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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM MARKETING BUFFET DE SORVETES SÃO FRANCISCO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM II SÃO PAULO 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM MARKETING BUFFET DE SORVETES SÃO FRANCISCO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM II ALUNOS: NATÁLIA HERNANDES FELIZARDO R.A.1733488 VANDERLEI VENZEL DO NASCIMENTO R.A.1702908 Projeto Integrado Multidisciplinar – Pim II, apresentado como um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente ao Curso Superior de Tecnologia em Marketing Orientadora: Daniela Menezes da Silva dos Santos Primeiro Semestre Polo: Bebedouro/SP SÃO PAULO 2017 RESUMO Este estudo trata-se de um Projeto Integrado Multidisciplinar II (PIM II), referente ao projeto de pesquisa realizado no segundo bimestre do primeiro período do Curso de Graduação Tecnológica em Gestão de Marketing da Universidade Paulista – UNIP - realizado na cidade de Bebedouro, estado de São Paulo na empresa Buffet de Sorvetes São Francisco, relativa às disciplinas Economia e Mercado, Matemática Aplicada e Comunicação Empresarial e demonstra como é importante o conhecimento teórico-prático das disciplinas elencadas, pois faz-se necessário atualmente domínio do assunto para então aplicar o conhecimento adquirido em prol do bom desenvolvimento da empresa, sendo que tais disciplinas estão intrinsecamente ligadas em relação à sua utilização no dia a dia de qualquer empresa que queira prosperar e isso poderá ser visto ao longo deste projeto. Palavras chave: Economia e mercado. Recursos materiais e patrimoniais. Matemática financeira. ABSTRACT This study is an Integrated Multidisciplinary Project II (PIM II), referring to the research project carried out in the second two-month period of the Technological Graduation Course in Marketing Management of Universidade Paulista - UNIP - held in the city of Bebedouro, state of Sao Paulo at the company Buffet de Sorvetes São Francisco, on the subjects of Economics and Market, Applied Mathematics and Business Communication, and demonstrates how important is the theoretical- practical knowledge of the disciplines listed, because it is now necessary to master the subject in order to apply the knowledge acquired for the good development of the company, and such disciplines are intrinsically linked to its use in the day to day of any company that wants to prosper and this can be seen throughout this project. KEYWORDS: ECONOMY AND MARKET, APPLIED MATHEMATICS, RESOURCES MATERIALS AND PATRIMONIALS. LISTA DE FIGURAS FIGURA 01. CICLO DE COMPRAS...........................................................................21 FIGURA 02. MATRIZ DE POSICONAMENTO EM COMPRAS.................................25 FIGURA 03. SUB-SISTEMA INTEGRADO DO PROCESSO DE DEVOLUÇÕES PROPOSTA CONCEITUAL.......................................................................................31 FIGURA 04. AMOSTRA DE EQUAÇÃO PARA CALCULO DE JUROS SIMPLES FIGURA 05. TABELA DE EVOLUÇÃO DOS JUROS COMPOSTOS AO LONGO DO TEMPO.......................................................................................................................38 FIGURA 06. EXEMPLO 01 DE PRODUTO E SUA GERAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA.........................................................................................................................40 FIGURA 07. EXEMPLO 02 DE PRODUTO E SUA GERAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA.........................................................................................................................41 LISTA DE QUADROS QUADRO 01. SOFTWARE PROPOSTA PARA AUTOMAÇÃO DE TAREFAS DE CRIAÇÃO E ANOTAÇÕES EM INVENTARIO...........................................................30 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................07 2. RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS........................................................08 2.1. ESTOQUES.........................................................................................................11 2.1.1. ESTOQUES EM UMA SORVETERIA..............................................................12 2.2. TIPOS DE ESTOQUES.......................................................................................14 2.2.1. CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES E IDENTIFICAÇÃO DE COMPONENTES EM UMA SORVETERIA.............................................................................................15 2.3. GESTÃO DE ESTOQUES...................................................................................16 2.3.1. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO........................................17 2.3.2. METODOS DE CONTROLE DE ESTOQUE....................................................18 2.3.3. SISTEMA DE COMPRAS.................................................................................19 2.3.4. NEGOCIAÇÃO EM COMPRAS........................................................................23 2.4. RECURSOS MATERIAIS NA EMPRESA ESTUDADA.......................................25 2.4.1. INVENTARIO....................................................................................................26 2.5. LOGISTICA REVERSA.......................................................................................29 2.5.1. SUB-PROCESSOS DE GESTÃO DE DEVOLUÇÕES....................................30 03. ECONOMIA E MERCADO...................................................................................31 3.1. TEORIA DA PRODUÇÃO...................................................................................32 3.1.1. DEFINIÇÃO E LEVANTAMENTO/CÁLCULO DE PRODUTIVIDADE..............33 4. MATEMÁTICA APLICADA....................................................................................34 4.1. Conceitos.............................................................................................................35 4.1.1. Juros simples e compostos..............................................................................35 4.1.1.1. Juros Compostos para expansão............................................................ ...35 4.1.2. Fluxo de caixa..................................................................................................37 4.1.3. Capitalização....................................................................................................38 4.1.3.1. Capitalização simples....................................................................................38 4.1.3.2. Capitalização composta................................................................................39 5. CONCLUSÃO........................................................................................................42 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................44 7 1. INTRODUÇÃO Neste PIM II, referente ao segundo semestre de 2017, do Curso Superior de Tecnologia de Marketing,é apresentado um diagnóstico da empresa Buffet de Sorvetes São Francisco, identificando suas práticas de gestão baseadas nas disciplinas Recursos Materiais e Patrimoniais, Economia e Mercado e Matemática Aplicada. A metodologia adotada foi a coleta de dados in loco, pela visita presencial aos diversos setores, entrevistas com o gerente responsável e acesso aos dados da contabilidade empresarial. Como nos foi ensinado recentemente através das matérias em questão do curso de marketing, competir no mercado de hoje é complexo, atualmente a qualidade é questão de obrigação, não mais um diferencial, ela está ligada em todos os setores dentro da organização. A empresa eficiente tem que pensar como manter o fluxo produtivo atendendo a demanda do mercado e ao mesmo tempo estar focada nos processos e recursos necessários para mantê-la ativa, garantindo matéria-prima para produzir e vender. Espera-se que ao final deste trabalho, o projeto alcance seu intento, que é demonstrar como se pode melhorar a gestão de um negócio aplicando técnicas corretas, métodos precisos, podendo então indicar através da ligação teórico-prática o que se pode melhorar, o que pode ser modificado para melhorar o negócio e até mesmo indicar alternativas de melhorias no empreendimento. 