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GE Economia e Gestão 02

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Economia e Gestão
UNIDADE 2
1
UNIDADE II – A GEOPOLÍTICA E A GLOBALIZAÇÃO
DISCIPLINA: ECONOMIA E GESTÃO
Apresentação da Disciplina
Caro(a) Estudante,
Vamos continuar nossos estudos da disciplina Economia e Gestão. Na unidade I con-
versamos sobre a Economia regional e urbana. Na unidade II, vamos observar as al-
terações geopolíticas pós segunda guerra mundial, os blocos econômicos e os merca-
dos regionais, a globalização comercial, produtiva, financeira e tecnológica. Faremos 
incursões sobre as correntes pró-globalização e contra a globalização. Que tal? Os 
assuntos propostos são motivantes e atuais? Evidente que sim, concorda? 
É claro que os assuntos explorados na unidade I nos darão uma boa base para que 
possamos prosseguir com os nossos estudos, entendendo o papel que a Economia 
exerce na sociedade. É muito importante que você se empenhe o máximo possí-
vel para compreender os problemas e as questões que exploraremos nesta unidade. 
Lembre-se, sempre, todos os assuntos que estamos estudando nesta disciplina são 
interdependentes e complementares. Atente que para compreendermos os assuntos 
que seguirão, será muito importante que você tenha entendido plenamente o que foi 
abordado nas demais unidades. E aí? Com a costumeira disposição para iniciarmos 
nossos estudos? Claro que sim. Portanto, vamos avante com disposição e entusias-
mo.
Tenho total convicção que você não se arrependerá em imergir nos assuntos que pas-
saremos a estudar. Além de amealhar novos conhecimentos, você estará construído 
novas aptidões que o levarão a entender melhor o mundo em que vivemos. Compre-
enderá, igualmente, as razões e motivos que levam a existência de ciclos. Igualmente, 
perceberá que as mudanças nos cenários econômicos ocorrem a todo o momento e 
com uma velocidade muito grande. Legal? Vamos em frente.
Procure, sempre, aprofundar os conhecimentos adquiridos e mantenha-se constante-
mente motivado para pesquisar, refletir e questionar o que está sendo apresentado. 
Lembre-se, também, que o conhecimento ocorre continuamente e exige disciplina, 
vontade e organização.
Como já falamos em outras oportunidades, o estudo da Economia ou de qualquer 
outra disciplina deve abranger ingredientes diversos, tais como: disposição, von-
tade de crescer, determinação, muita curiosidade e observação. Lembre-se, os 
curiosos e determinados fazem a diferença. Para fazer a diferença é necessário sair 
do “quadradinho”, da zona de conforto e ousar. Ousar, refletir, questionar, criticar e 
propor. Ok?
2
Sempre será possível criarmos um novo mundo. Definir novos modelos e arranjos so-
ciais. Isto só ocorrerá se houver a participação de todos, conjuntamente e irmanados. 
Estamos aqui para, através do conhecimento, mudar o contexto social, político e eco-
nômico. O mundo precisa ser reinventado, reconstruído, rearquitetado e reformatado. 
Ideologia ou utopia. O que você acha? 
Aproveito para fazer uma pequena provocação. Topa? Então vamos a ela: tente fazer 
uma análise ou uma distinção de ideologia e utopia.
Entretanto, muitas das conquistas obtidas pelo homem têm nos ajudado. Como exem-
plo, podemos citar a tecnologia da informação. Ela proporcionou a comunicação ins-
tantânea e regula, manipula e altera o contexto econômico, político e social a todo 
o momento, a cada segundo. Há uma nova maneira do trabalho ser executado, que 
pode ser realizada sem tempo fixado e lugar estabelecido, o que ocasiona o aumen-
to da produtividade. Quer um exemplo? Veja, o Curso de Graduação modalidade a 
distância que você está cursando. Você não precisa sair de casa para ir à faculdade 
e escolhe o horário que melhor se adéqua as suas necessidades e disponibilidades.
Percebeu como o mundo mudou em um curto espaço de tempo? Tenha a mais plena 
convicção, caro estudante, as mudanças continuarão a ocorrer. O que todos espe-
ramos é que elas conduzam, e sejam direcionadas para a construção de um novo 
arranjo social, onde todos possam ser beneficiados com as conquistas e inovações 
criadas pelos homens.
Você está encontrando alguma dificuldade em entender? Não se preocupe. No trans-
correr da nossa unidade II e do curso, tudo ficará claro. O fundamental é que você 
procure ler todo o material e seguir as recomendações que visem o aprofundamento 
do conhecimento. Estamos combinados? Ótimo!
Nesta oportunidade, gostaria de deixar algumas dicas para você. Leia e reflita!
A vida pode ser maravilhosa quando você está indo atrás do que quer. Em um artigo 
publicado no Lifehack, o cinegrafista Kamal Burri busca ajudar e motivar as pessoas 
que querem buscar aquilo que realmente amam, mas desistem por medo de saírem 
de suas zonas de conforto.
Veja as 7 razões elencadas por ele para você criar coragem de batalhar por seus ob-
jetivos e não viver mais com arrependimentos:
1 - O futuro não é óbvio
O futuro não apresenta nenhuma segurança ou obviedade se você está em sua zona 
de conforto. Mudanças sempre irão acontecer na vida e, caso haja resistência a elas, 
você sempre irá sair perdendo. Como escreveu Charles Darwin em “A Origem das 
Espécies”, a sobrevivência é do mais adaptados, não do mais forte.
