Buscar

Aula 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 1 – A História da História – Discutindo a Antiguidade
Para que serve a História? A História é viva. Ela nos permite pensar, discutir independente do espaço que estejamos observando. O ensaísta Tom Holland faz, na introdução de Fogo Persa, uma reflexão que é fundamental para vermos como a observação histórica é muito mais rica que somente um conhecimento por gosto. É necessário amar a História para se perder em seus descaminhos.
História Antiga ( É o período que se estende desde o aparecimento da escrita até a desestruturação do Império Romano.  A invenção da escrita retira o homem da pré-história e o coloca na história. Vejamos a linha do tempo a seguir:
História Antiga ( +- 3000 a.C., a invenção da escrita até 476 d.C. com a desestruturação do Império Romano.
Idade Média ( 476 d.C. com a queda do Império Romano do Ocidente a 1453 d.C. com a queda do Império Romano do Oriente.
Idade Moderna ( de 1453 com a tomada dos Turcos em Constantinopla a 1789 com a queda da Bastilha
Aí vamos nós: será que esse modelo é um consenso, algo inquestionável?  Quem inventou isso?  Imagine a situação: Odoacro e seu grupo de guerreiros se reunindo e questionando no dia seguinte a queda de Rômulo, o último imperador romano do Ocidente: “Perceberam o que a gente fez ontem? Acabamos com a Idade Antiga! ” A divisão da história existe com fins didáticos, foi elaborada pelo homem. Não devemos nos preocupar com os marcos, mas sim, refletir sobre as relações de poder na transição destes períodos. Para realizar nosso curso, devemos resgatar a importância dos povos antigos, e é partir daí que encontramos problemas com os quais devemos nos acostumar:
Quanto de material sobrou da História Antiga? ( Historicamente alguns autores utilizariam a noção de embate entre o Ocidente e o Oriente como duas áreas que de forma diversa lutaram ao longo da História. A primeira, sem dúvida, a mítica guerra de Tróia; depois as guerras de Persas e Gregos; as cruzadas; as batalhas entre turcos e Constantinopla; se possível até as guerras mundiais com alemães versus o mundo Ocidental. Só batalhas não explicam tudo, devemos entender o Ocidente como um conceito histórico, e que suas fronteiras geográficas mudam de momento para momento. Ex.:
Oriente e Ocidente nas Guerras Médicas;
Oriente e Ocidente na Guerra Fria;
Oriente e Ocidente puderam já estar no Império Romano.
Você pode ficar confuso e se perguntar: onde é oriente e onde é ocidente? ( Depende. Vai depender do momento em que você está estudando. Em nosso recorte, buscamos a velha versão iluminista que dividiu nossa linha do tempo, a noção de cultura ocidental como filha da tradição greco-romana.
Grécia e Roma Antiga ( Estudaremos nesta unidade os espaços da Grécia e da Roma antiga, identificando sua formação política e social, discutindo aspectos de sua cultura e sociedade. Sobre estes aspectos é importante pensarmos um pouco em como um dos maiores historiadores de História antiga explica o seu próprio campo de pesquisa.
O mau humor de Finley é contra exercícios bobos de historiadores em buscar engrandecimentos sem necessidade. Não precisamos de subterfúgios, nem de mitos, nem tão pouco de generalizações perigosas, para justificar seu estudo.
Não é a visão contemporânea de história, da disciplina; somos cientistas, discutimos, reunimos dados de maneira cuidadosa, não julgamos.
Precisamos ter muito cuidado, pois a história que os gregos escreviam não tem nada diretamente relacionado ao nosso olhar.  Para Homero, por exemplo, história é um exercício de observação. A função do historiador para o grego é julgar as ações, verificar os erros e as falhas.
Outro dos famosos historiadores gregos foi Tucídides: que pensava a história de maneira direta, quem viu pode relatar, quem não viu, não.  Só existiria o historiador do tempo presente. Bom, se isso fosse verdade eu, por exemplo, estaria desempregado.
Costumamos brincar que dados e datas não são objetos do historiador, mas sim de reunião de dados. O Google, por exemplo, lhe responde com facilidade, veja: página do Wikipédia para cronologia de história antiga.
Finley falando sobre Arqueologia ( “Assim como outras disciplinas das ciências humanas e sociais, a arqueologia parece estar em crise. Atestam-no a profusão de livros e artigos com títulos como New Perspective In Archeology. Em menor grau, há uma forte reação dentro da disciplina contra as habituais incursões feitas no campo pré-histórico da religião, economia ou estudo da arte, que não tomem por base a – e nem sejam controlados pela – teoria ou conhecimento adequado. Há um novo clima de austeridade, até de pessimismo. Pode parecer uma “doutrina severa para algumas pessoas”, escreve Stuart Piggot, mas “os dados baseados na observação da pré-história parecem-me, em quase todos os sentidos, mais ambíguos e mais suscetíveis a intepretações variadas que a gama normal de material disponível para os historiadores. ”
Que fique claro ( A arqueologia é uma matéria própria, não é história; tal qual o objetivo do trabalho do historiador é estudar o homem no tempo, o do arqueólogo é estudar o artefato no tempo. Ambas podem se ajudar se permanecermos com a ideia de que a Arqueologia é uma ciência autônoma.
Mundo Ocidental ( Conceito ideológico, não geográfico. Caracteriza povos que viveram em áreas de influência da cultura Greco-romana.
Mundo Oriental ( Caracteriza povos que viveram fora da esfera da influência da cultura Greco-romana ou considerados “menos civilizados” por eles.
�PAGE \* MERGEFORMAT�2�

Outros materiais