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Curso Simples Nacional Atualizações 2018 Sicontiba Agosto

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Simples Nacional 
Atualizações 
2017 e 2018 
 
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Currículo da Instrutora 
 
Joyce Batista Neto Scoto 
Formação Acadêmica e Qualificações: Advogada inscrita na OAB/PR, formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, e Pós-Graduada pelo MBA EM DIREITO TRIBUTÁRIO EMPRESARIAL no Estação Business School. Atuante nas áreas contábil, tributária e fiscal prestando consultoria para empresas de grande, médio e pequeno porte, sócia da SEVEN TREINAMENTOS & CONSULTORIA. Instrutora de cursos in company e professora na pós Graduação Unicesumar/PR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
1. ABERTURA DE EMPRESA X PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ............................... 5 
1.1 SIMPLES NACIONAL ............................................................................................... 9 
1.2. Tratamento Jurídico e Tributário diferenciado das demais Pessoas Jurídicas ...................................................................................................................................... 10 
2. DAS RECENTES ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO (2017 E 2018) ....................... 12 
3. O QUE É O SIMPLES NACIONAL – PRINCIPAIS CARACTERISTICAS E AS MODIFICAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ..................... 13 
3.1 Do Conceito de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) e a alteração do limite estabelecido para EPP (Art.3º, inciso II da LC 123/06) ............. 13 
3.2 Inscrição e Baixa do Simples Nacional ............................................................... 14 
3.3. Dos Tributos envolvidos na apuração do SIMPLES NACIONAL ...................... 15 
3.4. Conceito de Receita Bruta no Simples Nacional ............................................... 17 
3.5. Impedimentos e vedações a atividade do SIMPLES ......................................... 19 
3.6. Inclusão de Novas atividades .............................................................................. 21 
3.7. Base de Cálculo Simples Nacional ..................................................................... 22 
3.7.1. Base de Cálculo a ser aplicada até 31/12/2017 ............................................... 22 3.7.2. Base de Cálculo a ser aplicada a partir de 01/01/2018 ................................... 23 
3.8. Retenção ISS ......................................................................................................... 26 
3.9. Folha de Pagamento ............................................................................................. 28 
3.10. Do Micro Empresário Individual – MEI - Novas regras para o MEI ................. 30 
3.11. Do Investidor Anjo .............................................................................................. 32 
3.12. Exclusão do Simples Nacional - Solicitação e Efeito ...................................... 34 
3.13. Majoração da alíquota ........................................................................................ 37 
3.14. Dos Créditos ....................................................................................................... 38 
3.15. Das Obrigações Fiscais Acessórias ................................................................. 38 
3.16. Das Penalidades ................................................................................................. 39 
3.17. Do acesso aos mercados ................................................................................... 40 
3.18. Do Apoio à Inovação .......................................................................................... 40 
3.19. Dos anexos e enquadramentos ......................................................................... 41 
 
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3.20. Parcelamento de Débitos ................................................................................... 41 
3.21. DECRETO PR Nº 6276/2017 – Importações Simples Nacional ........................ 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. ABERTURA DE EMPRESA X PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
Antes de adentrarmos ao tema, é necessário a contextualização do mesmo, e a 
consequente análise dos procedimentos anteriores aos regimes de apuração e a 
sistemática de tributação das pessoas jurídicas. 
Diante disto, temos que quando as pessoas físicas pensam em ter seu negócio devem 
analisar as seguintes e principais ideias: 
 Identificar uma ideia de negócio 
 Examinar o mercado 
 Elaborar um plano de negócios 
 Examinar a viabilidade do negócio 
 Verificar a fonte de recursos financeiros 
 Efetuar a abertura e a legalização de sua empresa 
Após a identificação do negócio e a análise de sua viabilidade, surge então a primeira 
ideia de planejamento tributário, pois a pessoa física precisa ter um plano de negócios, 
com as principais informações abaixo: 
 Qual será o tipo de empresa que quero ter? (SIMPLES, PRESUMIDO, REAL) 
 Qual minha perspectiva de faturamento? 
 Qual a previsão de crescimento? 
De posse destas informações, então a pessoa jurídica consegue efetuar o primeiro 
planejamento tributário de sua empresa, no sentido de que já sabe quanto pretende 
faturar e expandir seus negócios e para tanto já tem a melhor opção de sociedade 
cumulado com o melhor regime tributário aplicado em sua empresa. 
Ainda com relação ao tema, quando da abertura de uma empresa a pessoa física precisa 
ter em mente que tipo de sociedade pretende abrir, e para tanto existe uma legislação 
específica que rege os tipos de sociedades empresariais e é sobre elas que vamos falar 
um pouco agora. 
O Código Civil (CC), Lei nº 10.406/02, traz a regulamentação das sociedades existentes, 
com exceção das Sociedades por Ações (Sociedades Anônimas) que são reguladas pela 
nº Lei 6.404/76. 
 
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De acordo com o artigo 982 do Código Civil, temos dois principais tipos de sociedade, 
quais sejam: i) a sociedade empresária; ii) Sociedade Simples. 
A Sociedade Simples é a sociedade constituída por pessoas que reciprocamente se 
obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a 
partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria 
de empresário, geralmente são sociedades formadas por pessoas que exercem 
profissão intelectual, sendo sujeito aos registros determinados pela legislação (Ex.: 
Dentistas, Advogados, Médicos, etc) 
Já a Sociedade Empresária que tem por objeto o exercício de atividade própria de 
empresário sujeito a registro estabelecidos no art. 967 do Código Civil (Junta Comercial, 
etc). 
A Sociedade Empresária deve constituir-se em um dos tipos estabelecidos nos artigos 
1039 a 1092 do código civil conforme abaixo elencamos: 
 Sociedade em Nome Coletivo (arts.1.039 a 1.044 do CC) - Neste tipo de 
sociedade, somente pessoas físicas podem participar e todos possuem 
responsabilidade ilimitada e solidária perante as obrigações assumidas pela 
empresa. Ou seja, cada sócio responde ilimitadamente e isoladamente por 
qualquer obrigação social da empresa, mesmo que o montante do capital exceda 
o valor do capital social. 
 Sociedade em Comandita Simples (arts. 1.045 a 1.051 do CC) - A Sociedade 
em Comandita Simples possui dois tipos de sócios: comanditados e 
comanditários, sendo os primeiros, pessoas físicas que respondem ilimitada e 
solidariamente pelas ações sociais (colaborando com o capital social), e os 
segundos, são obrigados apenas pelos valores de suas quotas. 
 Sociedade Limitada (arts. 1.052 a 1.087 do CC) - As Sociedades Limitadas são 
caracterizadas principalmente pela responsabilidade limitada dos sócios, ou seja, 
os sócios investem um valor X no capital social da empresa e são responsáveis 
somente pela integralização do capital. O capital social é representado por quotas 
e cada sócio é responsável diretamente pelo seu montante, apesar de existir aobrigação solidária pela integralização das quotas subscritas pelos demais sócios. 
 
