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ROCHA Profa. Cida Nogueira Campos R1-ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO: Breve Histórico; Classificação das Rochas R2-ROCHAS PARA REVESTIMENTO: Introdução / Produção (Exploração e Processamento); Propriedades das Rochas de Revestimento (Requisitos para Granito / Análise Petrográfica / Densidade, Absorção e Porosidade / Dilatação Térmica / Resistência à Compressão / Módulo de Ruptura / Flexão a 04 pontos / Impacto de Corpo Duro / NBR 15846:2010-Revestimento de Fachadas com Placas de Rocha / Deterioração das Rochas. R3-AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO As rochas sempre estiveram presentes nas construções das obras de engenharia. HOMEM NÔMADE PONTES NATURAIS Nessa época, o ABRIGO era a própria PELE DOS ANIMAIS. Breve Histórico Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Pequena evolução: O Homem passou a imitar a natureza. Breve Histórico Foram muito utilizadas devido a sua abundância na natureza, sua resistência e durabilidade. Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Estão presentes nas pirâmides do Egito, e em monumentos como pontes, estradas, aquedutos, palácios, castelos e igrejas: ± 3.000 a.C. - EGIPCIOS - Rio Nilo Uma das 7 maravilhas do mundo O arquiteto IMHOTEP construiu a pirâmide, de degraus, com a utilização de Pedras do Rio Nilo de até 500 ton. Breve Histórico Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico CHINESES (2.000 a.C) - Bastante audaciosos na estrutura (ARCOS DE PEDRA com DIMENSÕES EXTREMAMENTE ESBELTAS – comportando-se no Limite da Resistência) Primeiros no Mundo a utilizar como vão central um grande arco de pedra (37 metros) Construída pelo arquiteto Li Chun, a ponte enfrentou Inundações, Guerras e Terremotos. Curiosidade: Para facilitar a execução, os projetos das pontes eram desenhados em escala ampliada nas paredes. Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico GREGOS - Levaram o uso do Mármore para o domínio público, seja em Escultura ou em arquitetura. ATENAS ± 440 a.C. Por outro lado, deve-se aos romanos a sua aplicação em construções privadas, como símbolo de status e riqueza de seu proprietário. Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico ROMANOS - Bastante desenvolvidos nas áreas de Engenharia e Arquitetura (construíam ESTRADAS, TÚNEIS e PONTES). Sabiam trabalhar bem com METAIS: Bronze, Ferro, Ouro e a Prata. O Coliseu de Roma construído entre 69 e 79 d.C (dominavam o processo construtivo de ARCOS) “opus cementicium ou concretus” material que gerou grande avanço técnico para a época. (significa “obra cimentícia”) Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Ponte do Gard – França – sec. I a.C. Aqueduto – Segóvia (Espanha)–sec. II a.C. Breve Histórico Livro: “De Architectura” (± 1 a.C.) - Descreve o comportamento de VIGAS E APOIOS. MACHU PICCHU – Cidade Perdida dos Incas; construída entre séculos XIV e XV - está a 2.450mts do nível do mar, Descoberta em torno de 1910. Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico Machu Picchu (Peru): um dos lugares históricos mais bonitos do mundo. Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico Processo Construtivo dos Monumentos Históricos da Arquitetura Jesuítica Capixaba Os autores modernos dão origem jesuítica, às principais povoações da costa do Espírito Santo. Eles construíram edificações para atender as necessidades do culto, do ensino, da moradia e da produção de alimentos. Por isso, além das igrejas, do colégio e das residências nas aldeias, organizaram também as fazendas. “USO DE PEDRA E CAL” Uso de Pedra e cal de concha (cal conchífera) na composição das argamassas utilizadas nas construções arqueológicas (concha queimada, areia, e óleo de baleia). Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico Processo Construtivo dos Monumentos Históricos da Arquitetura Jesuítica Capixaba A primeira construção jesuítica no Espírito Santo foi o conjunto formado pela Igreja de São Thiago e Colégio dos Jesuítas, fundada em 1573. Atual Palácio Anchieta Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico Processo Construtivo dos Monumentos Históricos da Arquitetura Jesuítica Capixaba Aldeias que guardam remanescentes das construções primitivas: Igreja de Reis Magos (1580); Nossa Senhora da Conceição (Guarapari) e Nossa Senhora da Assunção (Anchieta). Igreja de Reis Magos (Nova Almeida -1580) Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico Processo Construtivo dos Monumentos Históricos da Arquitetura Jesuítica Capixaba Nossa Senhora da Conceição (Guarapari) Profa. Cida Nogueira Campos ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Breve Histórico Processo Construtivo dos Monumentos Históricos da Arquitetura Jesuítica Capixaba Nossa Senhora da Assunção (Anchieta). Devido principalmente à RESISTÊNCIA e DURABILIDADE e pela grande diversidade de padrões cromáticos e estruturais, são aplicadas ainda hoje, amplamente, na construção civil, de várias formas: Breve Histórico ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Profa. Cida Nogueira Campos •da forma natural (pedra britada, fundação, alvenaria); • beneficiada (placas para revestimento de pisos, paredes e fachadas); • chapas para tampos de pias e balcões; • elementos ornamentais (estátuas, adornos, arte funerária). Ao longo dos anos, sua função estrutural foi gradativamente substituída pela de revestimento. Classificação das Rochas ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO De acordo com a formação na natureza: Rochas Magmáticas ou Ígneas: Resultam do resfriamento e solidificação do magma, gerado no interior da crosta terrestre. Rochas Intrusivas (Formadas em Profundidade) Lento + muita pressão Cristais visíveis a olho nu Ex: Granito Rochas Extrusivas (Formadas próximas à superfície) Rápido + sem pressão Cristais pequenos, ñ visíveis Ex: Basalto Profa. Cida Nogueira Campos Classificação das Rochas ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO De acordo com a formação na natureza: Rochas Magmáticas ou Ígneas Profa. Cida Nogueira Campos São rochas maciças, e geralmente com características físicas e mecânicas homogêneas (isotropia). Sua abundância e boas características físicas e mecânicas favorecem seu uso em obras civis, e sua boa aparência os torna muito utilizados como rocha ornamental e para revestimento. ISOTROPIA: é a propriedade que caracteriza as substâncias que possuem as mesmas propriedades físicas independentemente da direção considerada. Independentemente da cor e da nomenclatura, comercialmente as Rochas Ígneas são denominadas “GRANITOS”. Classificação das Rochas ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO De acordo com a formação na natureza: Rochas Sedimentares:Profa. Cida Nogueira Campos Formadas pela erosão, transporte, e decomposição de rochas e pela precipitação química. Ex: Areia, Arenito, Argila,Carvão Mineral, Calcário, Dolomita Ex: TRAVERTINO Formadas pela junção de sedimentos oriundos da fragmentação de outras rochas, e ocorre graças à ação dos agentes externos. Classificação das Rochas ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO De acordo com a formação na natureza: Rochas Sedimentares: Profa. Cida Nogueira Campos A Estratificação é típica de Rochas Sedimentares, com camadas distintas e espessuras variáveis. Geralmente são rochas mais brandas, isto é, com menor resistência mecânica. Classificação das Rochas ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO De acordo com a formação na natureza: Rochas Metamórficas: Profa. Cida Nogueira Campos Resultantes da transformação das rochas magmáticas ou sedimentares, devido à variação de pressão e temperatura, com novas propriedades e outra composição mineral. Exemplo: Mármores . Derivadas de outras preexistentes. As deformações de parte das rochas metamórficas e sedimentares conferem-lhe anisotropia, que é a variação espacial das propriedades mecânicas, conforme o plano de orientação dos minerais. Classificação das Rochas ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO De acordo com a formação na natureza: Rochas Metamórficas: Profa. Cida Nogueira Campos Exemplos: -Mármores (predominante calcita ou dolomita); -Quartzitos (arenitos); -Ardósias (predominante mica); e -Gnaisses (quartzo/feldspato). ROCHAS PARA REVESTIMENTO Introdução Profa. Cida Nogueira Campos Rochas Ornamentais - são todos os materiais rochosos aproveitados pela aparência estética e utilizados como elemento decorativo, em trabalhos artísticos e como materiais de construção. Já as Rochas para Revestimento constituem uma aplicação específica das rochas ornamentais. Compreendendo: -placas e ladrilhos (pisos, escadas, fachadas e paredes). -peças acabadas e semi-acabadas (tampos de mesas, bancadas de cozinhas, e de lavatórios, tampos para uso na construção civil). Podem ter funções Estruturais (alvenaria/pilares) e de Revestimento. No Brasil, o uso da Pedra é quase totalmente destinado para REVESTIMENTO! ROCHAS PARA REVESTIMENTO Introdução Profa. Cida Nogueira Campos O padrão estético não pode ser o principal critério para escolha da rocha de revestimento, e nem ser regido apenas pela moda! Devido à diversidade de materiais, usos e tecnologias, necessita-se incorporar critérios técnicos na escolha da rocha. Exemplos de Propriedades das rochas a serem analisadas devido ao seu emprego: Propriedade Função do Revestimento Pisos Exta Int Paredes Ext Int Fachadas Tamposb Absorção de água x x x x x x Desgaste abrasivo (dureza) x x - - - - Flexão x x x x x x Compressão X x x X x - Dilatação térmica x x x x x - x = obrigatória; x = muito importante; x = importante a = tráfego de pedestres e de veículos, b = pia de cozinha ROCHAS PARA REVESTIMENTO Produção EXPLORAÇÃO E PROCESSAMENTO Prospecção e Pesquisa Lavra Processamento Desdobramento: Serragem para obtenção de CHAPAS (1,5 x 2.8) Acabamento: Tem funções: estética e funcional. Profa. Cida Nogueira Campos Tratamento: Consiste na aplicação de produtos visando principalmente minimizar os “defeitos”. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Produção EXPLORAÇÃO E PROCESSAMENTO Prospecção e Pesquisa Profa. Cida Nogueira Campos Pesquisa Geológica / Estudos de Mercado / Ensaios e Caracterização / Avaliação Técnica e Econômica ROCHAS PARA REVESTIMENTO Produção EXPLORAÇÃO E PROCESSAMENTO Profa. Cida Nogueira Campos Lavra Produção de Blocos Comerciais (± 1,5 x 1,5 x 2,8) ROCHAS PARA REVESTIMENTO Produção EXPLORAÇÃO E PROCESSAMENTO Profa. Cida Nogueira Campos Processamento Operação nos Blocos para a obtenção -de produtos acabados (tampos, bancadas, acabamentos) -ou semi-acabados (chapas, placas, ladrilhos). Desdobramento: Serragem para obtenção de CHAPAS (1,5 x 2,8) Desdobramento, Acabamento e Tratamento: ROCHAS PARA REVESTIMENTO Produção EXPLORAÇÃO E PROCESSAMENTO Profa. Cida Nogueira Campos Processamento Operação nos Blocos para a obtenção -de produtos acabados (tampos, bancadas, acabamentos) -ou semi-acabados (chapas, placas, ladrilhos). Principais Acabamentos: -APICOADO; -TERMICO (OU FLAMEADO); -LEVIGADO; -JATEADO -POLIDO -ALISAMENTO; -SERRAGEM; -FRATURA NATURAL. ACABAMENTOS ANTIDERRAPANTES: FLAMEADO Acabamento de superfície de aspecto rugoso e ondulado, conferido por choque térmico, para utilização em granito em áreas externas APICOADO Acabamento de superfície aconselhado para áreas externas. Tem aspecto poroso e textura uniforme (obtido por marteladas). LEVIGADO Acabamento de superfície semi-polido. Este acabamento dá aspecto opaco às peças de mármore ou granito a partir do lixamento com abrasivos. Indicado para áreas internas e externas JATEADO Acabamento de superfície à base de jato de areia, em peças de mármore ou granito. Sem brilho, é indicado para áreas externas. ACABAMENTOS ANTIDERRAPANTES: RESINADO Acabamento de superfície em mármores e granitos feitos a partir da aplicação de resina líquida e lustração da mesma. Cobre os poros que existem nas pedras dando um melhor polimento e brilho superior POLIDO indicado para pisos internos e paredes internas e externas. O lixamento com abrasivos de granulação cada vez menores torna espelhada a superfície das pedras. No final, a peça é lustrada com produtos químicos ACABAMENTOS COM BRILHO: ROCHAS PARA