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ESTUDO DIRIGIDO DE MONITORIA Constitucional 1

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ESTUDO DIRIGIDO DE DIREITO CONSTITUCIONAL I 
ATIVIDADE DE MONITORIA
Monitor: Ruidiely Figueiredo Santos
Professora: Vanessa Duarte
Nome: BRUNO VITORINO GODINHO
Matrícula: 503117
No âmbito de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), foi determinada a busca e apreensão de documentos e de computadores nos escritórios das empresas do grupo investigados, tendo sido decretada, em decisão fundamentada, a indisponibilidade de bens e a quebra de sigilos bancários e fiscal de um dos empresários envolvidos. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir.
A medida adotada pela CPI, em relação aos bens do empresário, é amparada pela ordem constitucional? 
Não. Apesar de o poder de investigar constituir uma das funções institucionais do Poder Legislativo, os poderes parlamentares de investigação sofrem limitações de ordem jurídico-constitucional. A Constituição Federal, ao conferir às CPIs “poderes de investigação próprios das autoridades judiciais” (Art. 58, §3º), delimitou a natureza de suas competências, mas não permitiu o exercício daqueles atos privativos do Poder Judiciário, como a decretação de indisponibilidade de bens e a diligência de busca e apreensão de documentos em escritório. Trata-se de postulado de reserva constitucional de jurisdição, ou seja, tais atos somente podem ser praticados por magistrados.
A CPI poderia determinar a quebra de sigilo narrada na questão, sem autorização judicial?
Sim. A Comissão Parlamentar de Inquérito possui poderes próprios das autoridades judiciais para, em decisão fundamentada, determinar a quebra de sigilo fiscal e bancário, pois o que está em jogo é o acesso a informações já existentes. O Supremo Tribunal Federal já proferiu inúmeras decisões nesse sentido.
Denúncias de corrupção em determinada empresa pública federal foram publicadas a imprensa, o que motivou a instalação, na Câmara dos Deputados, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Em busca de esclarecimento dos fatos, a CPI decidiu convocar vários dirigentes da empresa pública para prestar depoimento. Em razão do interesse público envolvido, o jornalista que primeiro noticiou o caso na grande imprensa também foi convocado a prestar informações sob pena de condução coercitiva, de modo a revelar a origem de suas fontes, permitindo, assim, a ampliação do rol dos investigados. Outra decisão do CPI foi a de quebrar sigilo bancário dos dirigentes envolvidos nas denúncias de corrupção, objeto de apuração da comissão. Com base nessas informações, responda aos itens a seguir.
A CPI tem poder para intimar alguém a prestar depoimento, sob pena de condução coercitiva caso não compareça espontaneamente?
De acordo com o disposto no artigo 58, §3º, da CF/88 as CPIs têm poder de investigação próprio de autoridade judicial. Assim sendo, podem intimar alguém para prestar depoimento, sob pena de condução coercitiva. Contudo, de acordo com o STF, embora sejam obrigados a atender a convocação da CPI, nem sempre os intimados estão obrigados a revelar o que sabem ou a prestar o compromisso de dizer a verdade.
O jornalista convocado pode ser obrigado a responder indagações sobre a origem de suas fontes jornalísticas, em razão do interesse público envolvido?
Não. Embora o jornalista esteja obrigado a atender a convocação da CPI, não é obrigado a revelar a sua fonte, pois o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional, é inviolável (art. 5º, XIV, da CF/88 “XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”).
O Deputado Federal Jair Bolsonaro, de matriz política conservadora, proferiu, em sessão realizada na Câmara dos Deputados, pesado discurso contra o reconhecimento legal do direito de diversas minorias. Sentindo-se lesados, representantes de diversas minorias vão a público para manifestar sua indignação. A partir da hipótese sugerida, pergunta-se:
O deputado Jair Bolsonaro pode ser condenado, civil ou penalmente, pelo discurso ofensivo que proferiu no plenário? E se proferir tal discurso durante entrevista televisa, fora do ambiente da Câmara dos Deputados? Responda fundamentadamente.
