Arquitetura Nativa da América do Sul Mundo andino

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Arquitetura Nativa da América do Sul
Países Andinos
Amanda Torres - Charles da Silva - Fabrício Meirelles
Gustavo Coutinho - João Paulo - Willian César
AMÉRICA ANDINA
A América Andina é uma porção territorial da América do Sul. Recebe essa
denominação pelo fato de ser cortada pela Cordilheira dos Andes, que se
estende de norte a sul do subcontinente. Os países que compõem a América
Andina são: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Esses países correspondem a uma extensão territorial de 5,3 milhões de
quilômetros quadrados, sendo habitado por aproximadamente, 144 milhões
de pessoas. A maioria da população (70%) é composta por ameríndios e
mestiços, consequência da miscigenação entre o índio (população nativa) e
o branco (colonizador europeu).
O clima na América Andina varia de acordo com a proximidade da
Cordilheira dos Andes. No sentido norte-sul, os climas registrados são:
equatorial, tropical, desértico (sul do Peru e norte do Chile), mediterrâneo e
temperado (diminuindo as temperaturas em direção ao sul do Chile).
Tiwanaku
Importante sítio 
arqueológico pré-
colombiano. 
Estudiosos classificam 
esta civilização como 
os mais importantes 
precursores do 
império Inca, que 
floreceu por mais de 
cinco séculos. Situada 
a quase 4 mil metros 
de altitude. Como foi 
construída com pedras 
titânicas, extraídas há 
quilômetros de 
distância, num 
deserto sem árvores é 
um grande mistério. 
BOLÍVIA
As ruínas indicam que as estruturas foram construídos
por um povo dotado de uma arquitetura única. Entre os
edifícios que impressionam, esta uma colina feita pelas
mãos dos homens, numa grande fundação de pedra,
cuja base media 275 por 122 metros e 36 metros de
altura.
Pirâmide de Akapana 
194 m de comprimento; 182 m de largura; perímetro de 800m; altura de 18 m.
cobria uma área de 28.436,56 m². Eram 7 terraços com piso apoiados por
diferentes paredes de contenção para cada nível. Estes terraços são
separados por paredes de arenito esculpidas que foram preenchidas com
sedimento e depois compactadas.
Provável lugar de culto, pois no topo havia um templo. No 1º nível - revestimento
de pedras acolchoadas. Os níveis seguintes com blocos retangulares com cortes
perfeitos. A pirâmide sofreu severa degradação com a invasão dos espanhóis. No
início dos anos 1900 as pedras foram utilizadas em construções de estradas e
edificações, inclusive uma catedral em La Paz.
BOLÍVIA 
Pirâmide de Akapana 
No início do século, havia apenas algumas escavações em que descobriram
algumas partes das paredes e a parte de uma estrutura hidráulica chamado de
"cloca máxima". Consistia em um canal de drenagem localizado no sudeste do
topo da pirâmide, descendo em direção sul do mesmo, seguindo o perfil
escalonado. Infelizmente, existem poucos relatos desses registros.
Porta do Sol
Conhecida como um exemplo do alto grau de perfeição alcançada pela
cultura pré-colombiana, tanto pelo aspecto artístico, como pela simbologia.
Consiste num único bloco de andesita, de até 13 toneladas. Possui 2,75 m de
altura, por 3,84 m, com espessura de meio metro. Seu friso é constituído por
quatro faixas horizontais, ao centro das quais encontra-se a figura atribuída
ao deus Viracocha. Estudiosos divergem da data de construção. Poderia
ser de 27 mil anos atrás ou teria sido construída em 200 a.C.
O Templo de Kalasasaya
Templo das Pedras Permanentes, onde verificava-se com exatidão as mudanças
de estações e o ano solar de 365 dias. Nos equinócios (Outono: 21 de março e
primavera: 21 de setembro), o sol nasce através do centro da porta de entrada
principal, acessado por uma escadaria. No solstício de inverno (21 de junho), o
Sol nasce no canto nordeste. O solstício de verão (21 de dezembro) foi marcado
pelo nascimento do Sol no ângulo do sudeste. O Templo abrange cerca de 2
hectares e sua estrutura é baseada em colunas de arenito, dispostos entre,
gárgulas ou valas de drenagem.