REVESTIMENTO Profa. Cida Nogueira Campos Granito AMARELO VENEZIANO O Espírito Santo é Líder Nacional na Extração, Produção e Beneficiamento de MÁRMORE e GRANITO. O Estado é uma das maiores fontes fornecedores de ROCHAS ORNAMENTAIS do Brasil e do Mundo. Produção No Norte do Estado, a extração e o beneficiamento do Granito estimulam o desenvolvimento dos municípios. A região é conhecida como Núcleo de Extração de Nova Venécia e tem este município como referência. O Brasil situa-se entre os maiores produtores MUNDIAIS de mármores e granitos! Profa. Cida Nogueira Campos Produção No Sul do Estado, Cachoeiro de Itapemirim se destaca como principal centro de extração, onde concentram-se as jazidas de Mármore. ROCHAS PARA REVESTIMENTO ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Para a utilização adequada das rochas na construção civil, é muito importante o conhecimento de suas propriedades físicas e mecânicas Profa. Cida Nogueira Campos A correta utilização da rocha requer o auxílio de Normas que permitam a orientação na escolha do material adequado e que forneçam parâmetros para a correta elaboração dos projetos. A Normalização se desenvolve em 02 níveis: -Procedimentos de ensaios e o de -Requisitos (especificações) que os materiais devem cumprir, de acordo com o seu uso. NORMA Tipo de Rocha Densidade Aparente (ρa) kg/m³ Absorção (αa) e Porosidade (η) % Resistência à Compressão Uniaxial (σc) MPa Módulo de Ruptura (σtf) MPa Resistência à Flexão (σf) Ensaio a 04 pontos MPa ABNT NBR 15844 Granito Mínima 2550 Máxima 0,4 (αa) 1,0 (η) Mínima100 Mínima 10 Mínima 8,0 Requisitos a serem atendidos para os Granitos: ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos A determinação das Propriedades de Rochas é realizada em laboratório, por meio de ensaios normalizados, e compreendem a obtenção de: -parâmetros petrográficos, físicos e mecânicos, que permitam a caracterização tecnológica da rocha para uso na construção civil ou no revestimento de edificações. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos Diversos estudos mostram que a presença da água na rocha provoca vários efeitos nas propriedades das rochas, dentre os quais a redução da resistência mecânica. *ABNT NBR 15845:2015 - Rochas para revestimento - Métodos de Ensaio. Esta Norma especifica os métodos de ensaios em rochas para revestimento, que são: -Análise petrográfica(estrutura, cor, minerais, textura e granulação); -Densidade aparente, porosidade aparente e absorção de água. -Coeficiente de dilatação térmica linear. -Resistência ao congelamento e degelo. -Resistência à compressão uniaxial. -Módulo de ruptura (flexão por carregamento em três pontos). -Flexão por carregamento em quatro pontos. -Resistência ao impacto em corpo duro. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos ANÁLISE PETROGRÁFICA. Estudos macroscópicos e microscópicos a serem executados em laboratório especializado, visando à caracterização completa e classificação de uma rocha, que devem ser executados por geólogo(a). Compreende a descrição: -macroscópica (principalmente estrutura e cor); -microscópica (minerais, textura, granulação). Depende da cor dos minerais essenciais e de seus componentes acessórios. Está relacionada aos defeitos estruturais, à composição química ou às impurezas contidas no mineral. Macroscopia COR Exemplo: Granito Amarelo: a coloração “amarelo-ferruginosa” geralmente vem do intemperismo, que modificou a cor original da rocha. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos ANÁLISE PETROGRÁFICA. Microscopia (minerais, textura, granulação). **Petrografia Microscópica: tem como objetivo a visualização detalhada dos constituintes da rocha, permitindo avaliar as implicações de suas propriedades no comportamento posterior dos produtos aplicados. Microscópio óptico de luz transmitida ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos DENSIDADE APARENTE, POROSIDADE APARENTE E ABSORÇÃO DE ÁGUA . A Densidade fornece o peso da rocha, importante parâmetro para o cálculo de cargas em construções, o dimensionamento de embalagens, os custos e meios de transporte, e outros. A Absorção e Porosidade são considerados fatores determinantes para a resistência e durabilidade da rocha, e fornecem indicação do estado fissural e de alteração de rochas. A Absorção é a capacidade de incorporação de água absorvida, em %. Nas rochas ígneas e metamórficas, a porosidade é relativamente baixa por serem mais compactas e coesas, especialmente quando comparadas às rochas sedimentares. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos DENSIDADE APARENTE, POROSIDADE APARENTE E ABSORÇÃO DE ÁGUA . Porosidade e absorção (%) Uma pedra porosa é: -Menos resistente à compressão -Permeável -Mais aderente à argamassa Granito Arenito Ardósia Mármore Muito baixa Baixa a alta Baixa Média Absorção e porosidade A absorção depende do sistema poroso da rocha, responsável pela permeabilidade à água, cujo grau depende da estrutura capilar. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos DENSIDADE APARENTE, POROSIDADE APARENTE E ABSORÇÃO DE ÁGUA . a) ρa = densidade aparente ρa = [Msec / ( Msat - Msub ) ] x 1000 Obs: valor adotado para densidade aparente da água = 1000 kg/m³ b) ηa = porosidade aparente ηa = [(Msat - Msec) /(Msat – Msub)] x 100 c) αa = absorção de água αa = [(Msat – Msec) / Msec] x 100 ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA LINEAR Os materiais dilatam-se quando se aquecem, e contraem-se ao resfriarem, implicando variações nas dimensões e no volume. Os valores são importantes para o dimensionamento do espaçamento das juntas de revestimento, em pisos, paredes e fachadas. Caso não seja usada adequadamente, pode ocorrer tensionamento das placas, que ao longo do tempo, pode causar fissuramentos e até quebra, com alto risco de queda do material, no caso de fachadas. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA LINEAR Está relacionada com a expansão e a contração sofrida pelos sólidos quando submetidos a um aquecimento e um resfriamento, respectivamente. A deformação(Δl) devido à variação da temperatura de um dado material vai depender do seu coeficiente de dilatação térmica e da magnitude da variação da temperatura. Δl = l . ΔT . αLINEAR Onde: αLINEAR = coeficiente de dilatação térmica linear (10 -6 mm)/(m.ºC ) l = comprimento inicial ΔT = variação de temperatura (ºC) Coeficiente de Dilatação térmica = 8 ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO Este ensaio além de fornecer parâmetros para o seu dimensionamento como elemento estrutural, também é um importante indicativo da integridade física da rocha. σc = P/A [MPa] Cálculo da tensão de ruptura na compressão: σc = tensão de ruptura na compressão, em (MPa). P = força máxima de ruptura em (N) A = área da face submetida a carregamento, em (mm²). Ensaio de Compressão Uniaxial ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos MÓDULO DE RUPTURA Ensaio para Determinação do Módulo de Ruptura Ensaio utilizado para rochas que são utilizadas principalmente como telhas, pisos elevados, degraus de escadas, tampos de pias e balcões. Possibilita principalmente o cálculo do parâmetro espessura. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos MÓDULO DE RUPTURA (ou Resistência à tração na flexão a 03 pontos) Resistência à tração na flexão a 03 postos σtf = (3 x P x L) (2 x b x d²) σtf = Resistência à flexão em 3 pontos, em MPa. P = Carga de ruptura em (N) L = Vão livre (distância entre apoios) em (mm) b = Largura do c.p, em (mm) d = Espessura do c.p, em (mm) ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos FLEXÃO POR CARREGAMENTO A 04 (QUATRO) PONTOS Serve principalmente para analisar o efeito do vento em placas de rocha fixadas em fachadas com ancoragens metálicas. σf = (3 x P x L) (4 x b x d²) σf = Módulo de ruptura (resistência à flexão a 4 pontos) expresso em MPa. P = Carga de ruptura em N L = Vão livre (distância entre roletes inferiores) em (mm) b = base = largura do c.p em (mm) d = Espessura do c.p em (mm) ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE CORPO DURO Este ensaio tem como objetivo determinar a resistência ao impacto de corpo duro