Buscar

AVALIAÇÃO Leitura e Produção de Textos 2014 1 PRESENCIAL Gabarito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

� 
	INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO
	X
	AVALIAÇÃO CONTINUADA: 25 PONTOS
	Código: 
	INFORMAÇÕES DOCENTE
	Turma / Código:
	DISCIPLINA:
Leitura e Produção de Textos
	TURNO
	MANHÃ
	NOITE
	
EaD
	
	
	
	
	
	
	PROFESSOR: Maria Eugênia Moreira Gomes
		INFORMAÇÕES DISCENTE	
	ALUNO (A):
	RA:
	DATA: 
	NOTA:
	INSTRUÇÕES:
Esta avaliação será realizada individualmente.
Ao redigir, fique atento(a) à escrita, à coesão, à coerência textual e à norma culta da Língua Portuguesa.
Leia com bastante atenção o enunciado das questões e responda da maneira mais clara e objetiva.
A INTERPRETAÇÃO DAS QUESTÕES TAMBÉM FAZ PARTE DA AVALIAÇÃO. 
Tenha bastante atenção à terminologia empregada nas respostas; este também é um critério de avaliação.
Avaliação realizada a lápis não terá direito a revisão de notas.
	1ª QUESTÃO
	3,0 pontos 
	CORREÇÃO: ________ pontos
	Item por questão
	 pontos
	
TEXTO 1
A origem medieval do trote universitário
A cada temporada de matrículas, o trote volta a preocupar. Mas ele é também uma forma de inserir os calouros na nova fase, algo que os antropólogos costumam chamar de "ritual de passagem". Trata-se de uma tradição medieval - no sentido temporal da palavra. Sim, a prática do trote persiste desde a Idade Média.
Segundo Antonio Zuin, professor do departamento de Educação da Universidade Federal de São Calos (UFSCar), os candidatos aos cursos das primeiras universidades europeias não podiam frequentar as mesmas salas que os veteranos e, portanto, assistiam às aulas a partir dos "vestíbulos" - local em que eram guardadas as vestimentas dos alunos. "As roupas dos novatos eram retiradas e queimadas, e seus cabelos, raspados. Essas atividades eram justificadas sobretudo pela necessidade de aplicação de medidas profiláticas contra a propagação de doenças", explica Zuin, que é também autor do livro O Trote na Universidade: Passagens de um Rito de Iniciação.
Mais intrigante é a origem do termo "trote": é uma alusão à forma pela qual os cavalos se movimentam entre a marcha lenta e o galope. A aplicação da palavra ao mundo das relações entre calouro e veterano tem, na visão de Zuin, um significado claramente negativo. É como se o primeiro devesse ser "domesticado" pelo segundo "por meio de práticas vexatórias e dolorosas, que têm a função de esclarecer quais são as características das respectivas identidades". Paulo Denisar Fraga, filósofo e professor da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG), ilumina outro termo do "vocabulário do calouro": "bixo", que no contexto do ingresso na universidade é utilizado para designar os novos alunos. "É um trocadilho desumanizador, em que a letra 'x' indica, depois do vestibular, aquele que está marcado".
DIAS Marina. A origem medieval do trote universitário. São Paulo: Veja, 2009. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/origem-medieval-trote-universitario. Acesso em: 29 março 2011. Adaptado.
TEXTO 2
http://novacharges.wordpress.com/category/charges/page/2/
Comparando a reportagem acima com a charge, pode-se concluir que
a charge, por meio da linguagem não verbal, representa o período de origem do trote que a reportagem menciona.
a intertextualidade entre a charge e a imagem da Teoria da Evolução apresenta a evolução do estudante universitário com relação aos trotes.
a mudança das interjeições presentes na fala das personagens são as responsáveis pela mudança de sentido, não sendo necessário relacionar imagem e texto.
a reportagem e a charge apresentam o trote de forma pejorativa, capaz de desumanizar tanto o agressor quanto a vítima.
	2ª QUESTÃO
	3,0 pontos 
	CORREÇÃO: ________ pontos
	Item por questão
	 pontos
	