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 Sociedade Anônima (arts. 1.088 e 1.089 do CC) - A principal característica da 
sociedade anônima é que o capital social é dividido em ações e a 
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço da emissão das 
ações subscritas ou adquiridas. Na nomenclatura costuma figurar a abreviação 
S/A, S.A ou SA. Podem ser classificadas como sociedades de capital fechado e 
sociedades de capital aberto. No primeiro caso, a empresa pertence a um grupo 
reservado de sócios conservando uma determinada liberdade contratual. As 
sociedades de capital aberto são detentoras de autorização especial para 
negociar suas ações no mercado de capitais. 
 Sociedade em Comandita por Ações (arts. 1.090 a 1.092 do CC) - Neste tipo 
de sociedade, assim como na sociedade em Comandita Simples, existem 2 tipos 
de sócios: os comanditados, que respondem ilimitada e solidariamente pelas 
obrigações da sociedade, e os comanditários, que respondem apenas pelas cotas 
ou ações subscritas. Mas as semelhanças acabam por aqui. Na sociedade em 
Comandita de Ações é uma sociedade de capitais cujo capital é dividido em ações 
e onde só os acionistas podem ser diretores ou gerentes. Este tipo de sociedade 
está em franco declínio no Brasil. 
Estes são os principais tipos de sociedades empresariais que existem no Brasil. 
Agora, após a análise dos tipos de sociedade é necessário escolher o melhor regime 
tributário para enquadrá-la corretamente e ainda com vistas sempre ao planejamento 
tributário. 
Importante destacar que o planejamento tributário nada mais é do que a organização de 
ideias que visam a economia lícita de tributos, para que em conjunto a sociedade 
desenvolva suas atividades da forma menos onerosa e que ao final obtenha a 
lucratividade desejada. 
Destaca-se que para aquelas empresas que já estão em funcionamento, cabe mencionar 
que o planejamento tributário visa no auxilio, tanto das decisões do passado, no sentido 
de quantificar as contingências e saber quais são os reais problemas, bem como no 
planejamento do futuro. 
Resta-nos agora falar a respeito do cenário tributário que estamos inseridos. 
 
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Aspectos do cenário tributário brasileiro 
 
A legislação tributária no Brasil é dinâmica e complexa, por isso ocorre que muitas vezes 
no momento de executá-la o operador do direito se depara com algumas situações tais 
como a dificuldade de interpretação e aplicação da legislação, o que acaba gerando erros 
constantes na apuração, no pagamento, na compensação e na informação dos tributos. 
E ainda neste sentido, a Receita Federal do Brasil vem implementando diversas 
obrigações acessórias com o intuito de promover a integração dos fiscos 
(Federal/Estadual/Municipal), mediante a padronização e compartilhamento das 
informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais, conforme vemos no 
quadro abaixo: 
 
 
 
Esta diversidade no cenário tributário brasileiro acaba gerando várias dificuldades para 
o contribuinte, uma carga tributária elevadíssima, pesadas multas, gerando muita 
insegurança muitas vezes para o empresário. Por isso a importância de contratar 
profissionais capacitados e treinados para o desenvolvimento do trabalho. 
EFD
ECF
EFD Reinf
CT-eeSocial
ECD
NF-e
 
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Cabe agora, tratarmos a respeito da tributação sobre a renda, assunto que é 
importantíssimo quando falamos de regimes de apuração, afinal porque temos que 
tributar a renda? 
Tributação sobre a Renda 
O tributo é uma obrigação de pagar, criada por lei, impondo aos indivíduos o dever de 
entregar parte de suas rendas e patrimônio para a manutenção e desenvolvimento do 
Estado, afinal vivemos em sociedade e o Estado deve representá-la se fazendo presente 
nas áreas de interesse desta, sobretudo saúde, educação, segurança, política 
econômica, entre outras. 
O tributo deve ser pago em dinheiro, não sendo possível que a dívida seja liquidada com 
outros bens, tais como móveis, veículos, sacos de cereais, etc. Havendo autorização 
legal, todavia, é possível o pagamento de tributo com imóveis. 
Nesse sentido temos o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN) dispondo o assunto 
nos seguintes termos: 
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
Em termos gerais classificam-se cinco espécies de tributos: impostos, taxas, 
contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais. 
A pessoa jurídica poderá elencar qual o melhor tipo de regime tributário para tributar a 
sua renda, exceção aquelas que tem opção obrigatória pelas regras do RIR/99, 
passaremos agora a tratar especificamente do Simples Nacional e suas particularidades. 
1.1 SIMPLES NACIONAL 
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização 
de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
Abrange a participação de todos os entes federados, quais sejam União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
 
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É administrado por um Comitê Gestor (CGSN) composto por oito integrantes: quatro da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e 
dois dos Municípios. 
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes 
condições: 
 Enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte; 
 Cumprir os requisitos previstos na legislação; e 
 Formalizar a opção pelo Simples Nacional. 
Características principais do Regime do Simples Nacional: 
 Ser facultativo; 
 Ser irretratável para todo o ano-calendário; 
 Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação 
- DAS; 
 Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do 
valor mensal devido, geração do DAS; 
 Apresentação de declaração única e simplificada de informações 
socioeconômicas e fiscais (DEFIS); 
 Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele em que 
houver sido auferida a receita bruta; 
 Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da 
respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses estados 
cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS 
e o ISS diretamente ao estado ou ao município. 
 
1.2. Tratamento Jurídico e Tributário diferenciado das demais Pessoas Jurídicas 
 
A Lei Complementar nº 123/2006 representa um conjunto de normas que consolidam o 
tratamento diferenciado e favorecido, no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios a ser aplicado as ME e as EPP´s. 
 
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Este tratamento diferenciado compreende os benefícios abaixo elencados: 
 Inscrição e Baixa simplificada; 
 Acesso aos Mercados; 
 Simplificação das Relações de Trabalho; 
 Fiscalização Orientadora; 
 Associativismo; 
 Estímulo ao Crédito e à Capitalização; 
 Estímulo à Inovação; 
 Regras Civis e Empresariais; 
 Acesso à Justiça; 
 Apoio e Representação. 
 
A partir da leitura acima, podemos concluir que a LC nº 123/2006 contém, benefícios não 
tributários (tratamento jurídico diferenciado – Ex.: Inscrição e Baixa) e benefícios 
tributários (Unificação dos tributos). 
Como forma de controlar a fruição destes benefícios e estabelecer regras para sua 
aplicação a Lei Complementar nº 123/06, em seus artigos 3º e 17º estabeleceu 
condições para que as empresas pudessem usufruir do benefício, tal como o limite de 
faturamento, bem como as vedações ao ingresso do SIMPLES. 
Dentro deste contexto temos as recentesalterações na legislação tributária, tais como a 
Lei Complementar nº 155/2016, que alteram regras de cálculo, limites e faixas para que 
as empresas possam calcular o valor devido. Passaremos agora a tratar das principais 
alterações nas regras do Simples Nacional. 
 
