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FARMACOLOGIA DO SNA Fármacos Colinérgicos ARACAJU - SE 2017 FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU Disciplina: Farmacologia PROF. ÍTALO JOSÉ ALVES MOREIRA Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Nervos (eferente) Autonômicos Nervos (eferente) Somáticos Nervos (aferente) Sensoriais Simpático Parassimpático Divisão do Sistema Nervoso Simpático Predomina durante ‘respostas ativas’ stress, luta e fuga Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Predomina durante ‘respostas passivas’ repouso e digestão Introdução ao SNA Olho Coração Brônquios Trato gastrointestinal Ureter Intestino Bexiga Genitais Bexiga Genitais Medula adrenal Fígado Brônquios Vasos sanguíneos Coração Glândulas Olho Pâncreas Glândulas sudoríparas Glândulas Nervo Vago Torácico Lombar Sacral Pós-ganglionar colinérgica Pós-ganglionar adrenérgica Pré-ganglionar colinérgica Contrai a pupila Estimula glândulas exócrinas Diminui atividade cardíaca Estimula a atividade do estômago e pâncreas Contrai a bexiga e Relaxa o esfíncter Promove ereção Contrai os brônquios Simpático Parassimpático colinérgica Diltata a pupila Inibe glândulas exócrinas Acelera o coração Inibe a atividade do estômago e pâncreas Secreção de Adrenalina e NA Promove ejaculação Relaxa a bexiga E Contrai o esfíncter Relaxa os brônquios Relaxa os vasos Estimula liberação de glicose Adaptado de Despopoulos & Silbernagl Color Atlas of Physiology, 5a ed, 2003 Sinapse no gânglio Adaptado de Katzung, BG. Farmacologia Básica e Clínica, 9ª ed, 2006. Sinapse no órgão efetor Sinapse Terminal nervoso Vesículas sinápticas Membrana pré-sináptica Fenda sináptica Membrana pós-sináptica Axônio Glia Membrana pós-sináptica Principais transmissores no SNA Acetilcolina (ACh) Noradrenalina (NA) Terminações Parassimpáticas (Colinérgicas) Terminações Simpáticas (Adrenérgicas) Transmissão Colinérgica ACh ATP VAT AcetilCoa+Colina ACh CHT Na+ Colina ChAT Teminação nervosa pré-sináptica Membrana pós- sináptica Etapas na transmissão: 1- Sintese da ACh; 2- Armazenamento da ACh; 3- Liberação da ACh 4- Interação com os receptores colinérgicos. 5- Remoção rápida da ACh da vizinhança dos receptores nicotínicos. 1 2 3 4 5 AChE Colina Acetato Receptores colinérgicos Efeitos ACh Ca2+ Ca2+ Proteínas auxiliares na fusão das vesículas (SNAP e VAMP) + - M2* •Terminações nervosas pós-ganglionares CHT= transportador de colina ChAT= colina acetiltransferase VAT = transportador vesicular AChE = acetilcolinesterase Receptores nicotínicos (nAChR) Canal iônico regulado por ligante Receptor nicotínico na fibra muscular Receptores muscarínicos (mAChR) N exterior interior Proteína G C ACh Canal iônico K+ GTP Adenilil ciclase ATP cAMP M2 e M4 inibitório (Gi) Efetores Fosfolipase C PIP2 IP3 DAG M1, M3 e M5 excitatório (Gq) GDP N exterior interior C GTP Receptores muscarínicos são sujeitos a dessensibilização. Gânglios e medula supra-renal: receptores nicotínicos Órgãos efetores: receptores muscarínicos Placa motora: receptores nicotínicos Ações da Acetilcolina Órgão Efeito Redução da frequência cardíaca (M2) Redução da contratilidade Redução da velocidade de condução AV Contração do músculo ciliar: miose (M3 e M2) Secreção das glândulas lacrimais Ativação da NO sintase endotelial (M3) (endotélio vascular) Relaxamento do músculo liso: dilatação arteriolar Contração músculo liso brônquico (M3 e M2) Aumento da secreção brônquica Ações da Acetilcolina Órgão Efeito Aumento