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A DIMENSÃO TÉCNICO OPERATIVA DO SERVIÇO SOCIAL NA EXPERIENCIA DE ESTAGIO - artigo cientifico

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A DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA DO SERVIÇO SOCIAL NA EXPERIENCIA DE 
ESTAGIO 
 
Patrícia Gomes Morandi1 
Bruna Thaiana Gonçalves Xavier2 
Matheus Felipe da Silva3 
RESUMO 
Este artigo procura evidenciar a dimensão técnico-operativa do Serviço Social e os instrumentos 
utilizados na atuação profissional. O objetivo deste é compreender a atuação do assistente social 
no cotidiano das políticas socioassistenciais e perceber a dimensão técnico-operativa na pratica. 
Para entendimento este artigo está divido em “Introdução”, “Desenvolvimento do tema” 
seguimentado em ‘Uma breve história do Serviço Social’, ‘Serviço Social e o terceiro setor’ e ‘A 
dimensão técnico-operativa no estágio”, e “Considerações finais”. A metodologia utilizada para 
elaboração deste foi bibliográfica e empírica, referenciada a partir da teoria social marxista. Os 
resultados presentes serão apresentados de forma qualitativa. Ao final apresentado a atuação 
cotidiana contra dividida com teorias a respeito da atuação profissional. 
Palavras-chave: Serviço Social, estagio, dimensão técnico-operativa. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Serviço Social é uma profissão que vem se caracterizando e ganhando espaço na luta 
social ao longo do tempo considerando que a luta pela manifestação dos direitos sociais é também 
uma luta contra o atual sistema capitalista. 
 
1 Patrícia Gomes Morandi estudante de Serviço Social na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – 
FCHS Campus de Franca. E-mail: pagmorandi@gmail.com 
2 Bruna Thaiana Gonçalves Xavier assistente social na instituição Lar de Idosos Eurípedes Barsanulfo. E-mail: 
brunathaiana@yahoo.com.br 
3 Matheus Felipe da Silva estudante de Serviço Social na Universidade Estadual Paulista Paulista “Júlio de Mesquita 
Filho” – FCHS Campus de Franca. E-mail: matheusfelipedasilva1128@hotmail.com 
Entender a profissão como atuante na sociedade capitalista, na qual luta contra a atual 
ordem societária é um processo árduo, complexo e além dos quatro anos que o curso pode oferecer, 
compreendendo que para além da luta somos seres atuantes e reprodutores do capital4. 
 Tem-se como objetivo um relato de experiencia acerca do trabalho técnico operativo do 
Serviço Social partindo de analises pessoais sobre as técnicas utilizadas pela assistente social do 
Lar de Idosos Eurípedes Barsanulfo. 
 
2. DESENVOLVIMENTO DO TEMA 
 
2.1 UMA BREVE HISTORIA SOBRE O SERVIÇO SOCIAL 
 
Desde o início da profissão a atuação do assistente social teve por principal objeto a questão 
social dentro da demanda ocasionada pelo percurso da mudança do capitalismo concorrencial para 
o capitalismo monopolista. Atuação de caráter conservador, baseado na filantropia e com raízes na 
Igreja Católica. Essa mudança de sistemas ocasiona um impacto na sociedade acerca do trabalho e 
condições em que este se realiza devido ao processo de alienação do mesmo e do trabalhador5. 
É possível perceber no Brasil que após outorgada Constituição Federal de 1988, é 
implementada6 a Seguridade Social Brasileira, condicionada ao acesso ao trabalho, cujo não se 
compreende em sua totalidade. Não foi possível estabelecer uma seguridade conclusa e efetiva 
visto que a maioria da população se encontrava no mercado informal ou fora do mercado de 
trabalho. 
Com o movimento de reconceituação o Serviço Social inicia o rompimento com o 
conservadorismo, onde após diversas discussões e analises dos acontecimentos históricos adotou-
se a teoria social de Marx como categoria determinante, dado ao amadurecimento da profissão 
neste período foi vista a necessidade da construção de um projeto profissional de características 
 
