Buscar

casos concretos do 6 ao 8 processo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Caso concreto 6 Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime, com objetivo para preparar suas aulas de filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no sistema o que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a substituição do note mais indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve sucesso nas tentativas de solucionar administrativamente o conflito. O juiz, na fase instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus da prova determinando que o autor produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante dessa decisão indaga-se:
O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova? 
R: Não, considerando que se trata de relação de consumo cabe a inversão do ônus da prova. (art. 6º , VIII, CDC).
considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser distribuído o ônus?
R: Na forma do art. 373, CPC que determina que tem a parte que alega o ônus de provar. Cabe tratar da possibilidade de inversão e aplicação da teoria da carga dinâmica da prova.
É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os critérios para utilização dessa espécie de prova?
R: Sim, respeitando os termos do art. 372, CPC, garantindo o contraditório (prova emprestada).
Caso concreto 7 Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura ( mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois se trata de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o CPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máxim o peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana ?
R: Não está correto a informação jurídica prestada pela advogada, vide art 449 do NCPC § Único.
É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo ?
R: Sim é possível, art 384 NCPC, a requerimento do interessado.
caso concreto 8 A Administradora Joia Rara Ltda está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo (e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas ? 
R: O tema não é tão simples, considerando a quantidade de dispositivos que regem a matéria. Na verdade, o fato é que sempre que houver fundamento legal para solicitar a produção de provas, especialmente à atos novos ou desconhecidos no momento processual já ultrapassado, a tendência é a aceitação sob pena de violação ao devido processo legal e ao acesso à justiça. (arts. 319,VI c/c 336, 369, 370, 381 e 435, CPC).
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial ?
R: Prova pericial prevista nos arts. 46 4 a 480, CPC, consistindo em prova técnica realizada por perito. Já a inspeção judicial prevista nos arts. 481 a 484, CPC é realizada pelo magistrado em qualquer f ase do processo a fim de se esclarecer sob f ato interessante ao julgamento da causa.
Caso concreto 9 Questão Discursiva André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação? 
R: A resposta é afirmativa. O texto do art. 359 reflete e estende a ideia de que em todo e qualquer momento processual que for possível, deve haver a interpretação e ação favorável ao incentivo da conciliação, mediação e arbitragem, nos termos do art. 3º, §§1º a 3º do CPC/2015. O CPC/73 continha disposição similar, com maior timidez e talvez pouco incentivo prático na letra do art. 448. Não se pode perder de vista a ideia de que tais dispositivos estão amparados constitucionalmente, principalmente com o art. 5o, LXXVIII da CRFB de 1988 (razoável duração do processo).
O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível?
R: Significa que em regra, a audiência de instrução deve ter começo, meio e fim de forma ininterrupta e apenas ser cindida em caráter excepcional e devidamente justificado. Trata-se do disposto no art. 365 do CPC/2015, reproduzindo a ideia prevista no art. 455 do CPC/73, ainda que com maior definição quanto às hipóteses e tempo de recomeço da audiência. Espera-se que as agendas permitam o cumprimento dos ideais da regra da não interrupção e recomeço o mais breve possível.
Caso concreto 10 Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio?
R: Sim. A dúvida de Júlio é esclarecida quando se explica que o dispositivo é que faz coisa julgada nos casos previstos em lei. É também importante salvaguardar uma importante exceção prevista na lei 9099/95, art. 38 (caput), onde ocorre dispensa de relatório das sentenças.
O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses? 
R: O art. 494 dispõe que a sentença pode ser alterada, de oficioou requerimento, para corrigir erro de cálculo ou erro material. Pode, também, ser alterada em razão do acolhimento dos embargos de declaração. Importante também destacar que o juiz poderá exercer o juízo de retratação nas hipóteses de indeferimento da inicial (art. 331) e de improcedência liminar (art. 332,§3º).
O caso acima admite reexame necessário?
R: O reexame necessário somente é cabível nas hipóteses em que a Fazenda Pública é condenada, nos termos do art. 496 do CPC.
Caso concreto 11 Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? 
R: Todos os requisitos do artigo 963 do CPC. Art. 963. Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: I - ser proferida por autoridade competente; II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; III - ser eficaz no país em que foi proferida; IV - não ofender a coisa julgada brasileira; V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado; VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública. Parágrafo único. Para a concessão do executor às cartas rogatórias, observar-se-ão os pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, § 2o.
Quais os órgãos judiciários competentes para e homologação e execução no Brasil ? 
R: No que diz respeito a homologação de sentença estrangeira no Brasil, será incumbência do Superior Tribunal de Justiça tornar a decisão homologada, com base no que dispõe o artigo 963 do CPC/15, aos tratados entre países em vigor no Brasil, e no regimento interno do próprio tribunal superior. E se houver a necessidade de executar a decisão no território Brasileiro, a competência para processar a carta de sentença (carta rogatória), será a do juízo de 1º grau da justiça federal.
É cabível antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença estrangeira?
R: Sim, é possibilidade expressa no código de processo civil a antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença estrangeira, mesmo que no referido regramento haja tão-somente a expressão sobre a concessão de tutela de urgência, é pacífica na doutrina que tal disposição deve ser entendido no seu sentido lato, abrangendo não só a tutela já falada, mas também nas suas formas cautelares ou de evidência.
Caso concreto 12 Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou o pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela qual não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão prejudicial concluindo pela inexistência de locação prevalecendo a tese da ré acerca do comodato. Ao final o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de que inexiste contrato de locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila comemora com seu advogado e lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de despejo com novos fundamentos. O advogado afirma que infelizmente a solução da questão prejudicial na fundamentação não faz coisa julgada, podendo a autora propor nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 504 do CPC.Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a)Está correta a orientação do advogado ?
R: Não. A orientação está equivocada, pois de acordo com o art. 503 do CPC, a coisa julgada agora já pode abranger também a questão declaratória. É indispensável a comparação com o CPC/73, arts. 5o, 325 e 470. Pela sistemática anterior havia necessidade de ação declaratória incidental e requerimento específico. O CPC facilita e simplifica a extensão dos efeitos da coisa julgada, desde que cumpridos os requisitos previstos no texto legal.
b)No caso acima ocorre coisa julgada material e formal?
R: Sim. A coisa julgada material é a ‘autoridade’ que prevê indiscutível e imutável a decisão de mérito não mais sujeita a recurso e consequentemente, não poderá haver nova ação e processo sequencial para decidir o mesmo direito material já sentenciado. Arts. 485, 486 e 487combinados com os arts. 502 a 508, todos do CPC
 c)A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação processual?
R: Em regra geral a coisa julgada somente incide sobre as partes do processo, conforme a regra do art. 506. No entanto, se faz importante destacar que a regra não se aplica aos processos coletivos (art. 103 do CDC) e nos casos de alienação de coisa litigiosa (art. 109,§3º do CPC).

Outros materiais