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- Ü dcscnvolvimento hUtn2no inicia·sc qU2nclo um0\'00(0 (óvulo) de uma fêmea é fecundado por um espermatozóide de um n12cho. O desem'ol"imento en- volve muit3s mudanças que tTansfonn:ull uma única célu- la, o zigoto, cm um organismo hum:mo multicelular. A embriologia se interessa na origem c no desenvolvimen- tO de um ser humano do ...ig010 até o nascimento. As cta- p:lS do desenvolvimento antes do nascimento estão ilustradas n:ls Figuras 1·1 e 1·2. RMINOLOGIA EMBRIOLÓGICA A maioria dos tennos oribrína-sc do btim (L.) ou do !,rre- go (Gr.). Ovócito (L. t1Vllllt, ovo). Célula germin:ni\'a feminina produzida nos UlJários. Quando maduro, o 0\'00[0 é deno- minado ovócito s«undário. Espermatoz.óide (er. Jpmltn). Refere-se à célula gcr- min:ltiva masculina produzida nos trstíftlJOJ. Numerosos espermatozóides (L. Spr,.,lIIItOZOIl) siio expelidos da uretra masculina durante a ejaculaç;io. Embrião. Este tenno refere·sc ao ser hUlllano em de- sem'oh'imento durante os cscigios iniciais (p. ex., 7.igotO, m6rula, blas((K:isto). Zigoto. Esta célula, resultado da união do O\'ócito ao esl>crnlat01.6ide, é o início de um no\'o ser humano. A de- signação óvulo [rfllllllfldo refere-se ao ovódm scclIlld:lrio que foi fecundado por um espermatozóide. Quando :1 fe- cllndaç30 está tenninada, o.ovócito toma·se um zigoto. Idade de Fecundaçio. E difícil detenninar ex:I.t:llnen+ te quando a fecundação (concepção) ocorre porque o processo não pode ser observado in va'O (no interior do eorpo \.]\'0). Os médicos calculam a idade do embrião ou do fem a panir do primeiro dia do último período mens- trual normal. A idadc gestacional tcm cerca de 2 scma- nas a mais que a idlU/r dt ftl'lll/(lfI(oo, porquc o o\'ócim só é fecundado duas semanas dcpois da menstruaç30 prece- dcnte (Fig. (.1). C1h-agem. E a série de divisões celularcs mitóticas do zigoto que resultam na formação das primeiras células embrionárias - os hlllstÔmtros. O tamanho do zigotO elll c1i\':lgem I>crmanece inaltcrado porque, a c;lda di\'isão que se sucede, os bbstô1l1eros mrmull-se menores. Mórula. Quando a clivagem do l.igoto produz 12 a 31 blastômeros, o embrião é denominado móntill. Recebe este nome porquc os blastômeros se juntam uns aos outrOS para fonnar uma bola compacta de células que se asscme· lha a uma amOr:l (L. monts, amor:l). O estágio de mórula ocorre J dias após a fecundaÇio, coincidindo COITI a cntr.!· da do embrião no útero pela tuba uterina. Blastocisto. Após a mórula entr:lr no útero, urna (:ln'i· dade preenchida por líquido - a avidade blastocisciCll - se desenvoh'e no seu interior. O embrião agora é chama- do de hlostodsto, que contém um:l massa celular illlema ou embrioblasto, que fonn:! o embrião. Conccpto. Este tenno refere·se a todas as estruturas do conccpto d:l fecund:lç3o em diante (o cmbrião) e :IS mem- branas (p. ex., placenta). Primórdio, Este tenno refere·sc ao início ou ii primeira indicação nouvel de um órgão ou estruQ1r:1. feto. Após o período embrionário (! semanas), o ser humano em desenvolvimento é chamado Ino. Durante o período fetll (da non:! semana atê o nascimento), ocorrer a diferenciaç30 e o crescimento dos tecidos e órg-Jo!; for nudos durante o período embrionário. A maturação d, funcionamemo dos órg30s e a tax:l de crescimento corpo ral são not:h'eis, especialmente dUr.lntc o tcrceiro e quar to mescs (Fig. [.]), e o ganho de peso é acemu:ldo duram os últimos meses. Trimest.re. O período de J meses do calendário du rume a gestação. Os obstetras freqüentemente di\'Ídem • periodo de 9 meses da gest3Ção em três trimestres. Os esu boios mais críticos do descll\'olvimento ocorrem durallle • primeiro trimcstrc, quando estã.o ocorrendo o dcsenvol virnemo embriomírio e o início do desen\'olvimento fetal Aborto. Este tcrlllO refere-se à expulsão do útero de UIl embrião ou de um feto antes de se tomar viável (i. t .. CoI paz de vi\'er