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Estácio- Pará Acadêmico: PONTO 1 – ESTRUTURA ONU Organização das Nações Unidas – ONU (1945) No art. 7º estão dispostos os órgãos das Nações Unidas. Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma Assembleia Geral (AG), um Conselho de Segurança (CS), um Conselho Econômico e Social (ECOSOC), um Conselho de Tutela (Tutela), uma Corte Internacional de Justiça (CIJ) e um Secretariado (SG). Assembleia Geral: órgão deliberativo com reuniões anuais, que materializa o princípio de igualdade das nações (1 Estado = 1 voto). Pode fazer recomendações, indicações de comportamento. Conselho de Segurança: órgão responsável pela manutenção da paz e segurança internacionais (art. 25 em adiante). Composto por 15 membros, dos quais 5 são membros permanentes com poder de veto (capacidade de bloquear determinada discussão substantiva). Os membros permanentes são Rússia, China, Reino Unido, França e Estados Unidos . Os 10 membros restantes são rotativos, eleitos a cada dois anos. Decisões e resoluções podem ou não ser vinculantes. Art. 25: quando vinculantes, as decisões são obrigatórias para todos os Estados. Para ser aprovada, uma resolução precisa ter 9 votos afirmativos e nenhum veto (países podem se abster). Corte Internacional de Justiça: principal órgão jurisdicional da ONU. Para que a corte exerça sua jurisdição, é necessário que o Estado reconheça a jurisdição da CIJ. Mesmo que um Estado seja membro da ONU, precisa reconhecer a jurisdição da Corte. Tem duas possibilidades de atuação: Pareceres consultivos : não são obrigatórios. São a interpretação da Corte sobre determinada matéria jurídica. Quem pode requisitar: AG, CS, outro órgão da ONU desde que tenha autorização da AG e o tema solicitado seja do seu interesse. Estados não podem solicitar pareceres consultivos. Contencioso: em situações de quebra da ordem internacional. Somente Estados podem solicitar um parecer contencioso na CIJ, somente Estados podem ser julgados. A partir do momento que a Corte profere sua sentença, o parecer é obrigatório para as partes e não há possibilidade de recurso. PONTOS 2 – MEIOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS MEIOS DIPLOMÁTICOS Os seis meios diplomáticos mais comuns e cobrados nas provas são: 1. Inquérito – Fact Finding – Averiguação de fatos que podem ser averiguados por comissões, podendo gerar inquéritos. 2. Negociações – o meio mais antigo. É o entendimento direto entre as partes envolvidas, bilateral ou multilateral. 3. Bons ofícios – um terceiro oferece um espaço neutro para a negociação entre as partes. 4. Conciliação – uma evolução da mediação, formada por uma comissão normalmente de número ímpar, podendo ter diversos especialistas escolhidos pelas partes que ao fim apresentam um sugestão / relatório, que pode ou não ser aceito pelas partes. Ela é mais formal que a mediação e pode estar prevista em tratados. 5. Mediação – um terceiro analisa o caso e dá sugestões para se chegar a um acordo. MEIOS POLÍTICOS Muito semelhantes aos meios diplomáticos, mas ocorrem em meio a organizações internacionais, como a ONU, por exemplo, devendo obedecer ao princípio da não ingerência (não intervenção). MEIOS JURISDICIONAIS Eles dizem qual é o direito, baseiam-se em regras de conduta definidas entre os Estados. São vinculantes, mas somente podem ser aplicados mediante a vontade dos Estados. Os dois meios mais conhecidos são: 1. Arbitragem – meio não judicial, porque não é permanente. O laudo ou sentença arbitral é obrigatório, mas sua execução depende das partes, tornando possível uma mediação suplementar. Em geral, uma sentença arbitral é irrecorrível, à exceção do Mercosul (o Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul pode rever laudos de sentenças arbitrais). 2. Meios Judiciais – são cortes permanentes com seus juízes e procedimentos previstos anteriormente a qualquer controvérsia, não sendo eles constituídos somente para uma situação específica. MEIOS COERCITIVOS DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS Contramedidas – um Estado contra o outro. Exemplos: Retorsão – o Estado X que se sente de alguma maneira ofendido pelo tratamento recebido ao visitar o Estado Y, pode passar a tratar o Estado Y de igual maneira quando for visitado por este. Represália* (sem uso da força) – é comum aumentar taxas e impostos como forma de represália. Com o uso da força seria ilícito. Boicote – pode-se romper as relações diplomáticas ou interromper serviços e relações econômicas. Embargos com sequestro de navios; PONTO 3 – IMUNIDADE DIPLOMÁTICA E IMUNIDADE CONSULAR Estácio- Pará Acadêmico: Base legal: Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 (Brasil assinou e ratificou em 1965). Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963 (Brasil assinou e ratificou em 1967). Representantes de sujeitos diferentes (diplomatas e representantes consulares). Dever de respeito às leis locais. Imunidade Diplomática Referente aos indivíduos representantes do Estado. Embaixada: embaixador / diplomata – trata das relações entre os Estados, questões políticas. • Diplomatas, servidores administrativos (oficiais de chancelaria), parentes dependentes economicamente (de ambos): imunidade diplomática ou imunidade rationae personae (em relação à pessoa). Os tipos são: imunidade em matéria penal, civil e tributaria. − Imunidade penal (imunidade absoluta): pessoa não pode ser julgada e processada por Estado estrangeiro; deve ser julgada pelo Estado brasileiro. − Imunidade civil e Imunidade Tributária. • Empregados privados (trabalham para uma das pessoas acima): não têm imunidades. Imunidade Consular Consulado: cônsul – temas relacionados aos nacionais no país no qual o consulado está localizado. As imunidades consulares são mais restritas que as diplomáticas. • Familiares dependentes, pessoal administrativo e empregados particulares: não têm imunidades. PONTO 4: CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO 1. Deportação Conceito: é a retirada compulsória de um indivíduo que entrou ou permaneceu irregular no Brasil. Motivo: entrada irregular ou permanência irregular (ausência de visto ou documento válido). Regulamentação: artigos 57 a 64 da Lei nº 6815 / 1980 (Estatuto do Estrangeiro). Competência: Polícia Federal. Possibilidade de retorno: o deportado poderá retornar se sanar a condição que gerou a deportação. Caso não permitido: extradição velada. Art. 57. Nos casos de entrada ou estada irregular de estrangeiro, se este não se retirar voluntariamente do território nacional no prazo fixado em Regulamento, será promovida sua deportação. Art. 61. O estrangeiro, enquanto não se efetivar a deportação, poderá ser recolhido à prisão por ordem do Ministro da Justiça, pelo prazo de sessenta dias. Parágrafo único. Sempre que não for possível, dentro do prazo previsto neste artigo, determinar-se a identidade do deportando ou obter-se documento de viagem para promover a sua retirada, a prisão poderá ser prorrogada por igual período, findo o qual será ele posto em liberdade, aplicando-se o disposto no artigo 73. 2. Expulsão Conceito: retirada do estrangeiro do território nacional quando este tenha atentado contra a ordem, os bons costumes e o interesse nacional. Regulamentação: lei 6815/80 art.65 a 75 Competência: Presidente da República, por meio de decreto, mas também tramita no âmbito do Ministérioda Justiça. Possibilidade de retorno: não poderá retornar ao país, a não ser que o decreto de expulsão seja revogado. Caso não permitido: indivíduos casados com cônjuges brasileiros há mais de cinco anos, indivíduos com dependentes. Importante: não há expulsão de brasileiros natos , pois a Constituição proíbe crime de banimento. 3. Extradição Conceito: é a entrega de um indivíduo para outro Estado, onde o indivíduo está sendo processado ou já foi condenado por algum crime. Há uma série de requisitos para que a extradição ocorra, por exemplo: indivíduo deve ter sido condenado por crime ou está sujeito a processo no outro Estado, o crime cometido deve ser considerado crime no Brasil com pena superior a 1 ano, entre outras Competência : Supremo Tribunal Federal. Caso não permitido: art. 5º da Constituição, incisos 51 e 52. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; ATENÇÃO: A extradição pode estar baseada e tratado ou em promessa de reciprocidade: • Tratado: quando a extradição é baseada em tratado, o STF não pode simplesmente se negar a analisar o processo, é obrigado a analisar o pedido. • Promessa de reciprocidade: caso a extradição seja baseada em promessa de reciprocidade, o governo brasileiro poderá negar a análise do caso. Fases da extradição (são três) 1. Executiva (art. 80 do Estatuto do Estrangeiro): pedido de extradição deve ser feito por via diplomática. Art. 80. A extradição será requerida por via diplomática ou, na falta de agente diplomático do Estado que a requerer, diretamente de Governo a Governo, devendo o pedido ser instruído com a cópia autêntica ou a certidão da sentença condenatória, da de pronúncia ou da que decretar a prisão preventiva, proferida por Juiz ou autoridade competente. Esse documento ou qualquer outro que se juntar ao pedido conterá indicações precisas sobre o local, data, natureza e circunstâncias do fato criminoso, identidade do extraditando, e, ainda, cópia dos textos legais sobre o crime, a pena e sua prescrição. § 1º O encaminhamento do pedido por via diplomática confere autenticidade aos documentos. § 2º Não havendo tratado ou convenção que disponha em contrário, os documentos indicados neste artigo serão Estácio- Pará Acadêmico: acompanhados de versão oficialmente feita para o idioma português no Estado requerente. § 2º Não havendo tratado que disponha em contrário, os documentos indicados neste artigo serão acompanhados de versão oficialmente feita para o idioma português no Estado requerente. 2. Judiciária: o STF ele analisa os requisitos para que haja ou não a extradição. STF faz análise objetiva e formal, não faz análise dos fatos ou investiga o processo judicial. Capacidade contenciosa limitada. 