de rochas que se destinam ao uso como materiais de revestimento. Como exemplo, pode ser utilizado para analisar a resistência à queda de uma ferramenta no piso de uma indústria. ROCHAS PARA REVESTIMENTO Propriedades Profa. Cida Nogueira Campos OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE AS PROPRIEDADES: A ROCHA resiste bem mais a COMPRESSÃO do que a TRAÇÃO! Os ensaios mecânicos nas rochas devem ser realizados em corpos de prova secos e também saturados! GRANITORocha Ígnea Composição mineralógica: Quartzo, mica, feldspato Principais Propriedades: Baixa absorção, porosidade e permeabilidade Alta resistência mecânica Alta resistência a ataques químicos Alta durabilidade Alta dureza QUARTZITOS Rocha metamórfica (a partir de arenitos) Composição mineralógica: rocha silicosa, predomina o Quartzo Principais Propriedades: Compacto Alta resistência química Alta estabilidade térmica (Resistência ao aquecimento do sol) Alta dureza - Baixa trabalhabilidade Baixo custo Antideslizante (antiderrapante) ARDÓSIA Rocha metamórfica Composição mineralógica: Quartzo, mica, feldspato, carbonato, oxido de ferro, material carbonoso, pirita Principais Propriedades: Granulação fina Alta durabilidade Baixa dureza Baixo custo Baixa absorção, porosidade e permeabilidade Inalterabilidade física e cromática MÁRMORE Rocha Metamórfica ( a partir do calcário) Composição mineralógica: Minerais de calcita Propriedades: Média resistência mecânica Baixa resistência a ataques químicos Baixa dureza Alta absorção, porosidade e permeabilidade CASQUEIRO DO GRANITO Duas chapas laterais do bloco serrado são denominadas CASQUEIRO e, possuem apenas uma das faces regulares do corte. São utilizadas para calçamentos. MÉTODOS DE COLOCAÇÃO E RECOMENDAÇÕES Pisos e paredes São comumente assentados com argamassa convencional ou colante. Em pavimentos, pisos de rochas podem ser assentados com ou sem o uso de argamassa: PEDRAS PORTUGUESAS, PARALELEPÍPEDOS, LAJOTAS, ETC., em geral, por possuírem espessura maior que 5cm, costumam ser assentadas com areia e são apropriados para suportar cargas maiores. Pedras com espessura mais fina (aproximadamente 1,5cm), são normalmente assentadas com argamassa. O revestimento de fachadas, atualmente, é feito pela fixação das placas de rocha (espessura mínima de 3 cm), por elementos e pinos metálicos (inserts), de aço inoxidável, conhecido pelo método “fachadas ventiladas” (ABNT NBR 15846:2010 – Rochas para revestimento – projeto, execução e inspeção de revestimento de fachadas de edificações com placas de rocha fixadas por insertos metálicos) ALTERAÇÃO E DETERIORAÇÃO DAS ROCHAS A alteração das rochas inicia-se com sua exposição ao intemperismo, ainda em seu estado natural, sobre a face da Terra. Os processos intempéricos podem ser físicos ou químicos e, geralmente, ocorrem concomitantemente. O processo físico consiste em uma série de processos acumulativos que culminam na quebra mecânica (fraturamento) das rochas e, consequentemente, sua desintegração. O processo químico ocorre por reações como a oxidação, hidrólise e hidratação entre os minerais e os solventes. DETERIORAÇÃO DAS ROCHAS Os principais agentes atmosféricos que atuam nas rochas, utilizadas em revestimentos são: • umidade; • temperatura do ar (acelera reações químicas) • insolação e resfriamento noturno (responsáveis pelos movimentos térmicos) •vento e energia cinética (promovem ação abrasiva sobre as superfícies) • constituintes do ar e poluentes atmosféricos (gasosos e aerosóis – condicionam as taxas de agentes químicos) MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS MAIS COMUNS • Manchamentos Resultam da ação da umidade e/ou da utilização de materiais inadequados para o assentamento, limpeza e manutenção. • Cristalização de sais Provoca modificações estéticas e físicas, podendo levar à desintegração das rochas. O mecanismo de degradação é a pressão de cristalização dos sais, em fissuras, e depende do grau de saturação da solução salina e do tamanho do poro. PATOLOGIAS MAIS COMUNS
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