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DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

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DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
	O instituto da suspensão do processo de execução está previsto no artigo 921, do Código de Processo Civil e tem por finalidade suspender a execução nas hipóteses previstas nesse disposto e previstas na lei.
	O artigo 921 do Código de Processo Civil possui cinco incisos, sendo que no inciso I fala das hipóteses de suspensão previstas no artigos 313 e 315 da Parte Geral do CPC, no que couber; já no inciso II do referido artigo diz que será suspenso o processo de execução em seu todo ou em parte, quando houver efeito suspensivo aos embargos de execução, sendo que tal efeito suspensivo pode ser concedido na hipótese de embargo ou impugnação, sendo que nesse caso a execução permanecerá suspensa até que sejam julgados; no inciso III dispõe que será suspensa a execução quando o devedor não possua bens penhoráveis, sendo que geralmente essa é a grande causa da maioria das suspensões que ocorrem nos processos de execução; já no inciso IV preceitua que se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitante e o exequente, sendo que no prazo de 15 (quinze) dias, não requerer a respectiva adjudicação nem haver a indicação de outros bens penhoráveis, nesse caso, poderá o exequente posteriormente proceder com nova tentativa de alienação dos bens penhorados; e por fim o inciso V diz que haverá a suspensão do processo de execução quando concedido o parcelamento previsto no artigo 916 do CPC, consiste na hipótese de suspender a execução durante o prazo estipulado para que o executado (devedor) possa adimplir a obrigação junto ao exequente.
	Será adentrado e pormenorizado a suspensão da execução no inciso III, do artigo 921 do CPC, por ser essa, atualmente, a maior causa de suspensão do processo de execução, que conforme já foi mencionado, ocorre quando constatado que o devedor (executado) não possui bens. Sendo assim, caso não seja encontrado nenhum bem pertencente ao devedor, o processo poderá ficar suspenso pelo prazo de 01 (um) ano (artigo 921, § 1°, CPC), sendo que dentro desse período não há a configuração da prescrição intercorrente.
	Transcorrido o prazo de 01 (um) ano, insta salientar, que para que a prescrição continue suspensa é necessário que o credor (exequente) manifeste-se através das providências cabíveis para que o processo de execução volte a marcha processual. Desprende-se, portanto, que caso o exequente manifeste com atos para dar prosseguimento no feito a em relação ao processo de execução, a prescrição não correrá, podendo o processo vir a ser suspenso novamente caso ainda não se encontre nenhum bem penhorável do devedor. Agora, caso o processo de execução seja suspenso novamente (agora a segunda vez), e após um ano de suspensão do processo de execução, o exequente se mantem inerte e não pratica nenhum ato ou providência para que haja impulsionamento do feito (no sentido de buscar bens do devedor), a prescrição voltará a correr.
	Isto posto, caso constatado de que houve a prescrição, o juiz decretara-la de oficio, por ser matéria de ordem pública, mas, antes deverá conceder as partes a oportunidade para no prazo de 15 (quinze) dias se manifestarem.
	Cumpre ressaltar, que o rol apresentado no artigo 921 do Código de Processo Civil não é taxativo, e nesse sentido explica Marcos Vinicius Rios Gonçalves “A execução pode ficar suspensa, por exemplo, em razão de ação autônoma, anteriormente ajuizada, na qual se postula a inexigibilidade do título executivo. Ou em razão de ação rescisória da sentença, na qual tenha sido deferida liminar.” (RIOS, p. 824, 2016).
EXTINÇÃO DE PROCESSO DE EXECUÇÃO
A extinção do processo de execução está prevista no artigo 924, mas o rol elencado neste artigo não pode ser considerado taxativo, por haver outros modos de extinção do processo. No citado artigo existem cinco hipóteses que podem ocorrer quando a petição inicial for indeferida; ou a obrigação for satisfeita; ou o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida; ou o exequente renunciar ao crédito e; ou ainda no caso se ocorrer a prescrição intercorrente. Sendo que em sentido estrito não existe sentença e termina com a satisfação do direito do exequente. 
Gonçalves (2017, p. 229) salienta que a extinção do processo na execução a sentença tem natureza peculiar não podendo “ser considerada nem como de extinção com resolução de mérito, nem de extinção sem resolução de mérito na execução”, ficando ressalvada a possibilidade de extinção pelo reconhecimento da prescrição que se reveste de coisa julgada material.
O artigo 924 do código de processo civil é chamado de princípio do desfecho único porque fala que “a execução deve terminar, em regra, com a satisfação do crédito, ou, ao menos com a sua extinção, pela remissão ou renuncia ao crédito”. (STRECK; NUNES; CUNHA,2016, p. 1185)
Câmara (2017, p. 417) enfatiza que o importante na extinção do processo de execução é “ter claro é que, em sede de execução, não há cogitar-se em extinção com ou sem resolução do mérito. Não é disso que se trata aqui, pois não se está diante de um procedimento cognitivo. Nos procedimentos executivos deve-se falar em extinção com ou sem satisfação do crédito”.
Para o aludido autor só poderia falar em resolução de mérito se o executado tivesse oferecido embargos por ter “ natureza de processo de conhecimento autônomo” ou no caso de “se tiver sido apresentada impugnação ao cumprimento de sentença (que instaura um incidente cognitivo no procedimento executivo destinado ao cumprimento de sentença) ”. (CÂMARA, 2017, p. 417) 
Gonçalves (2017, p. 229) salienta que a “finalidade dessa sentença é declarar que foi constatada alguma das causas de extinção e encerrar a execução”, por ser o inverso de como “ocorre no processo de conhecimento, o processo não alcança o se objetivo com a prolação dessa sentença, mas com a satisfação do credor, seja pelo cumprimento da obrigação, seja por outra forma equivalente”.
REFERÊNCIAS
CÂMARA, Alexandre Freitas. O novo processo civil brasileiro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 556 p. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009941/cfi/6/72!/4/40@0:24.5>. Acesso em: 09 nov. 2017.
	
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
______. Novo curso de direito processual civil: execução, processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 356 p. v.3
STRECK, Lenio Luiz; NUNES, Dierle; CUNHA, Leonardo Carneiro da (Org.). Comentários ao código de processo civil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 1440 p. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502635609/cfi/1185!/4/4@0.00:35.7>. Acesso em: 09 nov. 2017.

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