da motilidade e secreção (M3 e M2) Relaxamanto dos esfíncteres Contração do músculo detrusor da bexiga Relaxamento do esfíncter (M3 > M2) Tremor, hipotermia (M2) Despertar, Aprendizado (mAChR) Memória a curto prazo ? *** Como as drogas atuam na transmissão colinérgica Drogas que afetam a síntese, transporte ou liberação da ACh Drogas que atuam como agonistas ou antagonistas dos receptores colinérgicos Receptores colinérgicos Membrana pós- sináptica AChE Colina Acetato Ca2+ ACh ATP ACh VAT AcetilCoa+Colina ACh CHT Na+ Colina ChAT Teminação Nervosa pré-sináptica Ca2+ + Drogas que afetam a hidrólise da ACh Colinomiméticos Drogas que atuam na transmissão colinérgica Ação indireta Carbamatos Organofosfatos Acetilcolina Betanecol Carbacol Pilocarpina Nicotina Lobelina Nicotínicos Muscarínicos Inibidores da AChE Alcalóides Ésteres de colina Ação Direta (agonistas) Miose Redução da pressão intraocular Ésteres de colina: Efeitos e Usos terapêuticos I Cloreto de ACh (Miochol-E®): miose rápida (cirurgia catarata); Carbacol: causa miose (cirurgia oftálmica). Betanecol (Urecholine®, Liberan®) -tratamento da retenção urinária ou esvaziamento inadequado da bexiga (pós- operatório). -tratamento da hipotonia do TGI: estimulador da motilidade (p.o./s.c.). -↑ Motilidade peristáltica TGI (causa cólicas) (+) secreção HCl Contração do músculo detrusor Relaxamento do esfíncter e trígono ↓Frequência cardíaca ↓contratilidade átrial (reduz DC) Vasodilatação (via NO) = queda da PA Broncoconstrição Estimulação de glândulas exócrinas Cevimelina (Evoxac®): agonista seletivo M3 - Tratamento da xerostomia (odontologia). Ésteres de colina: Efeitos e Usos terapêuticos II Asma (↑ reatividade das vias aéreas) Insuficiência coronariana (↑ queda da resistência periférica) Úlcera péptica (↑ atividade TGI/secreção HCl) Obstrução mecânica da bexiga ou TGI (↑ força de esvaziamento) Ésteres de colina Contraindicações Efeitos indesejados Sudorese • Ação prolongada; •> 100x mais potente que ACh • Lipossolúvel: alta absorção no TGI Alcalóides: Muscarina Origem: Fungo (Amanita muscaria) Sem uso clínico • Mimetiza as ações da ACh em músculo liso, cardíaco e glândulas. Muscarina Alcalóides: Pilocarpina • Agonista parcial de receptores muscarínicos • Ação predominantemente muscarínica em glândulas salivares, sudoríparas, lacrimais. Importância clínica: •Tratamento da Xerostomia •Tratamento do Glaucoma -Reduz a pressão intraocular (longa duração) Miose Tratamento com pilocarpina Pilocarpina Drogas que atuam na transmissão colinérgica Colinomiméticos Ação Direta (agonistas) Ação indireta Carbamatos Organofosfatos Nicotínicos Muscarínicos Inibidores da AChE Alcalóides Ésteres de colina • Amina terciária; > penetração no SNC Agonistas Nicotínicos Sem uso clínico -Nicotina é coadjuvante no tratamento antitabagismo -Ferramentas farmacológicas NICOTINA Origem: Tabaco (Nicotiana tabacum) Ações: Estimula receptores nicotínicos - nos gânglios autônomos (>) - na placa terminal motora Drogas que atuam na transmissãocolinérgica Colinomiméticos Ação Direta (agonistas) Ação indireta Carbamatos Organofosfatos Nicotínicos Muscarínicos Inibidores da AChE Alcalóides Ésteres de colina Anticolinesterásicos Ca2+ ACh Co-T ACh VAT AcetilCoa+Colina ACh CHT Na+ Colina ChAT Axônio Ca2+ Receptores colinérgicos Membrana Pós-sináptica Colina Acetato Anticolinesteráticos AChE + ACh ACh ACh ACh Gânglios autônomos Neurônios colinérgicos JNM 1.Acetilcolinesterase: colinesterase verdadeira, eritrocitária ou