4 A ideologia dominante está presente em nosso modo de agir/ pensar, desta forma a reprodução do capital se dá de 
forma inconsciente, sendo necessário lutar para vencer preconceitos e conceitos próprios desta. 
5 Do ponto de vista do trabalho como categoria fundante do ser social nesse processo o capital se apropria dessa para 
reprodução, utilizando da força do trabalhador afim de obter capital variável com finalidades de conseguir mais-valia. 
6 Implementada de forma fragmentada porque faz menção a serviços complementares, lê-se serviços privados, para 
previdência e saúde por incapacidade de o Estado garantir integral proteção social em plenitude. 
teóricas e ético-políticas. Tornou possível o gradativo rompimento com o conservadorismo da 
profissão que foi, então, pautada na construção de uma nova ordem societária, o que se encontra 
documentado no Código de Ética do Serviço Social de 1993. 
Atualmente tem-se o Projeto Ético Politico (PEP) como mirante da profissão, materializado 
no Código de Ética cujo cumpre o papel social de guiar os assistentes sociais, afim de não ter uma 
visão messiânica ou fatalista da profissão, devido a conjuntura contraditória de buscar uma nova 
ordem societária, mais justa, garantidora de direitos universais e democrática no atual cenário 
neoliberal. 
 
2.2 SERVIÇO SOCIAL E O TERCEIRO SETOR 
 
O terceiro setor surge com o objetivo de executar atividades de utilidade pública devido a 
precariedade no primeiro setor em realizar ações capazes de assegurar a seguridade social e conta 
com a atuação do mesmo para captação de recursos. São organizações do terceiro setor as OSC’s7 
(Organização da Sociedade Civil) e OSCIP’s (Organizações Não Governamentais e Organizações 
da Sociedade Civil de Interesses Público). 
 
(...) o Terceiro Setor é composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas 
pela ênfase na participação voluntária, num âmbito não-governamental, dando 
continuidade a práticas tradicionais de caridade, da filantropia e do mecenato e 
expandindo o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, à incorporação do 
conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações na sociedade civil. 
(FERNANDES, 1997 p.27). 
 
As instituições desde seu início assumem relações filantrópicas com a sociedade civil. Com 
o passar dos anos, após algumas reformas e contrarreformas políticas, são estabelecidos vínculos 
socioeconômicos entre Estado e sociedade para sanar problemas gerados pelo acumulo do capital 
devido ao aumento de demanda ocasionadas pela crescente questão social baseadas na conjuntura 
política neoliberal. 
Percebe-se que acabam sendo instrumentos que o capital utiliza para sua reprodução através 
do sentimento voluntarista e com objetivo de se desresponsabilizar da Assistência Social, passando 
 
7 Antigas ONG’s (Organização não governamental). 
a responsabilidade das ações estatais para o Terceiro Setor, implantando o sentimento de “bom 
cidadão” em indivíduos isolados por estar cumprindo com seu papel na sociedade civil além de 
ajudar o próximo. 
Historicamente o Serviço Social cresce enraizados as instituições Católicas e ao passar do 
tempo se materializa com as OCS’s 
 
entre as quais um número significativo atua na organização da luta social e nas quais a 
inserção profissional dos assistentes sociais foi ampliada na década de 90 do século XX; 
ainda que, em alguns casos tal fato também ocorra em organizações da classe trabalhadora, 
como no caso do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pois a questão da 
identidade profissional é fortemente colocada. (CARDOSO; LOPES, 2009, p. 2) 
 
Após Constituição Federal de 1988 passa-se a reconhecer a Assistência Social como direito 
e não mais como caridade, obrigando o Estado a exercer esta função que antigamente era realizada 
apenas pelo terceiro setor. Este mesmo [terceiro setor] precisa se adequar ao caráter constitucionale não mais filantrópico. 
 O debate da profissão no terceiro setor impulsiona as possibilidades da atuação para o 
usuário e para a gestão. 
 
O Serviço Social no campo do “terceiro setor” vive um paradoxo, no sentido de 
reconhecermos o espaço das ONGS e a filantropia empresarial como estratégias de 
esvaziamento de direitos sociais, ao mesmo tempo que o assistente social enquanto um 
trabalhador assalariado não tem condições de recusar sua inserção nesse campo sócio-
ocupacional, pois depende da venda de sua força de trabalho. (MACHADO, 2010, p. 270) 
 
O terceiro setor expressa a questão social, cenário da sociedade civil, cujo as relações 
sociais, políticas, culturais e econômicas são baseadas no seu percurso histórico. Fundado nesse 
pensamento é possível compreende-lo como espaço tensionado de luta, que possibilita para o 
profissional a construção de estratégias na atuação e ajuda a formular um pensamento crítico, 
investigativo e criativo, afim de contribuir para os usuários com a aplicação das políticas sociais8. 
 