O Templo de Kalasasaya
No interior pode-se ver os restos do que teriam sido pequenas salas semi
subterrâneas dispostas de modo que fossem 7 de cada lado do pátio. No recinto
há uma parede feita de blocos de arenito que consegue fechar os setores leste,
norte e sul, deixando em ambos os lados uma espécie de átrio que separa o
cerco central ou "cerimonial". Nesta segunda parede em direção ao lado norte,
observam-se dois blocos em que, no seu terço superior, foi feito um furo que
imita em escala o aparelho auditivo humano e através do qual você pode ouvir
ruídos ou conversas que ocorrem em sítios remotos. Esses "amplificadores de
sons" nos permitem deduzir que, no mundo pré-colombiano, a acústica era
conhecida e aplicada.
Monolito Ponce
Está localizado dentro do Templo de
Kalasasaya. Altura: 3 metros;
Material: pedra de uma peça de
andesita; Forma: monólito vertical
antropomórfico; Decoração: alto e
baixo relevo de motivos
zoomórficos, com elementos
iconográficos como lágrimas em
forma de peixe, homens alados,
condores, águias, penas, etc., bem
como vários elementos
geométricos. Provavelmente foi
descoberto pelos colonos espanhóis
no século 16, permaneceu esquecida
e enterrada durante vários séculos.
Cultura Milenar Chipaya
Réplica de uma habitação nativa
em Tulor, mostrando o modo
de vida dos Atacamenhos
CHILE
Ruca tradicional Mapuche
Capela de Soçaire (Machuca)
Puente del Inca
COLÔMBIA
A história do povo colombiano é milenar, e com um invejável passado de 
povos pré-colombianos extremamente desenvolvidos.
BOGOTÁ
Bogotá é aproximadamente 70% executada em tijolos de barro aparentes, o
que lhe dá um charme especial por sua localização ao pé da montanha.
A arquitetura colonial espanhola x contemporânea 
Na última década a
Colômbia se converteu no
epicentro de importantes
projetos realizados por
arquitetos internacionais
de alto nível como
Richard Meier, Steven
Holl, Rafael de la Hoz e
Richard Rogers.
A peculiar arquitetura
colonial espanhola dá
todo o seu ar com ruas de
pedra e igrejas
monumentais. Também
estão os prédios
institucionais do governo
ao redor da Plaza de
Bolívar.
TORRES DEL 
ATRIO
263m de altura 
Arquiteto: 
Richard Rogers.
A arquitetura contemporânea
O edifício residencial Santalaia, em Bogotá, é considerado o maior
jardim vertical do mundo. Com 115 mil plantas que cobrem cerca de
3000 m² de fachada. O projeto tem como objetivo reduzir os impactos
da construção na região e também transformar o entorno.
MEDELLÍN
Em 2013, Medellín foi considerada a cidade mais inovadora entre mais de 220
cidades do mundo. O sistema de transporte público é considerado o motor da
transformação. Resolvido de forma criativa, com objetivo além de transportar
e integrar pessoas, mas também estimular a cultura cidadã e a civilidade.
BIBLIOTECA DE 
ESPANA 
Arquiteto:
Gian Carlos 
Mazzanti
CARTAGENA
Entre os séculos XVI e XVII os
espanhóis vieram para a América em
busca do Reino de El Dorado, e
chegaram às costas colombianas, na
região da atual Cartagena de Índias,
esta joia rara de arquitetura colonial.
Fundada em 1533, Cartagena foi
assim chamada devido à cidade
homônima da região de Múrcia, na
Espanha. A cidade foi construída com
grande fortificação e conserva um
belo conjunto arquitetônico.
CARTAGENA
A cidade se divide em duas
partes: histórica e moderna. A
parte histórica está todo cercado
por oito quilômetros de
muralhas, construídas no período
da colonização. Possui casarios
coloridos, com arquitetura
importada da Espanha.
CARTAGENA
A arquitetura cartagenera pode
ser dividida em três eras
específicas, através do tempo:
arquitetura colonial, republicana
e atual.
EQUADOR
Ingapirca
Com as pedras perfeitamente trabalhadas, juntadas com almofariz natural.,
O mais importante complexo arqueológico doequador, em Cañar. De
estrutura elíptica, o templo serviu para cerimônias e rituais da cultura Cañari
e inca. Também teve finalidades estratégicas militares e astronômicas. As
ruínas são integradas por cemitério e observatórios solares.
Em Azuay existem dois vestígios da mesma cultura, que revela a existência
de um complexo religioso com armazéns, o templo ao Sol, os mausoléus, os
jardins e os quartos para as mulheres seletas.
