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ATKINS – CAP. 25 E 28 Universidade São Francisco Prof. Rosana Zanetti Baú 1 Catálise TEORIA DAS COLISÕES DE ARRHENIUS Modelo que explica o aumento da velocidade das reações com o aumento da temperatura, considerando que as moléculas, para reagirem, têm que colidir umas com as outras. Contudo, nem todas as colisões resultam na formação de produtos; só uma pequena parte delas vai resultar na ocorrência de reação, dependendo de dois fatores: 1. Fator de orientação 2. Energia cinética 6 Para que uma reação aconteça, é necessário que as moléculas dos reagentes colidam com a orientação correta. Colisão eficaz FATOR DE ORIENTAÇÃO 7 Colisão Eficaz Colisão Ineficaz ENERGIA DE ATIVAÇÃO Energia de ativação: Tal como uma bola não consegue alcançar o topo de uma colina se não rolar com energia suficiente até à colina, uma reação não ocorre se as moléculas não possuírem energia suficiente para ultrapassar a barreira de energia de activação. 8 ENERGIA DE ATIVAÇÃO Energia de ativação: segundo a teoria das colisões postula-se que, para que possam reagir, as moléculas que colidem têm de possuir uma energia cinética total maior ou igual do que a energia de ativação (Ea). É a energia necessária para que se inicie uma dada reação. 9 COMPLEXO ATIVADO Complexo ativado: é a espécie formada transitoriamente pelas moléculas de reagentes, como resultado da colisão, antes da formação do (s) produto (s) 10 A+ B C + D Reação exotérmica Reação exotérmica Complexo ativado Complexo ativado A fração de moléculas, f, com energia igual ou superior Ea é: FRAÇÃO DE MOLÉCULAS COM Ea 11 EQUAÇÃO DE ARRHENIUS A maior parte dos dados da velocidade das reações obedece à seguinte relação: Em que: k- constante de velocidade A – fator de frequência (medida da probabilidade de uma colisão eficaz) Ea – energia de ativação (kJ/ mol) R – constante dos gases ideais ( em unidades S.I. 8,314 J/K . mol) T – temperatura absoluta Quanto menor Ea e maior T , maior k. 12 RT Ea Aek CATÁLISE Um catalisador é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química, sem ser consumida durante essa reação. Um catalisador aumenta a velocidade de uma reação por diminuir a sua energia de ativação. uncatalyzed catalyzed k = A . e -Ea/RT Velocidadereação catalisada > Velocidadereação não catalisada Ea k 18 Catálise heterogênea: o catalisador encontra-se numa fase diferente dos reagentes e produtos • A síntese de Haber da amônia • A síntese do ácido nítrico • Conversores catalíticos • Hidrogenação Catalítica Catálise homogênea: o catalisador encontra-se na mesma fase dos reagentes e produtos • Catálise ácida • Catálise básica CATÁLISE Existem dois tipos de catalisadores: Homogêneos e heterogêneos. 19 EXEMPLO DE CATÁLISE HOMOGÊNEA CATÁLISE ENZIMÁTICA As enzimas são catalisadores biológicos. As enzimas atuam apenas sobre moléculas específicas, chamadas substratos (ou seja, reagentes), deixando inalterado o resto do sistema. Uma enzima é tipicamente uma proteína de dimensões elevadas que contém um ou mais centros ativos. É nesses centros que ocorrem as interações com as moléculas de substrato. Estes centros ativos têm estruturas compatíveis apenas com certas moléculas com uma relação topológica semelhante à que existe entre uma chave e a respectiva fechadura. E + S ES ES P + E 20k CATÁLISE ENZIMÁTICA 21 EFEITO DE UM CATALISADOR ENZIMÁTICO NUMA REAÇÃO QUÍMICA 22 Reação não catalisada Reação catalisada por uma enzima A reação catalisada ocorre num mecanismo em duas etapas. A segunda etapa (ES E + P) é a etapa que controla a velocidade da reacção. CATÁLISE HETEROGÊNEA Processo Haber (produz NH3) 23 N2 (g) + 3H2 (g) 2NH3 (g) Fe/Al2O3/K2O catalisador A síntese de Haber da amônia 4NH3 (g) + 5O2 (g) 4NO (g) + 6H2O (g) Catalisador de platina-ródio 2NO (g) + O2 (g) 2NO2 (g) 2NO2 (g) + H2O (l) HNO2 (aq) + HNO3 (aq) Catalisador de Pt-Rh usado no processo Ostwald PROCESSO DE OSTWALD (produz HNO3) 24 Conversores Catalíticos CO + Hidrocarbonetos que não sofreram combustão + O2 CO2 + H2O Conversor catalítico 2NO + 2NO2 2N2 + 3O2 Conversor catalítico Compressor de ar: fonte de ar secundário Gases de escape Tubo de escape Conversores Catalíticos Extremidade do tubo de escape 25 ADSORÇÃO Ligação de partículas (adsorvato) a uma superfície (adsorvente). O processo inverso da adsorção é a dessorção. 