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Doenças cardiovasculares 1

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1 INTRODUÇÃO
Doenças cardiovasculares (DCV) podem ser definidas como patologias que causam alterações no funcionamento do sistema circulatório, responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as células e órgãos. Tais doenças são consideradas um grave problema de saúde pública, já que a cada ano cresce ainda mais o número de pessoas diagnosticadas com a enfermidade, devido principalmente ao modo de vida agitado e sedentário. 
	Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em nível global, sendo que somente em 2012, 17,5 milhões de pessoas morreram por DVC, o que representou um índice de 31% das mortes no mundo. Sendo que em 2016, somente no Brasil, 1,2 milhões de pessoas morreram em decorrência da enfermidade. Estima-se que em 2025 a prevalência da doença atingirá 29% da população mundial e que em 2030 cerca de 23,6 milhões de pessoas perecerão devido à patologia. 
Existem várias tipologias da doença tais como insuficiência cardíaca, angina, infarto agudo do miocárdio (IAM), doenças hipertensivas e valvares, arritmias, sendo as mais preocupantes a doença das artérias coronárias (DAC) e a doença das artérias do cérebro (RADOVANOVIC et al., 2014). Somente em 2016, 420 mil pessoas morreram em consequência de acidentes vasculares cerebrais (AVC) enquanto 300 mil tiveram infarto agudo do miocárdio (OMS BRASIL, 2016)
Quanto aos fatores de risco relacionados à etiologia da DCV destacam-se a hiperglicemia, hiperlipidemia, uso de contraceptivo, historia familiar, idade, sexo e raça, além dos comportamentais - obesidade, tabagismo, etilismo, sedentarismo, má alimentação (MAGALHÃES et al., 2014). Segundo Andrade et al. (2013), condições socioeconômicas também podem ser citadas como fatores determinantes para o desenvolvimento da doença, já que na população de países em desenvolvimento prevalece situações como o tabagismo, níveis elevados de estresse e excessivas jornadas de trabalhos.
Todas as manifestações da doença ocorrem devido a aterosclerose, processo no qual placas de gordura e cálcio se depositam nas artérias dificultando a circulação sanguínea, chegando em casos extremos a impedi-la completamente. Os principais sintomas das doenças cardiovasculares incluem angina de peito, alterações de memória, acidente vascular cerebral (AVC) e tonturas (RADOVANOVIC et al., 2014).
Apesar da gravidade da patologia, esta pode ser prevenida e tratada com a adoção de um estilo de vida saudável, com a prática de exercícios físicos regulares e perda de excesso de peso. Logo, uma abordagem dos fatores de risco, principalmente os comportamentais, bem como o acompanhamento médico regular na população com alto risco cardiovascular pode ser determinante para a redução dos índices associados a DVC. 
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Determinar os fatores de risco associados a doenças cardiovasculares.
2.2 Objetivos Específicos
Pontuar as principais tipologias e sintomas das doenças cardiovasculares;
Descrever os principais tratamentos prescritos para pacientes diagnosticados com DCV;
Apresentar as principais formas de prevenção contra as patologias.
3 METODOLOGIA
O presente trabalho é um revisão qualitativa e descritiva a partir de levantamento de artigos científicos através de PubMed, SCIELO, Medline, Lilacs e Google acadêmico através dos descritores doenças cardiovasculares e hipertensão. Os critérios de inclusão foram a conceituação da patologia, suas características e etiologias das principais cardiopatias, métodos de prevenção e fatores determinantes na sua ocorrência, os de exclusão foram artigos anteriores a 2010 e que não contemplassem o objetivo geral da pesquisa. 
4 DOENÇAS CARDIOVASCULARES
	O sistema circulatório é formado por um dos órgãos mais importante do organismo, o coração, responsável pelo bombeamento de sangue, transporte de oxigênio e dos nutrientes necessários ao funcionamento adequado das células e órgãos. Quando este sistema passa por alterações que dificultam estes processos, surgem as denominadas doenças cardiovasculares consideradas pela OMS como uma das patologias como alta morbimortalidade.