3
2 - Mente vazia, oficina do diabo
Viver dentro da zona de conforto pode dar a sensação de segurança no começo, mas 
em um determinado momento você vai começar a se odiar devida à inatividade. Nin-
guém quer viver uma vida chata. Viva sabendo que não tem nenhum arrependimento 
ou vergonha: nada pior do que odiar a si mesmo sabendo que pode fazer algo para 
mudar.
3 - A jornada vale a pena
A jornada fora da caverna do conforto oferece desafios. Não vai ser fácil, mas pode 
valer a pena. Tudo que encontrar no caminho vai fazer você mais forte e capaz de 
lutar diante das incertezas da vida. No fim das contas, não é sempre sobre aonde se 
quer chegar: a jornada também é importante.
4 - Você pode achar o tesouro no fim do arco-íris
O tesouro pode ser qualquer coisa que você imaginar. Suas paixões podem florescer, 
mudar, reaparecer. A história é cheia de heróis que desafiaram o conforto e acharam 
sua grande recompensa. Não se preocupe: viva pelo que acredita, não pelo que está 
enxergando à sua frente.
5 - Você irá crescer como pessoa
A jornada para sair da zona de conforto dá a chance de crescer espiritualmente e 
mentalmente. Não espere que o mundo mude e leve você junto para a mudança. A 
vida é cheia de paradoxos: você só irá entendê-los se crescer e mudar junto da maré, 
ou então ficará perdido e será engolido pelo universo.
6 - Você irá descobrir o propósito da sua vida
O nosso maior propósito não é definido pelo destino: tem que ser descoberto por você 
mesmo. Só é possível descobrir esse propósito saindo da zona de conforto, pois des-
cobertas só acontecerão durante sua jornada. Os labirintos não irão sumir sozinhos, 
você precisa sair deles.
7 - Você conseguirá descansar
Poder descansar nada mais é que alcançar um estágio em que você superou todos 
os testes em sua jornada. Medo e ganância são provações para poder respirar em 
paz, aliviado. Assim como no Nirvana, presente na religião budista, o estado mental 
verdadeiro e transcendental será a fonte eterna de felicidade que você passou a vida 
inteira procurando.
Vamos avançar para entendermos as contradições, as crises e as oscilações que o 
4
sistema econômico enfrenta no decorrer do tempo. Para que obtenhamos esta com-
preensão, estudos foram desenvolvidos para a necessária e adequada compreensão 
da Economia.
 
A Economia interage com diversas outras áreas do conhecimento, como Administra-
ção, Ciências Contábeis, Geografia, História, Direito, Estatística, Matemática, Enge-
nharias, Meio Ambiente, Sociologia, Filosofia, Política, Turismo, Finanças Públicas, 
Educação, Urbanismo, entre outras. Por essa razão, é fundamental a da associação 
da Economia com todas as áreas do conhecimento.Então, a Economia precisa trabalhar interdisciplinarmente para poder enfrentar os 
desafios que são colocados pela sociedade e que exigem respostas precisas e ime-
diatas para os problemas vivenciados. 
A partir dos estudos dessa disciplina de forma contextualizada, espero que você pos-
sa colaborar, com os conhecimentos adquiridos, a resolver os problemas prementes, 
quer a nível local, nacional ou global.
É preciso desenvolver uma percepção nova do conhecimento, entendendo que o que 
ocorre no presente, impacta no futuro. Para tanto, é necessário que você desenvolva 
uma visão sistêmica, entendendo que a parte compõe o todo. Está claro? Vamos lá. 
O conhecimento não pode ser fragmentado. Lembra da interdisciplinaridade? Pois é. 
Todos somos produtores e consumidores de conhecimentos.
Podemos concluir que a Economia está nos mais diversos lugares e espaços, sendo 
uma ciência multicultural e que sempre envolve, como já dissemos, muitos juízos de 
valor. Para saber um pouco mais a respeito dessa área de conhecimento, você deverá 
desenvolver a capacidade de interconectá-la com outras áreas do conhecimento. 
O objetivo dessa unidade é abordar os principais tópicos da geopolítica e da globali-
zação. 
Vamos utilizar uma linguagem simples e acessível. Vamos combinar uma abordagem 
teórica simplificada com aplicações que estão no seu dia a dia, no seu cotidiano. Des-
sa forma, a compreensão tornar-se-á facilitada. 
Caro estudante, você tem a sua disposição o livro texto e outros livros que estão na 
biblioteca virtual. Acesse sempre. Leia com atenção os capítulos que sugiro. É muito 
importante que as leituras sejam feitas de forma crítica e reflexiva. Exercite sua capa-
cidade de questionar e contextualizar.
Para esta unidade, sugiro que você leia os livros disponíveis na biblioteca virtual. Com 
a leitura desses livros, você formará uma base teórica para entender todo o contexto. 
Indico os seguintes livros: Novas Geopolíticas de José Wilson Vissentini e Terri-
5
tórios Alternativos de Rogério Haesbaert, todos disponíveis na biblioteca virtual. 
Complemente estas leituras com outras que abordam assuntos correlatos.
Para você, um bom curso de Economia e Gestão! Estarei sempre ao seu dispor para 
ajudá-lo a tirar as dúvidas.
Abraços!