A charge representa um grupo de cidadãos pensando e agindo de modo diferenciado, frente a uma decisão cujo caminho exige um percurso ético. Considerando a imagem e as ideias que ela transmite, avalie as afirmativas que se seguem.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Disponível em: <http://etica-bioetica.zip.net>. Acesso em: 30 ago. 2010.
I. A ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; cada um terá que escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar a autoética.
II. A ética política supõe o sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo de agir na sociedade.
III. A ética pode se reduzir ao político, do mesmo modo que o político pode se reduzir à ética, em um processo a serviço do sujeito responsável.
IV. A ética prescinde de condições históricas e sociais, pois é no homem que se situa a decisão ética, quando ele escolhe seus valores e as suas finalidades.
V. A ética se dá de fora para dentro, como compreensão do mundo, na perspectiva do fortalecimento dos valores pessoais.
É correto apenas o que se afirma em
A I e II.		B I e V.		C II e IV.		D III e IV. 		E III e V.
	3ª QUESTÃO
	3,0 pontos 
	CORREÇÃO: ________ pontos
	Item por questão
	 pontos
	
(ENADE) Para preservar a língua, é preciso o cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio da norma padrão e consequente distância da não padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da humanidade.
PORQUE
A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade.
XAVIER, A. C. & CORTEZ, S. (orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvérsias da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, p.72-73, 2005 (com adaptações).
Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, assinale a opção correta.
A As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
D A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
E As duas asserções são proposições falsas.
	4ª QUESTÃO
	6,0 pontos 
	CORREÇÃO: ________ pontos
	Item por questão
	 pontos
	