	As doenças cardiovasculares ocorrem essencialmente pelo acúmulo de gorduras nas paredes sanguíneas (aterosclerose), fato que tem início precoce e silenciosamente progride por anos até apresentar sintomas súbitos e em alguns casos fatais. Em outros casos, o estilo de vida inapropriado, sedentarismo, altos índices de colesterol, estresse excessivo também podem ser fundamentais para o desenvolvimento da patologia (MAGALHÃES et al., 2014).
Ao classificar as DCV podemos ordená-las em duas categorias: as que apresentam sintomas e as que se desenvolvem silenciosamente. No primeiro grupo, destacam-se a angina ou arritmias cardíacas e na segunda a hipertensão ou a aterosclerose. Devido a estas características da doença, faz-se necessário a consulta regular ao cardiologista, principalmente em que já tem histórico familiar da patologia. Entre as doenças mais comuns destacam-se a hipertensão, doenças nas válvulas cardíacas, endocardite, miocardite, arritmias cardíacas, infarto agudo do miocárdio, doenças cardíacas congênitas e tumores no coração (ANDRADE et al., 2013).
	Nas diversas tipologias da doença, os sintomas variam, mas normalmente se manifestam quando a doença já compromete o organismo, o que dificulta a sua prevenção. Dentre os sintomas mais comuns associados a DCV destacam-se a dificuldade respiratória (causada principalmente pela obesidade), angina de peito (sensação de aperto ou opressão no peito que pode se estender pelo pescoço e braço), alterações do ritmo cardíaco (descompasso dos batimentos do coração, acompanhados de crises de ansiedade e vômito), insuficiência cardíaca (incapacidade do coração em bombear o sangue através das artérias para os órgãos, o que se manifesta como fadiga, falta de ar e de forças); dormência em um lado do corpo; confusão mental; dificuldade para enxergar; dor de cabeça intensa; perda do equilíbrio, desmaio ou inconsciência (BERWANGER et al., 2013; SOUZA et al., 2013).
Os estudos realizados por RADOVANOVIC et al. (2014) com enfoque na hipertensão demonstraram a prevalência da DCV em indivíduos do sexo feminino, principalmente entre a faixa etária acima de 50 anos, apesar de constatação de inúmeros casos em pessoas do sexo masculino e com idade inferior. Em relação ao tabagismo, a pesquisa apontou altos níveis da doença em fumantes e ex-fumantes, uma vez que a doença apresenta associação significativa com outras patologias. Quanto a obesidade, o estudo apontou que pessoas obesas tem 2,35 mais chances de desenvolver uma DCV que um individuo com índice de massa corporal (IMC) normal. Níveis elevados de colesterol é outro fator de risco comumente citado nos estudos realizados acerca do tema. Estes indicam que cerca de 50% dos indivíduos que apresentam elevação nas taxas de colesterol também desenvolvem doenças cardiovasculares. 
	O diagnóstico da doença é realizado usualmente quando os sintomas da DVC são evidentes, mediante exames de ecocardiograma, eletrocardiograma, angiografia, prova de esforço radiografia, radioscopia, ressonância magnética, Tomografia Emissão de Positrões (PET) e angioplastia. Sendo apenas um especialista o único capacitado para diagnosticar a doença e prescrever os medicamentos necessários para o tratamento da mesma (QUINTANA, 2011).
	Segundo Magalhães et al. (2014), para promover o controle dos fatores de risco associados a patologia faz-se necessário que os indivíduos abandonem o hábito de fumar; façam um controle regular da hipertensão, glicemia e níveis de gordura no sangue; mudem os hábitos alimentares deixando de lado os alimentos gordurosos, privilegiando o consumo de legumes, vegetais, fruta e cereais; e realizem exames periódicos de saúde (ANDRADE et al., 2013).