específica. -Presente nas sinapses colinérgicas. -Hidrolisa a ACh. Colinesterases 2. Pseudocolinesterase: butirilcolinesterase, inespecífica, colinesterase sérica. -Presente no soro, LCR, fígado, pele, cérebro e músculo liso GI. -Hidrolisa ACh e outros compostos do tipo éster: procaína, suxametônio etc. Anticolinesterásicos Ações periférica e central ↑ Secreções de glândulas (salivares, lacrimais e brônquicas) ↑ Atividade peristática Broncoconstrição Bradicardia Miose Dificuldade de acomodação da visão Dificuldade respiratória ACh Efeitos adversos: Colinomiméticos Antagonistas colinérgicos Drogas que atuam na transmissão colinérgica Substâncias que atuam nos receptores colinérgicos Muscarínicos Nicotínicos Ca2+ ACh Co-T ACh VAT AcetilCoa+Colina ACh CHT Na+ Colina ChAT Axônio Ca2+ Receptores muscarínicos Membrana Pós-sináptica Colina Acetato SNAP VAMP Antagonistas muscarínicos AChE + Efeito Antagonistas muscarínicos Antagonistas muscarínicos O que esperar de um antagonista muscarínico??? Efeito da Ach Miose ↑ de motilidade GI ↑ de salivação Broncoconstrição Bradicardia Envenenamento Efeito do antagonista muscarínico Midríase Constipação Boca seca Broncodilatação Taquicardia Antídoto!!! Atropina • Alcalódie da Atropa belladona •Bloqueio de receptores muscarínicos por competição. Usos terapêuticos: • Pré-medicação anestésica: efeito antissecretor; • Antídoto para agentes colinérgicos; • Envenenamento por pesticidas ou cogumelo; • Tratamento da bradicardia sinusal; • Doença de Parkinson*; • Efeito midriático no olho. Midríase Tratamento com atropina Atropa belladona Outros antagonistas Ipratrópio: • Derivado sintético: amônio quaternário Usos: •Efeito broncodilatador: usado no tratamento da COPD (aerossol ou inalação) • Tratamento de rinorréa Ciclopentolato, tropicamida: •Aminas terceárias Uso: •Dilatação da pupila (colírios) Benztropina: Usos: Tratamento de doenças de Parkinson; Tratamento de distúrbios de movimento causados por antipsicóticos. Outros antagonistas Escopolamina (Buscopan®): • Alcalóide de Datura stramonium • Amina terciária: penetração > no SNC Usos: Tratamento de cólicas TGI ou TGU; Cinetose, antiemético; Contra-indicação: glaucoma Datura stramonium Pirenzepina: •Seletiva para receptores M1; Uso: • Tratamento da úlcera péptica (inibe a secreção gástrica). Dicicloverina: Usos: Tratamento da síndrome do cólon irritável (antiespasmódico). Efeitos adversos dos antagonistas muscarínicos - Boca seca - Taquicardia - Agitação -Altas concentrações podem causar bloqueio ganglionar, causando hipotensão. CONFUSÃO MIDRÍASE Transmissão Adrenérgica Catecolaminas Síntese das catecolaminas Tirosina DOPA Dopamina Noradrenalina Adrenalina Tirosina hidroxilase DOPA descarboxilase Dopamina β-hidroxilase Feniletanolamina N-metiltransferase Ações das catecolaminas endógenas Dilatação da pulila (midríase) Órgão Efeito Aumento da força e frequência cardíaca Aumento da velocidade de condução AV Aumento da força de contração Vasoconstrição (1 ) Relaxamento (vasos do músc. esquelético ou pele: 2) Relaxamento do músculo liso brônquico (2) Diminui a motilidade do trato GI 1 Órgão Efeito Relaxamento do músculo detrusor (2) Contração do trígono e esfincter da bexiga (1) Despertar Humor Regulação central da pressão arterial (2) ? Estimula liberação de glicose Inibe glândulas exócrinas Ações das catecolaminas endógenas Drogas que atuam na transmissão adrenérgica T Na+ Tirosina Tirosina Na+ DOPA DA TH NA NET DA ATP NPY NA DH VMAT2 MAO DOPGAL + - Ca2+ Ca2+ + NA Drogas de ação indireta: afetam a liberação de NA Drogas de ação direta: agonistas ou antagonistas dos receptores adrenérgicos Drogas de ação mista DDC Ação Direta Atuam nos receptores Drogas que atuam na transmissão adrenérgica Agonistas Antagonistas Não seletivos (, ) Seletivos ADR ADRENALINA Efeitos das catecolaminas ADR 2 1 Vasoconstrição (vasos periféricos) Vasodilatação (vasos do músculo esquelético) 1 Frequência cardíaca Força de contração Velocidade de condução ADR 2 Broncodilatação ADR Vasoconstrição (vasos periféricos) NORADRENALINA 1 Relaxamento (vasos do músculo esquelético) 2 << ADR NA NA Efeitos das catecolaminas 1 Frequência cardíaca Força de contração Velocidade de condução NA NORADRENALINA 2 glicogenólise Pâncreas insulina Fígado Pâncreas glucagon Efeito hiperglicemiante 3 Tecido adiposo Lipólise Lipólise Efeitos das catecolaminas 2 NA NA NA Catecolaminas ADRENALINA Choque anafilático Parada cardíaca Prolongar a ação de anestésicos locais (coinjeção) NORADRENALINA Uso clínico limitado ISOPRENALINA Bloqueio cardíaco Asma (não é a mais usada) DOPAMINA Durante o choque séptico para restabelecer a perfusão tecidual Farmacocinética: Ação de rápido início e curta duração Não são administradas por via oral e não atravessam a BHE. USOS CLÍNICOS LIMITADOS Efeitos Adversos Sistema cardiovascular: Hipertensão, Taquicardia e Arritmias Hemorragia cerebral Tremores musculares (2) SNC: Ansiedade; inquietação; insônia Delírio, alucinações e psicoses Catecolaminas SALBUTAMOL, METAPROTERENOL, ALBUTEROL, TERBUTALINA, SALMETEROL E OUTROS (agonistas seletivos 2) 2 AGO Menores efeitos sobre o coração. Não são substratos para a COMT. Agonistas seletivos 2 Broncodilatação Clembuterol: ↑ frequência e força de contração do músculo esquelético (longo prazo); USO ILÍCITO COMO SUBSTÂNCIA ANABÓLICA. Ação Direta Atuam nos receptores Drogas que atuam na transmissão adrenérgica Agonistas Antagonistas Não seletivos (, ) Seletivos Usos terapêuticos: tratamento da hipertensão, angina, arritmia cardíaca (após infarto), glaucoma ( pressão intraocular), profilaxia da enxaqueca, insuficiência cardíaca. Ausência de vasodilatação no músculo esquelético Frequência Força de contração PROPRANOLOL E OUTROS 2 Antag 1 Antag Antagonistas (não seletivos) Broncoconstrição Efeitos adversos Antagonistas (não seletivos) Outros: tolerância exercício físico, Extremidades frias Fadiga, Distúrbios do sono Hipoglicemia de jejum (contraindicação paradiabéticos) BRADICARDIA Efeitos adversos: Em altas doses pode ocorrer aumento da resistência vias aéreas, tolerância exercício físico, hipoglicemia Vantagem: menor efeito broncoconstritor. Usos terapêuticos: tratamento da hipertensão, angina e arritmia cardíaca (após infarto) Atenolol, Metoprolol, Betaxolol Frequência Força de contração 1 Antag Antagonistas 1 (seletivos) Uso terapêutico: Glaucoma de ângulo aberto Relaxamento Músculo Ciliar Produção do humor aquoso Antagonistas e glaucoma Antagonistas 1 Antag Fármacos mais usados: Betaxolol Levobunolol Metipranolol Timolol Levobetaxolol Carteolol Não seletivos Seletivos 1 RANG H. P., DALE M. M., RITTER J. M. Farmacologia, 7ª Edição, Elsevier, Rio de Janeiro, Brasil, 2012. KATZUNG B. G. Farmacologia Básica e Clínica, 12ª Edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, Brasil, 2014. PANUS, PETER. C. et al. Farmacologia para fisioterapeutas. Porto Alegre: AMGH, 2011. italofarma@yahoo.com.br Bibliografia
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