Professor
Ticiano Lapenda 
Geopolítica e a Globalização
Nesta primeira abordagem, refletiremos sobre o que é Geopolítica e a Globalização. 
Por definição, a Geopolítica é o ramo da Geografia que trata do estudo das relações 
entre o espaço e o poder. Seu estudo remota o século XVI, sendo oficializado a partir 
de 1897. Verifique, portanto, que a Geopolítica não é recente.
Não existe uma definição muito clara para a Geopolítica. Dentre as várias explicações, 
alguns estudiosos definem a Geopolítica como a ciência que estuda as relações entre 
a política de poder dos Estados e suas relações com o mundo. Entenda que o termo 
Estado aqui usado não se refere a um ente de uma federação, mas sim a nação.
A geopolítica obtém auxilio em pilares que estabelecem as relações de poder do Es-
tado, interna e externamente. Ou seja, a geopolítica visualiza um Estado forte, pode-
roso e dominador. Dessa forma, o Estado deve patrocinar a coesão política interna, 
poderio militar, política econômica, tecnologia, IDH, recursos naturais, e energéticos. 
No momento atual, esse Estado todo poderoso ainda existe? Que tal refletirmos? En-
tão.........
Vamos verificar o interessante pensamento de um almirante americano chamado 
Maham. O citado militar apregoava que os Estados Unidos eram uma enorme ilha 
cercada pelos oceanos Atlântico e Pacífico, o que seria o fator que limitaria a possi-
bilidade de invasão do seu território. O mesmo militar defende, também, a idéia de 
que as potências marítimas tendem a ser dominantes, sendo, então o “núcleo sócio-
-econômico-político do mundo” 
A geopolítica, resumindo, e a ciência que nasce da necessidade de explicar o surgi-
mento, ascensão e queda de potências políticas no plano político-econômico-estraté-
gico mundial. Sendo assim, busca determinar métodos de estudos e traçar cenários 
futuros e propor ações que conduzam ao futuro desejado.
Você percebe o que é a geopolítica? Seria capaz de fazer uma interconexão entre a 
6
geopolítica e a economia? Faça uma reflexão.
Vamos a um pequeno resumo.
”A geopolítica é a ciência responsável pela formulação e estratégias políticas 
voltadas para a obtenção de poder de um determinado espaço territorial.”
Para que você compreenda melhor as relações entre a Geopolítica e a Econo-
mia, sugiro que leia o artigo disponível em: http://sereduc.com/CQPMdT
A Geopolítica, conforme vários autores que abordam o tema, recebe quatro atributos:
Geográfico: analisado pela geopolítica, estabelece a relação entre o Estado e o seu 
território.
Econômico: analisado pela geoeconomia, estabelece a relação entre o Estado e a 
economia.
Sociológico: analisado pela sociopolítica, estabelece a relação entre o Estado e a 
sociedade nacional.
Político: definindo a forma, o poder e a vida do Estado.
Diante do exposto, observamos que a Geopolítica guarda uma estreita e intrínseca 
ligação com a Economia, objeto da nossa disciplina. 
Vamos falar, agora, sobre a Globalização Produtiva e os Investimentos Diretos.
A globalização produtiva é caracterizada por três processos distintos: o crescimento 
da internacionalização da produção; o aumento da concorrência em escala internacio-
nal; a intensificação da interligação entre as estruturas de produção nacional. 
A globalização produtiva para um país é entendida pelo investimento externo direto e 
contratos, enquanto que a movimentação da balança comercial (exportações e impor-
tações) é a participação do país no comércio internacional. Trata-se do investimento 
das empresas multinacionais no Brasil. Quanto aos contratos são de transferência de 
conhecimento técnico, marcas, patentes, franquias e acordos estratégicos. 
Verifique, portanto, os efeitos da globalização nas economias dos países. E como es-
ses efeitos se apresentam. Perceba que em momentos de crises nas economias mun-
diais, os níveis de investimentos dos países em outros países diminuem. Isso gera, 
por consequência, uma desaceleração em toda economia mundial. Sugiro que você 
acesse o link www.cebela.org.br/site/artigo.php?cod=62 e leia o artigo para entender 
melhor essa questão.
7
Outros fatores de impacto na economia brasileira, são as remessas de lucros das 
grandes corporações multinacionais para os países de origem, seja por meio de su-
perfaturamento de produtos ou remessas legais.
O efeito é negativo na conta de capital do balanço de pagamentos do Brasil. Se o 
Brasil naquele momento estiver recebendo um volume elevado de capital externo por 
apresentar a maior taxa de juros do mundo, existe uma compensação. Se não existir 
esse fluxo, é possível que precise recorrer a empréstimos junto ao FMI, como ocorreu 
nas décadas de 70 e 80 ou utilizar as reservas cambiais. 
Existe uma vulnerabilidade evidente nas economias nacionais com forte presença de 
empresas multinacionais e a transferência de riquezas de países em desenvolvimen-
to econômico, como, o Brasil, para os países desenvolvidos. Na situação de crise, o 
impacto é a desaceleração econômica ou até mesmo recessão. A implicação direta 
de uma recessão econômica é o empobrecimento das classes menos favorecidas da 
população, que já são frágeis economicamente e socialmente. E o que é recessão? 
A recessão ocorre quando o país diminui sua capacidade produtiva, ou seja, a capa-
cidade de produzir mais bens e serviços aos consumidores. Ocorre, também, quando 
há uma queda da demanda ocasionada pela perda do poder de compra dos trabalha-
dores. 