Na primeira hipótese, o deputado federal não pode ser processado por suas opiniões, palavras ou votos, na esfera civil ou penal, por estar acobertado pela imunidade material, adquirida no momento da sua posse (art. 53 da CF/88). A imunidade material não está restrita ao recinto da Câmara dos Deputados, acompanhando o deputado federal por todos os lugares, desde que o seu pronunciamento tenha relação com o mandato. No recinto da Câmara, no entanto, há sempre presunção de que a manifestação tem relação com o mandato.
Os vereadores possuem a chamada imunidade material? Em que condições territoriais?
Os vereadores possuem imunidade por suas opiniões, palavras e votos (imunidade material), desde que estejam na circunscrição do município e a manifestação esteja relacionada ao mandato (art. 29, VIII, da CF/88).
Não possuem, todavia, imunidade formal ou à prisão e, em regra, também não dispõe de foro por prerrogativa de função (diz-se em regra, pois a Constituição estadual pode estabelecer este foro).
Aprovado apensas pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, assim como no âmbito da mesma Comissão em razão dessa matéria do Senado Federal, determinado projeto de lei, que versava sobre política externa brasileira, foi levado à apreciação do Presidente da República, que resolveu vetá-lo, ao argumento de que nenhum projeto de lei pode ser aprovado sem respectiva votação do Plenário de cada uma das casas legislativas. Diante do relato acima, responda aos itens a seguir.
O veto apresentado pelo Chefe do Executivo encontra amparo constitucional? Fundamente sua resposta.
Não. De acordo com o Art. 58, § 2º, I, da Constituição Federal, há projetos de lei que podem ser discutidos e votados apenas no âmbito das comissões constituídas, em razão da matéria de sua competência, na forma do Regimento Interno da Casa Legislativa, sem a necessidade de apreciação pelo Plenário, desde que não haja recurso de um décimo dos membros da respectiva Casa. Portanto, o veto do Presidente da República não encontra amparo constitucional. Nesse sentido, é constitucionalmente possível que a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprove um projeto de lei que verse sobre a política externa brasileira (matéria da competência da referida Comissão) sem a necessidade de passar pelo Plenário da Casa, desde que não haja oposição de um décimo dos seus membros. Portanto, é o próprio texto constitucional que admite a possibilidade de se afastar a incidência do princípio da reserva de plenário, atribuindo às Comissões, em razão da matéria de sua competência, a prerrogativa de discutir, votar e decidir as proposições legislativas.
É correto afirmar que, de acordo com o processo legislativo brasileiro, o veto do Presidente da República deve ser apreciado pela Casa Inicial e revisto pela Casa Revisora, dentro do prazo de quarenta e cinco dias, a contar do seu recebimento?
Não. De acordo com o Art. 66, § 4º, da Constituição Federal, o veto será apreciado em sessão conjunta, dentro do prazo de trinta dias a contar do seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. Esgotado o prazo de trinta dias, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até a sua votação final.
Tendo em vista a norma constitucional que atribui às Comissões Parlamentares de Inquérito "poderes de investigação próprios das autoridades judiciais", indaga-se se o órgão de investigação congressual pode determinar a interceptação ou escuta telefônica. Justifique a resposta. (TRF da 2ª Região – VI Concurso para Juiz Federal – 1ª Prova Escrita).
Uma CPI pode determinar a quebra do sigilo telefônico (dados referentes a ligações), MAS NÃO PODE determinar a quebrado sigilo DAS COMUNICAÇÕES telefônicas, como é o caso da interceptação telefônica (captação e gravação de conversas telefônicas). Esta última hipótese, somente por ordem judicial.
Caracterize o sistema proporcional de representação legislativa brasileiro, identificando as casas legislativas onde o mesmo é adotado e apontando as principais críticas e propostas de superação deste modelo atualmente.
Defina historicamente as funções do Poder Legislativo. Na construção de sua resposta passe obrigatoriamente pelas contribuições de Carl Schmtt, Hans Kelsen e Friedrich Muller
O que são Comissões Parlamentares? Responda diferenciando as espécies.

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