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PÓS-MODERNISMO ROBERT VENTURI Nascido em Philadelphia em 1925, e atualmente com 92 anos, fundou o escritório Venturi Scott Brown Associates e criou um legado que trouxe diversidade e inovação ao panorama da profissão da arquitetura. Venturi é considerado um dos principais teóricos pós- modernistas iniciando a crítica norte-americana e sendo um dos primeiros a se desconectar do movimento moderno. Em 1966 com o livro “Complexidade e contradição em arquitetura” Venturi critica o “menos é mais” e se vê contra o excesso de suavidade produzida pela arquitetura moderna afirmando que a complexidade da vida moderna precisava de uma arquitetura multifuncional. Acreditava que a arquitetura deveria dialogar com seu entorno, Venturi foi influenciado pela vanguarda artística da época, refletindo isso em suas obras, utilizava elementos que expressassem diversos significados simultâneos e a funcionalidade, reafirmava o caos das grandes cidades assumindo o que já existia. Residência Vanna Venturi Construída para sua mãe, a residência apresenta características contraditórias, como os elementos da fachada que sugerem fechamento, mas é aberto através de interrupções. Feita para confrontar diretamente o movimento moderno, em cada ângulo existe algo de oposto ou contraditório, foi construída no mesmo período em que Venturi escrevia seu livro “Complexidade e contradição em arquitetura”. A casa em forma de cabana trás certa simetria ao mesmo tempo em que a mesma é quebrada por certos elementos, um exemplo: janela de guilhotina da esquerda encontra uma resposta na janela em fita à direita, ou a grande abertura da entrada e o rasgo acima dela, não interrompendo o fechamento, mas deixando esse acontecimento para o elemento logo atrás, a chaminé. A fachada toda fechada vai, novamente, contra o movimento modernista e suas fachadas de vidro, são nestes detalhes que Robert Venturi deixa claro sua visão de arquitetura. FRANK O. GEHRY Arquiteto canadense estudou arquitetura na Faculdade do Sul da Califórnia, trabalhou em diversos escritórios de arquitetura até criar o seu próprio em 1962. Tornando-se um dos fundadores do Desconstrutivismo, tendência na arquitetura que rompe com a tradição e resgata o papel da emoção, sua arquitetura é formalista, escultural, pictórica, apresentando frequentemente curvas feitas em metal que, no entanto, são originadas a partir de pedaços de papel cortado e uma boa imaginação. Gehry se destacou por descartar ideias experimentadas e testadas para ousar e inventar novas formas passou do concreto para a madeira compensada até chegar ao aço para a criação de suas esculturas funcionais. Museu Guggenheim Com curvas que surgem aleatoriamente, Gehry considerou que o prédio deveria refletir a cidade e ao mesmo tempo ser um elemento totalmente novo, que chamasse a atenção. Localizado em uma das regiões mais secas da Espanha, o edifício é revestido de titânio polido que reflete a luz do sol, foi destinado a se tornar memoria do centro tradicional siderúrgico e já que se encontra em um porto seu revestimento lembra vagamente escamas de peixe. A fragmentação, a descontinuidade e a complexibilidade são fatores que marcaram este como um edifício extremamente criativo. Enquanto Robert Venturi iniciava sua critica ao modernismo trazendo de volta os fatores históricos com o Neo-classicismo, Frank O. Gehry trazia uma visão do futuro com seu Desconstrutivismo. Apesar de ambos terem uma visão contra o movimento antecessor, suas linguagens eram extremamente diferentes, com Gehry indo ao extremo das formas.
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