Falemos, agora, sobre a Globalização financeira e os fluxos de Capitais. 
Há outro aspecto importante na globalização da economia: afinanceirização. A fi-
nanceirização são fluxos de capitais nos mercados financeiros, sejam em bolsas de 
valores, fundos de investimentos, derivativos etc. 
Há estimativas de que existem aproximadamente cinquenta trilhões de dólares circu-
lando no mundo sem a regulação de um agente financeiro internacional. Em 1997, a 
crise na bolsa de valores na Ásia (bolsa de Hong Kong) trouxe um impacto rápido e 
negativo na Bovespa, no Brasil. Nessa ocasião, o governo do então presidente Fer-
nando Henrique Cardoso elevou a taxa de juros para 40% ao ano. Essa taxa passou 
a ser a maior do mundo. E qual a razão da elevação da taxa de juros? A resposta é 
simples: manter o capital externo especulativo no país, pois era completamente de-
pendente deste capital para rolagem da dívida pública. E o que é capital especulativo? 
É o dinheiro que não se destina as atividades produtivas, como aumento da produção, 
abertura ou expansão da empresas.
É importante frisar que o fluxo financeiro entre países, em meados na década de 80 e 
década de 90, foi expressivo causado pelo aumento na emissão de títulos e de ações 
entre economias desenvolvidas e economias em desenvolvimento, como, por exem-
plo, no Brasil. 
Bom, passemos para outro assunto. Espero que você esteja compreendendo o que é 
globalização e seus impactos na economia mundial. 
8
O conceito de globalização é largamente utilizado para caracterizar um projeto ideo-
lógico de integração de todo o mundo em um sistema único de mercado, baseado na 
lógica da economia capitalista e na alta circulação de bens, informações, produtos e 
pessoas. Segundo essa concepção, o livre mercado resultaria no desenvolvimento 
econômico de todos os países e na ampla difusão das inovações tecnológicas, que 
aumentariam a qualidade de vida dos seres humanos. Contudo, é isso que está ocor-
rendo? As disparidades entre países têm sido minimizadas com a globalização? O 
problema da fome na África tem sido equacionado? Creio que tais temas precisam de 
uma reflexão mais aprofundada. Então, reflita!
A globalização, em que pese os benefícios advindos, afeta de maneira desigual paí-
ses e pessoas.
Vamos ver um exemplo? 
Nos últimos trinta anos, a desigualdade na distribuição dos rendimentos entre países 
aumentou dramaticamente. A diferença de rendimento entre o quinto mais rico e o 
quinto mais pobre era, em 1960, de 30 para 1, em 1990, de 60 para 1 e, em 1997, de 
74 para 1. As 200 pessoas mais ricas do mundo aumentaram para mais do dobro a 
sua riqueza entre 1994 e 1998. A riqueza dos três mais bilionários do mundo excede a 
soma do produto interno bruto dos 48 países menos desenvolvidos do mundo (PNUD, 
2001). Segundo o Relatório do Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas 
de 2001 (PNUD, 2001), mais de 1,2 bilhão de pessoas (pouco menos do que 1/4 da 
população mundial) vivem na pobreza absoluta, ou seja, com um rendimento inferior 
a um dólar por dia e outros 2,8 bilhões vivem apenas com o dobro desse rendimento. 
Para entender os processos de globalização, é preciso ligar as teorias sobre a globali-
zação a situações concretas, buscando entender o seu impacto na vida de diferentes 
grupos humanos, bem como a forma como estes reagem a essas transformações.
Pelo que aprendemos até então, podemos observar que a globalização apresenta 
vantagens e desvantagens. O fundamental é estabelecer um modelo que privilegie to-
dos os países, objetivando uma melhoria na qualidade de vida das suas populações. 
Caso isso não ocorra, o mundo continuará dividido entre os países ricos e os pobres. 
Que você acha? Que modelo poderia ser proposto? Pense, reflita!
Sequenciando nossos estudos, vamos abordar um tema de relevante importância. E 
que tema é esse? A Globalização hegemônica e a democracia. 
A globalização hegemônica não é um processo novo. As evidências mostram que a 
mesma iniciou-se no século XV com a descoberta da América.
Desde aquela época, os diferentes espaços geográficos foram sendo organizados em 
dominantes e dominados, o que transformou as periferias e semi-periferias do mundo 
em espaços de subordinação política e econômica para a expropriação de riquezas 
9
por parte dos países centrais. A partir da década de 1970 até os dias atuais, a globa-
lização hegemônica intensificou o processo de integração mundial com o avanço das 
tecnologias de comunicação e transporte que possibilitou transações internacionais 
mais rápidas e intensas. Essa integração, nos últimos anos, vem acompanhada da 
difusão dos pressupostos e das práticas econômicas. 
Surge uma corrente política denominada de neoliberalismo que defende medidas di-
versas para impulsionar a economia de mercado, o sistema financeiro e a concorrên-
cia em nível mundial, apresentando soluções para a crise do período
antecessor, marcado por forte intervenção estatal na vida econômica e social. 
O que é o neoliberalismo? Vamos entender melhor.
O neoliberalismo defende é um Estado mínimo para as políticas sociais e, ao mesmo 
tempo, um Estado máximo para a Economia. Além disso, esse modelo considera a 
desigualdade um fator essencial para o bom funcionamento do mercado sendo, por 
isso, até mesmo desejável. Em suma, a acumulação flexível
neoliberal baseia-se na desigualdade e a produz incessantemente. Você considera 
este modelo justo? Pense!