8 Ressalta-se aqui que não foram todas as políticas sociais aplicadas, assim como hoje. Os assistentes sociais, como 
demais profissionais que trabalham com esses instrumentos, continuam atuando no processo de garantir plena 
cidadania. 
 
2.3 A DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA NO ESTAGIO 
 
No Serviço Social contemporâneo adota-se três dimensões atuantes: ético-politica; teórico-
metodológica e técnico-operativa. 
• Ético-politica: exige clareza no posicionamento político direcionado pelo Código de 
Ética Profissional dos Assistentes Sociais afim de afrontar as questões aparentes. 
• Teórico-metodológica: capacidade de conhecer o território social, político, cultural 
e econômico que atua. 
• Técnico-operativa: habilidades técnicas aptas ao desenvolvimento de ações 
profissionais que devem ser criadas, apropriadas e conhecidas. 
Essas dimensões direcionam o profissional diante limites da demanda, mediado entre teoria 
e empirismo. Ressalta o papel de mediador inserido no espaço singular cotidiano e imediato, entre 
realidade e singularidade, reflexão teórico-política e logica da institucionalização9, usuário e 
instituição/políticas sociais e muitas outras mediações encontradas habitualmente. 
O local de estagio é o Lar de Idosos Eurípedes Barsanulfo, fundado em 06 de novembro de 
1998 com pessoas da sociedade civil que se sensibilizaram devido ao fechamento de uma 
instituição que funcionava clandestinamente visto que várias pessoas idosas se encontravam na 
condição de abandono. Atende atualmente 40 idosos os quais não possuem condições para prover 
seu próprio sustento ou provido por seus familiares por motivos de vínculos fragilizados ou 
inexistentes10. 
O Serviço Social tem como finalidade defender os direitos sociais dos idosos a fim de que 
os usuários do serviço prestado tenham um envelhecimento saudável e com qualidade de vida; 
fortalecer e/ou restabelecer os vínculos familiares e sociais. Outra finalidade é desenvolver a 
autonomia dos usuários, segundo suas condições físicas e mentais, para que possam em algum 
momento retornar sua independência11 não estando institucionalizados, e entre outras. 
 
9 Quando a profissão é alocada ao tecnicismo. 
10 Informações retiradas do plano de trabalho do Lar de Idosos Eurípedes Barsanulfo do ano de 2017. 
11 Independência no quesito de não depender mais da rede socioassistencial. 
Frisante o desenvolver dessas finalidades o assistente social utiliza das dimensão técnico-
operativa da profissão cujo não são formas fixas e autônomas, mas instancias interatuantes 
(GUERRA, 2012). Considerando que inclusos os instrumentos12 à dimensão técnico-operativa 
escolhemos aqui citarmos apenas alguns utilizados no trabalho; entrevista e visita domiciliar. 
A entrevista pode ser utilizada com diferentes perspectivas e técnicas, onde acontece uma 
troca mutua de conhecimento13 entre usuário e profissional com a finalidade de refletir, intervir e 
transformar a realidade aparente. “Contudo, o que diferencia a entrevista de um diálogo comum é 
o fato de existir um entrevistador e um entrevistado, isto é, o Assistente Social ocupa um papel 
diferente – e, sob determinado ponto de vista, desigual – do papel do usuário” (SOUSA, 2008). 
Cabe ao entrevistador conduzir a entrevista afim de conseguir as informações necessárias e 
é o local onde o usuário deve se sentir respeitado e a vontade para contar sobre a sua realidade. 
As entrevistas vistas pela perspectiva de totalidade parte da realidade social tem como 
objetivo desnivelar condições objetivas e subjetivas. São vinculadas à necessidade de compreender 
particularidades complexas pois são constituídas por “n” determinantes, consideradas e pautadas 
em construções sociais. 
São tipos de entrevista: estruturadas ou semi-estruturadas. As estruturadas as perguntas são 
direcionadas e fixas, delimitando respostas as perguntas. A semi-estruturada as perguntas 
possibilitam assimilar elementos afim de compreender determinada realidade. 
Nas entrevistas realizadas no campo de estagio pode-se considerar as semi-estruturadas, 
acerca da instituição é pedido um caráter nivelador por necessidade14 e ao olhar da assistente social 
entender a singularidade e as particularidades do usuário e da família. 
A respeito da visita domiciliar, pode ser considerada uma das melhores formas de se 
aproximar da realidade do usuário porque o assistente social vai à residência do usuário e possibilita 
conhecer um pouco além da aparência imediata. Por não possuir caráter formal o usuário sente-se 
mais livre e discorre com facilidade sobre seus problemas. 
Além de tudo, o compromisso ético com o ele [usuário] é o mais importante, haja vista que 
a função do serviço social não é julgar o certo/errado15, principalmente no âmbito familiar no 
 