3. Administrativa: o Presidente da República toma a decisão final, não sendo vinculado ao STF. Refúgio: refugiados não podem ser extraditados. Importante: há uma diferença entre o conceito de extradição e o conceito de entrega (quando o indivíduo é entregue para o Tribunal Penal Internacional. a) Cargos Privativos de Brasileiros Natos previstos na CF, art.12: § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) ATENÇÃO: brasileiro naturalizado pode ser Ministro das Relações Exteriores. b) Restrições à empresas jornalísticas e de radiodifusão: Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) Ponto 5 – Direito Internacional e o NOVO CPC Competência Internacional (art. 21 a 24) O que é? Hipóteses em que a Justiça Brasileira é competente para julgar uma demanda. Quais são os tipos? 1- COMPETÊNCIA CONCORRENTE Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. ATENÇÃO – NOVIDADE!!!!!!!! Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I - de alimentos, quando: a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. 2- COMPETÊNCIA EXCLUSIVA Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. ATENÇÃO – NOVIDADE!!!!!!!! Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. § 1 o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusivaprevistas neste Capítulo. Ponto 4 – Direito Internacional e o NOVO CPC - Cooperação Jurídica Internacional (art. 26 e ss) ATENÇÃO – NOVIDADE!!!!!!!! Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará: I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente; II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando- se assistência judiciária aos necessitados; Estácio- Pará Acadêmico: III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação; V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras. § 1 o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. § 4 o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica. Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto: I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; II - colheita de provas e obtenção de informações; III - homologação e cumprimento de decisão; IV - concessão de medida judicial de urgência; V - assistência jurídica internacional; VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira. Do Auxílio Direto É o instrumento de colaboração internacional, por meio do qual se cumpre a solicitação de uma autoridade estrangeira. No auxílio direto o pedido é encaminhado pela autoridade central ao órgão que deverá realizar o ato processual solicitado, sem que para isso seja necessária a expedição de carta rogatória. Como se vê, o auxílio direto busca dar maior agilidade ao processo, mediante assistência mútua entre os Estados no exercício das suas respectivas funções jurisdicionais. Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira; III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira. Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas constantes de tratado. Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada. Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central. Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. Da Carta Rogatória Para que serve? São utilizadas para que um tribunal realize atos fora de sua jurisdição, ou seja, é o pedido de um juiz ligado a uma jurisdição para que o juiz de outra jurisdição cumpra alguma ordem do processo judicial (fazer citação, pedir pagamento, produzir uma prova). Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal. § 1 o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil. § 2 o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. HÁ concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça Homologação de Sentença Estrangeira Art. 963. Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: I - ser proferida por autoridade competente; II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; III - ser eficaz no país em que foi proferida; IV - não ofender a coisa julgada brasileira; V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado; VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública. Procedimento de homologação LINDB Art. 15. Será executada no Brasil, a sentença proferida no estrangeiro, que reúna osseguintes requisitos: (a) haver sido proferida por juiz competente. (b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado revelia. (c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida. (d) estar traduzida por intérprete autorizado. (e) ter sido homologada por Superior Tribunal de Justiça. Ponto 6 – Direito Internacional e o Direito Aplicável Determinação do Direito Material Aplicável LINDB Artigo Objeto de Conexão(Qual direito?) Elemento de Conexão(lei de qual país?) 7º caput Nome, capacidade, personalidade, direito de família Domicílio da pessoa 7º ,parag. 1º Impedimentos e formalidades de celebração do casamento Lugar do casamento Estácio- Pará Acadêmico: 7º , parag.3º Invalidade do casamento 1º domicílio conjugal se domicílio dos noivos diferente 7º, parag.4º Regime de bens no casamento 1º domicílio conjugal se domicílio dos noivos diferente 8º , caput Direitos reais(posse, propriedade e garantia de bens)- bens imóveis Lei do país onde está situado o bem 8º, parag. 