 
Com o fracasso das experiências socialistas ocorridas no Leste Europeu, o neolibe-
ralismo realizou um enorme esforço para apresentar-se como a única forma de orga-
nização social, política e econômica possível no mundo. Dessa forma, as medidas 
que propõe passaram a ser empregadas com intensidade a partir dos anos 1980, 
orientando-se, em termos gerais, para a liberalização do comércio internacional, a 
expansão dos investimentos externos, a crescente privatização de serviços públicos, 
a flexibilização de direitos trabalhistas e a crescente desregulação da economia.
Passemos agora para outro tema. Acredito que você não esteja sentindo nenhuma 
dificuldade para entender o que é a globalização e seus impactos na economia global.
O que é a globalização contra-hegemônica e a democracia? Parece complicado? Não 
é.
O capitalismo tem apresentado uma grande capacidade para adaptar-se às constan-
tes crises e para aprofundar-se ainda mais. No entanto, para além das muitas crises 
no capitalismo, pode ser que estejamos assistindo neste momento à crise do capita-
lismo, que não consegue mais dar respostas para os problemas que criou. E quais 
são estes problemas? Desigualdade social, má distribuição de renda, disparidades 
regionais, entre tantos outros. Concorda? 
Uma das crises mais evidente do capitalismo é a constatação atual da sua capacida-
de destruidora do meio ambiente. Para aumentar a capacidade produtiva, os recursos 
fornecidos pelo planeta são cada vez mais usados. Em consequência, por conta do 
aumento da demanda por bens e serviços, todos os recursos naturais estarão exauri-
dos. E agora? Que solução temos? Que alternativa se apresenta? 
10
Assistimos constantemente manifestações contra-hegemônicas, que formam fóruns 
mundiais, regionais e locais. Essa busca pela renovação tornou possível a organiza-
ção de movimentos contra-hegemônicos em nível transnacional, que reivindicam a 
formatação de outra realidade econômica e social.
Devemos ter em mente que a democracia é uma prática social e não um modelo de 
governo. A significância disso amplia a participação democrática e de exercício da 
soberania popular com os novos arranjos institucionais participativos, que permitem o 
controle dos cidadãos sobre orçamentos, sobre medidas administrativas do governo, 
sobre a execução de políticas sociais e a participação nas decisões do Estado acerca 
da economia. 
Então, difícil entender a globalização? Complicado apontar suas vantagens e desvan-
tagens? Acredito que não. Não deixe de ler os capítulos dos livros sugeridose dispo-
níveis na sua biblioteca virtual.
Estamos nos preparando para compreendermos os assuntos que virão posteriormen-
te. 
Nosso próximo assunto tratará da Gestão ambiental e biodiversidade. Posso te ga-
rantir que o assunto é gostoso, estimulante, atual e estratégico para as organizações.
Vivemos em um cenário competitivo. Esta competitividade coloca as organizações 
numa constante busca por novos instrumentos que procuram adequar seus métodos 
e técnicas de gestão. Os modelos de gestão adotados há algum tempo atrás não ga-
rantem mais a perenidade das organizações. É preciso entender as mudanças que 
ocorrem, tanto no ambiente interno quanto no ambiente externo das organizações. 
Você concorda? Para aprofundar seu conhecimento sobre o tema, sugiro que leia o 
artigo disponível em http://sereduc.com/QxA5vq.
Mas o que entendemos sobre Gestão Ambiental e como a mesma contribui para me-
lhorar a competitividade das empresas e preservar o meio ambiente. Vamos em frente!
A busca de um nível ideal de qualidade de vida fundamenta a razão de ser da gestão 
ambiental. Vivemos, hoje, uma crise ambiental que é o reflexo de um conjunto de 
tendências econômicas que comprometem os recursos naturais do planeta. Como 
veremos nas unidades seguintes, o planeta dispõe de recursos limitados para atender 
as necessidades ilimitadas do ser humano. Como compatibilizar isso? Reflita, pense!
Se fizermos uma breve retrospectiva vamos verificar que:
• Na década de 60, a viabilidade ambiental de um determinado processo não 
era considerada no processo de tomada de decisão. O desenvolvimento re-
presentava o crescimento econômico. A conservação ambiental não era le-
vada em conta. O que se buscava era o crescimento econômico a qualquer 
11
preço.
• Novas propostas mais inovadoras com relação à proteção ambiental surgiram 
no início de década de 70. A conferência de Estocolmo em 1972 demonstrou 
a necessidade de programar estratégias ambientais adequadas.
• Na década de 80, o conceito de desenvolvimento adquiriu um caráter multidi-
mensional. A substituição de processos poluidores por outras mais eficientes 
ambientalmente foi estimulada.
Devemos ter em mente que o conceito de desenvolvimento deve ser dinâmico e seus 
indicadores devem estar focados nas gerações futuras. Isto é desenvolvimento sus-
tentável.
Mais o que é gestão ambiental? Certamente que você deve estar curioso. Vamos 
conceituar.
Gestão ambiental é uma ação institucional no sentido de implementar a política do 
meio ambiente. A gestão ambiental é um processo de articulação dos diferentes agen-
tes sociais que interagem em um dado espaço, objetivando garantir a adequação dos 
meios de exploração dos recursos ambientais às especificidades do meio ambiente, 
define Lanna (1995).