8 2. RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Recursos Materiais e Patrimoniais é a área de conhecimento de uma empresa onde se administra os elementos tangíveis e intangíveis para produtividade das organizações, pois são insumos e instrumentos que tornam possível o seu trabalho. Sabendo de antemão que recurso é tudo aqui que pode no futuro gerar algum tipo de riqueza, gerar recursos exige dos administradores um alto potencial para múltiplas tarefas de estratégia de uso de tais recursos, segundo inste teórico de Martins (2006, p.73) "(...) prever, organizar, comandar, coordenar e controlar e um conceito que toda Empresa deve obter. Entendemos também que a administração compreende três campos básicos: pessoal, material e financeiro". Para entendermos melhor: “Um recurso é tudo aquilo que gera ou tem a capacidade de gerar riqueza, no sentido econômico do termo.” (MARTINS, 2006). Os recursos podem ser de duas naturezas: material ou patrimonial. (BONAPARTE, 1998, p.45). Recursos Materiais são componentes que uma empresa utiliza nos processos diários para a construção do seu produto final, matéria prima (material direto), material em processo e matéria indireto. . Recursos Patrimoniais resume-se ao conjunto de riquezas da empresa, os prédios, equipamentos, instalações, e veículos e podem ser classificados como; * Tangíveis: São os que podem ser tocados, como por exemplo, máquinas e veículos e; , * Intangíveis: São aqueles que não podemos tocar, por exemplo, o logotipo. De acordo com as aulas do bimestre a administração de recursos nestes sentidos seria o abastecimento produtivo de materiais que seriam obrigatórios, indispensáveis e necessários à fabricação de um produto ou concretização completa de um serviço. Assim sendo, através da leitura de Borges (2009) visa-se neste sentido administrar tais para obtenção de: • Preços baixos; • Alto giro de estoques; • Baixo custo de aquisição e posses; • Continuidade de suprimento; 9 • Consistência de qualidade; • Pouca despesa com pessoal; • Relações favoráveis com os fornecedores; • Aperfeiçoamento do pessoal; • Bons registros. A administração de recursos materiais por sua vez tange o segmento específico/exclusivo de materiais, é uma atividade interacional junto a Logística Empresarial, que abrange a execução e gestão de todas as tarefas de suprimento, transporte e manutenção, um conceito que toda empresa deve obter em sua filosofia e organização. É essencial ter em mente que não devemos abrir um negócio tão somente em torno de algo que somos apaixonados ou tão pouco pelo fato e desejo em ser um empresário. É importantíssimo conhecer o mercado, saber quais são as oportunidades e quais são os riscos da atividade, é preciso verificar a viabilidade financeira do negócio através de um plano de negócios detalhado que mostrará os recursos materiais e patrimoniais para o sucesso do empreendimento. De acordo com notícia publicada pelo site UOL, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) muitas empresas fecham as portas antes de dar resultados: De cada dez empresas, seis não sobrevivem após cinco anos de atividade, segundo a pesquisa Demografia das Empresas 2014, divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados são referentes a 2014, mas só foram divulgados agora, e são retirados do Cempre (Cadastro Central de Empresas). Das 694,5 mil empresas abertas em 2009, apenas 275 mil (39,6%) ainda estavam em funcionamento em 2014. Após o primeiro ano de funcionamento, mais de 157 mil (22,7%) fecharam as portas. O estudo não investiga os motivos para o fechamento, diz a analista do IBGE Katia Medeiros Carvalho, mas aponta que a sobrevivência das empresas tem relação direta com o tamanho delas. Empresas com mais empregados tendem a permanecer mais tempo no mercado, enquanto as de menor porte têm taxas de sobrevivência mais baixas. Após cinco anos, sobreviveram: 70% das empresas com 10 ou mais empregados; 61,8% das empresas que entre 1 e 9 funcionários; 32,9% das empresas sem empregados. (UOL ECONOMIA, 2017, TEXTO ONLINE). Com o mercado em constante crescimento, as empresas procuram melhorias regulares e continua na provisão de seus serviços e produtos a este mercado dinâmico. Com a preocupação em atender a crescente demanda, as organizações começaram a trabalhar melhor seus estoques e recursos patrimoniais produtivos, 10 pois, de acordo com as aulas deste semestre estas empresas querem uma vantagem competitiva e atender a toda sua demanda na quantidade desejada. Dentro deste contexto este trabalho tem como objetivo realizar um diagnóstico do modelo de gestão de estoque utilizado por uma empresa do ramo de alimentos do município de Sobral e baseado nas metodologias existente propor um sistema de gestão de estoques que mais se adéqüe a realidade da empresa. O segmento de sorveteria tem cada vez mais adotado esse tipo de preocupação estratégica, por isso escolhemos para dissertar este PIM a empresa Buffet Sorveteria São Francisco. Como toda empresa de médio ou pequeno porte no Brasil nos primeiros anos, a Buffet de Sorvetes São Francisco passou por várias fases difíceis da economia. O proprietário pensou muitas vezes em desistir do prédio no qual a sorveteria se encontra, e isso porque, o prédio é alugado, mas para reverter tal situação começou a remontar sua estratégia e gestão de insumos para produzir mais, vender mais rápido, atender os clientes mais satisfatoriamente, atender as solicitações dos clientes internos e externos, etc. Adotando um sistema inteligente de gestão/provisão de estoque, gestão de compras de matéria prima, gestão de suprimentos e outras medidas começou a ter retornos acima da média. A estrutura que deve ser pilar dos sistemas funcionais produtivo-operativos da empresa são: Em relação aos recursos patrimoniais, o Buffet de Sorvetes São Francisco conta com uma estrutura de aproximadamente 183 metros de construção, divididos em vários ambientes, sendo: 3 (três) salas, 2 (dois) banheiros sociais com acesso para deficientes,1 (uma) área de dispensação. As instalações são limpas, arejadas, funcionais e confortáveis para clientes e colaboradores. Os equipamentos são modernos e adequados, atendendo às normas da ANVISA, e também às normas de higiene e segurança do trabalho, estabelecidas pelos órgãos oficiais competentes. Os freezers usados para congelar e conservar os sorvetes e picolés, no total de seis, estão sempre nas temperaturas de -18° a -23°C para melhor preservação, seguindo as normas da ANVISA. 11 2.1. ESTOQUES Para Ballou (2001, p. 249 apud RODRIGUES, 2010) “estoques são pilhas de matérias-primas, insumos, componentes, produtos em processo e produtos acabados que aparecem em numerosos pontos por todos os canais logísticos e de produção da empresa”. Já segundo Daft (2007) o estoque é visto como o insumo disponível para o processo produtivo e sistematizado de todas as operações da organização “os produtos que a organização mantem em mãos para uso no processo de produção até o ponto de venda dos produtos finais para os clientes”. Para entendimento de tais estimativas, poderemos dizer ainda que estoque é toda forma de bens físicos e duráveis que atendem as necessidades operacionais de alguma organização imediatamente ou ao longo da cadeia de valor. Estoque ainda poderá ser conceituado como toda armazenagem de materiais que serão usados em algum momento na empresa no pré, durante fabricação ou pós fabricação/produção de bens e serviços. Para Moreira (1996, p. 463): entende-se categoricamente como estoque: Quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo; constituem estoques tanto os produtos acabados que aguardam venda ou despacho, como matérias- primas e componentes que aguardam utilização na produção. O mesmo Moreira (1996) ainda acredita que funcionalmente o estoque determine os processos de fluxo de negócios, pois eles dimensionam o volume de entradas e saídas de suprimentos nas organizações. (...) haja vista o volume de saída dos produtos serem diferentes dos volumes de entrada, caso não houvessem os estoques esta relação seria prejudicada, ocasionando por vezes a falta de matéria-prima ou de produtos acabados para que as empresas possam dar continuidade as suas atividades. (MOREIRA, 1996, p.465). Estoques ainda são os elementos preventores e paliativos de resposta às incertezas mercadológicas dos tantos ciclos produtivos das organizações modernas, pois segundo atesta Martins (2009) não se pode prever ao certo a quantidade e a data de utilização dos insumos e matérias primas armazenados, assim como as mercadorias fabricadas guardadas, assim sendo, o estoque e sua gestão é dimensionada a sempre deixar bens duráveis e não duráveis a disposição satisfatória do processo produtivo de uma organização. Desta constatação surge o 12 conceito da utilização de médias, de dados passados, de parâmetros, para com base neles, projetar uma quantidade de estoque a ser comprada para ser consumida no futuro. Estoque é um elemento presumível de giro de ativos produtivos dentro de um mercado muito técnico, muito dinâmico, muito acelerado e muito sem previsibilidade. Chiavenato (2003, p. 58) mostra que o surgimento da administração moderna se deu por meio da necessidade de organizações melhorarem seus processos produtivos: “Assim, a eficiência está voltada para a melhor maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou executadas (métodos de trabalho, a fim de que os recursos (pessoas, máquinas, matérias-primas etc.) sejam aplicados da forma mais racional possível”. 