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2. DAS RECENTES ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO (2017 E 2018) 
Para melhor compreensão das recentes alterações que o Simples Nacional sofreu no 
ano calendário de 2016 e que impactaram os próximos anos, elaboramos um quadro 
ilustrativo, conforme abaixo colocamos: 
 
 
 
Passaremos agora a tratar dos principais aspectos de cada alteração e a sua aplicação 
no dia a dia das empresas. 
Lei Complementar e Resoluções Principais Alterações
-Alteração do limite da RB;
-Inclusão de novas atividades;-Investidor Anjo;
Resolução CGSN nº 126/2016 - Segregação da RB MI e ME;
-Para concessões de benefícios de ICMS e ISS deverá ser
levado em conta a segregação de RB MI e ME (art. 31 Res.
CGSN nº 94/2011);
-Domicílio Tributário Eletrônico – DTE-SN (art. 110 A Res.
94/2011)-Parcelamento especial para débitos até o ano calendário de
2013 (art. 130 A Res. 94/2011)
Resolução CGSN nº 128/2016
Emissão de DAS para os MEI por meio de aplicativo celular
(Art. 40, §3º, III, Res. 94/2011)
Resolução CGSN nº 129/2016
Alterações no conceito da composição da RB (art. 2º da Res.
94/2011)
Resolução CGSN nº 130/2016
Dispõe sobre a adoção pelos Estados e pelo Distrito Federal
de sublimites de receita bruta acumulada auferida, para
efeito de recolhimento do ICMS no ano-calendário de 2017
Resolução CGSN nº 131/2016
Destaque para instituição da ECD para empresas que
receberem aporte de capital através da Investidor Anjo
Resolução CGSN nº 132/2016
Trata/Regulamenta a respeito do parcelamento instituído
pela LC nº 155/2016
Resolução CGSN nº 133/2017
Altera a Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011,
que dispõe sobre o Simples Nacional.
Resolução CGSN nº 134/2017
Dispõe sobre o parcelamento previsto no art. 9º da
Lei Complementar nº 155/2016.
Lei Complementar nº 155/2016
Resolução CGSN nº 127/2016
 
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3. O QUE É O SIMPLES NACIONAL – PRINCIPAIS CARACTERISTICAS E AS 
MODIFICAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
3.1 Do Conceito de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) e a alteração do limite estabelecido para EPP (Art.3º, inciso II da LC 123/06) 
De acordo com o artigo 3º da Lei Complementar 123/2006, considera-se ME, a 
sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade 
limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou 
inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). 
Já com relação a Empresa de Pequeno Porte EPP, pode ser assim chamada a 
sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade 
limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta superior a 
R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 
(quatro milhões e oitocentos mil reais). 
De acordo com a Lei Complementar nº 155/2016, a empresa de pequeno porte optante 
pelo Simples Nacional em 31 de dezembro de 2017, que durante o ano calendário de 
2017 auferir receita bruta total anual entre R$ 3.600.000,01 (três milhões, seiscentos mil 
reais e um centavo) e R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) continuará 
automaticamente incluída no Simples Nacional com efeitos a partir de 1º de janeiro de 
2018, ressalvado o direito de exclusão por comunicação da optante. Vejamos: 
 
LC 123/06 – “Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou 
empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual 
de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e 
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior 
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro 
milhões e oitocentos mil reais). 
 
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(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito. 
Importante também destacar outra alteração relevante foi disciplinada no artigo 20, §1º 
da LC nº 123/06, a qual determina que a empresa de pequeno porte que ultrapassar os 
limites a que se referem o caput e o § 4o do art. 19 (R$ 3.600.000,00) estará 
automaticamente impedida de recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples 
Nacional, a partir do mês subsequente àquele em que tiver ocorrido o excesso, 
relativamente aos seus estabelecimentos localizados na unidade da Federação que os 
houver adotado. 
E as empresas em início de atividade? 
Para as empresas em início de atividade, serão estabelecidos limites para seu 
enquadramento de acordo com a proporcionalidade do número de meses em que a ME 
ou a EPP houver exercido atividade e os limites definidos no artigo 3º da LC nº 123/06, 
conforme vimos acima. Vejamos o exemplo abaixo: 
 
3.2 Inscrição e Baixa do Simples Nacional 
O processo de abertura, registro, alteração e baixa da ME ou EPP, bem como qualquer 
exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, 
e de preferência eletrônico. 
De acordo com os artigos 4º a 11º da LC nº 123/06, que trata dos procedimentos de 
inscrição e baixa do SIMPLES, temos a redução a zero de todos os custos, inclusive 
prévios, relativos à abertura, à inscrição, ao registro, ao funcionamento, ao alvará, à 
 
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licença, ao cadastro, às alterações e procedimentos de baixa e encerramento e aos 
demais itens relativos ao Microempreendedor Individual. 
Esta redução a zero inclui todos os valores referentes a taxas, a emolumentos e demais 
contribuições relativas aos órgãos de registro, de licenciamento, sindicais, de 
regulamentação, de anotação de responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização 
do exercício de profissões regulamentadas; assim com o agricultor familiar, bem como o 
MEI e o empreendedor de economia solidária ficam isentos de taxas e outros valores 
relativos à fiscalização da vigilância sanitária. 
Ainda neste sentido, poderá a ME ou EPP com débitos proceder a seu pedido de baixa 
sem a necessidade de estar inativa a 12 meses permanecendo a responsabilidade do 
empresário, dos titulares, dos sócios ou dos administradores pelas obrigações 
tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, apuradas antes ou 
após o ato de extinção. 
Destaca-se que após 12 meses consecutivos sem recolhimento de contribuições ou 
declarações acessórias, mesmo que sem qualquer notificação poderá o MEI ter sua 
inscrição automaticamente cancelada, devendo a informação ser publicada no Portal do 
Empreendedor, na forma regulamentada pelo CGSIM. 
Por fim, a LC nº 155/16 incluiu o parágrafo 6º no artigo 4º da LC nº 123/06, que 
determina que na hipótese de ocorrer fraude no registro do ME por terceiros, o pedido 
de baixa deverá ser efetuado por meio eletrônico, e terá seu efeito retroativo à data do 
registro. 
3.3. Dos Tributos envolvidos na apuração do SIMPLES NACIONAL 
O Simples Nacional implica no recolhimento mensal, mediante documento único de 
arrecadação (DAS), dos seguintes impostos e contribuições: 
 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; 
 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; 
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; 
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS; 
 
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 Contribuição para o PIS/Pasep; 
 ContribuiçãoPatronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da 
pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, 
exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique 
às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei 
Complementar; 
 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação - ICMS; 
 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS 
 
Contudo, o §1º, do artigo 13 da LC nº 123/06, determina que o recolhimento dos tributos 
de forma única através do DAS, não exclui a incidência dos seguintes impostos ou 
contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos 
quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: 
 Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou 
Valores Mobiliários - IOF; 
 Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; 
 Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou 
Nacionalizados - IE; 
 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; 
 Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em 
aplicações de renda fixa ou variável; 
 Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens 
do ativo permanente; 
 Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de 
Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF; 
 Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; 
 Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador; 
 Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na 
qualidade de contribuinte individual; 
 
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 Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa 
jurídica a pessoas físicas; 
 Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens e 
serviços; 
 ICMS devido nas operações de substituição tributária tributação concentrada em 
uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação do 
recolhimento do imposto com encerramento de tributação – (observar o artigo 13, 
§1º, inciso XIII, alínea “a”); 
 ISS devido em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção 
na fonte; ou na importação de serviços; 
 Demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios, não relacionados nos incisos anteriores. 
 