Para outros estudiosos sobre o tema, conceitua gestão ambiental como um conjunto 
de medidas e procedimentos definidos e adequadamente aplicados que visam reduzir 
e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente 
– Robles Júnior e Bonelli ( 2002). E o que é impacto ambiental? Impacto ambiental 
é qualquer alteração no meio ambiente causada pela ação do homem. Legal? Então 
vamos dá sequencia aos nossos estudos.
Vamos entender, agora, o que é Meio Ambiente. 
O meio ambiente é a circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, 
água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. Ob-
serve que nos, seres humanos, fazemos parte do meio ambiente. Ok? Esta percepção 
de que fazemos parte do meio ambiente é fundamental.
Na verdade, pouco de nos possuímos conhecimentos suficientes para entender a 
dinâmica do meio ambiente e as relações entre os diversos ecossistemas. E o que é 
um ecossistema? Vai uma sugestão, leia o texto disponível em: fundamar.com.br/o-
-que-e-ecossistema/. 
Lembre-se: o ecossistema é um sistema estável, equilibrado e autossuficiente. Em 
um ecossistema, o conjunto de seres vivos interage entre si e com o meio natural de 
forma equilibrada. Claro, se não houver a ação destruidora do homem.
12
Devemos entender que a vida no planeta depende da preservação dos ecossistemas. 
A adoção de práticas que não agridam o meio ambiente assegurará as características 
fundamentais dos ecossistemas. Lembre-se: todos somos responsáveis pelo futuro e 
sobrevivência das futuras gerações. E aí? Alguma dificuldade? Imagino que não. 
Passemos, então para um novo assunto. Antes gostaria de indagar; gostando do as-
sunto? Que bom, afinal ele faz parte do nosso dia a dia.
Todos os dias ouvimos ou lemos sobre os problemas ambientais que afligem a todos. 
Que problemas ambientais são estes? Como eles são construídos? Como podemos 
minimizá-los?
A problemática ambiental abrange todo o planeta e atinge a todos.. Problemas como 
a poluição do ar, da água, destruição da camada de ozônio e aquecimento global são 
alguns dos exemplos.
Isso ocorre em razão da intervenção humana sobre o meio ambiente. É consenso de 
que se nada for feito para mitigar estes problemas, as próximas gerações sofrerão 
com os impactos decorrentes da exploração inadequada dos recursos naturais.
Podemos elencar os problemas ambientais decorrentes da ação humana. Entre eles, 
citamos:
•	 Crescimento da população
Segundo previsão da ONU, em 2050 a população mundial terá 10,9 bilhões de pes-
soas. Será que os recursos naturais serão suficientes para alimentar todo este contin-
gente? E a água? Que você acha? Pense!
•	 Poluição
A emissão de substâncias poluentes cada vez mais são lançadas no ar e na terra. 
Quais as consequências desta prática? 
•	 Disponibilidade de água potável
O crescimento populacional trará problemas no que se refere ao abastecimento de 
água potável. Sabemos que quase 97% da água existente no planeta é salgada. So-
mente 1% está disponível para o consumo humano. E agora? Que alternativas te-
mos? Pense!
• Destruição da biodiversidade
Os bens e serviços essenciais do nosso planeta dependem da variedade e da va-
riabilidade de espécies, populações e ecossistemas. O que está acontecendo é um 
declínio da diversidade biológica resultante das ações do homem.
• Destruição da camada de ozônio
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Efeito estufa ou aquecimento global
A utilização em larga escala de combustíveis fósseis tem produzido o aumento da 
concentração de dióxido de carbono, aumentando, assim, a temperatura da terra.
Então, temos saída? Evidentemente. O que fazer? Consumir responsavelmente, eli-
minar o desmatamento, proteger as nascentes, rios, mares, usar racionalmente os 
recursos naturais. E as empresas? Adotar a produção mais limpa. E o que é a pro-
dução mais limpa? Para maiores informações indico o acesso ao material: 
http://sereduc.com/rkyVNC
Alguma dificuldade? Se alguma se apresenta, leia, releia e pesquise sobre o tema. 
Lembre-se que o conhecimento ocorre de forma gradual. 
Devemos considerar que a escassez dos recursos naturais, do crescimento desorde-
nado da população mundial e da intensidade dos impactos ambientais, a formulação 
de políticas, planos e projetos que permitam o manejo dos riscos e impactos das ativi-
dades produtivas torna-se cada vez mais importante para que o homem entenda que 
é impossível alterar as leis da natureza, reformulando suas práticas ambientais.
Resta-nos falar sobre a gestão ambiental nas organizações. Este tema é de extrema 
importância já que os impactos negativos que as empresas, no seu processo produti-
vo, exercem sobre o meio ambiente é enorme.
Claro, as organizações são instrumentos fundamentais para a sobrevivência do ho-
mem, considerando que elas produzem bens e serviços que atenderão as demandas, 
além de gerarem empregos. 
Por outro lado, as organizações têm sido as grandes responsáveis pelos impactos 
ambientais negativos. As organizações degradam o meio ambiente desde o processo 
produtivoaté a fase de uso do que foi produzido. Em assim sendo, é necessário que 
as organizações assumam sua responsabilidade social e ambiental, reduzindo sua 
pegada ecológica.
Falemos sobre Economia sustentável. E o que é isto? Vamos ver.