2.1.1. ESTOQUES EM UMA SORVETERIA Uma sorveteria pode além dos sorvetes acondicionados em freezers já prontos para a venda, como prontos em freezers internos para demanda futura, ainda apresentam um ROL EXTENSO de insumos. TETRAPAK (2017) destaca que os principais estoques de uma sorveteria em termos produtivos são: EMBALAGENS A embalagem de sorvetes tem várias funções, entre elas a de promovê-los e vendê-los. Deste modo, os principais tipos de embalagens são: Casquinhas Squeeze Copos Contêineres - com ou sem IML (In Mould Label) Papel de empacotamento OPP EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO: 13 São equipamentos para armazenamento e acondicionamento ideal de gênero alimentício amplamente perecível, no mercado sorveteiro o principal tipo de equipamento neste sentido são os freezers e geladeiras especiais. MATERIAS PRIMAS A BASE DE CACAU Os sorvetes têm de ser produzidos com soluções artificiais alimentícias em conjunto com matérias primas como leite, açúcar, glicose e outros, 67% dos produtos artificiais e misturas para fazer os sorvetes são a base de cacau. Destacamos no rol de matéria prima neste sentido, o cacau em pó natural e alcalino com diferente valor de ph e teor de gordura, assim como manteiga e massa de cacau. INCLUSÕES No segmento de sorveteria são complementos para aumentar a saborosidade do produto, dar uma sensação de mais gostoso, incrementar a mistura de sabores, atribuindo personalidade gastronômica, visual e sofisticabilidade aos sorvetes, os ingredientes secos e os confeites/coberturas molhados(as) e ainda ingredientes consistentes, por exemplo, lascas de chocolate, marshmallows, pequenos confeitos e biscoitos. ONDULAÇÕES E COBERTURAS No segmento de sorveteria seja de pequeno ou grande porte estes são itens que não podem faltar no suprimento material de um estabelecimento fabricante/comercializante de tal produto. As ondulações e coberturas existem em grande variedade de sabores de frutas, caramelo ou chocolate - elas dão um sabor mais interessante e, ao mesmo tempo, atraem os clientes. Nossas ondulações e coberturas para a indústria de sorvetes têm as seguintes características: Sabor excelente, 14 Textura macia, Ideais para aplicações em diferentes temperaturas, Excelente capacidade de congelamento (não endurecem quando são congeladas). ESTABILIZANTES E EMULSIFICANTES Os estabilizantes e emulsificantes são fundamentais para a qualidade de seus produtos. Fornecemos estabilizantes e emulsificantes, integrados, misturados ou como ingredientes únicos, para: Sorvete Sorvete à base de frutas Gelados à base de água Produtos lácteos Sobremesas Molhos e temperos Sucos Queijo 2.2. TIPOS DE ESTOQUES Atualmente possuem-se vários métodos de controle de estoque e métodos estocagem que se bem elaboradores contribuem para um grande impacto no caixa da empresa e em seus custos operacionais. Seja qual for o método que uma empresa use as metas para a gestão de estoque são verdadeiras, independentemente da indústria ou do produto. Para o contorno conceitual de Slack et al (2009) a falta de controle de estoque e categorização dos estoques é um problema seríssimo, pois “as várias razões para desequilíbrio entre a taxa de fornecimento e de demanda em diferentes pontos de qualquer operação leva a diferentes tipos de estoque”. Arnold (1999, p.34) observa que hoje podemos tipificar os estoques sob a égide de inúmeras possíveis classificações, onde “existem muitas maneiras de classificar estoques. Uma classificação frequentemente utilizada se relaciona ao 15 fluxo de materiais que entra em uma organização, passa por ela e dela sai”. Os principais tipos de estoques dentro de uma organização contemporânea são: a) Matéria - prima: sãoitens comprados e recebidos que ainda não entram no processo de produção; b) Produtos em processo: matérias – primas que já entraram no processo de produção e estão em operação; c) Produtos acabados: são os produtos que saíram do processo de produção e aguardam para serem vendidos como itens completos. (SLACK, 2009, p.81). 2.2.1. CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES E IDENTIFICAÇÃO DE COMPONENTES EM UMA SORVETERIA MATÉRIA PRIMA: Leite em pó e substitutos: O principal insumo dos sorvetes é o leite, dentro do formato em pó garante mais consistência, cremosidade, sensação de mais gosto na boca do consumidor, estabilidade aos choques térmicos durante acondicionamento até o consumidor final, produto mais resistente a derretimento e perecibilidade. O leite em pó em consorte com substitutos com diferentes níveis de proteína e teor de gordura que vão atender às necessidades individuais na produção de sorvetes. Óleos e Gorduras: São compostos inseridos em um só produto substrato ou a reunião dos mesmos, os principais insumos relacionados a óleos e gorduras na indústria de sorvetes são. Gordura do leite Gordura da manteiga Azeite de dendê (amêndoa) Óleo de coco São essenciais nos processos de mistura do sorvete e produção de coberturas e confeitos molhados. 16 ESTABILIZANTES E EMULSIFICANTES: Servem para dar textura aos sorvetes, além de facilitar a mistura entre o óleo e a água de alguns alimentos se misturem. Além disso, estas matérias primas ainda possibilitam estabilidade com o aumento da viscosidade e promovem emulsão estável de óleo em água. Mantêm as características de corpo. 2.3. GESTÃO DE ESTOQUES A administração proativa de estoques proporciona uma maior organização das ações de estoque, disponibilizando as informações de forma racional e prática e, com isso, eliminando retrabalhos que este departamento torna habitual em muitas organizações que não possuem gerência graduada de tal segmento. A armazenagem de materiais também é uma preocupação constante do administrador neste sentido. Ballou (2004) cita que os processos coligados A armazenagem tem um custo (posse e conservação da área, conservação dos próprios materiais, custo de pessoal, etc), além do próprio custo do estoque imobilizado. Assim pela padronização e pelo planejamento deve-se procurar reduzir a quantidade de material armazenado e aumentar a velocidade com que ele entra e sai dos locais de armazenagem. Deve-se também estar atento às modernas técnicas e equipamentos de armazenagem e embalagem, para aumento da eficiência e a redução de custos. (BALLOU, 2001). A administração de estoques é também uma tarefa da qual o administrador de materiais não deve se descuidar. Sua eficiência leva à redução de materiais armazenados, citada acima, permite uma previsão de consumo e aquisições, além de permitir todo o planejamento do ciclo de materiais da empresa. (ESTRELA e BACELLAR, 2001, p.111). A armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao sistema de recursos materiais e patrimoniais uma facilitação nos processos de suprimentos, pois na área de suprimentos é necessário adotar um sistema de armazenagem racional de matérias-primas e insumos para que faltas não atrapalhem o atendimento da cadeia de valor e nem o excesso desnecessário torne a demanda ociosa e pereça com o tempo. Ainda atesta elencarmente Estrela e Bacellar (2001, 17 p.114) que no processo de produção, são gerados estoques de produtos em processo, e, na distribuição, a necessidade de armazenagem de produto acabado é, talvez, a mais complexa em termos logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às exigências e flutuações do mercado. A importância da Armazenagem na área de conhecimento que estamos retratando neste momento é que ela leva soluções para os problemas de estocagem de materiais que possibilitam uma melhor integração entre as cadeias de suprimento, produção e distribuição. 2.3.1. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO O Planejamento e Controle de Produção pode ser considerado como um elemento central do sistema de manufatura e decisivo na estratégia da empresa especialmente no que tange estoques. Administrar a produção e operações de uma empresa é similar a gerenciar toda complexidade. Administrar a produção e as operações pode ser vista como a parte da administração que gerencia o processo produtivo, pela utilização eficaz dos meios de produção (matéria-prima, equipamentos e mão-de-obra) na busca por obter produtos ou serviços com elevados índices de desempenho e com a qualidade assegurada no montante correspondente aos recursos usados. É necessário utilizar adequadamente as funções gerenciais de planejamento, organização, comando, coordenação e controle. As responsabilidades destas funções, de acordo assonante a Corrêa; Gianesi; Caon (1997) serão proativamente: Planejamento é o processo de decisão sobre o volume de produção que deve ser fabricado no futuro, a curto, médio e longo prazo; Programação é o processo de programar as atividades de produção para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados, em cada momento, nas atividades certas e prioritárias. 