perante a ação da gravidade. Calcular a trajetória de um corpo lançado de uma rampa, a uma certa altura do chão, com uma velocidade horizontal preliminar diferente de zero, velocidade vertical preliminar igual a zero e sujeito apenas à força da gravidade. 3. INTRODUÇÃO TEÓRICA No lançamento de projéteis é possível observar dois movimentos simultâneos, independentes e em direções perpendiculares. A velocidade inicial com a qual o projétil é lançado, é decomposta em duas componentes vetoriais, Vox e Voy. Sendo: Vox = cosθ.Vo ; componente sobre qual atua o Movimento Retilíneo Uniforme Voy = senθ.Vo ; componente sobre qual atua o M.Ret. Uniformemente Variado I. Movimento Retilíneo Uniforme (MRU): Movimento ao longo de uma reta, no qual a movimentação ocorre de forma uniforme, isto é, com velocidade constante (aceleração nula). Neste movimento, distâncias iguais são percorridas em intervalos de tempo iguais. A velocidade média é igual a velocidade instantânea. Para definir tal movimento, usa-se a seguinte equação: 𝑽 = ∆𝑺⁄∆𝑻 𝑽 = 𝒔 − 𝒔𝟎⁄𝒕 – 𝒕𝟎 𝑺 = 𝒔𝒐 + 𝒗𝒕 Onde: Δs= variação de espaço ou deslocamento Δt= variação de tempo ou intervalo de tempo II. Movimento Retilíneo Uniforme Variado (MRUV): movimento no qual a aceleração é sempre constante. (No experimento, Voy encontra-se em queda livre, sujeito a aceleração da gravidade - g Lavras = 9,78 m/s²). Neste movimento, a velocidade sofre as mesmas variações em mesmos intervalos de tempo t , resultando em aceleração média e aceleração instantânea iguais. Para definir a aceleração média usa-se: 𝒂 𝒎édia = ∆𝑽⁄∆𝑻 𝒂 𝒎édia = 𝒗 − 𝒗𝟎⁄𝒕 – 𝒕𝟎 𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂. 𝒕 Onde: Δv: Variação de velocidade Δt: Variação de tempo Sabendo-se que a aceleração no MRUV é constante, podemos calcular a variação do espaço no decorrer do tempo, com a seguinte fórmula do MRUV: 𝑺 = 𝑺𝒐 + 𝑽𝒐𝒕 + 𝒂𝒕𝟐/𝟐 Dadas tais circunstâncias, nota-se que o corpo, neste experimento, se desloca de forma parabólica. Observam-se tais fatos através de simples lançamentos oblíquos, tal como no chute de uma bola. Normalmente, despreza-se o atrito do ar e outros fatores durante os cálculos. 4.MATERIAIS UTILIZADOS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Materiais utilizados para a realização do experimento: 01 Dispositivo para lançamento horizontal de projéteis 01 folha de papel carbono Folhas de caderno 01 caderno 01 Fita crepe 01 Trena 2m 01 Trena 5m 01 Régua 1m 01 esfera metálica 01 Caneta Figura: Aparato experimental para o estudo de lançamento de projéteis. Procedimentos: Inicialmente, o dispositivo para lançamento horizontal foi regulado a uma altura H em relação a superfície da mesa. Em seguida, uma folha de caderno e o papel carbono foram sobrepostos e fixados com a fita crepe. Preparado o experimento, a medida H foi aferida com o auxílio da régua de 1m e da trena, e logo, a bola metálica foi solta de uma altura h na rampa. Tal procedimento foi repetido 15 vezes para essa determinada altura H. Após as 15 colisões com o papel, o papel carbono foi retirado, e as distâncias D1, D2 e ΔD medidas, baseado nas extremidades das marcas de carbono que ficaram na folha. Com a caneta, foi possível traçar retas tangentes às marcas. A bola foi solta de 8 alturas H diferentes. As 3 primeiras medidas H foram feitas com o dispositivo em cima da mesa, na qual a bolinha caía na superfície desta. As próximas duas medidas foram realizadas com o aparato em cima da mesa, mas com a bolinha caindo no chão. Dependendo da altura da qual a bolinha caía, um caderno foi usado como apoio em baixo das folhas sulfite e de carbono, para que a superfície que recebeu o impacto não fosse danificada. A sexta e sétima medidas foram realizadas com o aparato em cima de um armário, e a oitava, em cima de uma escada presente no DEX. 5.RESULTADOS