26 O PAPEL DOS DEFEITOS 27 DISCORDÂNCIAS Razão: rápido crescimento do cristal – não dá às partículas o tempo necessário para se acomodarem nos estados de menor energia potencial e ficam numa posição intermediária quando sobre elas se forma nova camada de partículas. 28 COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE É possível determinar as energias de ligação das camadas eletrônicas internas e identificar os materiais presentes na superfície da amostra. Com UV: examinam-se elétrons emitidos das camadas de valência – determina as características das ligações e dos detalhes das estruturas eletrônicas nas substâncias presentes na superfície – revela os orbitais que estão envolvidos na adsorção. Auxílio na elucidação de mecanismos de interação dos catalisadores. 29 A MEDIDA DA ADSORÇÃO É expressa pelo grau de recobrimento, : = número de sítios de adsorção ocupados número de sítios de adsorção disponíveis Também é expresso pelo quociente entre o volume de gás adsorvido na amostra e o volume do gás que corresponde ao recobrimento completo da amostra por uma camada monomolecular do gás. Adsorção Física: interações de van der Waals entre adsorvato e adsorvente – são de longo alcance, porém, fracas. Adsorção Química: união por ligações químicas – covalentes – acomodação em sítios – nº de coordenação máximo do substrato – são curtas e mais fortes. 30 ATIVIDADE CATALÍTICA NAS SUPERFÍCIES O catalisador: Abaixa a energia de ativação da reação; Não altera a composição final do equilíbrio no sistema – modifica somente a velocidade com que o sistema se aproxima do equilíbrio. Co-adsorção: uma segunda espécie pode modificar a estrutura eletrônica da superfície e facilitar/dificultar a adsorção da espécie desejada. 31 ADSORÇÃO E CATÁLISE HETEROGÊNEA Pelo menos um dos reagentes deve ser adsorvido e modificado, assumindo uma forma em que ele participa facilmente da reação. Fase ativa – partículas de dimensões ~ 2 nm, sobre o suporte de óxido poroso. Zeólitas – catalisadores sensíveis à forma – seus poros discriminam formas e tamanhos numa escala molecular e áreas superficiais internas de 100 – 500 m2/g. Para ser ativo, um catalisador deve ser extensamente recoberto pelo adsorvato. No entanto, a interação não pode ser muito forte para não imobilizar as moléculas adsorvidas. 32 Elementos do bloco d, que possuem orbitais vazios, ex. ferro, vanádio e cromo, exibem muita atividade diante de gases como oxigênio, etileno, etano, monóxido e dióxido de carbono, hidrogênio e nitrogênio. No entanto, a atividade não é a mesma para todos os metais. Ex: manganês e cobre não adsorvem nitrogênio e gás carbônico. Metais à esquerda da tabela periódica só adsorvem os gases mais ativos, pois reagem com eles (oxigênio, por ex.). 33 HIDROGENAÇÃO CATALÍTICA O alceno (2) adsorve-se pela formação de duas ligações com a superfície (3), ondeátomos de H podem estar adsorvidos. Quando há um encontro – uma das ligações é rompida formando (4) ou (5) – e depois um outro encontro com um segundo átomo de H liberta o hidrocarboneto hidrogenado, que é a espécie termodinamicamente mais estável. 36 HIDROGENAÇÃO CATALÍTICA O indício de uma reação em duas etapas é o aparecimento de isômeros – graças à movimentação da molécula sobre a superfície do metal. Um átomo da cadeia pode ser adsorvido quimicamente formando (6) e dessorvido, formando (7), que é um isômero da molécula original. Aplicação industrial: formação de gorduras a partir de óleos vegetais ou animais. 37 ZEÓLITAS São aluminossilicatos microporosos de fórmula geral: {[Mn+]x/n.[H2O]m}{[AlO2]x[SiO2]y} x-, onde Mn+ é um cátion e as moléculas de água ocupam as cavidades ou poros da estrutura Al – O – Si. Moléculas neutras pequenas – gás carbônico, amônia e hidrocarbonetos (incluindo aromáticos) também podem se adsorver nas superfícies internas. Quando M = H+ viram ácidos muito fortes – catalisadores na indústria petroquímica – ex. desidratação do metanol produzindo gasolina. São altamente seletivas – apenas moléculas de tamanhos específicos podem entrar ou sair das cavidades onde a catálise ocorre. Capacidade de se ligar e estabilizar apenas os estados de transição que se ajustem perfeitamente aos seus poros. Mecanismo da catálise – simulação computacional – previsão da migração através dos canais e sítios ativos apropriados. 38 EXEMPLOS 39 EXERCÍCIO 2 – ENADE 2005 40 EXERCÍCIO 4 – ENADE 2008 42 PARA CASA Leitura do Artigo postado na sala virtual: 44
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