18 Controle é o processo de emissão de ordens, instrução das pessoas responsáveis pela execução do trabalho, coordenação e acompanhamento de materiais e do trabalho realizado, comparado ao planejado, e geração de informações de resultados. 2.3.2. METODOS DE CONTROLE DE ESTOQUE Os métodos de controle de estoque servem para dar suporte ao sistema de planejamento e controle de produção. Bowersox e Closs (2001, p.44) aponta que os principais no contexto da logística e de gerencia fundamental capsular de recursos materiais e patrimoniais são: METODO PEPS, MÉTODO UEPS, MÉTODO MPM. De acordo com SBM SISTEMAS (2017) estes métodos podem ser assim analisados: O método PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) obedece a uma ordem cronológica à medida que as mercadorias entram e saem do estoque. Assim, quando as vendas acontecem, dá-se baixa nas primeiras unidades que entraram, ou seja, as mercadorias que chegaram primeiro, são as primeiras a serem despachadas, seja para produção, seja na efetivação das vendas. Neste método de gestão de estoque, usam-se os custos dos lotes mais antigos quando as mercadorias deixam o estoque, partindo para o segundo lote mais antigo e, assim, sucessivamente. A circulação dos produtos ocorre de forma ordenada e contínua, refletindo com precisão o seu custo real. Método UEPS O método UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) segue o raciocínio contrário ao do método anterior, o PEPS. Funciona assim: o custo do estoque leva em consideração o preço das ultimas unidades que foram adquiridas e lançadas no controle de estoque. Neste método de gestão de estoque, os preços mais recentes é que valem, já que repercutem os últimos gastos com a reposição de mercadorias. 19 O PEPS é um dos métodos recomendados, sendo inclusive utilizado pelo Fisco. O problema é que este método não é aplicável em todos os setores, tornando-se inviável, por exemplo, nas empresas que lidam com gêneros perecíveis como alimentos. Método MPM O método MPM (Média Ponderada Móvel ou Preço Médio Ponderado) é bastante utilizado no Brasil pela sua facilidade de implementação. Funciona da seguinte forma: o estoque é controlado permanentemente e, a cada aquisiçãode mercadorias, o cálculo de custos é refeito. Somam-se os custos do primeiro lote com os do segundo lote e divide-se pela quantidade total de produtos. Este controle faz com que o preço médio do patrimônio estocado ofereça uma rentabilidade mediana e segura. A empresa por lidar com materiais e insumos amplamente perecíveis ou facilmente desgastáveis, pondera-se a adoção de uma política de gestão de estoque do tipo PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) - o primeiro insumo, matéria prima ou produto que entra é dentro da cadeia de valor comercial ou produtiva será o primeiro que sai e continua sequencialmente o ciclo de valor. Desta forma, o estoque desse tipo de estabelecimento pode ser organizado para que o colaborador retire os insumos que entraram primeiro, diminuindo as possibilidades de perdas e prejuízos. 2.3.3. SISTEMA DE COMPRAS O processo de requisição de materiais, sejam eles de qualquer tipo, é definido pelo ciclo representado na figura conseguinte: 20 FIGURA 01. CICLO DE COMPRAS FONTE: WIKIPEDIA B (2017). O ato de comprar deriva de uma tomada de decisão baseada na observação de certos fatores. Estes podem ser orientados em 3 categorias de exigências: Quantidade A evolução dos mercados é a condição que determina a quantidade a adquirir, sendo que esta sugere de forma preponderante a maneira de como o produto será utilizado. O custo de produção é então fortemente influenciado pela quantidade adquirida. Preço As exigências de preço têm por base o estudo do produto perante os desenvolvimentos de mercado e o seu valor econômico. Funcional A exigência funcional é a categoria mais importante por ser aquela que regula as outras exigências. No que diz respeito ao produto, a alienação da sua forma com o seu desempenho revela dificuldades para uma prospecção de sucesso, isto porque o mesmo passará pela satisfação a níveis estéticos ou práticos por parte do 21 cliente. Destaca-se ainda a interligação existente entre a funcionalidade e a qualidade para que o produto tenha êxito no mercado. Com vista à obtenção de qualidade, o planejamento surge como principal fator por tratar do projeto, produção e utilização do produto. Posto isto, o produto é então avaliado qualitativamente pelo consumidor final. (WIKIPEDIA B, 2017). O Sistema de Compras da sorveteria estudada atualmente é mal organizada, pois não existe uma seleção de fornecedores, a cada compra um fornecedor é escolhido aleatoriamente sem processos de pesquisa, deste modo, poderemos dizer que se houver implantação de medidas de processos de controle da produção (PCP) a área de compras será beneficiada com esse controle, pois poderemos dizer que a Buffet Sorveteria não possui nenhuma referência para efetuar as compras e como já dito anteriormente não existe um fornecedor principal, as escolhas são realizadas intuitivamente ou quando um insumo já está acabando, sem nenhuma programação, este tipo de atitude afeta os giros de estoque e o controle dos custos de estoque porque nunca se sabe quanto se gasta em media com aquisição, armazenagem e qual a margem de lucro de cada conjunto/lote de estoques de produtos e quanto pesará os suprimentos no orçamento final da produção. É sabido sob a tutela de Ballou (2000) e depois redigido também em Closs (2001) que o planejamento na área de Suprimentos é fundamental, pois comprar produtos emergenciais demanda mais custo e pode comprometer o desempenho da produção, devido à espera pela entrega. Nesta esteira ainda detectamos que a Buffet Sorveteria não possuía um alinhamento com o setor operacional, a ideia é que o setor de compras esteja alinhado com as operações vigentes da cadeia de valor, para que as compras sejam estratégicas, seguindo um fluxo contínuo de produção, porém sem uma política clara de manutenção de tabela de preços padrão e emissão coordenada de pedidos será difícil iniciar um elo entre ambas. A premissa da área de compras dentro de um contexto de Recursos Materiais e Patrimoniais atrelado a modernidade é de acordo com Ballou (2000) apud Ballou (2004) prevista para não estar deixando faltar produtos ao mesmo tempo que não deixe os estoques superlotados, o que não agrega valor. Como não existe um modelo de padronização correta e coerente de preços, seria indicado de acordo com os conhecimentos gerados pela disciplina ao longo do 22 semestre que explanemos e sugiramos a Buffet Sorveteria que adira a uma política falada em Paranhos (2006), onde seja realizado regularmente cotações em no mínimo três fornecedores a cada compra, para ampliar as possibilidades de negociação de preço e entrega. Além disso, não é indicado que a empresa se vincule a apenas um fornecedor para determinado insumo, pois cria dependência de um fator externo a organização, onde ela não pode exercer muito controle. Essas noções levam a crer que o ideal em sistemas de compras contemporâneos de alto dinamismo se adote outra ideia lançada pela obra de Paranhos (2006), a terminologia de fonte múltipla de compras. Fonte múltipla Tal como o nome indica, são utilizados mais do que um fornecedor, o que dá azo a uma maior concorrência entre si, desencadeando melhores preços e serviços para as empresas. (PARANHOS, 2006, p.37). Em outro momento que estiver sendo amadurecido o uso de tais métricas poderemos dizer que a Buffet Sorveteria pode dinamizar ainda mais a questão, procedendo a uma residual e linear aquisição de um contexto de Fonte Simples onde ela pode dividir a área de compras entre produtos a serem vendidos, insumos de estruturação e matéria prima para fabricação, onde cada um teria um só fornecedor em longo prazo, não seria uma fonte isolada, pois no mínimo teríamos três fornecedores, mas excluiria a necessidade de cotações constantes ou busca por preços muito oscilantes e daria mais consenso a avaliação do desempenho do segmento em médio prazo, assim sendo, Fonte Simples de Compras em Paranhos (2006, p.47) pode ser prevalente a seguinte concepção transcrita abaixo: Fonte simples Este tipo de fornecimento requer planejamento por parte das empresas. Compactua-se com um fornecedor, escolhido entre vários, com o intuito de um fornecimento por longo prazo. Contudo essa sugestão só é indicada mais para o futuro, pois implica em outras análises da volatilidade dos negócios modernos, pois saliente em inste de recordação Pereira (2008, p.45) "Se o fornecedor passar por uma crise irá impactar diretamente os negócios da fábrica. A previsão de vendas também precisa ser implantada, pois no momento não existe um planejamento neste sentido. Com isso, a produção não sabe o que precisa produzir e age intuitivamente contando todos os dias os estoques para saber o que foi vendido e o que precisa produzir". 