De acordo com a LC nº 155/16, que acrescenta o §1ºA na LC nº 123/06, os valores 
repassados aos profissionais de que trata a Lei nº 12.592/2012 (Cabeleireiro, Barbeiro, 
Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador), contratados por meio de 
parceria, nos termos da legislação civil, não integrarão a receita bruta da empresa 
contratante para fins de tributação, cabendo ao contratante a retenção e o 
recolhimento dos tributos devidos pelo contratado. 
3.4. Conceito de Receita Bruta no Simples Nacional 
De acordo com o artigo 3º, §1º da LC nº 123/06, considera-se receita bruta, o produto da 
venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços 
prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas 
canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
Para efeito de enquadramento, serão consideradas as receitas auferidas no ano-
calendário anterior, exceto no ano de início de atividades. 
Importante também destacar que para fins de enquadramento como microempresa ou 
empresa de pequeno porte, poderão ser auferidas receitas no mercado interno até o 
limite de R$ 4.800.000,00 a partir de 2018 ou ainda os limites estabelecidos para início 
 
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de atividade, e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias 
ou serviços, inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora ou da 
sociedade de propósito específico prevista no art. 56 da LC 123/06, desde que as 
receitas de exportação também não excedam os referidos limites de receita bruta anual. 
Continuando a tratar da Receita Bruta, temos que de acordo com a Resolução CGSN nº 
94/2011, em seu artigo 2º, §4º, já com as alterações da Resolução CGSN nº 129/2016, 
compõe a Receita Bruta da ME ou da EPP: 
 O custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou 
serviços ou destacado no documento fiscal; 
 As gorjetas, sejam elas compulsórias ou não; 
 Os Royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso 
ou gozo; e 
 As verbas de patrocínio 
 
Ainda com relação ao tema, o §4ºB, do artigo 2º da referida resolução, determina que 
não irão compor a Receita Bruta os seguintes itens: 
 A venda de bens do ativo imobilizado (cuja desincorporação ocorra somente a partir 
do segundo ano subsequente ao da respectiva entrada); 
 Os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em 
decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações; 
 Remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que 
seja incondicional e não haja contraprestação por parte do destinatário; 
 Remessa de amostra grátis; 
 Os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, 
desde que não corresponda à parte executora do contrato 
 
E quando o pagamento das obrigações (DAR ou RECEBER) se der por meio de 
troca de mercadorias ou de prestações de serviços, será tributado? 
 
 
19 
De acordo com o artigo 2º, §10º da Resolução CGSN nº 94/2011, o adimplemento das 
obrigações comerciais por meio de troca de mercadorias, prestação de serviços, 
compensação de créditos ou qualquer outra forma de contraprestação não 
desnatura, para as partes envolvidas, a configuração de receita bruta devendo, 
portanto, ser tributada normalmente. 
 
Ainda com relação ao tema, pesquisamos alguns julgados da RFB que trata a respeito 
da atualização monetária ser incluída no cômputo da Receita Bruta para fins de apuração 
do Simples Nacional. Vejamos: 
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 135, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2017. ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL. EMENTA: RECEITA BRUTA. CORREÇÃO MONETÁRIA. Atualização monetária de preço estabelecido em contrato de prestação de serviços integra a receita bruta para fins de enquadramento no Simples Nacional. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº. 123, de 2006, Art. 3º, §1º. 
 
3.5. Impedimentos e vedações a atividade do SIMPLES 
O artigo 3º, §4º, bem como o artigo 17 da LC nº 123/06, elenca as pessoas jurídicas que 
por algum motivo, não poderão se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado para o 
SIMPLES. 
Referidas pessoas jurídicas poderão ser identificadas conforme abaixo transcrevemos: 
 De cujo capital participe outra pessoa jurídica (PJ X PJ); 
 Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica 
com sede no exterior; 
 De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja 
sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos 
termos desta lei complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o 
limite (R$ 360.000,00 ou R$ 3.600.000,00); 
 
20 
 Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de 
outra empresa não beneficiada por esta lei complementar, desde que a receita 
bruta global ultrapasse o limite (R$ 360.000,00 ou R$ 
3.600.000,00/R$4.800.000,00 – para 2018); 
 Cujo sócio ou titular seja, administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica 
com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite (R$ 
360.000,00 ou R$ 3.600.000,00/ R$4.800.000,00 – para 2018); 
 Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
 Que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
 Queexerça atividade de banco comercial, de investimentos e de 
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e 
investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros 
privados e de capitalização ou de previdência complementar (atividades 
obrigadas ao Lucro Real); 
 Resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 
(cinco) anos-calendário anteriores (vedação a determinados planejamentos 
tributários com vistas somente a economia tributária); 
 Constituída sob a forma de sociedade por ações. 
 Cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do 
serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade 
Com relação ao último ponto, que trata da relação entre os sócios da ME ou EPP com o 
contratante dos serviços, temos que a referida relação pode ser definida da seguinte 
forma: (art. 3º da CLT) 
 Pessoalidade: diz respeito ao fato de que somente a pessoa física pode ser 
empregada e, que deve estar legalmente constituído na relação empregatícia 
quem realizará o trabalho. 
 Subordinação: refere-se à situação objetiva direcionada à forma de prestação do 
trabalho e não uma sujeição pessoal do empregado é a possibilidade, que assiste 
ao empregador, de intervir na atividade do empregado. 
 
21 
 Habitualidade: é aquilo que se transformou em hábito, em usual, é costumeiro, é 
rotineiro, que é constante ou muito frequente, comum. 
 
