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Relações Étnico-Raciais no Brasil

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1º Bimestre
Relações Étnico Raciais no Brasil
Por que estudar as relações étnico-raciais no Brasil? 
Questões iniciais: a invisibilidade do negro e do índio na história, na cultura e na sociedade brasileiras.
Lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003.
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura AfroBrasileira“, e dá outras providências como: calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional daConsciência Negra’.
Lei 11.645 de 10 de março de 2008
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira e Indígena”.
Educação escolar Indígena e o ensino de história e cultura dos povos Indígenas brasileiros
Resolução n. 5, de 22 de junho de 2012
Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica
“III - assegurar que os princípios da especificidade, do bilingüismo e multilinguismo, da organização comunitária e da interculturalidade fundamentem os projetos educativos das comunidades indígenas, valorizando suas línguas e conhecimentos tradicionais;”
Projeto CNE/UNESCO 914BRA1136.3
Desenvolvimento, aprimoramento e consolidação de uma educação nacional de qualidade – História e Cultura dos Povos Indígenas
Objetivo: Realizar estudo sobre as ações desenvolvidas em Instituições de Ensino Superior sobre a temática da história e cultura dos povos indígenas nos cursos de graduação e pós-graduação, como subsídio ao Conselho Nacional de Educação na elaboração de normas sobre inserção da temática indígena na educação superior. 
Resultados: Definição de instrumentos e/ou mecanismos de aperfeiçoamento, acompanhamento e avaliação de políticas de Educação Básica e Superior do Ministério da Educação. 
Educação escolar quilombola e o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana.
Parecer CNE/CP 3/2004
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
O parecer procura oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas, isto é, de políticasde reparações, e de reconhecimento e valorização de sua história, cultura, identidade
Resolução n. 8, de 20 de novembro de 2012
Art 1º Ficam estabelecidas Diretrizes Curricolares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica
Organiza precipuamente o ensino ministrado nas instituições educacionais fundamentando-se, informando-se e alimentando-se:
da memória coletiva,
das linguas remanescentes
 dos marcos civilizatórios
das práticas culturais
das tecnologias e formas de produção do trabalho
dos acervos e repertórios orais
dos festejos, usos, tradições e demais elementos que conformam o patrimônio cultural das comunidades quilombolas de todo o país,
da territorialidade 
Darcy Ribeiro e sua teoria sobre os índios no Brasil e o processo civilizatório
Povos Germinais
Íberos, Ingleses e os russos.
Íberos, foram os primeiros do mundo moderno:
1º movimento: Se livraram da secular ocupação árabe e expulsaram seu contingente judeu, assumindo inteiro comando de seu território através de um poder centralizado
2º movimento:se expandiram pelos mares em guerras de conquista, saqueio e evangelização
Atiçados pelo fervor mais fanático, pela violência mais desenfreada, em busca de riquezas a saquear ou de fazer produzir pela escravaria. Certos de que eram novos cruzados cumprindo uma missão salvacionista
Populações indígenas Brasileiras se vêem constritas para as taredas da civilização nascente
Nesses conflitos de amplitude mundial, a Ibéria se debilita tanto, que acaba por sucumbir como cabeça do Império mundial sonhado tantas vezes. 
Sucumbe, porém, é lá nos conflitos com seus pares. Cá, nos novos mundos, seus sêmens continuam fecundando prodigiosamente a mestiçagem americana; sua língua e sua cultura prosseguem expandindo‐se
Povos Germinais
O Barroco e o Gótico
Dois estilos de colonização se inauguram no norte e no sul do Novo Mundo. 
O gótico altivo de frias gentes nórdicas, transladado em famílias
	inteiras para compor a paisagem de que vinham sendo excluídos pela nova agricultura, como excedentes de mão‐de‐obra. Para eles, o índio era um detalhe, sujando a paisagem que, para se europeizar, devia ser livrada deles.
O barroco das gentes ibéricas, mestiçadas, que se mesclavam com os índios, não lhes reconhecendo direitos que não fosse o de se multiplicar em mais braços, postos a seu serviço. 
Ao apartheid dos nórdicos, opunham o assimilacionismo dos caldeadores
Um é a tolerância soberba e orgulhosa dos que se sabem diferentes e assim querem permanecer. Outro é a tolerância opressiva, de quem quer conviver reinando sobre os corpos e as almas dos cativos.
É certo que a colonização do Brasil se fez como esforço persistente, teimoso, de implantar aqui uma europeidade adaptada nesses trópicos e encarnada nessas mestiçagens.
