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RESUMO PSICO SOCIAL II AV1 (1)

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RESUMO / ESTUDO PARA AV1
PSICOLOGIA SOCIAL II
PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRIA
Importância da crítica – A Psicologia sócio-histórica carrega consigo a possibilidade de crítica. Não apenas por uma intencionalidade de quem a produz, mas por seus fundamentos epistemológicos e teóricos. Porque tais perspectivas fazem uma Psicologia descolada da realidade social e cultural, que é constitutiva do fenômeno psicológico. E essa é uma questão importante, porque é a partir dessa descolagem que se constituiu o processo ideológico da Psicologia. Passamos a contribuir significativamente para ocultar os aspectos sociais do processo de construção do fenômeno psicológico em cada um de nós. Fazemos ideologias. Um segundo elemento faz da Psicologia Só-Histórica uma abordagem crítica. Ela permite romper com uma tradição classificatória e estigmatizadora da ciência e da profissão. A psicologia Sócio-Histórica pretende assim ser crítica porque posicionada. Exige a definição de uma ética e uma visão política sobre a realidade na qual se insere o nosso objeto de estudo e trabalho. Sua forma de pensar a realidade e o mundo psicológico não pode ser dissociada dessa perspectiva e da necessidade destes posicionamentos.
TRAZER CONTRADIÇÃO E CONFLITO À TONA
O mundo social e o mundo psicológico caminham juntos em seu movimento. Para compreender o mundo psicológico, a Psicologia terá obrigatoriamente de trazer para seu âmbito a realidade social na qual o fenômeno psicológico se constrói; e, por outro lado, ao estudar o mundo psicológico, estará contribuindo para a compreensão do mundo social. Trabalhar para aliviar o sofrimento psicológico das pessoas exigirá do psicólogo um posicionamento ético e político sobre o mundo social e psicológico.
MARXISMO (LUTA DE CLASSES)
Fundamenta-se no marxismo e adota o materialismo histórico e dialético como filosofia, teoria e método. Nesse sentido, concebe o homem como ativo, social e histórico; a sociedade, como produção histórica dos homens que, através do trabalho, produzem sua vida material; as idéias, como representações da realidade material; a realidade material, como fundada em contradição que se expressam nas idéias; e a história, como o movimento contraditório constante do fazer humano, no qual, a partir da base material, deve ser compreendida toda produção de idéias, incluindo a ciência e a psicologia.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
É o conjunto de explicações, de crenças e idéias que são partilhadas e aceites coletivamente numa determinada sociedade e que são o produto das interações sociais .É um saber comum a um grupo, aparecendo frequentemente associada ao conhecimento do senso comum .
As representações sociais são indispensáveis nas relações humanas .
• Fazem parte do processo de interação social, permitindo aos membros de um grupo se comunicarem e se compreenderem .
• É também uma forma dos indivíduos explicarem e fundamentarem as suas opiniões e comportamentos.
ANCORAGEM
O “não-familiar” torna-se familiar processo de assimilação do novo ao que já existe. Precede e/ou situa-se na sequência da objetivação.
Precede: qualquer tratamento da informação exige pontos de referência.
• É a partir das experiências e dos esquemas já estabelecidos que o objeto da representação é pensado
Segue: função social das representações.
• Permite compreender a forma como os elementos.
Representados contribuem para exprimir e constituir as relações sociais.
Ancoragem: é o processo de transformar algo estranho e perturbador em algo comum, familiar.
O sujeito procede recorrendo ao que é familiar para fazer uma espécie de conversão da novidade.
Exemplo: as mulheres de baixa renda do interior da Paraíba não tem conhecimento científico sobre a pílula contraceptiva, mas sabem a sua função. Elas irão se referir à pílula contraceptiva como uma massinha podre que vai se juntando dentro da mulher até que entope o canal vaginal.
Para Moscovici (2003) ancorar é: ...classificar, e dar nome a alguma coisa.
OBJETIVAÇÃO
É o processo através do qual as representações complexas e abstratas se tornam simples e concretas. No processo de objetivação, alguns elementos são
excluídos/esquecidos e outros são valorizados/desenvolvidos de forma a explicar a realidade de modo mais simples, preciso e comunicável.
A objetivação envolve também um processo de reagrupamento das idéias e das imagens em torno de um mesmo assunto: diferenças étnicas, política, saúde, etc
A objetivação une uma idéia de não-familiaridade com a realidade, torna-se a verdadeira essência da realidade. Para esclarecer o conceito de Objetivação um bom exemplo é a imagem de Deus (abstrato) codificada em
Pai (concreto), apresentada por Moscovici.
A objetivação e a ancoragem funcionam como um todo no processo de apropriação do real. As representações estão muito marcadas pela cultura, pela sociedade: a cada época, a cada sociedade, correspondem representações sociais.
Convém lembrar que as representações sociais não são homogêneas no interior de uma mesma sociedade: diferentes grupos sociais podem partilhar representações diferentes sobre uma mesma realidade.
Podemos concluir que as representações sociais dão sentido ao que pensamos; orientam e regulam o nosso comportamento.
Apesar de não termos, muitas vezes, consciência da sua existência, estão subjacentes ao modo como encaramos o mundo e os outros, e, portanto, ao nosso comportamento.
As representações permitem que as pessoas orientem as suas ações no mundo físico e social em que estão inseridas, permitindo-lhes que se adaptem de modo rápido e adequado.
Objetivação cria a realidade em si; a Ancoragem lhe dá significação.
IDENTIDADE E IDENTIDADE PSICOSSOCIAL
Quando se referem ao conceito de identidade, ao autores empregam expressões distintas como imagem, representação e conceito de si; em geral, referem-se a conteúdos como conjunto de traços, de imagem, de sentimentos que o indivíduo reconhece como fazendo parte dele próprio. O termo consagrado na literatura norte americana é self – correspondendo a conceito de si. A identidade se refere a um conjunto de representações que se responde a pergunta quem és.
É possível compreender a identidade pessoal como e ao mesmo tempo identidade social, superando a falsa dicotomia entre essas duas instâncias. O indivíduo se configura ao mesmo tempo como personagem e autor –personagem de uma história que ele mesmo constrói e que, por sua vez, o vai construindo como autor.
O estudo da identidade, refere-se à presença de múltiplos personagens (embora a parência de totalidade que se identifica evoca) que ora se conservam, ora se sucedem, ora coexistem,ora se alternam.
Assumimos vários papéis, ora na nossa vida familiar, ora na vida profissional, na vida acadêmica, etc. Somos plurais. Várias identidades.
O vocábulo identidade evoca tanto a qualidade do que é idêntico, igual, como a noção de um conjunto de caracteres que fazem reconhecer um indivíduo como diferentes dos demais. Identidade é o reconhecimento de que um indivíduo é o próprio de que se trata, como também é unir, confundir a outros iguais. Ao mesmo tempo em que o indivíduo se representa ao outro a partir de sua pertença a grupos e/ou categorias, percebe sua unicidade a partir de sua diferença. Essa diferença é essencial para a tomada de consciência de si e é inerente à própria vida social, pois a diferença só aparece tomando como referência o outro. É importante, também, não limitar o conceito de identidade ao de autoconsciência ou autoimagem. A identidade é o ponto de referência a partir do qual surge o conceito de si e a imagem de si, de caráter mais restrito.

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