2º Penhor Lei daquele em que se encontra a posse da coisa. 9º,caput Obrigações Lei do país onde a obrigação foi constituída 9º,parag.2º Obrigações contratuais Lei do país onde o contrato foi celebrado (residência do proponente) 10, caput Sucessões (quando filho e cônjuge estrangeiros) Lei do último domicílio do de cujus 10, parag.1º Sucessões(quando filho ou cônjuge brasileiro(s) Lei brasileira ou da nacionalidade do de cujus, a mais benéfica ao brasileiro Ponto 8 – Direito da Integração e Mercosul DIREITO DA INTEGRAÇÃO Zona de livre comércio – objetiva facilitar a integração econômica por meio da redução progressiva das barreiras tarifárias entre os países do bloco. União Aduaneira – redução progressiva das barreiras tarifárias além de uma tarifa externa comum, ou seja, há uma tentativa de se uniformizar o tratamento em relação a terceiros países. Mercado Comum – livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais. União Monetária – além das características do mercado comum, ela apresenta uma moeda em comum entre os países membros. MERCOSUL Iniciou-seno eixo Brasil-Argentina, como uma integração econômica que se ampliou com o tempo. Hoje os membros são o Brasil, a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Venezuela. Além destes, há alguns Estados associados: Bolívia, Chile, Peru, Colômbia e Equador. O Suriname e a Guiana são por enquanto apenas Estados observadores. Em 2012 tem-se a entrada da Venezuela e o protocolo de adesão da Bolívia, que demonstra interesse em se integrar ao processo. O regionalismo aberto que também o caracteriza seria a preocupação em expandir a integração para além da área comercial. Criado em 1991 no Tratado de Assunção, ele é caracterizado como um Mercado Comum, hoje, porém, ele é considerado uma União Aduaneira Imperfeita. Isto porque a tarifa externa comum (TEC) possui exceções a alguns produtos. A livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas ainda não está implementada. 1991 – Protocolo de Brasília – trata da solução de controvérsias no bloco. 1992 – Protocolo de Las Leñas – trata de uma cooperação jurídica entre os países do bloco. 1994 – Protocolo de Ouro Preto – estabelece a personalidade Jurídica do Mercosul – Sujeito de Direito Internacional. Estabelece também a estrutura institucional do Mercosul, além da necessidade do consenso para a tomada das decisões do grupo. 1998 – Protocolo de Ushuaia – Cláusula Democrática do Mercosul – instituições democráticas são um dos pilares para o aprofundamento do Mercosul. 2002 – Protocolo de Olivos – define os sistema de solução de controvérsias do Mercosul, aprofunda e desenvolve o que iniciou-se em Brasília. 2011 – Protocolo de Montevidéu – chamado de Ushuaia 2 – reforça a característica democrática do bloco. PRINCIPAIS ÓRGÃOS DO MERCOSUL CMC – Conselho Mercado Comum – Órgão superior, principal, do Mercosul. Responsável pela condução política do processo de integração. Exerce a personalidade jurídica do bloco. GMC – Grupo Mercado Comum – Órgão executivo (e administrativo) do Mercosul. PROCESSO DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS O documento essencial para esta análise é o protocolo de Olivos (2002). Estabelece: Negociações diretas – art.4º Processo opcional GMC – que poderá atuar como mediador. Arbitragem ad doc – painel de árbitros que irão analisar a controvérsia. Tribunal Permanente de Revisão (TPR) – traz a possibilidade de recurso (duplo grau), como disposto no artigo 17, onde se analisará somente questões de direito. No entanto, no artigo 23 diz que se as partes assim quiserem, elas podem ir direto para o TPR, no qual ele fará uma análise tanto de fato quanto de direito. Existe também a possibilidade de acessos de empresas e pessoas ao processo de solução de controvérsias do Mercosul, mas é feita de maneira indireta via sessão nacional do país no grupo mercado comum. INSTÂNCIA INTERGOVERNAMENTAL A integração do Mercosul é intergovernamental, ou seja, não há instâncias supranacionais (superiores), mas é baseado no consenso. Não há efeito direto - não se pode invocar uma normativa do Mercosul em Estácio- Pará Acadêmico: um tribunal nacional, pois primeiro é necessário que tal normativa seja internalizada pela legislação brasileira. Também não há aplicabilidade imediata, pois um juiz não pode de imediato aplicar uma lei do Mercosul, ele precisa aplicar a lei brasileira. O STF já reconheceu estas duas características como parte característica do Mercosul (Acórdão Porta Rogatória 8279-RepArg1998) Ponto 9 – Direito Marítimo LIMITES DO ESTADO Composição do território • Espaço terrestre: definições de fronteiras, espaço territorial, o solo do Estado. • Espaço aéreo: é a área acima do espaço terrestre, onde o Estado exerce soberania. Tem um limite: depois de determinado ponto passa a ser espaço sideral. • Espaço marítimo: domínio marítimo foi regulamentado na Convenção de Montego Bay de 1982 (Convenção sobre o Direito do Mar): − Mar territorial: espaço em que o Estado pode exercer a sua soberania