23 Os proprietários comentaram durante a pesquisa que “sempre faltou produto, nunca faltou cliente”, por acreditar que seja um indício de sucesso. No entanto, em termos de gerenciamento, faltar produto é um risco, portanto inadequado. Essa situação é decorrente do fato de que até o momento o setor de compras não possuía nem um planejamento de seleção de fornecedores em Fonte Única, ou seja, é uma administração incipiente dentro de um macrocosmo de sistema de compras planificado e multidisciplinar que estamos propondo, estudando e tentando intervir. Fonte única O Fornecimento segundo fonte única requer exclusividade, devido à tipologia do produto ou a especificações por parte do fornecedor. (PARANHOS, 2006,p.53). O Sistema de Compras indica que existe necessidade em sua linha programático-cronológico de acompanhar e garantir o cumprimento dos prazos (VIDE PRIMEIRA FIGURA DESTE TÓPICO), pois no entendimento dado por Guimarães e Souza (2005, p.63) "O cliente precisa encontrar o produto no ponto de venda, caso não encontre poderá substituir por outra marca concorrente". Algumas medidas estruturais foram tomadas pela empresa a fim de sanar essa questão, como a construção de uma terceira câmara fria para estocagem e um novo caminhão refrigerado para entrega, mas mudança estrutural sem mudança cultural, no que tange o gerenciamento dos insumos e processos, não resolve. 2.3.3.1. NEGOCIAÇÃO EM COMPRAS A Negociação em um Sistema de Compras constitui-se da tabulação da análise do preço mais estratégico e positivo para aquisidor e fornecedor. Estabelece Ballou (2000) apud Ballou (2004) que a Negociação em Compras é um fator importante no que diz respeito, por exemplo, à negociação de preços entre profissionais de vendas e o negociador da empresa. Paranhos (2006) indicia categoricamente que uma negociação no segmento de compras é baseada estritamente nas chamadas TEORIAS DAS DECISÕES e ainda adere elo conectivo com o binômio - COMUNICAÇÃO X SOCIOLOGIA. No desenvolvimento de um processo de negociação é fundamental ter um domínio relativamente grande quanto ao que se negocia, uma vez que, é a compra de milhares de produtos, com valores dos próprios, que está a ser discutida. (PARANHOS, 2006, p.47). 24 Para o desenvolvimento de políticas de negociação enquadradas com a importância dos itens, a matriz de posicionamento de compras surge como apoio ao negociador na sua argumentação (VIDE FIGURA ABAIXO). FIGURA 02. MATRIZ DE POSICIONAMENTO EM COMPRAS FONTE: PARANHOS (2006). Analisando a matriz da Figura Anterior, observa-se que os ganhos mais significativos dizem respeito aos itens agrupados nas categorias: lucro táctico; crítico estratégico. Os riscos relacionados com o fornecimento são elaborados mediante a seleção e escolha dos fornecedores mencionados anteriormente. Outro fator a considerar refere-se à relação existente entre a oferta e a procura. Para tal, torna-se necessária uma avaliação da procura de uma empresa relativa ao mercado total. Sendo assim, é também importante uma análise referente à relação entre o fornecedor e a produção total do mercado. Um dos problemas inerentes a este processo prende-se com a hipótese da empresa em causa ter uma fraca participação nas vendas do fornecedor. Este fator condiciona o poder de argumentação na negociação. Como contrabalanço poderá surgir uma forte competição entre fornecedores para os mesmos itens. 25 2.4. RECURSOS MATERIAIS UM RECORTE CONCEITUAL E ATUAL SITUAÇÃO NA EMPRESA ESTUDADA Na constituição de uma empresa há como prioridade a alocação de recursos para executar a atividade que se desejam, os recursos dependendo do segmento em que se pretendem atuar podem variar conforme o setor e a natureza das atividades. No trabalho em questão, os recursos materiais referem-se à matéria-prima, materiais de expediente, produtos acabados em estoque e demais materiais auxiliares, trata ainda os recursos patrimoniais que avaliam as instalações da empresa utilizada no processo, ainda sobre máquinas e equipamentos utilizados na produção de bens ou serviços. Para o funcionamento da atividade com objetivo de manusear e atender o mercado, as sorveterias são obrigadas a seguir diversas normas e especificações federais. Abaixo destacamos os principais normativos legais, no âmbito federal, aplicáveis à atividade: - DECRETO-LEI Nº 986, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969. Institui Normas Básicas sobre Alimentos. - LEI Nº 7967, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1989. Dispõe sobre o valor das multas por infração à legislação sanitária, altera a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, e dá outras providências. - PORTARIA Nº 1.549, DE 17 DE OUTUBRO DE 1997. Estabelece Padrões de Identidade e Qualidade específicos e sub-padrões, quando aplicáveis, para os tipos ou espécies de alimentos. - PORTARIA Nº 326, DE 30 DE JULHO DE 1997. Aprova o Regulamento Técnico sobre "Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos". - RESOLUÇÃO RDC Nº 175, DE 08 DE JULHO DE 2003. Aprova "Regulamento Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde Humana em Alimentos Embalados". RESOLUÇÃO RDC nº 267, DE 25 DE SETEMBRO DE 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Industrializadores de Gelados Comestíveis e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Industrializadores de Gelados Comestíveis. RESOLUÇÃO RDC nº 275, DE 21 DE OUTUBRO DE 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores / Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores / Industrializadores de Alimentos. 26 RESOLUÇÃO RDC Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003. Aprova Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. RESOLUÇÃO RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003. Aprova Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. RESOLUÇÃO RDC Nº. 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004 - Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. RESOLUÇÃO RDC Nº 266, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. Aprova o "Regulamento técnico para gelados comestíveis e preparados para gelados comestíveis”. Informações detalhadas sobre a legislação, exigências legais e requisitos para a obtenção dos registros devem ser solicitados diretamente junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (SEBRAE, Ideias. www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/). O Buffet de Sorvetes São Francisco dispõe de estoque de sorvetes com capacidade de atender a demanda por até quatro dias em caso de falha do fornecedor. As embalagens, materiais de expediente e o estoque são repostos a cada sete dias e são bem condicionadas, assim como os materiais de limpeza e outros materiais auxiliares, que também são prioridades e constam em estoque na empresa. A empresa não tem custos com transportes para a reposição dos seus estoques. 2.4.1. INVENTARIO Apesar de atividades e materiais ainda não serem registrados regularmente na organização existe a necessidade de adoção de um sistema de inventário. O sistema de inventário é um registro basicamente formatado em método que sinaliza a criação de uma lista de bens e materiais disponíveis em estoque que estão armazenados na empresa ou então armazenados externamente, mas pertencentes à empresa. Ele terá dois formatos inventário rotativo que segundo Paranhos (2006) é um processo de recontagem física continua das matérias em estoque, programando de modo que os materiais sejam contados a uma frequência pré-determinada (semanal ou diária), Organizada em ciclos e períodos, que são dimensionados em função das quantidades e das categorias de produtos/serviços. 