A OMS (2016) destaca duas frentes de intervenção primária das DCV, uma relacionada a políticas de influência para conscientizar a população dos danos do tabagismo, etilismoe ingestão de alimentos nocivos, ricos em gordura, sal e açúcar, bem como investimento dos governos em vias públicas para a prática de exercícios físicos, além do fornecimento de alimentos saudáveis no âmbito escolar. Por outro lado, o uso contínuo e controlado de medicações devidamente prescritas por especialistas. Estas intervenções isoladamente podem facilmente causar benefícios à população cardiopata, mas a associação entre elas tem demonstrado ser altamente eficiente. Em casos extremos, onde as práticas acima relacionadas já não apresentam resultado expressivo, necessita-se de intervenções secundárias como operações cirúrgicas para a revascularização cardíaca, reparação ou substituição de válvulas cardíacas e transplantes.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, J. P.; MATTOS, L. A. P.; CARVALHO, A.C.; MACHADO, C. A.; OLIVEIRA, G. M. M. Programa Nacional de Qualificação de Médicos na Prevenção e Atenção Integral às Doenças Cardiovasculares. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 100, nº 3, p. 203-11, 2013. Disponível em: <http://www.arquivosonline.com.br/2013/10003/pdf/interativa-10003.p
df. Acesso em: 17 out. 2017.
BERWANGER, O.; MATTOS, L. A. P.; MARTIN, J. F. V.; LOPES, R. D.; FIGUEIREDO, E. L.; MAGNONI, D.; PRECOMA, D. B.; MACHADO, C. A.; GUIMARÃES, J. I.; ANDRADE, J. P. Prescrição de Terapias Baseadas em Evidências para Pacientes de Alto Risco Cardiovascular: Estudo REACT. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 100, nº 3, 2013. p. 212-20, 2013. Disponível em: <http://www.arquivosonline.com.br/2013/10003/pdf/
interativa-10003.pdf. Acesso em: 17 out. 2017.
MAGALHÃES, F. J.; MENDONÇA, L. B. A.; REBOUÇAS, C. B. A.; LIMA, F. E. T.; CUSTÓDIO, I. L.; OLIVEIRA, S. C. Fatores de risco para doenças cardiovasculares em profissionais de enfermagem: estratégias de promoção da saúde. Rev. Bras. Enferm., v. 67, nº 3, p.394-400, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v67n3/0034-7167-reben-67-03-0394.pdf. Acesso em: 17 out. 2017.
OMS BRASIL. Doenças cardiovasculares. Brasília: 2016. Disponível em: <http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5253:doencas-cardiovasculares&Itemid=839>. Acesso em: 20 out. 2017.
QUINTANA, J. F. A relação entre hipertensão com outros fatores de risco para doenças cardiovasculares e tratamento pela psicoterapia cognitivo comportamental. Rev. SBPH, v. 14 nº 1, Rio de Janeiro, p. 3-17, 2011. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v14n
1/v14n1a02.pdf. Acesso em: 20 out. 2017.
RADOVANOVIC, C. A. T.; SANTOS, L. A.; CARVALHO, M. D. B.; MARCON, S. S. Hipertensão arterial e outros fatores de risco associados às doenças cardiovasculares em adultos. Rev. Latino-Am. Enfermagem., v. 22, nº 4, p. 547-53, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v22n4/pt_0104-1169-rlae-22-04-00547.pdf>. Acesso em: 20 out. 2017.
SOUZA, R. K. T.; BORTOLETTO, M. S. S.; LOCH, M. R.; GONZÁLEZ, A. D.; MATSUO, T.; CABRERA, M. A. S.; REMONDI, F. A.; YONAMINE, C, Y. Prevalência de fatores de risco cardiovascular em pessoas com 40 anos ou mais de idade, em Cambé, Paraná (2011): estudo de base populacional. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 22, nº 3, p. 435-44, 2013. Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v22n3/v22n3a08.pdf>. Acesso em: 20 out. 2017.

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