Economia sustentável é o termo utilizado para identificar as diferentes estratégias 
que permitam utilizar da melhor forma os recursos matérias e financeiros disponí-
veis. O princípio se baseia na utilização desses recursos de modo eficiente, eficaz 
e responsável. Em se tratando da produção de bens e serviços, a sustentabilidade 
econômica exige a utilização dos recursos para que a empresa continue a funcionar 
ao longo de vários anos, enquanto obtém lucros consistentemente mantendo o saldo 
positivo na balança de ativos e passivos.
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Na maioria das situações, a medida da sustentabilidade econômica é apresentada em 
termos monetários. Medir o valor dos ativos e dos recursos é algo essencial, assim 
como identificar a quantidade de retorno, em capital, gerado pelo uso eficiente desses 
recursos. A ideia é auxiliar na identificação de áreas de operação em que os recursos 
não estão sendo utilizados da maneira mais eficiente, e tomar as medidas para corrigir 
a situação.
A sustentabilidade econômica objetiva o uso responsável dos recursos envolvidos no 
processo produtivo, ou seja, na transformação da matéria prima, instalações, equi-
pamentos e outros insumos em um produto acabado que será ofertado ao mercado. 
Isto envolve não apenas certificar-se de que o negócio está dando lucro, mas que a 
operação não está criando problemas ambientais que poderiam acarretar danos para 
o equilíbrio da ecologia local. Por estar ciente do impacto da operação sobre a co-
munidade local, a empresa é capaz de escolher as matérias-primas mais amigáveis 
ao ambiente, além de selecionar os melhores métodos de exploração e elaborar uma 
estratégia de eliminação de resíduos que não afete o ecossistema da região. É 
preciso que a empresa implante um Sistema de Gestão Ambiental, gerenciando os 
impactos ambientais gerados por sua atividade produtiva.
Embora o conceito de economia sustentável seja amplo e aplicável em empresas de 
diversos segmentos, há obstáculos potenciais que podem ser encontrados em dife-
rentes empresas. A resistência à mudança pode levar a uma utilização menos eficien-
te dos recursos disponíveis. A incapacidade de controlar as despesas e justificar os 
gastos também tem efeitos adversos sobre a estabilidade em longo prazo e limita o 
potencial de sustentabilidade econômica de cada companhia. 
Com a sustentabilidade econômica, o objetivo é estabelecer a rentabilidade em longo 
prazo. Um negócio rentável apresenta maior probabilidade de se manter estável e 
de que continuará operando com saldo positivo por um longo período de tempo. Sob 
essa perspectiva, a sustentabilidade econômica pode ser vista como uma ferramenta 
para garantir que o negócio construa um futuro próspero e sólido, contribuindo para o 
bem-estar financeiro dos proprietários e dos empregados e agindo em prol da comu-
nidade onde a empresa está localizada.
Bom, agora que você entendeu o que é economia sustentável, vamos falar da biodi-
versidade.
E o que é biodiversidade?
A biodiversidade descreve a variedade da vida na Terra. Ela abrange todos os tipos de 
plantas, animais e micro-organismos da terra, do mar e de água doce. 
Existem, provavelmente, de 10 a 30 milhões de tipos de plantas, animais e micro-
-organismos diferentes vivendo no nosso planeta, na terra, no solo, na água doce e no 
mar. Cerca de 2 milhões de plantas e animais são conhecidos e foram descritos cien-
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tificamente até hoje. Os cientistas descobrem cerca de 15.000 novas espécies a cada 
ano. Algumas espécies são encontradas no mundo inteiro, enquanto outras são muito 
raras. Algumas espécies são encontradas em um único lugar. Por exemplo, a Austrália 
abriga diferentes espécies de cangurus que não são encontradas em nenhum outro 
lugar do planeta. Muitas plantas ameaçadas foram registradas em um único local.
A biodiversidade refere-se a todas as formas de vida, os ecossistemas em que habi-
tam e as relações de que fazem parte. Em sendo assim, Sendo assim, a biodiversida-
de serve de base para a subsistência das pessoas.
Áreas que abrigam elevadíssimos números de espécies são chamadas de “zonas 
quentes” de biodiversidade. Mas não é somente a natureza intocada que pode abrigar 
uma grande diversidade de espécies. Por muito tempo os seres humanos vêm influen-
ciando – e cuidando – de ambientes junto a vilarejos, como terras cultivadas, florestas 
ou campos. 
Benefícios da biodiversidade
A biodiversidade tem um valor próprio. Quase todas as culturas do mundo prezam a 
natureza, a terra e a vida que ela abriga em sua tradição, na religião ou espiritualida-
de, na educação, saúde ou lazer. Mas a humanidade também depende da biodiversi-
dade e dos bens e serviços que ela oferece.
Bens
Muitos diferentes animais, plantas e outras formas de vida constroem juntos ecossis-
temas funcionais, como florestas, água doce, solos ou oceanos. Ecossistemas saudá-
veis, com alto grau de biodiversidade, fornecem bens como alimentos, fibras, madeira 
e biocombustíveis, além de medicamentos e água doce para os seres humanos. 
Serviços
Os serviços prestados pela diversidade biológica (os chamados serviços dos ecossis-
temas) muitas vezes são considerados, ao mesmo tempo, gratuitos e indispensáveis. 