27 E o inventario perpétuo aquele feito anualmente ou após longo período (BIMESTRE, TRIMESTRE, SEMESTRE) para fechamento de balanços. O primeiro geralmente são anotações manuais feitas pelos recursos humanos da empresa, ouseja, entende-se como recursos humanos, o contingente de pessoas envolvidas ao longo do processo, sendo este ponto importante na evolução da empresa, portanto item fundamental da estratégia da empresa. Os recursos humanos do Buffet de Sorvetes São Francisco, foram admitidos através de análise de currículos comprovando a capacidade técnica e experiência na área e também contratados por indicação de pessoas de confiança. Após a contratação, a empresa ainda se preocupa em treinar sua equipe para o melhor atendimento, aumentando ainda mais o desempenho de suas funções. Por isso tais conseguem ter uma noção de como realizar este procedimento, contudo não existindo sistematização para tal é uma medida sem contribuição operacional proativa. Quando estivermos com muitas das sistemáticas citadas nos sub-capítulos anteriores poderemos pensar em automatizar esse processo e iniciar trabalhos em inventários perpétuos, estes serão baseados na prospecção de registros através de recursos plenamente tecnológicos. Recursos Tecnológicos são aqueles utilizados na empresa para ajudar os trabalhos manuais dos recursos humanos dinamizando seus processos, os recursos tecnológicos na organização hoje são um desktop com o sistema Windows 7 e Vista, um telefone celular smartphone com sistema iOS, aplicativo PagSeguro, uma máquina de cartão da PagSeguro, e como provedor de internet wifi é utilizado o MD Brasil. É de grande utilização o programa Excel para fazer cálculos e controles de todas as mercadorias oferecidas, vendas realizadas e gastos diários, garantindo agilidade e aumentando a rentabilidade. As anotações manuais dependendo da necessidade são anotadas no Excel, porém não são analisadas e pouco acessadas, o indicado seria adotar um sistema de automação de planilhas. O Software Smarthsheet auxilia neste trabalho e é um dos mais compatíveis com os recursos tecnológicos encontrados na empresa hoje. Ele proporciona pelo menos duas funções elementares de controle de inventário perpétuo necessário a 28 melhor gestão neste sentido: um deles o controle de ativos e o registro crítico de inventário para reordenamento e ordenamento de itens registrados em atraso ou mal categorizados, por exemplo. Segundo ementa técnica encontrada no site do fabricante: Benefícios ao Usar Planilhas de Inventário Os modelos de planilhas gratuitos abaixo variam dependendo se você está gerenciando bens de uma empresa, bens pessoais, estoque de comida, ou outro tipo de ativos. Mas aqui estão alguns benefícios básicos que indivíduos ou empresas ganham ao usar planilhas para gerenciar inventário: Ver níveis de estoque atualizados: uma planilha pode fornecer acesso fácil às quantidades de produtos que estão em estoque atualmente, e isso é o primeiro passo vital para as operações dos negócios ocorrerem de forma adequada. Gerenciar pedidos: O controle do estoque lhe ajudará a identificar precisamente quando um produto deve ser comprado novamente assim como quando itens devem ser descontinuados. Criar estatísticas do negócio: Identifique modelos de vendas, produtos mais populares e controle os seus fornecedores mais usados. Proteger o seu investimento: Isso é usado para usuários domésticos procurando por cobertura de seguro para propriedades, assim como para empresas para monitorar hardware de computadores, ferramentas, equipamentos ou produtos. Saber o que você tem em estoque, onde está localizado, e o valor, lhe ajudará a manter os bens e saber quando é o momento de atualizar o seguro. Planilha Básica de Controle de Inventário Simples e fácil de usar, essa planilha básica de controle de inventário é perfeita para pequenos negócios ou qualquer empresa que não precise de muitos detalhes para gerenciar seu estoque. Veja o estoque pelo nome do item, descrição, número de identificação, assim como preço unitário. Controle o total de quantidade e valor de estoque atual, datas de pedidos e itens descontinuados. Gerenciar estoque com essa planilha é simples por causa de seu design claro. Assim como as planilhas do Microsoft Excel 29 inclusas nessa página, as colunas podem ser personalizadas para a sua empresa, e os cálculos são completados para você. PLANILHA DE CONTROLE DE ATIVOS Mantenha controle das ativos da empresa como computadores, equipamentos que necessitam de manutenção e ferramentas com essa planilha de controle de ativos. Esse é um sistema simples de controle de propriedades intencionado para pequenos negócios, mas lhe proporciona a visualização não só da quantidade e valor dos bens, mas também das datas de garantia, informações dos fornecedores, localização, número de série e muito mais. Para alterar essa planilha simplesmente remova qualquer coluna que você não precise ou adicione colunas novas para aumentar o nível de organização e detalhes. QUADRO 01. SOFTWARE PROPOSTO PARA AUTOMAÇAO DE TAREFAS DE CRIAÇÃO E ANOTAÇÕES EM INVENTÁRIO. FONTE: FORNECEDOR DA SOLUÇÃO. 2.5. LOGISTICA REVERSA Logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. A logística reversa tem sido citada com frequência e de forma crescente na literatura acadêmica, demonstrando sua aplicabilidade e importância em diversos setores empresariais, enfatizando novas oportunidades de negócios na cadeia de suprimentos reversa, criado por esta nova área da logística empresarial. A logística reversa em uma perspectiva de logística de negócios, o termos refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de matérias, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e manufatura (STOCK, 1992, p. 20). Nesta nova visão de fazer uma excelente logística reversa, o Buffet de Sorvetes São Francisco separa todos os materiais que possam ser reutilizáveis e após, fazem doação a coletores de matérias recicláveis. 30 2.5.1. SUB PROCESSOS DE GESTÃO DAS DEVOLUÇÕES Os sub-processos de gestão de devoluções é uma das primeiras descrições técnico-esquemáticas para o processo de devolução de produtos vencidos ou em inconformidade técnica, defeituosos ou não vendidos na cadeia de valor da logística reversa. Os departamentos de produção e comercial regulam ou controlam o sub- processo e as lojas e os clientes, por sua vez, efetuam a devolução dos mesmos por razões de defeito, por exemplo. Este sub-processo permite minimizar as devoluções aos fornecedores quando sustentado por uma gestão adequada. No entanto, produtos ainda em comercialização são novamente direccionados para o mercado, como por exemplo: para outlets. (WIKIPEDIA C, 2017, TEXTO ONLINE). FIGURA 03. SUB-SISTEMA INTEGRADO DO PROCESSO DE DEVOLUÇÕES PROPOSTA CONCEITUAL. FONTE: WIKIPEDIA C (2017). Ele fará algumas medidas neste sentido para melhoria da logística reversa. - IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE DETECÇÃO DE PRODUTOS POSSIVELMENTE DEFEITUOSOS - RECOLHIMENTO DE EMBALAGENS NÃO UTÉIS OU PERDIDAS PARA RECICLAGEM 31 - CRIAÇÃO NO INVENTÁRIO A SER ADOTADO LISTA DE PRODUTOS VENCIDOS PARA FACILITAR A CRIAÇÃO DE LOTES PARA LOGISTICA REVERSA - CRIAÇÃO DE UM CHECKLIST NO METODO UEPS PARA LISTAR QUAIS POTENCIAIS PRODUTOS QUE PODERÃO SAIR DA VALIDADE EM BREVE PARA SEPARAR ELES OU FAZER COM QUE ENTREM EM OFERTA - NO SISTEMA DE COMPRAS CRIAR UMA PARCERIA COM FORNECEDORES NEGOCIANDO UM NÍVEL MINIMO DE QUALIDADE PARA PREVENIR CONTRA PRODUTOS DEFEITUOSOS E ESPECIFICAR UMA POLÍTICA CLARAS DE DEVOLUÇÃO. 03. ECONOMIA EMERCADO É essencial ao empresário moderno acompanhar as variáveis da economia em que atua e também compreender de que forma poderá empregar seus recursos com o objetivo de garantir um maior aproveitamento do mercado e alcançar os resultados pretendidos. Segundo o livro texto: “A economia é a ciência que estuda o homem enquanto ser social inserido em um ambiente de escassez; por esse motivo, pode ser considerada como uma ciência social aplicada”. (UNIP, Livro Texto Economia e Mercado. Unidade I). Quando olhamos para o panorama econômico e financeiro das sorveterias, podemos observar que é um ramo em franca expansão no Brasil. De 2003 a 2014, o consumo de sorvete pelos brasileiros avançou de 685 milhões para 1,305 bilhão de litros, uma alta de 90,5%, segundo a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis). O balanço de 2015 ainda não foi concluído, porém, a entidade estima que o volume vendido foi semelhante ao registrado no ano anterior. Em termos de faturamento, porém, o setor movimentou R$ 25 bilhões em 2015, cerca de 10% acima das vendas de 2014, mediante inflação oficial de 10,67% no ano passado. Para 2016, faltam projeções e sobram incertezas. "O segmento que viveu um 'boom', deu uma estabilizada em 2015. Este ano também promete ser desafiador", avalia Eduardo Weisberg, presidente da Abis. Segundo ele, os custos das empresas aumentaram, pressionados pela alta dos preços da energia elétrica, da gasolina e dos ingredientes, especialmente os importados. "Não há quase nenhum espaço para repasses de preços". O setor de sorvetes no Brasil é composto por 90% de micro e pequenas empresas e por 10% de médias e grandes. (Datamark, www.datamark.com.br/noticias). 32 Essas informações refletem a realidade do Buffet de Sorvetes São Francisco, pois, nos últimos anos teve um grande aumento na sua clientela. É fato que muitos empresários buscam sempre maximizar os lucros e minimizar os custos. A escolha em vender melhores sorvetes e atender as preferências dos consumidores em crescimento é um fato determinante para consolidação do Buffet de Sorvetes São Francisco na cidade de Bebedouro, posicionando-se em uma concorrência perfeita, pois a interação entre a oferta e demanda determinará o preço a ser praticado. Para manter-se extremamente competitiva o Buffet de Sorvetes São Francisco tem por objetivo buscar em sua linha de produtos a eficiência técnica e econômica, pretendendo vender a mesma quantidade de sorvetes demandados pelo mercado, utilizando para isso uma maior qualificação técnica dos seus funcionários para melhor atendimento e atenção ao cliente. 