máxima e efetiva, limite: 12 milhas a partir da linha de base (do limite do espaço territorial em direção ao mar). − Zona contígua: 12 milhas, ou 24 milhas a partir da linha de base. Na zona contígua as ações que o Estado pode fazer são de fiscalização, liberdade de ação, controle de atividade suspeita. − Zona econômica exclusiva: 200 milhas a partir da linha de base. Exercício de direito soberano por parte daquele Estado: exclusividade de pesca, prospecção, colher material que pode ser comercializado. − Plataforma continental: de 200 milhas até 350 a partir da linha de base, fronteiras para o Estado pescar, extrair minerais, algas para estudo genético, pesquisas cientificas etc. Alguns países escandinavos têm problemas em relação às fronteiras, levando os casos à Corte Internacional de Justiça. Caso da Plataforma Continental do Mar do Norte: o direito do Estado soberano sobre sua plataforma continental tem por fundamento a soberania que ele exerce sobre o território – ou seja, a plataforma continental é o prolongamento natural do território. O domínio territorial do Estado vai até a plataforma continental, depois disse temos o alto mar (patrimônio comum da humanidade, não é domínio soberano de nenhum Estado). DIREITOS HUMANOS Princípio da Subsidiariedade Afirmação histórica – positivação (marcos); Internacionalização dos Direitos Humanos – Justiça Internacional a) DUDH/48 (global); b) Pactos de Direitos/66 (global); c) Pacto de San José da Costa Rica/69 (regional)*** Conceito Os direitos humanos estão firmados pelas normas jurídicas de âmbito internacional que se reconhecem ao ser humano, independentemente de sua vinculação com determinada ordem Constitucional. Os direitos fundamentais , segundo a maior parte da moderna doutrina constitucional, são aqueles reconhecidos e vinculados à esfera do Direito Constitucional de determinado Estado (SARLET, 2009a, pp. 30-31). Classificação Direitos de 1ª Geração: surgem com a Revolução Francesa (1787-1789). As características desta geração são: a) Os direitos são individuais (liberdades públicas); b) O Estado tem uma postura negativa (abstenção) = não interfere na vida do indivíduo de maneira alguma; c) A marca é a liberdade. Direitos de 2ª Geração: surgem com as Constituições Mexicana (1917), Russa (1918) e de Weimer (1919). As características desta geração são: a) Os direitos caracterizam-se em direitos econômicos e sociais; b) O Estado tem uma postura positiva (fazeres) = interfere na vida do indivíduo de maneira a, digamos, protegê-lo; c) A marca é igualdade. Direitos de 3ª Geração. Características: a) São direitos relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. São direitos transindividuais, em rol exemplificativo, destinados à Estácio- Pará Acadêmico: proteção do gênero humano; b) Pode-se dizer que são os direitos difusos e coletivos. c) A marca é a fraternidade ou a solidariedade Características Universalidade (universal => todos tem dignidade => a dignidade é o conceito que unifica toda a raça humana: independentemente de sua origem, cor, etnia, sexo, idade, condição social, religião, crença política, situação penal e outras características individuais e sociais, todos os seres humanos possuem a mesma dignidade e, por isso, devem ser igualmente respeitados.); Imprescritibilidade (não prescreve => não se perde os direitos humanos);Inalienabilidade (inalienável => não se pode alienar a dignidade => ausência de conteúdo patrimonial direto => são intransferíveis, inegociáveis); Historicidade (mudanças, evolução, ampliação do direito ao longo dos anos, como, p. ex. o direito à liberdade que surge após a Revolução Francesa; e o direito à igualdade que surge com as Constituições Mexicana, Russa e de Weimer); Irrenunciabilidade (não é possível abrir mão desses direitos). Dignidade da pessoa humana. Atributo inerente ao ser humano. Vetor de união e atração de todos os direitos humanos. Ponto 5: Sistema Interamericano de Direitos Humanos . O Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos foi desenvolvido no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA). Tal sistema baseia-se, fundamentalmente, no trabalho de dois órgãos: A Comissão Interamericana de Direitos Humanos - CIDH A Corte Interamericana de Direitos Humanos - Corte Cada um deles está composto por sete membros, nomeados e eleitos pelos Estados na Assembléia-Geral da OEA. Os membros atuam individualmente, isto é, sem nenhuma vinculação com os seus governos, e também não representam o país de sua nacionalidade. DECLARAÇÃO UNIVERSAL E CONSTITUIÇÃO FEDERAL DUDH/ 1948 Art. 1° - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (CF) – 1988 Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...) Art. 2° - 1. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO PRINCÍPIO DA IGUALDADE CF/88 • Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...) I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO PRINCÍPIO DA IGUALDADE DUDH • Art. 3° - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. CF/88 • Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...) DUDH • Art. 4° - Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas. CF/88 • Art. 5° - • III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; • XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais. DUDH • Art. 5° - Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. • Art. 5° - • III - ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento desumano ou degradante; • XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. DUDH • Art. 6° - Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei. CF/88 • Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (…) III - a dignidade da pessoa humana. • Art. 4º - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (…) II - prevalência dos direitos humanos . DUDH • Art. 7° - Todos são iguais perante a lei e tem CF/88 • Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação . de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...) § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte . DUDH • Art. 8° - Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. CF/88 • Habeas Corpus (art. 5°, LXVIII); • Mandado de Segurança (art. 5°, LXIX e LXX); • Mandado de Injunção (art. 5°,LXXI); • Habeas Data (art. 5°,LXXII). DUDH • Art. 9° - Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. CF/88 • Art. 5° - • LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; • LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. DUDH Art. 10 - Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele CF/88 • Art. 5° - • LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; • LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. DUDH • Art. 11 - • 1. Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa. CF/88 • Art. 5° • LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes ; • LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. DUDH • Art. 11 – • 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituiam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. CF/88 • Art. 5° - • XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominaçãolegal; • XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. DUDH • Art. 12 - Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e reputação. Todo o homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. CF/88 • Art. 5° - • X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; • XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; • XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas , salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. DUDH • Art. 13 – • 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. • 2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. CF/88 • Art. 5° - • LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. • XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. DUDH • Art. 14 – • 1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. • 2. Este direito não pode ser invocado em casos de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas . CF/88 • Art. 4º - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) • X - concessão de asilo político. DUDH • Art. 15 – • 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. • 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. CF/88 • Art. 12 - São brasileiros: • I – natos (…) • II – naturalizados (…) • Lei n° 818/1949. DUDH • Art. 16 – • 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. • 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. • 3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. CF/88 • Art. 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (…) • § 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. • § 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos. DUDH • Art. 17 – • 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. • 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. CF/88 • Art. 5° - • XXII - é garantido o direito de propriedade; • XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição. DUDH • Art. 18 – Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa CF/88 • Art. 5° - • IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; • VI - é inviolável a liberdade de consciência e de religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. DUDH • Art. 19 – Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras. • CF/88 • Art. 5° - IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença DUDH • Art. 20 – • 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. CF/88 • Art. 5° • XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; • XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. DUDH • Art. 20 • 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. CF/88 • Art. 5° • XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. DUDH • Art. 21 – • 1. Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. • 2. Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. = PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE. CF/88 • Art. 1° - • Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. • Art. 14 - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei (...) DUDH • Art. 21 - • 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. CF/88 • Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: • I - a soberania. • Art. 14 - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: • I - plebiscito; • II - referendo; • III - iniciativa popular. DUDH • Art. 22 – Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade. CF/88 • Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: • I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; • II - garantir o desenvolvimento nacional; • III - erradicar a pobrezae a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais ; • IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. • Art. 4°. IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. DUDH • Art. 23 – • 1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. CF/88 • Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: • I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; • II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário. DUDH • Art. 23 – • 2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. CF/88 • Art. 7° - • XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. DUDH • Art. 23 – • 3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. CF/88 • Art. 7° - • IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; • V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; • VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; • VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável. DUDH • Art. 23 – • 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses. CF/88 • Art. 8° - É livre a associação profissional ou sindical (...) DUDH • Art. 24 – Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas. CF/88 • Art. 7° - • XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; • XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; • XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. DUDH • Art. 25 – • 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. CF/88 • Art. 7° - • IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; • V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; • VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; • XXIV – aposentadoria. DUDH • Art. 25 – • 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. CF/88 • Art. 203 - A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: • I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice. • Art. 227: § 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. DUDH • Art. 26 – • 1. Toda pessoa tem direito à instrução (educação). A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnica profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. CF/88 • Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. • Art. 208 - O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: • I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; • V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. DUDH • Art. 26 – • 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. • 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada. CF/88 • Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. • Art. 229 - Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores , e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. DUDH • Art. 27 – • 1. Todo o homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seus benefícios. CF/88 • Art. 214 - A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à: • I - erradicação do analfabetismo; • II - universalização do atendimento escolar; • III - melhoria da qualidade do ensino; • IV - formação para o trabalho; • V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. • Art. 215 - O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. DUDH • Art. 27 – CF/88 • Art. 5° - • 2. Todo o homem tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual sejaautor. • XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras , transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; • XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas DUDH • Art. 28 – Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. CF/88 • Art. 4º - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: • I - independência nacional; • II - prevalência dos direitos humanos; • III - autodeterminação dos povos; • IV - não-intervenção; • V - igualdade entre os Estados; • VI - defesa da paz; • VII - solução pacífica dos conflitos; • VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; • IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; • X - concessão de asilo político. DUDH • Art. 29 – • 1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. CF/88 • Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: II - a cidadania. DUDH • Art. 29 – • 2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. • 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas. CF/88 • Art. 5º - • II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. DUDH • Art. 30 - Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer direitos e liberdades aqui estabelecidos. CF/88 • Art. 5° - • § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
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