E ANÁLISES Através dos cálculos e medições, foi possível chegar a esses resultados: Tabela 1 – Valores relacionados ao alcance De a altura H. Medição H (+/- 0,001m) d1 (+/- 0,001m) d2 (+/- 0,001m) D médio (m) ∆𝑫 (m) 1 0,075 0,116 0,128 0,122 0,006 2 0,364 0,26 0,273 0,2665 0,0065 3 0,712 0,3435 0,375 0,3592 0,0157 4 1,07 0,456 0,48 0,468 0,012 5 1,364 0,496 0,556 0,526 0,03 6 1,676 0,5545 0,60 0,5772 0,0227 7 2,043 0,619 0,66 0,6395 0,0205 8 2,406 0,647 0,719 0,683 0,036 9 3,161 0,78 0,832 0,806 0,026 Tabela 2 – Valores relacionados a velocidade. Medição Vo (m/s) √(g/2). ∆x/ √h √(g/2). (d médio/2√h³) . ∆h ∆Vo 1 0,9858 0,0484 0,000002 0,048402 2 0,9767 0,0238 0,000064 0,023864 3 0,9413 0,0411 0,000238 0,041338 4 1,0004 0,0256 0,000572 0,026172 5 0,9959 0,0586 0,000926 0,059526 6 0,9854 0,0387 0,001384 0,040084 7 0,9898 0,0317 0,002064 0,033764 8 0,9737 0,0513 0,002818 0,054118 9 1,0024 0,0323 0,005008 0,037308 Na tabela 1 são mostrados os valores relacionados a altura H (vertical), e aos alcances horizontais, sendo: D1 a distância até o primeiro ponto de queda D2 a distância até o último ponto D médio a distância média ∆𝑫 a variação (erro) do alcance. Já na segunda tabela, são mostrados os dados relacionados a velocidade.Sendo: Vo a velocidade inicial ∆𝑽 o erro da velocidade. Vo é dada pela seguinte equação: 𝑉𝑜 = √ 𝑔 2 . 𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑎 √𝐻 Já o erro da velocidade é dado por : ∆𝑉𝑜 = √ 𝑔 2 . ∆𝐷 𝐻 + √ 𝑔 2 . 𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜 2 √𝐻³ . ∆𝐻 No qual ∆𝐻 é o erro da régua (0,001m) g Lavras = 9,78 m/s² Demonstração dos cálculos de Vo: Tomando como exemplo a medição 1, a altura considerada foi de 0,075 m e o alcance médio obtido foi 0,122 m. Substituiu-se na fórmula apresentada acima: 𝑉𝑜 = √ 9,78 2 . 0,122 √0,075 = 0,9851m/s O valor de velocidade inicial descoberto foi de 0,9851 m/s.O mesmo foi feito para encontrar os valores da velocidade para cada altura. Demonstração do cálculo do erro de Vo: Na medição 1 a altura considerada foi de 0,075 m, o alcance médio 0,122 m e o erro +/- 0,006m. Aplicando-se os valores na fórmula de erro da velocidade, chaga-se a: (considerando g=9,78 m/s² e variação de h igual a 0,0001 m): ∆𝑉𝑜 = √ 9,78 2 . 0,006 0,075 + √ 9,78 2 . 0,122 2 √0,075³ . 0,001 = 0,048402 O valor do erro da velocidade neste caso foi de +/- 0,048402 m/s². Foi feito o mesmo procedimento para encontrar os valores do erro da velocidade nas outras medições. 0,075 0,364 0,712 1,07 1,364 1,676 2,043 2,406 3,161 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 0 0 , 1 0 , 2 0 , 3 0 , 4 0 , 5 0 , 6 0 , 7 0 , 8 0 , 9 A LT U R A ( M ) ALCANCE (M) ALCANCE EM FUNÇÃO DA ALTURA 0,9858 0,9767 0,9413 1,0004 0,9959 0,9854 0,9898 0,9737 1,0024 0,93 0,94 0,95 0,96 0,97 0,98 0,99 1 1,01 0 0 , 5 1 1 , 5 2 2 , 5 3 3 , 5 V EL O C ID A D E (M /S ) ALTURA H(M) VELOCIDADE EM FUNÇÃO DA ALTURA 6. CONCLUSÕES Foi possível observar, através de todos os cálculos, que as velocidade iniciais forampraticamente as mesmas quando os erros foram levados em consideração. Isso ocorreu pois as bolinhas foram deixadas cair sempre da mesma posição na rampa. Além disso, nota-se que, com o aumento da altura, o alcance também cresce consideravelmente. Uma maior altura H implica um maior tempo sobre a força gravitacional, e consequentemente, uma maior interação entre as componentes vetoriais da velocidade inicial Vx e VY.Algumas diferenças nos resultados teóricos e experimentais devem-se ao fato da resistência do ar não ter sido calculada. 7.BIBLIOGRAFIA FÍSICA PARA ENGENHEIROS I – MECÂNICA; TIPLER, Paul A. – 1 ed. 2005. Editora JC. FUNDAMENTOS DE FÍSICA I – MECANICA; Halliday, D.; Resnick R.; Walker J. - 9ª ed. 2012. Editora LTC http://brasilescola.uol.com.br/
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