3.1. TEORIA DA PRODUÇÃO A empresa pesquisada trabalha inicialmente com a teoria de produção onde sua principal atividade é a produção e o seu principal objetivo é o lucro, utiliza-se também da analise marginal, que se refere à tomada de decisões da empresa, onde se faz a análise dos custos e benefícios de insumos (matérias primas), utiliza também o jogo de oferta e demanda, ou seja, a demanda seria a quantidade que os consumidores desejam adquirir, já a oferta exprime o comportamento dos produtores em relação a demanda. A teoria da produção é um elemento/recurso analisado em cima do paradigma de microeconomia integrada, isto é, a empresa em questão trabalha dentro de um universo comercial e industrial mesmo em um porte menos expressivo que faz com que o processo de conversão de fatores em produtos e serviços se transforme em oferta comercial/produto-serviço final. Os fatores de produção são avaliados na microeconomia integrada como os bens cuja utilidade é derivada da sua capacidade em ser convertidos em bens finais. Avançando em uma tentativa de agregar mais valor ao conceito cita-se Dempsey (2005) que a teoria produtiva se insere como um centro e macrocosmo entre as funções de produção, em relação a variação do produto final em relação a 33 variação da aplicação de um fator de produção especifico ou a variação de todos os fatores simultaneamente é o tópico central dessa teoria. Podemos definir produção como qualquer utilização dos recursos que converte ou transforma uma mercadoria em uma mercadoria diferente no tempo e/ou no espaço. A função de produção mostra a produção máxima que uma empresa pode obter para cada combinação específica de insumos. (DEMPSEY, 2005, p.61). Trabalha também com a análise dos custos fixo e variáveis de forma a alavancar a produção potencial da empresa diminuindo os desperdícios. Esta análise também faz parte da microeconomia integrada. Abrange-se na teoria da firma esta questão, onde se estuda toda a estrutura econômica com a meta de organizações cuja meta seria a maximização dos lucros. Organizações que para isso compram fatores de produção e vendem o produto desses fatores de produção para os consumidores. Estuda estruturas de mercado tanto competitivas quanto monopolísticas. A partir dessa teoria se determina a curva de oferta. 3.1.1. DEFINIÇÃO E LEVANTAMENTO/CÁLCULO DE PRODUTIVIDADE A visita foi realizada na fábrica de sorvetes interna da matriz da Buffet Sorveteria, uma empresa de porte médio que está a algum tempo no mercado. Seu funcionamento é de 8 horas diárias, inclusive aos sábados, domingos e feriados, porém a produção é realizada apenas em dias úteis. São fabricados diariamente cerca de 5.000 picolés, sendo que no inverno a produção é reduzida a 3.000 por dia. Foi informado pelo gerente da fábrica que para haver uma maior produção, é realizada uma menor variação de sabores diariamente, sendo assim haverá um melhor aproveitamento de tempo, pois a troca de lote de sabores atrasa o processo já que é necessário fazer a limpeza do maquinário a cada mudança. Toda a movimentação da fábrica interna da sorveteria ao fundo do estabelecimento matriz é realizada por seis colaboradores que podemos chamar de operadores de produção, cuja disposição dos mesmos é a seguinte: dois funcionários na área de produção, dois na área de vendas e entregas, um na área de limpeza e um gerente. O setor de produção é composto por cinco máquinas, conforme padrão de layout procedêutica inerente a estrutura mais simples possível em uma sorveteria de 34 acordo com Placido e Carrera (2004), sendo elas a de pasteurização do leite, liquidificador industrial, resfriamento da massa, distribuição do produto em recipientes e a máquina de mistura de ingredientes, além de quinze freezers para estocagem do produto final. Em relação aos 5.000 picolés feitos em média diariamente, o custo da produção é de R$3.400,00 sendo que o custo unitário do picolé para a empresa é de R$0,62 e o valor repassado para os revendedores é de R$0,90. Para determinar a produtividade do setor de preparo da massa de picolés do sabor de leite condensado, foi observado durante uma hora e meia o tempo gasto para mistura da massa e para colocá-los em forma, durante esse período foi cronometrado cinco vezes o processo, sendo que a cada vez são enformados 195 picolés, com os seguintes tempos em minutos: 15,4 / 15,0 / 14,8 / 15,2/ 15,0 O tempo ocioso é de aproximadamente 10 min de um preparo para o outro. Em média se gasta 15 min para cada preparo. Como a produtividade é definida pela razão entre a produção e os fatores de produção, assim temos: Para determinar a curva de aprendizagem, foi utilizada a tabela 2 para definir o valor de x ᶰ segundos Para determinar o tempo padrão, deve identificar o tempo total, a porcentagem ativa, o fator de tolerância e o número de produtos produzidos. O tempo total é a soma das cronometragens e o tempo ocioso: TempoTotal = 75 + 40 . 04. MATEMÁTICA APLICADA “A Matemática Financeira é um corpo de conhecimento que estuda a mudança de valor do dinheiro com o decurso de tempo; para isso cria modelos que permitem avaliar e comparar o valor do dinheiro em diversos pontos do tempo.” (Puccini, 2007). Em uma empresa, independente de qual seja seu ramo, tamanho ou capacidade, é necessário possuir alguns conhecimentos básicos de matemática, sua utilização prática e como melhor aproveitá-la a favor de um desempenho favorável e significativo. 35 O administrador da instituição deve estar familiarizado com conceitos básicos da matemática financeira para conseguir gerir seu negócio com eficiência Os valores a serem pagos com gastos mensais (água, energia, aluguel, salários, etc) devem ser contabilizados paralelamente aos valores arrecadados, de forma que não haja prejuízo e os compromissos sejam honrados. É preciso analisar e levar em conta, as funções “demanda de mercado” e “oferta de mercado”, por exemplo, para que os preços e as quantidades estejam em equilíbrio. O controle das finanças é um grande desafio a um empreendedor e a matemática financeira é uma ferramenta importante na busca e análise de alternativas de investimentos, ajustes comerciais, financiamentos de bens de consumo, controle e acompanhamento de custos dentre outros. Objetiva o emprego de procedimentos matemáticos que simplifiquem as operações financeiras da empresa. 4.1. Conceitos 4.1.1 Juros simples e compostos O capital inicialmente empregado, denominado principal pode crescer devido aos juros segundo duas modalidades: • JUROS SIMPLES: só o principal rende juros, ao longo da vida do investimento. • JUROS COMPOSTOS: após cada período, os juros são incorporados ao capital e passam, por sua vez, a render juros. O período de tempo considerado é, então, denominado período de capitalização. (Bertolo) 4.1.1.1. JUROS COMPOSTOS PARA EXPANSÃO Durante a pesquisa os gerentes da empresa indicaram que ela nesse ano tomou alguns empréstimos para melhoras na estrutura. Por exemplo, um lote especial de matéria prima teve que ser comprada para atender a alta demanda em Agosto deste ano porque o calor excessivo do último final de outono fez com que a empresa tivesse que dispor de um empréstimo de R$ 2.500,00 com uma taxa de juros compostos de 5% ao mês, alta pois o banco que a empresa tem conta pessoa jurídica é comercial e não público elevando a média de 36 tal encargo, foi combinado junto a instituição que para ser quitada em 4 meses se cobraria tal índice de encargos. Levando em conta a fórmula datada e escrita na obra sobre matematica aplicada de Loggans (2005) teremos: Vf = Vp (1 + i) FIGURA 04. AMOSTRA DE EQUAÇÃO PARA CALCULO DE JUROS SIMPLES. FONTE: CUNHO PRÓPRIO. Após a definição de que a empresa pagaria 3.038,77 Reais nesta operação para termos ainda uma visão maior do contexto de juros compostos poderemos mostrar um elemento adicional de resultado estimativo de juros compostos que é o gráfico de expansão de dívida. Por exemplo, a empresa segundo informações pegou um dado empréstimo para compra de alguns freezers e substituição de sistema de automação comercial e as parcelas sã ode 100,00 reais por mês, para entender como a parcela de 100,00 reais irá influenciar durante o pagamento, vemos um pequeno exemplo de gráfico de expansão de dívida abaixo em uma curva ascendente de médio prazo. FIGURA 05. TABELA DE EVOLUÇÃO DOS JUROS COMPOSTOS AO LONGO DO TEMPO. FONTE: CUNHO PRÓPRIO. 