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Estruturas cristalinas Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade, segundo a qual seus átomos ou íons estão arranjados em relação uns aos outros. Material cristalino é aquele no qual os átomos estão situados em um arranjo que se repete ou que é periódico ao longo de grandes distâncias atômicas. Estruturas cristalinas Células unitárias Sob certas condições normais de solidificação, todos os metais, muitos materiais cerâmicos e certos polímeros formam estruturas cristalinas. Como a estrutura do cristal perfeito é um agrupamento regular de átomos, distribuídos numa rede espacial, os arranjos atômicos podem ser descritos completamente pela especificação das posições dos átomos num modelo unitário repetitivo da rede espacial. Tal unidade repetitiva da rede espacial é chamada célula unitária. Estruturas cristalinas Células unitárias A célula unitária consiste na unidade estrutural básica ou bloco de construção básico da estrutura cristalina. Esta célula define a estrutura cristalina em virtude da sua geometria e das posições dos átomos no seu interior. A grande maioria dos átomos metálicos se cristaliza com estruturas cristalinas muito simples, conforme ilustra a tabela a seguir. Estruturas cristalinas Células unitárias Estrutura Metal CFC Ag, Al, Au, Ca, Co-, Cu, Fe-, Ni, Pb, Pd, Pt, Rh, Sr HC Be, Cd, Co-, Hf-, Mg, Os, Re, Ru, Ti-, Y, Zn, Zr- CCC Ba, Cr, Cs, Fe-, Fe-, Hf-, K, Li, Mo, Na, Nb, Rb, Ta, Ti-, V, W, Zr- Estruturas cristalinas Estruturas cristalinas de metais Cerca de 2/3 dos elementos metálicos apresentam empilhamento de CFC ou HC, à temperatura ambiente, ao se solidificar. Dos 1/3 restantes, a maioria são metais alcalinos (família IA) e metais de transição (família IIIB, IVB, VB, VIB, VIIB, VIIIB, IB), que tendem a ter estrutura CCC. Ao se utilizar o modelo de esferas rígidas, para representar a estrutura cristalina, cada esfera representa um núcleo iônico. Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC) A figura a seguir apresenta, para uma estrutura cristalina CFC: (a) uma representação da célula unitária através de esferas rígidas; (b) uma representação da célula unitária com esferas reduzidas; (c) um agregado de muitos átomos. Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC) No modelo de esferas rígidas para a célula unitária CFC, as esferas ou núcleos iônicos se tocam umas às outras através de uma diagonal da face. O comprimento da aresta do cubo (a) e o raio atômico (r) estão relacionados através da expressão: 2 r 2 a Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC) A seguinte expressão pode ser adotada para o cálculo do número de átomos por célula (N): 8 N 2 N N vf Onde Nf é o número de átomos nas faces e Nv é o número de átomos nos vértices. Tem-se que Nf = 6 e Nv = 8; então N = 4. Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC) Defini-se fator de empacotamento atômico (F.E.A.) como a fração do volume de uma célula unitária que corresponde a esferas sólidas, em que cada esfera sólida representa um núcleo iônico. A seguinte expressão pode ser adotada para F.E.A.: unitária célula da total volume unitária célula uma em átomos de volume F.E.A. Para um estrutura CFC, o fator de empacotamento atômico (F.E.A.) é 0,74. Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC) A figura a seguir apresenta, para uma estrutura cristalina CCC: (a) uma representação da célula unitária através de esferas rígidas; (b) uma representação da célula unitária com esferas reduzidas; (c) um agregado de muitos átomos. Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC) No modelo de esferas rígidas para a célula unitária CCC, as esferas no centro e nos vértices tocam-se ao longo da diagonal do cubo. O comprimento da aresta do cubo (a) e o raio atômico (r) estão relacionados através da expressão: 3 r 4 a Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC) A seguinte expressão pode ser adotada para o cálculo do número de átomos por célula (N): 8 N N N vi lOnde Ni é o número de átomos no interior e Nv é o número de átomos nos vértices. lTem-se que Ni = 1 e Nv = 8; então N = 2. Para um estrutura CCC, o fator de empacotamento atômico (F.E.A.) é 0,68 Estruturas cristalinas Estrutura cristalina hexagonal compacta (HC) A figura a seguir apresenta, para uma estrutura cristalina HC: (a) uma representação da célula unitária com esferas reduzidas; (b) um agregado de muitos átomos. Estruturas cristalinas Estrutura cristalina hexagonal compacta (HC) A seguinte expressão pode ser adotada para o cálculo do número de átomos por célula (N): 6 N 2 N N N vfi Tem-se que Ni = 3, Nf = 2 e Nv = 12. Então N = 6. Para um estrutura HC, o fator de empacotamento atômico (F.E.A.) é 0,74. Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica simples (CS) A figura a seguir apresenta, para uma estrutura cristalina CS, uma representação da célula unitária através de esferas rígidas. Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica simples (CS) No modelo de esferas rígidas para a célula unitária CS, as esferas nos vértices tocam-se ao longo da aresta do cubo. O comprimento da aresta do cubo (a) e o raio atômico (r) estão relacionados através da expressão: r 2 a Estruturas cristalinas Estrutura cristalina cúbica simples (CS) A seguinte expressão pode ser adotada para o cálculo do número de átomos por célula (N): 8 N N v lOnde Nv é o número de átomos nos vértices. Tem-se que Nv = 8; então N = 1. Para um estrutura CS, o fator de empacotamento atômico (F.E.A.) é 0,52.
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