Ingapirca
Templo do Sol
PERU
Nazca
As Linhas de Nazca estão localizadas no deserto, um altiplano árido que se
estende entre as cidades de Nazca e Palpa. A planície deserta da costa peruana,
que inclui o Pampa de San Jose (Jumana), Socos, El Ingenio e outros, na
província de Nazca, mede 400 km. Ao sul de Lima, abrange uma área de
aproximadamente 450 km, do deserto de areia, bem como as encostas dos
contornos dos Andes. Elas cobrem cerca de 400 quilômetros quadrados de
deserto. Gravadas na superfície de areia no deserto de Pampa tem cerca de 200
figuras cujas formas só podem ser vistas do alto.
As linhas de Nazca foram feitas pelo povo Nazca, entre 200 a.C. e 600 d.C. ao
longo de rios que desciam dos Andes. O deserto estende-se por mais de 1.400
milhas ao longo do Oceano Pacifico. A área de Nazca onde se encontram os
desenhos é conhecida pelo nome de Pampa Colorada. Tem 15 milhas de largura
e corre ao longo de 37 milhas paralela aos Andes e ao mar. As pedras vermelho
escuras e o solo foram limpas, expondo o subsolo mais claro, criando as linhas.
Não existe areia neste deserto. Do ar, as linhas incluem não só linhas e formas
geométricas, mas também representações de animais e plantas. Algumas,
incluindo imagens de humanos, estendem-se pelas colinas nos limites do
deserto.
Nazca
As linhas de Nazca, segundo algumas teorias, poderiam ser representações
astronômicas, religiosas ou um mapa de onde encontrar água no subsolo.
Uma nova análise de imagens de satélite permitiu revelar o provável
significado de construções na zona de Nazca. Nesse local também existem
construções chamadas puquios. Pensava-se que eram algum tipo de
condução de água com forma de espiral, mas pesquisadora italiana Rosa
Lasaponara, analisou imagens dos puquios tiradas do espaço por satélites.
Sua equipe se concentrou em estudar a distribuição dessas construções pela
região desértica de Nazca.
Entrada de um puquio
em Nazca, no Peru
Nazca
A equipe da italiana diz que a localização dos puquios é baseado na distribuição
de água pela região e que essas construções em espiral eram uma espécie de
sistema de ventilação para uma rede de canais subterrâneos. Dessa forma,
essas estruturas eram fundamentais para o sistema de irrigação e canalização
que ajudou os Nazca a viver nessa terra desértica do sul peruano e a levar água
para onde não existia. Os puquios “eram a infraestrutura hidráulica mais
ambiciosa na zona de Nazca e permitiam que houvesse água disponível durante o
ano todo”, disse à BBC.
Nazca
Esse tipo de grandes infraestruturas exigiam um esforço enorme de
colaboração e uma sociedade organizada, de acordo com a pesquisadora, o
mesmo que provavelmente acontece com as estranhas linhas geométricas
escavadas no terreno. Para essa cientista, seu significado também está
relacionado com a presença de água, e há outros especialistas que acreditam
que os desenhos eram mapas que indicavam onde se encontravam os puquios.
Pirâmides de Cahuachi (deserto de Nasca)
INCAS
A Civilização inca foi resultado de uma sucessão de culturas andinas pré-
colombianas e um estado-nação, o Império Inca que existiu na América do Sul
de cerca de 1200 até a invasão dos conquistadores espanhóis e a execução do
imperador Atahualpa em 1533.
O império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da
Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do
Chile. A capital do império era a atual cidade de Cusco (em quíchua, “Umbigo
do Mundo”). O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas
diferentes, sendo o mais falado o quíchua.
Em seu apogeu, o imperador possuía cerca de milhares de quilômetros de
estradas, percorridas por corredores a serviço do governo. Ao todo calcula-se
que eram mais de 4 000 Km de estradas cortando todo o império.
Os Incas possuíam uma organização econômica social bastante complexa. A ela
se vinculava uma arte monumental, que merece ser conhecida especialmente
pela capacidade que tiveram de superar as dificuldades impostas pelo relevo.
INCAS
Os Incas possuíam uma organização econômica social bastante complexa e
uma arte monumental, com a capacidade de superar as dificuldades impostas
pelo relevo.
Suas construções, mesmo as de grande porte, resistiram aos abalos, ao
contrário de diversas edificações feitas pelos europeus.
Obras de irrigação em direção aos vales desertos, a construção de pontes
pênseis, entre grandes precipícios, e de aterros em pântanos atestam altos
níveis de conhecimentos técnicos.
Terraços Agrícolas
INCAS
Para construir estradas em terrenos com grandes declives usavam do desenho
em ziguezague.
As estradas eram estreitas já que circulavam nelas apenas homens e lhamas
com carregamentos erguiam muros de arrimo em lugares mais perigosos para
evitar desabamentos.