37 4.1.2. Fluxo de Caixa É um Instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. O Fluxo de Caixa deve ser considerado como uma estrutura flexível, no qual o empresário deve inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa. Segundo Allen (2005) o fluxo de caixa se tornou um grande aliado na tomada de decisões diárias envolvendo o dinheiro da empresa. Sem ele, tudo será confuso; com ele, você terá uma espécie de “bússola” para guiar suas decisões. Nesta teremos dois importantes processos. (ALLEN, 2005, p.467). A entrada e a saída de dinheiro representam os movimentos de fluxo de caixa. Veremos agora uma exemplificação acerca do fluxo de caixa anual projetado para cinco anos de cada produto no segmento padronizadamente de acordo com Associação Brasileira de Fabricantes de Sorvetes, Picolés e Derivados e com crescimento de 20% e taxa de IGPM de 7,77%. EXEMPLOS DE ANÁLISE DE FLUXO DE CAIXA PARA CASOS DE PRODUTOS ESPECIFICOS PRODUTO MAIS BARATO DA BUFFET SORVETERIA EM 2017 Picolé com 3900 unidades vendidas por mês pelo preço de R$ 0,90 38 FIGURA 06. EXEMPLO 01 DE PRODUTO E SUA GERAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA. FONTE: BUFFET SORVETERIA SÃO FRANCISCO. SITUAÇÃO COM O PRODUTO COM MAIOR RETORNO EM 2017 Milk-shake, com 1500 unidades vendidas por mês pelo preço de R$ 3,50 . FIGURA 07. EXEMPLO 02 DE PRODUTO E SUA GERAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA. FONTE: BUFFET SORVETERIA SÃO FRANCISCO. 4.1.3 Capitalização A capitalização é a forma de “rentabilização” do capital. A forma de capitalização pode ser habitualmente do tipo simples ou composta. O próximo tópico explica em detalhes as diferenças entre as duas formas de capitalização. A capitalização por si só conecta o valor presente ao valor futuro através de uma relação matemática, relação que segue a proporção dos juros em função do tempo. 4.1.3.1 Capitalização Simples 39 Na capitalização simples os juros cobrados por período incidem somente sobre o capital. Isso significa dizer que os juros são cobrados sobre o valor do capital empenhado, de maneira proporcional ao tempo. Esse tipo de trabalho tange a perspectiva mais simplificada funcionalmente a capitalização composta, assim sendo, se levarmos a titulo de exemplificação poderemos dizer que na parte de administração de recursos materiais e patrimoniais o time de gerência de compras está negociando com um dos fornecedores o parcelamento de alguns insumos, só que eles não podem pagar a vista, então os fornecedores proporiam um ágio que gire em torno de 4% ao mês. O valor da operação é de 3.000 Reais, então pela aplicação de capitalização composta de capital teríamos: Um ágio de 600,00 reais por parte dos fornecedores, conforme segue tabulado abaixo: E o montante total da operação envolvido também tabulado abaixo: 4.1.3.2 Capitalização Composta Na capitalização composta os juros são cobrados sobre o capital e sobre os juros incorporados a cada período de tempo corrido. Na capitalização composta os juros são cobrados sobre o capital e sobre os juros anteriores. Em estudo do setor de contabilidade da empresa Buffet de Sorvetes São Francisco, foi possível observar os conceitos acima apresentados, pois utiliza-se de várias fórmulas de cálculos, que vão desde custos de aquisição de materiais, e equipamentos a cálculos de horas trabalhadas para folha de pagamento, pagamento 40 de horas extras, margem de lucro dos produtos vendidos, que vão desde custos de aquisição de materiais e equipamentos a cálculos de horas trabalhadas para folha de pagamento, pagamento de horas extras, além de análise de preços da consulta feito através de tomada de preços da concorrência, até a porcentagemde ganho em cada produto comercializado, já que a mesma precisa compreender o seu fluxo de caixa, com todas suas entradas e saídas, os juros envolvidos tanto em gastos como nos lucros. O gerente apresentou a utilização de planilha de dados onde são anotados os valores arrecadados e os gastos diversos (matéria-prima, salários, energia, luz, encargos de pessoa jurídica dentre outros). Pode-se notar como é importante ter todos os dados organizados e planejados e como isso auxilia o gestor empresarial a visualizar o andamento de sua empresa. Quando aconteceu de começar a faltar dinheiro, foi preciso analisar onde é que estava o problema e como saná-lo, já quando houve saldo positivo, mesmo depois de todas as responsabilidades financeiras estarem sanadas, foi então o momento de começar a pensar o negócio, e nesse momento é que se deu início ao planejamento de ampliação da sorveteria e da quantidade e variedade oferecida aos clientes. No caso de retorno recente de capital produtivo de receita a organização começou a poder aplicar no mercado financeiro, assim sendo, para conseguir manter a proposta de implantação do sistema de inventário perpétuo anteriormente tratado e este envolveria e incorreria em 1.651,10 Reais no total em todos os gastos e custos inerentes/inferentes e a empresa hoje só tem 1.000 Reais de sobra para investimentos neste sentido. Aplicando em juros compostos em aplicação de renda variável que potencialmente pudesse elevar a possibilidade de mais rápido retorno ao valor final e fosse dada uma taxa de retorno de 10% a.a. para resultar em um montante de R$ 1.610,51. Segundo a fórmula abaixo apresentada demoraria para concretizar o resgate com o montante em voga predisposto em volta de cinco meses. 41 42 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através deste trabalho fomos capazes de observar que não devemos procurar somente exemplos de sucesso, devemos aprender com as empresas que não estão no caminho certo, e ao mesmo tempo desenvolver conhecimentos e técnicas baseadas nos conceitos teóricos repassados pela UNIP. Pode-se concluir com base nos estudos realizados que uma empresa deve ser aberta não somente por puro interesse do empresário, o que é claro, auxilia no envolvimento e conhecimento do dono a respeito do assunto ou ramo, mas necessita de estudo prévio que analise os recursos materiais e patrimoniais que serão necessários. Assim sendo, houve um estudo qualitativo sobre as definições de recursos materiais e patrimoniais que prospectou a possibilidade de estudar como poderia ser montado o sistema de estoques, quais medidas para melhoria do processo, quais meios e técnicas para realizar as principais atividades de gerencia de estoque, como escolher técnicas e metodologias entre outras pautas. Por isso ao estudarmos os recursos materiais, verificamos que a empresa tem como prioridade a alocação de recursos para executar a atividade que se deseja. Foi visto isso nos recursos patrimoniais, nos recursos humanos, recursos tecnológicos e também na logística reversa da empresa. Em alguns momentos da parte de gerencia de inventários relacionamos dois dos recursos acima predispostos e como eles poderiam ajudar ou estão atuando neste sentido. Pudemos definir processos de compras, sistema de equacionamento das politicas neste sentido, entre outros temas. Nesse sentido, é importante que haja planejamento estratégico e matemático para servir de parâmetro nas tomadas de decisões, calcular os possíveis gastos com esses recursos, além dos recursos humanos, tecnológicos e logísticos que permeiam, sempre visando a melhoria na qualidade, minimizando custos e maximizando lucros, e atendendo da melhor maneira possível a preferência dos clientes, analisando o mercado através de análise dos preços praticados e dos produtos oferecidos. Em todos os tópicos houve grande sinalização para mostrar conceitos e demonstrar práticas tudo isso faz parte do bojo da chamada análise de pesquisa. 43 Fazendo-se em um projeto integrado multidisciplinar uma proativa análise da pesquisa é possível se estar correlacionando dados coletados e aplicando-se a estes dados a ligação teórica-prática, pôde-se perceber que a empresa está bem inserida no mercado quando se fala de economia e mercado, pois é aplicado de forma correta todas as teorias administrativas relativas ao sistema econômico, demanda, oferta, equilíbrio de mercado, além de se analisar o impacto do “problema econômico”. Todo administrador deve ter um embasamento matemático e utilizá-lo como ferramenta a favor de um desenvolvimento eficaz de seu negócio independentemente do ramo que estiver pleiteando, assim como associar esse conhecimento aos recursos necessários e seu desempenho no mercado de trabalho, principalmente nos dias atuais, onde há muitas possibilidades de comércio, se o gestor não for flexível e hábil para aliar e planejar seu financeiro, recursos e mercado, o que pode acontecer é a perda de competitividade, diminuição nos lucros ou encaminhamento à falência. A partir das formas e situações descritas e vivenciadas, pode-se validar os conceitos teóricos ensinados pela Unip, capacitando os graduandos para aplicação do conteúdo ensinado e direcionando-os para o caminho correto de uma gestão, evitando os erros. 44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAVALEIRO, Jean Carlos, apud, MARTINS, 2006. Recursos Materiais e Patrimoniais – UNIP Interativa. Editora Sol. São Paulo. 2011. Disponível em: Datamark. 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