 
 
 EXERCÍCIO 
Com relação a este ponto a respeito da relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade, vamos falar um pouco a respeito da lei da terceirização? 
 O que é a lei de terceirização? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________  A Quem ela se destina? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________  Pode qualquer PJ ser uma empresa de terceirização? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
3.6. Inclusão de Novas atividades 
Importante aqui destacar que a LC nº 155/2016, acrescentou novas atividades ao rol do 
SIMPLES NACIONAL, as quais vamos abaixo elencar: 
 
 Indústria ou comércio de bebidas alcoólicas como: micro e pequenas cervejarias; 
micro e pequenas vinícolas; produtores de licores e micro e pequenas destilarias 
desde que não produzam ou comercializem no atacado; 
 
 Serviços médicos como a própria atividade de medicina, inclusive laboratorial e 
enfermagem; medicina veterinária; odontologia; psicologia, psicanálise, terapia 
OBS: Com relação a este ponto deve-se tomar bastante cuidado, pois a partir do eSocial, bem como da EFD Reinf, será muito fácil para a RFB identificar a empresa constituída na forma do Simples que presta serviço com subordinação e habitualidade. 
 
22 
ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de 
vacinação e bancos de leite; 
 
 Representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e 
serviços de terceiros; 
 
 Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; 
 
 Outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de 
serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, 
científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada 
ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V da 
Lei Complementar 123/2006. 
 
3.7. Base de Cálculo Simples Nacional 
3.7.1. Base de Cálculo a ser aplicada até 31/12/2017 
 
De acordo com o artigo 18 da LC nº 123/06, o valor devido mensalmente pela 
microempresa ou empresa de pequeno porte, optante pelo Simples Nacional, será 
determinado mediante aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos Anexos 
I a VI sobre a base de cálculo estabelecida no §3º do mencionado artigo 18. 
Ainda neste sentido, para determinar a alíquota a ser aplicada, o sujeito passivo utilizará 
a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, 
após isto sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a referida alíquota. 
 
Vamos verificar o exemplo abaixo: 
Pessoa jurídica Atividade: Prestação de Serviços de advocatícios (Art. 18, §5ºC, inciso 
IV) 
 
23 
Receita Bruta Acumulada 12 meses: R$ 1.350.000,00 
Receita auferida no mês: R$ 650.000,00 
Qual a faixa do Anexo – Faixa 8 – Alíquota de 10,76% 
Como fazer o cálculo: 
Base de Cálculo: R$ 650.000,00 x 10,76% = R$ 69.940,00 
Valor a pagar no DAS: 69.940,00 
3.7.2. Base de Cálculo a ser aplicada a partir de 01/01/2018 
 
A LC nº 155/06 em seu artigo 1º, alterou a forma do cálculo do SIMPLES NACIONAL, 
determinando que a partir de janeiro de 2018, o valor devido mensalmente pela 
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será 
determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das 
alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar, 
sobre a base de cálculo de que trata o § 3º do artigo 18. 
 
E como ficou o cálculo? Vejamos o exemplo abaixo: 
Pessoa jurídica Atividade: Prestação de Serviços de advocatícios (Art. 18, §5ºC, inciso 
IV) 
Receita Bruta Acumulada 12 meses: R$ 1.350.000,00 
Receita auferida no mês: R$ 650.000,00 
Qual a faixa do Anexo IV – Faixa 4 – Alíquota de 14% 
 
 
 
 
 
24 
 
No novo formato do Simples Nacional, de acordo com a LC 155/16, a fórmula de cálculo 
é a seguinte: 
 
 
Onde cada sigla significa: 
 RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de 
apuração; 
 Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar; 
 PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar; 
 
De acordo com o exemplo acima colocado, o faturamento da empresa é de R$ 
650.000,00, sendo assim, o cálculo deverá ser efetuado da seguinte forma: 
 
R$ 1.350.000 x 14% – R$ 39.780,00 / R$ 1.350.000 = 11% 
 
Valor final do imposto: R$ 650.000,00 x 11% = R$ 71.500,00 
Vejamos mais alguns exemplos de como era e como ficará o cálculo para o 
Simples Nacional em 2018: 
 
 
RBT12 x Aliq – PD / RBT12 
 
25 
 
 
 
 
 
Cálculo em 2017 Cálculo em 2018
Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 
Receita Bruta Mensal: 350.000,00 Receita Bruta Mensal: 350.000,00 
Faixa 10 - Alíquota - 9,12% Faixa 4 - Alíquota Nominal - 10,70%
Parcela a Deduzir: 22.500,00
Cálculo Valor a pagar: RB(mensal) x Alíquota Alíquota Efetiva: RBT12 x Aliq – PD / RBT12
Valor a pagar = 350.000,00 x 9,12% Alíquota Efetiva: (1.700.000,00x10,70%-22.500,00)/1.700.000,00
Alíquota Efetiva: 9,38%
Valor a pagar = 31.920,00 Valor a pagar: 32.817,65 
Diferença do Valor em 2017 para 2018 897,65 
Cálculo em 2017 Cálculo em 2018
Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 
Receita Bruta Mensal: 350.000,00 Receita Bruta Mensal: 350.000,00 
Faixa 10 - Alíquota - 9,62% Faixa 4 - Alíquota Nominal - 11,20%
Parcela a Deduzir: 22.500,00
Cálculo Valor a pagar: RB(mensal) x Alíquota Alíquota Efetiva: RBT12 x Aliq – PD / RBT12
Valor a pagar = 350.000,00 x 9,62% Alíquota Efetiva:1.700.000,00x11,20%-22.500,00/1.700.000,00Alíquota Efetiva: 9,88%
Valor a pagar: 33.670,00 Valor a pagar: 34.567,65 
Diferença do Valor em 2017 para 2018 2.647,65 
Cálculo em 2017 Cálculo em 2018
Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 
Receita Bruta Mensal: 350.000,00 Receita Bruta Mensal: 350.000,00 
Faixa 10 - Alíquota - 13,68% Faixa 4 - Alíquota Nominal - 16%
Parcela a Deduzir: 35.640,00
Cálculo Valor a pagar: RB(mensal) x Alíquota Alíquota Efetiva: RBT12 x Aliq – PD / RBT12
Valor a pagar = 350.000,00 x 13,68% Alíquota Efetiva:1.700.000,00x16%/1.700.000,00
Alíquota Efetiva: 13,90%
Valor a pagar: 47.880,00 Valor a pagar: 48.662,35 
Diferença do Valor em 2017 para 2018 16.742,35 
Anexo I - Comércio
Anexo II - Indústria
Anexo III - Serviço
 
26 
3.8. Retenção ISS 
O artigo 21 da LC 123/06, já com as alterações da LC 155/16, determina em seu §4º, 
inciso I, que a alíquota aplicável na retenção do ISS corresponderá a alíquota efetiva do 
ISS estiver sujeita no mês anterior ao da prestação. In Verbis: 
 
Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts. 18 a 20 desta Lei Complementar, deverão ser pagos: 
 § 4º A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional somente será permitida se observado o disposto no art. 3o da Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, e deverá observar as seguintes normas: 
 I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá à alíquota efetiva de ISS a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da prestação; 
 
Por fim, o artigo 1º da LC 155/16, que altera o artigo 18 da LC nº 123/06, inclui o §1ºB, o 
qual determina que os percentuais efetivos de cada tributo serão calculados a partir da 
alíquota efetiva, multiplicada pelo percentual de repartição constante dos anexos I a V. 
Vejamos: 
§ 1o-B. Os percentuais efetivos de cada tributo serão calculados a partir da alíquota efetiva, multiplicada pelo percentual de repartição constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar, observando-se que: 
 I - o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5% (cinco por cento), transferindo-se eventual diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual; 
 II - eventual diferença centesimal entre o total dos percentuais e a alíquota efetiva será transferida para o tributo com maior percentual de repartição na respectiva faixa de receita bruta. 
 