Cadê os plural?
Ricardo Freire
	É só impressão minha, ou está cada vez mais difícil ouvir plurais ortodoxos? Aqueles de antigamente, arrematados com um “s” -- plurais tradicionais, quatrocentões, oitocentões, mil-e-duzentões? É muito, muito raro encontrar por aí um plural tranquilo, de bem com a vida, resolvidão. Não. Os plurais agora estão cada vez mais enrustidos, dissimulados, problemáticos. Cada vez menos plurais são assumidos. Os plurais agora precisam ser subentendidos.
	Verdade seja dita: não somos os únicos no mundo a ter problemas com a maldita letra “s” no final das palavras. Os franceses, debaixo de toda aquela empáfia, há séculos desistiram de pronunciar o “s” dos plurais. No francês oral, o plural é indicado pelo artigo, e pronto. Ou seja: eles falam “as mina” e “os mano” desde que foram promovidos de gauleses a carregadores de baguette debaixo do braço -- e aparentemente nunca foram chamados de ignorantes por isso.
	Os italianos também não podem com a letrinha “s” no fim das palavras. Fazem seus plurais em “i” e em “e”, dependendo do sexo, ops, do gênero das palavras. Quando a palavra é estrangeira,eles simplesmente desistem de falar no plural: decretaram que termos forasteiros são invariáveis, e tudo bem. Una foto, due foto; un film, tre film; una caipirinha, quattro caipirinha. Quattro caipirinha? Hic! Zuzo bem!
	Os alemães, metódicos que só, reservam o “s” justamente a esses vocábulos estrangeiros que os italianos permitem que andem por aí sem-plural. Com as palavras do seu próprio idioma, no entanto, os alemães são implacáveis. As palavras mais sortudas ganham apenas um “e” no final, mas as outras são flexionadas com requintes de tortura -- com “n” (!) ou com “r” (!!), às vezes em conjunto com um trema (!!!) numa vogal da penúltima sílaba (!!!!), só para infernizar a vida dos alunos do Instituto Goethe ao redor do planeta.
	Práticos são os indonésios, que formam o plural simplesmente duplicando o singular: gado-gado, padang-padang, ylang-ylang. Pelo menos foi isso que eu li uma vez. (Claro que não chequei a informação. Eu detestaria descobrir que isso não é verdade.) Já pensou se a moda pega aqui, feito aquele pavoroso cigarro de cravo? Os mano-mano. As mina-mina. Um chopps e dois pastel-pastel. 
	Nem mesmo nossos primos de fala espanhola escapam da síndrome dos comedores de plural. Os andaluzes, argentinos, uruguaios e outros menos votados também não são muito chegados a um “s” final. Em vez do “s” ríspido e perigosamente carregado de saliva dos madrilenhos (que chiam quase tanto quanto os portugueses), eles transformaram o plural num acontecimento sutil, perceptível apenas por ouvidos treinados. Em Sevilha, Buenos Aires ou em Santo Domingo, o “s” vira um “h” aspirado -- lah cosah, loh panchos calienteh.
	Entre nós, no entanto, a mutilação do plural não tem nada a ver com sotaques ou incapacidade de pronunciar fonemas. Aqui em São Paulo, a falta de “s” é um fenômeno sócio-cultural. Os pobres não falam no plural por falta de cultura. Da classe média para cima, deixamos o plural de lado quando há excesso de intimidade. É como se o plural fosse algo opcional, como escolher entre “você” e “o senhor”. Se a situação exige, você vai lá e aperta a tecla PLURAL. Se a conversa for entre amigos, basta desligar, e os esses desaparecem em algum ponto entre o cérebro e a boca.
	Na minha terra, não. Imagina. Lá não se permite isso. No Rio Grande NINGUÉM fala os plurais. NUNCA. Considera-se PEDANTE quem fala plural. Trata-se de um dos pontos mais importantes do nosso dialeto. Assim como no francês oral, no gauchês oral o plural é indicado pelo artigo: os guri, as guria. Mas isso só vale no gauchês falado. Você jamais verá escritas em Porto Alegre essas coisas que se leem em placas e faixas de São Paulo, tipo COMIDAS TÍPICA ou 12 PRATOS QUENTE. Escrito, não. Para nós, a falta de plural escrito dói nos... ouvidos.
	Quando vim para São Paulo, precisei me reeducar para falar os plurais corretamente. Foi difícil, mas a experiência se revelou gratificante. Hoje em dia, tenho tanto gosto em distribuir esses a torto e a direito, que sempre acho esquisito quando alguém me corrige e diz que o certo é “cores pastel”. Como assim, “cores pastel”?
	O avanço da despluralização, no entanto, ameaça transformar São Paulo numa nova Porto Alegre, onde concordar substantivo com artigo é coisa de maricas. O que se deve fazer? Uma grande campanha educativa, com celebridades declarando que é chique falar os plurais? Lançar pagodes e canções sertanejas falando da dor-de-cotovelo causada por não usar “s” no final das palavras? Ou contratar um grupo de artistas alternativos para sair pichando muros por aí uma mensagem subversiva? Tipo assim: OS MANOS E AS MINAS.
ÉPOCA 21 de fevereiro de 2005
Freire afirma que “Aqui em São Paulo, a falta de ‘s’ é um fenômeno sociocultural”. Qual é a justificativa que o autor dá para essa afirmação?
Aqui em São Paulo, a falta de “s” é um fenômeno sócio-cultural. Os pobres não falam no plural por falta de cultura. Da classe média para cima, deixamos o plural de lado quando há excesso de intimidade. É como se o plural fosse algo opcional, como escolher entre “você” e “o senhor”. Se a situação exige, você vai lá e aperta a tecla PLURAL. Se a conversa for entre amigos, basta desligar, e os esses desaparecem em algum ponto entre o cérebro e a boca.
	5ª QUESTÃO
	10,0 pontos 
	CORREÇÃO: ________ pontos
	Item por questão
	 pontos
	
Produza um parágrafo dissertativo, posicionando-se sobre a discussão proposta por Ricardo Freire. Utilize argumentação consistente.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
� PAGE \* MERGEFORMAT �5�

Outros materiais