Calcula-se que eram mais de 4.000 km de estradas cortando todo o império.
INCAS
Em meio às cordilheiras muitas vezes era necessário construir pontes feitas de
cordas.
Ao longo das estradas podiam haviam abrigos onde pernoitavam viajantes que
faziam parte do exército ou que eram funcionários em serviço oficial,
encarregados de levar mensagens de um canto a outro do império.
INCAS - Urbanismo
Cada cidade possuía uma praça central. Essa praça era cercada por prédios
públicos e templos. Em um palácio vivia o governante. Havia moradia para os
sacerdotes e nobres e pequenas casas foram construídas para as pessoas
comuns.
Não possuía muros, mas fortalezas de pedra.
INCAS - Urbanismo
A pedra é o elemento básico das construções nas regiões mais altas, enquanto
que no litoral utiliza-se um tijolo de terra. Os edifícios Incas, templos e palácios
especialmente, caracterizavam-se por uma aparência pesada. Os Incas, ao
contrário dos construtores da cultura Chavin e de Tiahuanaco, não se
destacaram pelas esculturas.
INCAS - Urbanismo
Quanto às construções militares, destacam-se as fortalezas de Cuzco e do vale
de Urubamba. Seus construtores não dispunham de recursos técnicos, como a
roda por exemplo. Apesar disso utilizavam-se de grandes blocos de pedra. Os
ajustes entre as pedras eram perfeitos. Uma das provas da habilidade dos
construtores reside no fato que essas paredes monumentais resistem até hoje
aos terremotos.
INCAS - Habitações
O tipo de vida em família definia a tipologia da edificação. Seja de pedra, palha
ou barro, em uma família monogâmica as casas tinham espaço limitado. As
casas eram quadradas na costa e redondas na zona andina. Dimensão de 5 x 6
metros de diâmetro, com telhados formados por varas de madeira unidas no
vértice e cobertas de palha.
INCAS - Habitações
Nas moradias poligâmicas, elas tinham que acomodar várias esposas e
numerosas crianças. Por essa razão, a residência dos senhores poderosos
apresentava um tamanho maior, com quatro e mais quartos.
INCAS - Habitações
Muitas das casas tinham um grupo de salas independentes construídas em
torno de um pátio central. Todo o conjunto era cercado por uma cerca que tinha
apenas uma porta para entrar e sair. A luz e o ar penetraram através da porta
que dava para o pátio. No interior eles tinham janelas cegas e a ausência de
janelas abertas foi justificada para evitar o frio. O chão era sempre de terra
batida, exceto nas casas dos senhores.
Para construir os Incas consideravam a posição do sol durante os solstícios.
Nas regiões costeiras, asparedes eram levantadas diretamente na superfície,
sem fundações, colocando os adobes uns em cima dos outros e mais tarde
cobertos de lama. Na área de Tallán e Tumbes havia casas que utilizavam,
ossos, paredes de juncos e bambus espaçados e sem lama para possibilitar a
ventilação das casas.
Portanto, as casas costeiras não exigiam muita obra. Eles confeccionavam os
próprios tijolos que eram secos ao Sol, pois não chovia muito na região, e
portanto sem necessidade de queimá-los.
INCAS - Habitações
Confeccionavam vasos para a armazenar roupas e grãos. Sentavam-se no chão,
em peles ou tapetes. Armazenavam a bebida em jarros e os alimentos em
cestos de vime, pendurados por cordas.
As mansões eram monumentais devido à magnitude dos blocos. Um dos
quartos era reservado para o senhor e o resto para suas esposas, criadas e
despensa. Em regiões com fontes termais, no pátio poderia ter uma pequena
piscina.
Machu Picchu
Machu Picchu
Machu Picchu
Moray
Venezuela
Infelizmente, Venezuela é um dos poucos países de América Latina que carece 
da tradição artística pré-colombiana de outros países.
aldeia Ianomami
Aldeia Ianomami
Casa de Simon Bolivar
REFERÊNCIAS
https://pt.wikipedia.org
www.sosviagem.com.br/tiwanaku-bolivia
http://antoniasantamaria.blogspot.com.br/2015/04/chile-1-deserto-do-atacama.html 
http://diariochasqui.opennemas.com/articulo/cultura/terrazas-
incas/20150121233740000280.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tiauanaco 
http://www.peru.travel/pt-br/
http://historiamaucontada.blogspot.com.br/2013/09/a-civilizacao-nazca.html
http://historiadomundo.uol.com.br/inca/arquitetura-inca.htm
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/19/ciencia/1461050591_166201.html