fora do útero). IMPORTÂNCIA E AVANÇOS DA OLOGIA O estudo das etapas de desen\'okirnelHo pré-natal ajud: no entendimento das relaçõcs normais da an:Homi:l de :ldulto e d:lS causas de alteraçõcs na estrutura humana ,\Iuit:ls das modernas pr:itiCols da obstetrícia envolvem ~ embriologia aplicada. O significado da embriologia i. prontamente percebido pelos pediatras porque algullla~ eri:lllÇ':Js :lpresem:llll anOl1l:llias rcsultantes do m:lU dcscn· \'oh'imcnto, por exemplo, a espinha bífida e as doença5 congênitas do coração. Os progressos na cjrurgia, espe- ci:llmente dos procedimentos en\'oh'idos nos grupos de idade pedi1itriCol e pré+natal, tomar:lm o conhttimemo do desenmh'Ímento humano ainda mais signifiColti\'o do pon- to de vista clínico. Os rápidos avanços no campo da biologia molecular levaram ii aplic:lção de técnicas sofisticadas (p. e.~" a t.ecnologia do DNA recombinantc, os modelos de qui- meras, os CoImundon~ros tr.Insgênicos e a manipu1:ação de células-tronco) em labor.nórios de pesquisa par:l estudat problel1\:ls diversos, como :I regulação genética da mor- fogênese, :I e.'\':pressão regional e tempornl de genes espe~ cíficos e como as células estio empenhadas para formar :IS vári:lS partes do cmbrião. Pela primeira vez, os pes<lui- sadores estão comcçando a entender como, <lu:lOdo e onde genes selecionados são atÍ\'ados e expressos no em· brião durallle o descn\'olvimcnto nonnal c anormal. O papel crucial dos genes, das molécubs de sinaliu- çio, dos receptores e de outros fatores moleculares na regulaç30 do desenvolvimento embrionário precoce está se torn:llldo e\'idcntc. Em 1995, Ed\\':lrd 13, Lewis, Chris- tiane Nüsslein-Volhard e Erie F. Wiesch:lUs receberam o prêmio Nobel dc l\ledicina e Fisiologia pela descoberta dos genes que controlam o descn\'oh'imcllto cmbrioná- rio. Ess:as descobertas tem contribuído par:l uma melhor compreensão de casos de abonos espontâneos e :anoma- lias congênit:ls. Em 1997, lan \Villl1l1t e seus colaboradores foram os primeiros a produ7.irelll um mamífero (:1 ovclha Dolly) por clonagem pelo uso da técnica dc transferência nu- clear de célula somátiCõl. Desde então, outros anÍlll:lis têm sido clonados com sucesso de culturas de célubs adultas diferenci:ldas. O interesse na clonagem humana tem ge· rado debates consideráveis por Cõlusa das impliCõlçõcs so· CRONOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO PR -NATAL HUMAN 1ª A 6ª SEMANA FOlíCUQI OVÓCltO iJ6,: maduro Ovulação 9/,/;<' .--...L- ---!!-- --'- ----,-_'-- -'--' y:/;. L--.---------'-';='--"-"='-'='-'='--'='-'==~=<r="-'-'-'="'-'-==r__-----____r...,/ OVÓCltO Ováno 2 IDADE (semanas) FIGURA ,-,. Estágios iniciais do desenvolvimento. Estão ilustrados o desenvolvimento de um folículo ovariano contendo um ovócito, a ovulação e as fases do ciclo menstrual. O desenvolvimento humano inicia-se na fecundação, cerca de 14 dias após o início do último período menstrual normal. São mostrados também a clivagem do zigoto na tuba uterir a implantação do blastocisto e o início do desenvolvimento do embrião. 3 4 5 6 FIGURA l-I. conto CRONOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL HUMANO 7ª a 38ª semana P~--nv l.JL-7-r>( -n ~ iC'.?-n f.rvt.in VlM.9 1 Tamanho real A cabeça é grande, mas o queixo é rudimentar. Os sulcos entre os raios digitais indicam os dedos. CR: 16,0 mm Atacetem perfil humano. Observe o crescimento do queíxo compaíado ao dia 44. Início do período tetal Dedos nítidos, mas unidos por membrana Membros superiores mais longos e dobrados no cotovelo 50 57 64 9 8 7 10 IDADE ,....-,....-------r--r--------r--r--------,,-,-------r-..,--------r---r-,.....,....,....-.,....---:-....,...-..,...,...,---,--------, (sema- nas) FIGURA 1·1. conto A Termo383632282420161211 fiGURA 1.2. o período embrionário termina no final da oital/a sem,ma; nessa época, est:io presentes os primórdios de todas as estrulUras essenciais. O período fetal, que se estende