No lado nórdico, à formação de um povo livre, dono do seu destino, que engloba toda a cidadania branca. No nosso, o que se engendra é uma elite de senhores da terra e de mandantes civis e militares, montados sobre a massa de uma subumanidade oprimida, a que não se reconhece nenhum direito 
O Barroco e o Gótico
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Faz a cabeça do senhorio classista convencido de que orienta e civiliza seus serviçais, forçando‐os a superar sua preguiça inata para viverem vidas mais fecundas e mais lucrativas. Faz, também, a cabeça dos oprimidos, que aprendem a ver a ordem social como sagrada e seu papel nela prescrito de criaturas de Deus em provação, a caminho da vida eterna.
Inclusive quando a Europa derramou multidões de imigrantes que acolhemos e até o grande número de orientais adventícios que aqui se instalaram. Todos eles, ou quase todos, foram assimilados e abrasileirados
O Barroco e o Gótico
Atualização Histórica
Era já uma sociedade bipartida em uma condição rural e outra urbana, estratificada em classes, servida por uma cultura erudita e letrada
Interrompendo a linha evolutiva prévia das populações indígenas brasileiras, depois de subjugá‐las, recruta seus remanescentes como mão-de‐obra servil de uma nova sociedade
Atualização Histórica
Comunidades neobrasileiras se plasma sobre os seguintes elementos: 
‐ a língua portuguesa, que se difunde lentamente, século após século, até converter‐se no veículo único de comunicação das comunidades brasileiras entre si e delas com a metrópole;
‐ uma Igreja oficial
‐ artistas que exercem suas atividades obedientes aos gêneros e estilos europeu
Atualização Histórica
As próprias classes dominadas não compõem um povo dedicado a produzir suas próprias condições de existência e nem sequer capacitado para reproduzir‐se vegetativamente. São um conglomerado díspar, composto por índios trazidos de longe, que apenas podiam entender‐se entre si; somados à gente desgarrada de suas matrizes originais africanas.
O projeto pombalino no século XVIII, a imposição da língua portuguesa e a identidade
reafirmada por meio da língua guarani
O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e a sua aplicação na América meridional
Este artigo aborda os limites e as implicações desta política lingüística.
Em meados do século XVIII, o ministro Sebastião José de Carvalhoe Melo, futuro Marquês de Pombal, elaborou uma série de medidas visandointegrar as populações indígenas da América à sociedade colonial portuguesa.
Buscando não apenas o fim das discriminações sobre estes, mas a extinção das diferenças entre índios e brancos. 
Homogeneização cultural.
O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e a sua aplicação
na América meridional
O projeto incluia
realização de casamentos mistos
uso obrigatório do idioma português, que
Além dos idiomas indígenas, nesta época também vigoravam línguas africanas
O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e a sua aplicação na América meridional
A medida buscava transformá-los em vassalos iguais aos demais colonos. Isto se fazia necessário num momento no qual foram intensificados os conflitos territoriais entre Portugal e Espanha. Então a medida interferiria na identidade dos índios, tentando transformá-los em portugueses, o que, por sua vez, comprovaria a efetiva ocupação lusitana
A sociedade colonial deu origem a novos critérios de classificação social, os quais começaram a levar em conta o fenótipo.
As escolas indígenas nos confins do Império Português
Meninas eram reclusas e seu número de reclusas não poderia ultrapassar 50. O seu dia era dedicado às orações e ao aprendizado e exercício dos trabalhos domésticos
Meninos aprenderiam a falar, ler e escrever em português, a rezar e argumentar. 
Enquanto estivessem na escola, os alunos deveriam ser vigiados para respeitarem rígidos padrões de limpeza e higiene pessoal e também para, em hipótese alguma, falarem a língua guarani.
A questão da terra indígena: problema social ou ambiental?
Terras Indígenas: Progresso Econômico x Regresso Social
Tucuruí e Belo Monte: A eficácia é mesmo comprovada e vale o risco de um impacto socioambiental?
Três maiores problemas dos índios seriam: 
A-)invasão das suas terras (57%); 
b) o desrespeito à sua cultura (41%); 
 c) doenças transmitidas pelo contato com os brancos (28%).
Terras Indígenas: Progresso Econômico x Regresso Social
1) O impasse está estabelecido na própria esfera jurídica, porque horas após a destruição das aldeias outra determinação judicial suspendeu a liminar de desocupação das terras. 
2) A destruição das residências e da Casa de Reza foi realizada mesmo depois que os índios já haviam desocupado o local, o que mostra que não é só a (des)ocupação que interessa e sim a destruição de qualquer símbolo que venha a ameaçar o poder do capital.
3) A organização dos índios em defesa da terra é caracterizada pela imprensa como ato de selvageria e guerra e não como movimento social organizado. 
4) Conforme denúncia da deputada federal Iriny Lopes (PT/ES), e confirmado posteriormente pela empresa, parte da operação da polícia foi financiada pela empresa de celulose, essa talvez sendo mais uma faceta a ser explorada em todo o conflito.
Educação escolar indígena: da educação básica ao ensino superior.

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