12 Recursos utilizados com finalidade objetivar resultados esperados na atuação, direcionados a sindicância no modo 
de vida dos usuários. 
13 O Serviço Social contemporâneo pauta-se na horizontalidade de informações. 
14 Por mais que a instituição queira atender toda a demanda que é imposta ainda não é possível. 
15 Pautados no senso comum ou nos valores do assistente social indivíduo. 
processo de organizar a casa e cuidar dos filhos. Mas a garantia de direitos levando em consideração 
a qualidade de vida do mesmo, compreendendo todo seu cenário histórico-cultural. 
Ressalta que a entrevista e as visitas domiciliares acontecem muitas das vezes 
concomitantes, mas não necessariamente. As entrevistas ocorrem no momento de solicitação de 
vaga, conversa inicial com a família, primeiro contato com o idoso, etc. 
Na etapa de análise das entrevistas e das visitas domiciliares a assistente social usa do 
conhecimento técnico e da perspectiva dialética da profissão capacitado para leitura da realidade, 
não com o objetivo de regular ou fiscalizar, mas de garantir os direitos sociais. A observação se 
torna indispensável nessas duas técnicas. A neutralidade na leitura dos materiais não pode ser 
dissociada a ética profissional visto que nesse processo a visão do assistente social pode garantir 
ou romper com os direitos do usuário. 
Acerca da interpretação da entrevista “deve ir além dos entrevistados e surpreendê-los, pois 
quando eles deram seus depoimentos, não tinham consciência de tudo o que seria possível 
compreender, a partir de suas falas, sobre seu tempo, seus contemporâneos e sobre a sociedade em 
que vivem” (MINAYO, 2012). 
Na pratica a estagiaria foi capaz de perceber a atuação ética da assistente socialnas ações 
de entrevistar, visitar o domicilio e fazer uma leitura de totalidade junto com a profissional. Pode 
perceber a dicotomia presente no Serviço Social em momentos que o senso comum se choca com 
a profissão, fazendo-a perceber num âmbito pessoal que a desconstrução de certos valores precisa 
ser cotidiana e muito bem policiada. Compreendeu a transformação social pautada no Projeto Ético 
Político. 
Durante a pratica de estágio em conjunto com a assistente social foi possível refletir acerca 
de questões do senso comum, enxergar a reprodução de padrões de comportamento através do olhar 
crítico, holístico e sem preconceito do assistente social. 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Desde sua gênese até os dias de hoje a profissão procura convergir a realidade empírica e o 
projeto hegemônico do Serviço Social, por meio de congressos, documentos, cartas e outros meios, 
a fim de avanços que vão de encontro com a ideologia dominante. 
 A partir de buscas bibliográficas e empíricas é possível perceber o quanto a formação do 
assistente social é complexa, devido ao fato de estar inserido numa ordem societária ao mesmo 
tempo lutar contra ela, sem dizer nas reproduções próprias do senso comum. Visto que além de 
profissional, o assistente social também está inserido nesse modo de produção o que faz com que 
reproduza, de forma inconsciente, a opinião dominante, apesar de toda sua trajetória acadêmica. 
 É fundamental a importância do profissional se manter atualizado para não cair na falácia 
cotidiana e na reprodução dos preconceitos, além das competências teórico-metodológicas e ético-
politicas ao realizar as ações técnico-operativas. 
 O desafio é romper com a ótica neoliberal, individualista, culpabilizadora pela situação dos 
usuários. Sendo assim, manter o PEP como mirante da atuação profissional e compromisso para 
além de ético, fidedigno com o Código de Ética. 
 
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