Diante disto, pode-se ter uma alteração nas alíquotas aplicadas. 
 
Vejamos um exemplo abaixo do cálculo da alíquota do ISS. 
 
 
27 
Utilizando os dados do exemplo anterior temos: 
Pessoa jurídica Atividade: Prestação de Serviços de advocatícios (Art. 18, §5ºC, inciso 
IV) 
Receita Bruta Acumulada 12 meses: R$ 1.350.000,00 
Receita auferida no mês: R$ 650.000,00 
Qual a faixa do Anexo IV – Faixa 4 – Alíquota de 14% 
 
De acordo com os dados do exercício a alíquota efetiva é calculada da seguinte forma: 
 
 R$ 1.350.000 x 14% – R$ 39.780,00 / R$ 1.350.000 = 11% 
 
Passaremos agora a calcular a alíquota de retenção do ISS: 
Alíquota Efetiva: 11% 
Percentual de repartição constante no anexo IV: 40% 
11% x 40% = 4,40% 
 
De acordo com a regra antiga, seria utilizada uma alíquota de 10,76% sobre a RB mensal 
e a alíquota do ISS a destacar na NF seria 4,31%. Para este exemplo temos uma 
mudança desfavorável nas alíquotas, mas tudo vai da análise do caso em concreto. 
 
Exercícios 
1) Quando devo efetuar a retenção do ISS? Teve alguma novidade com a Lei 
Complementar nº 157/2016? 
 
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28 
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______________________________________________________________________ 
 
2) Como seria o cálculo da retenção para cada faixa do Anexo III ? 
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______________________________________________________________________ 
3.9. Folha de Pagamento 
 
 
29 
Para as empresas prestadoras de serviço, quanto maior for a folha de pagamento da 
empresa, menor a alíquota. Isso quer dizer que mesmo as atividades que em teoria 
pagam mais impostos podem ser enquadradas ainda no anexo III. Para isso, a razão 
entre o valor da folha salarial e a receita bruta deve ser igual ou maior que 28%. 
Se o contrário ocorrer e empresas que em um primeiro momento figuram nos anexos III 
e IV tiverem uma relação entre folha e receita menor que 28%, serão tributadas de 
acordo com as alíquotas do anexo V, que são maiores. 
 
Segue abaixo a legislação comentada a respeito do tema: 
 
LC nº 123/06 – “Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de 
pequeno porte optante pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das 
alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos 
Anexos I a V desta Lei Complementar, sobre a base de cálculo de que trata o § 3o deste 
artigo, observado o disposto no § 15 do art. 3o. 
(...) 
§ 5º-J. As atividades de prestação de serviços a que se refere o § 5o-I - (medicina, 
inclusive laboratorial e enfermagem, medicina veterinária, odontologia, psicologia, 
psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de 
nutrição e de vacinação e bancos de leite, serviços de comissária, de despachantes, de 
tradução e de interpretação, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, 
Geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho 
e agronomia, representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios 
e serviços de terceiros, perícia, leilão e avaliação, auditoria, economia, consultoria, 
gestão, organização, controle e administração, jornalismo e publicidade, agenciamento, 
exceto de mão de obra) - serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar 
caso a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja igual ou 
superior a 28% (vinte e oito por cento). 
§ 5o-M. Quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da microempresa ou 
da empresa de pequeno porte for inferior a 28% (vinte e oito por cento),serão 
tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar as atividades previstas: 
 
30 
I - nos incisos XVI (fisioterapia), XVIII (arquitetura e urbanismo), XIX (medicina, inclusive 
laboratorial, e enfermagem), XX (odontologia e prótese dentária) e XXI (psicologia, 
psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de 
nutrição e de vacinação e bancos de leite) do § 5o-B deste artigo; 
II - no § 5o-D deste artigo – (administração e locação de imóveis de terceiros, academias 
de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais, academias de atividades físicas, 
desportivas, de natação e escolas de esportes, elaboração de programas de 
computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento 
do optante, licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação, 
planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que 
realizados em estabelecimento do optante, empresas montadoras de estandes para 
feiras, laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica, serviços de tomografia, 
diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como 
ressonância magnética, serviços de prótese em geral). 
§ 5o-K. Para o cálculo da razão a que se referem os §§ 5o-J e 5o-M, serão considerados, 
respectivamente, os montantes pagos e auferidos nos doze meses anteriores ao período 
de apuração para fins de enquadramento no regime tributário do Simples Nacional. 
(Destacamos e incluímos as atividades mencionadas em cada artigo) 
 
3.10. Do Micro Empresário Individual – MEI - Novas regras para o MEI 
Com o objetivo de tornar possível o fim da informalidade e a legalização daquele que 
trabalha por conta própria, o Governo Federal instituiu a figura do microempreendor 
individual (MEI), por meio de alterações na LC nº 123/06 através da LC nº 128/08. 
 
De acordo com a legislação para se enquadrar na condição de MEI, é necessário se 
encaixar nas condições do artigo 18A, §1º, já com as alterações da LC nº 155/2016, o 
qual determina que considera-se MEI o empresário individual, ou o empreendedor que 
exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no 
âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 
 
31 
81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não 
esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
Para as empresas em início de atividade o limite será de R$ 6.750,00 (seis mil, 
setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número de meses compreendido entre 
o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de 
meses como um mês inteiro. 
Segue abaixo um quadro resumo com as principais alterações advindas com a LC nº 
155/2016: 
Antes da LC nº 155 
Validade até 31/12/2017 
Após a LC nº 155 
 
Empresário individual conforme art. 966 
do código civil 
Empresário individual conforme art. 966 
do código civil ou empreendedor que 
exerça atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços 
no âmbito rural. (Art. 18-A, §1º) 
Receita Bruta no ano-calendário de R$ 
60.000 (sessenta mil) 
Receita Bruta no ano-calendário de R$ 
81.000 (oitenta e um mil). (Art. 18-A, §1º) 
Baixa no Portal eletrônico, informação na 
Junta Comercial, baixa na Receita 
Estadual e na Prefeitura (alvará) e outros 
cadastros com a administração pública. 
Baixa exclusivamente no Portal eletrônico, 
com dispensa de comunicação a demais 
orgãos. (Art. 18-A, §16A) 
Obrigatório a inscrição e pagamento de 
anuidade em orgão de Conselho de 
classe profissional. 
Dispensa do cadastro e recolhimento em 
órgãos de conselho profissional quando já 
o for na qualidade de pessoa física. (Art. 
18-A, §19A) 
Contribuinte Individual do INSS Empresário individual - contribuinte 
individual Trabalhador rural - contribuinte 
especial. (Art. 18-A, §18C) 
 