Por exemplo, micro-organismos fornecem nutrientes para o crescimento das plantas 
e as plantas verdes produzem oxigênio. A chuva e o vento criam solo a partir de ro-
chas e plantas e outros organismos os tornam mais ricos e espessos com o passar 
do tempo. Os oceanos cobrem quase três quartos do planeta. Eles não só contêm 
enormes quantidades de água, mas também sistemas vivos que moldam o planeta. 
Os oceanos transportam tudo que está contido neles por grandes distâncias; eles con-
trolam o clima global e fornecem alimento. Pequenas algas marinhas produzem enor-
mes quantidades de oxigênio que os animais terrestres também respiram. Ao mesmo 
tempo, o carbono da queima de combustíveis é retirado do ar e armazenado. O litoral 
atrai os seres humanos há milhares de anos. Plantas e animais ao redor das regiões 
costeiras armazenam e disponibilizam nutrientes, filtram a sujeira dos rios e córregos 
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e ajudam a proteger o litoral, evitando que seja destruído por tempestades. Peixes, 
crustáceos e algas do litoral alimentam os seres humanos e os animais; eles fornecem 
combustíveis, medicamentos, cosméticos, produtos domésticos e materiais de cons-
trução. Os recifes de corais são as “florestas tropicais dos oceanos”: fornecem peixes, 
protegem contra os perigos naturais e regulam o clima. Até meio bilhão de pessoas 
dependem economicamente dos recifes de corais. Muitos países desenvolvidos e em 
desenvolvimento e nações insulares dependem profundamente dos recifes para sua 
alimentação e subsistência.
A biodiversidade sob pressão
Um relatório das Nações Unidas publicado em 2012 destaca a taxa de destruição 
de florestas, ameaças ao suprimento de água e poluição nas regiões costeiras. A 
tendência geral mostra um declínio global da biodiversidade de quase um terço nos 
últimos 30 anos, e a queda continua. Até dois terços de todas as espécies poderão de-
saparecer. As cinco maiores ameaças à biodiversidade, segundo o Relatório Planeta 
Vivo 2010, são causadas pelas atividades humanas. Causando Danos e perdas dos 
ecossistemas, como sejam: 
Mudanças permanentes nas florestas, pântanos ou montanhas os tornam inadequa-
dos para animais e plantas selvagens. Super exploração de espécies selvagens: Se 
os seres humanos retiram animais ou plantas em excesso para alimentação ou outros 
fins, essas populações desaparecerão. A pesca caça e derrubada de árvores em ex-
cesso levam à superexploração.Poluição da água: O excesso de nutrientes derivado das grandes quantidades de ferti-
lizantes polui a água doce e os ecossistemas marinhos. Outras fontes de poluição são 
os resíduos das cidades, indústrias e minas.
Mudanças climáticas: A agricultura, queima de carvão e petróleo, desmatamento e as 
indústrias liberam os chamados gases de efeito estufa na atmosfera, o que leva ao au-
mento das temperaturas globais na terra e no mar. Recifes de corais, o gelo do Ártico 
ou plantas e animais alpinos, por exemplo, não têm como lidar com essas mudanças 
de condições tão rápidas.
Espécies invasoras: Espécies de uma parte do mundo introduzidas em outra às vezes 
se espalham rapidamente e deslocam espécies nativas.
A necessidade das visões dos cidadãos sobre a biodiversidade
A perda da biodiversidade pode ter efeitos graves em diversos níveis: para o indiví-
duo, família, vilarejo ou cidade natal, país ou região. Entre os possíveis efeitos estão 
o aumento dos preços dos alimentos, menores volumes de colheita e pescaria, me-
nos água potável, maior frequência de enchentes e outros desastres naturais, solos 
incapazes de reter água e nutrientes e uma paisagem que não é mais atraente para 
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os turistas. Todos esses efeitos são de longo prazo e afetam quase todos os aspectos 
das nossas vidas. Entretanto, medidas drásticas para proteger ou restaurar a biodiver-
sidade podem, em alguns casos, levar à perda de empregos e a mudanças forçadas 
no ambiente de trabalho, estilo de vida ou alimentação. Algumas pessoas podem até 
perder seus meios de subsistência, como, por exemplo, os pescadores, se forem proi-
bidos de pescar. Se mais dinheiro proveniente de impostos for destinado à proteção 
da biodiversidade, talvez haja menos fundos disponíveis para outras tarefas impor-
tantes, como previdência social, geração de empregos, serviços de saúde, educação 
ou pesquisa e desenvolvimento. Principalmente em épocas de retração econômica, 
gastar os escassos recursos na proteção da biodiversidade pode não ser uma medida 
popular.
Os acordos internacionais são necessários porque a perda da biodiversidade é um 
problema que exige soluções internacionais. Muitos ecossistemas ultrapassam fron-
teiras, a pesca em alto-mar, em grande medida, não é regulada e o comércio é inter-
nacional. A poluição produzida em um lado do planeta afeta regiões do outro lado. Ao 
mesmo tempo, interesses nacionais e profissionais, assim como valores, visões de 
mundo e mentalidades diferentes entre as partes interessadas, dificultam o alcance 
de um acordo global, transparente e democrático. 
Chegamos ao fim da nossa unidade II. Espero que os assuntos abordados tenham 
despertando sua curiosidade. Leia atentamente todo o material. Acesse a biblioteca 
virtual e leia os livros recomendados.
Sucesso e até a próxima unidade.
Abraço!

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