32 
Pode contratar até um (01) funcionário por 
no máximo um salário mínimo ou piso da 
categoria. 
Não mudou, ainda pode contratar até um 
(01) funcionário por no máximo um salário 
mínimo ou piso da categoria. (Art. 18-E, 
§4º) 
 
3.11. Do Investidor Anjo 
A LC nº 155/16, criou a figura do investidor anjo, que traz para pequenas empresas em 
geral, mas principalmente para as “Startups”, o benefício de receberem investimentos de 
pessoas físicas ou jurídicas em troca de participação das mesmas nos lucros auferidos 
sem a necessidade do ingresso no contrato social como sócias administradoras 
isentando as mesmas dos riscos em relação a dívidas do empreendimento que caberá 
somente aos sócios. – Artigo 61 A da LC 155/16. 
Produção de efeitos a partir de janeiro de 2017 
 
Obrigatoriedade de entrega de ECD 
A microempresa (ME) ou a empresa de pequeno porte (EPP) que receber aporte de 
capital de investidor-anjo está obrigada a manter a Escrituração Contábil Digital (ECD)? 
A microempresa (ME) ou a empresa de pequeno porte (EPP) que receber aporte de capital de 
investidor-anjo, na forma prevista nos artigos 61-A a 61-D da Lei Complementar nº 123/2006, deverá 
manter a Escrituração Contábil Digital (ECD) e ficará desobrigada da escrituração do Livro Caixa. 
Registra-se que a falta de entrega da ECD, pela ME ou EPP, acarretará a exclusão de ofício do Simples 
Nacional. (Artigo 61, §§ 3º e 3º-A da Resolução CGSN nº 94/2011) 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
Exercício 
01 – Como ficam as regras de tributação dos rendimentos recebidos pelo investidor anjo através da IN nº 1.179/2017? 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
3.12. Exclusão do Simples Nacional - Solicitação e Efeito 
 
 
35 
A exclusão do SIMPLES, seja de forma opcional ou obrigatória, deverá ser efetuada 
através de comunicação de exclusão diretamente no portal do Simples Nacional. 
A exclusão opcional, ou seja, a critério do contribuinte, deverá ser efetuada 
obrigatoriamente com uma comunicação à RFB, o referido pedido de exclusão solicitado 
durante o mês de Janeiro produz efeitos desde o início do mesmo ano-calendário. 
A exclusão das pessoas jurídicas do Simples Nacional, por opção, após o mês de janeiro, 
somente produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente. 
Ainda temos a situação da exclusão obrigatória que é quando a pessoa jurídica ME ou 
EPP optante do Simples Nacional, atingir qualquer das situações societárias descritas 
como impeditivas. 
Nestes casos de exclusão obrigatória, seus efeitos serão validos a partir do mês seguinte 
ao da ocorrência da situação impeditiva. 
A exclusão deverá ser comunicada a Receita Federal até o último dia útil do mês 
subsequente ao da ocorrência da hipótese de vedação. 
O pedido de exclusão será realizado no Portal do Simples Nacional. 
Para os casos de exclusão obrigatória observar as seguintes regras com relação ao 
excesso de limite: 
 
A Empresa que não estiver em início de atividade e exceder o limite de 4.800.000,00 
estará sujeito a exclusão do Simples Nacional com efeitos a partir: 
a) Do ano-calendário subsequente - Caso a receitabruta não ultrapasse o valor 
de R$ 4.960.000,00 (superior a 20% do limite); 
Base legal: § 9ºA, do art. 3º, da Lei Complementar 123/2006 com redação dada pela Lei 
Complementar 139/2011. 
EXCLUSÃO
• Excesso de limite
 
36 
b) Do mês subsequente à ocorrência do excesso - Caso a receita bruta ultrapasse 
o valor de R$ 4.960.000,00 (superior a 20% do limite) 
Base legal: § 9º, do art. 3º, da Lei Complementar 123/2006 com redação dada pela Lei 
Complementar 139/2011. 
Neste caso a Receita Federal deverá ser comunicada: 
 Até o último dia útil do mês subsequente àquele em que se deu o excesso de 
receita bruta em mais de 20% do limite. 
 Até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente àquele em 
que se deu o excesso de receita bruta, na hipótese de não ter ultrapassado em 
mais de 20% do limite. 
A microempresa e a empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendário de 
início de atividade ultrapassarem o limite de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) 
multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período estarão excluídas 
do Simples Nacional, com efeitos retroativos ao início de suas atividades, conforme §10, 
do art. 3º, da Lei Complementar 123/2006. 
A Exclusão só não terá efeitos retroativos caso a receita bruta não ultrapasse em 20% 
do limite proporcional, sendo assim, os efeitos da exclusão serão a partir do ano-
calendário subsequente, conforme § 12º, do art. 3º, da LC nº 123/2006 com redação 
dada pela LC nº 139/2011. 
Deverá multiplicar o valor de R$400.000,00 (quatrocentos mil reais) pelo número de 
meses de funcionamento para identificar o limite em caso de empresa em início de 
atividade. 
A Receita Federal deverá ser comunicada: 
 Até o último dia útil do mês subsequente àquele em que se deu o excesso de 
receita bruta em mais de 20% do limite proporcional. 
 Até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente àquele em 
que se deu o excesso de receita bruta, na hipótese de não ter ultrapassado em 
mais de 20% do limite. 
 
37 
 
3.13. Majoração da alíquota 
A majoração da alíquota de 20% ocorre em dois casos: 
 Quando a empresa iniciou as atividades no decurso do ano-calendário e exceder 
o limite da receita bruta proporcional; 
 Quando a empresa que não está em início de atividade e exceder o limite da 
receita bruta anual. 
Observação: A majoração da alíquota máxima previstas nos anexos I a V será calculada 
a partir do mês em que ocorrer o excesso do limite da receita bruta anual e até o mês 
anterior aos efeitos da exclusão. 
Base legal: §§ 16 e 16-A, do art. 18 da Lei Complementar 123/2006 com redação dada 
pela Lei Complementar 139/2011. 
 
 PONTO DE ATENÇÃO!! 
Será excluída automaticamente do Simples Nacional, a ME ou EPP que promover a 
alteração de dados no CNPJ que importem em: 
 Alteração de natureza jurídica para sociedade anônima, sociedade empresária 
em comandita por ações, sociedade em conta de participação ou 
estabelecimento, no Brasil, de sociedade estrangeira; 
 Inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional; 
 Inclusão de sócio pessoa jurídica; 
 Inclusão de sócio domiciliado no exterior; 
 Cisão parcial; ou 
 Extinção da empresa. 
 
38 
Os efeitos da exclusão dar-se-ão a partir do mês subsequente ao da ocorrência da 
situação de vedação. 
3.14. Dos Créditos 
 
As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não 
farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições 
abrangidas pelo Simples Nacional. 
As pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional terão direito a crédito 
correspondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de 
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, desde que 
destinadas à comercialização ou industrialização e observado, como limite, o ICMS 
efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional em relação a essas 
aquisições. 
A alíquota aplicável ao cálculo do crédito deverá ser informada no documento fiscal e 
corresponderá ao percentual de ICMS previsto nos Anexos I ou II desta Lei 
Complementar para a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de 
pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da operação. 
Destaca-se que se a operação ocorrer no mês de início de atividades da microempresa 
ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, a alíquota aplicável ao 
cálculo do crédito corresponderá ao percentual de ICMS referente à menor alíquota 
prevista nos Anexos I ou II da LC 123/06. 
3.15. Das Obrigações Fiscais Acessórias 
A microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional deverá 
apresentar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil declaração única e 
simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, que deverá ser disponibilizada 
aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária, observados prazo e modelo 
aprovados pelo CGSN. 
 
39 
A declaração de que trata o caput deste artigo constitui confissão de dívida e instrumento 
hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido 
recolhidos resultantes das informações nela prestadas. 
 
3.16. Das Penalidades 
Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos pela microempresa e pela empresa de 
pequeno porte, inscritas no Simples Nacional, as normas relativas aos juros e multa de 
mora e de ofício previstas para o imposto de renda, inclusive, quando for o caso, em 
relação ao ICMS e ao ISS. 
Quando a pessoa jurídica deixar de comunicar a sua exclusão do SIMPLES, estará 
sujeita a multa correspondente a 10% (dez por cento) do total dos impostos e 
contribuições devidos de conformidade com o Simples Nacional no mês que anteceder 
o início dos efeitos da exclusão, não inferior a R$ 200,00 (duzentos reais), insuscetível 
de redução. 
Já com relação a falta de comunicação, quando obrigatória, do desenquadramento do 
microempreendedor individual da sistemática de recolhimento prevista no art. 18-A da 
Lei Complementar 123/06 sujeitará o microempreendedor individual a multa no valor de 
R$ 50,00 (cinquenta reais), insusceptível de redução. 
Nos casos de apresentação do arquivo com incorreções ou omissões, a pessoa jurídica 
será intimada a apresentar declaração original, no caso de não-apresentação, ou a 
prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, 
na forma definida pelo Comitê Gestor, e sujeitar-se-á às seguintes multas: 
 De 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante 
dos tributos e contribuições informados na Declaração Simplificada da Pessoa 
Jurídica, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega da declaração 
ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto 
no § 3o deste artigo; 
 
 
40 
 De R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou 
omitidas. 
As multas poderão ser reduzidas a: 
 50% , quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer 
procedimento de ofício; 
 75%, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. 
A multa a ser aplicada não será inferior a R$ 200,00 (duzentos reais). 
 
3.17. Do acesso aos mercados 
 
A microempresa e a empresa de pequeno porte beneficiárias do SIMPLES usufruirão de 
regime de exportação que contemplará procedimentos simplificados de habilitação, 
licenciamento, despacho aduaneiro e câmbio, na forma do regulamento. 
Referido benefício também se aplica quando as pessoas jurídicas prestadoras de serviço 
de logística internacional forem contratadas por beneficiários do SIMPLES. Estas 
empresas estão autorizadas a realizar atividades relativas a licenciamento 
administrativo, despachoaduaneiro, consolidação e desconsolidação de carga, bem 
como a contratação de seguro, câmbio, transporte e armazenagem de mercadorias, 
objeto da prestação do serviço, na forma do regulamento. 
3.18. Do Apoio à Inovação 
 
De acordo com o 65, § 4º da LC 123/06, ficam reduzidos a zero as alíquotas dos impostos 
e contribuições (IPI, PIS e Cofins e PIS e Cofins Importação e ICMS), incidentes na 
aquisição, ou importação, de equipamentos, máquinas, aparelhos, instrumentos, 
acessórios, sobressalentes e ferramentas que os acompanhem, na forma definida em 
regulamento, quando adquiridos, ou importados, diretamente por microempresas ou 
empresas de pequeno porte para incorporação ao seu ativo imobilizado. 
 
 
41 
3.19. Dos anexos e enquadramentos 
 
Para verificar o correto enquadramento nos Anexos da LC 123/06, é necessário que a 
PJ conheça a sua atividade desenvolvida, sendo assim, segue abaixo o roteiro dos 
principais anexos da referida legislação: 
 ANEXO I – Comércio 
 ANEXO II - Industria 
 ANEXO III – Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não 
relacionados nos §§ 5ºC do art. 18 
 ANEXO IV – Receitas decorrentes de serviços relacionados no §5ºC do artigo 18 
 ANEXO V – Receitas decorrentes de serviços relacionados no §5ºI do artigo 18 
 
3.20. Parcelamento de Débitos 
 
De acordo com a LC nº 155/2016, os débitos vencidos até a competência do mês de 
maio de 2016 e apurados na forma do SIMPLES NACIONAL, poderão ser parcelados 
em até 120 (cento e vinte) meses. 
Após a publicação da Lei Complementar, a Receita Federal do Brasil em cumprimento 
ao disposto no artigo 9º da LC nº 155/2016, expediu a Instrução Normativa nº 
1.670/2016, a qual veio regulamentar os procedimentos para solicitação do referido 
parcelamento. 
De acordo com o artigo 2º da IN 1.670/2016, o contribuinte com débitos apurados na 
forma prevista no Simples Nacional até a competência do mês de maio de 2016, poderá 
manifestar previamente a opção pelo referido parcelamento, no período de 14 de 
novembro de 2016 a 11 de dezembro de 2016, por meio do formulário eletrônico "Opção 
Prévia ao Parcelamento da LC 155/2016", disponível na página da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil (RFB) na Internet. 
Importante também analisar a resolução CGSN nº134/2017 que dispõe acerca do 
parcelamento de débitos pelo Simples Nacional. 
 
42 
3.21. DECRETO PR Nº 6276/2017 – Importações Simples Nacional 
 
O Estado do Paraná revogou por meio do Decreto nº 6.276, de 01/03/2017, o artigo 620, 
do RICMS/PR, que tratava dos benefícios fiscais aplicáveis na importação de bens ou 
mercadorias por meio dos portos de Paranaguá e Antonina e de aeroportos 
paranaenses, pelas empresas do Simples Nacional 
Deste modo, nas importações efetuadas por estas empresas, a partir de 01/03/17 o 
recolhimento do ICMS será de forma integral. 
 
Dados para Contato Palestrante: 
Palestrante: Joyce Batista Neto Scoto – (41) 3149-3077 
e-mail: joycescoto@seventreinamentos.com.br

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