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Educação Física Metodologia do Ensino da Atividade Rítmica e Dança Aula 2 Dança na escola: o corpo em movimento Professora Patrícia Proscêncio Mestra em Educação Conceituar e compreender corpo, corporeidade e movimento; Refletir sobre o ensino de dança escola e o corpo em movimento e seus objetivos. Objetivos da aula: Busca de outras possibilidades do ensino de dança na escola que não seja baseada apenas no “fazer pelo fazer” e na repetição de movimentos mecânicos. Memorização de sequência coreográfica ≠ inserção como conhecimento. Fonte: https://pixabay.com/pt/ginasta-gin%C3%A1stica-esportes-fitness-28826/ O ensino de dança na escola Fuga de estereótipos: � reprodução de movimento/coreografia pronta; � movimento mecânico; � imitação gestual do que a música diz. Fonte: https://pixabay.com/static/uploads/photo/ 2014/04/03/10/28/stickman-310591_960_720.png Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7a_de_sal%C3%A3o Ensino de dança Quais os objetivos do ensino de dança no contexto escolar? Atividade em Sala Valores físicos através dos movimentos corporais motores: saltos, corridas, caminhadas e outros. Psicomotores: quando há movimentos de coordenação entre braços, pernas, cabeça e tronco. Valores mentais: concentração e do raciocínio na fixação das sequências coreográficas. A dança permite desenvolver Diminui a timidez. Aumenta a autoestima. Função recreativa. Estimula a criatividade. Desenvolve expressividade e movimento consciente. Desenvolve autonomia e aprimora valores sociais e afetivos. Benefícios da dança Criatividade Percepção Sensibilidade Conhecimento Expressão. Fonte: https://pixabay.com/pt/aer%C3%B3bica-figura-fitness- exerc%C3%ADcio-294381/ Coordenação motora Lateralidade Ritmo Equilíbrio, dentre outras. Palavras-chave: Vídeo Ivaldo Bertazzo falando sobre o cidadão dançante Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=fu-RzCqMkSI De acordo com a fala de Bertazzo no vídeo, vocês concordariam em dizer que todos os corpos podem dançar? Justifique sua resposta. Atividade Nossa ação no mundo se dá por meio do corpo. Eu sou corpo: sujeito histórico, cultural e subjetivo em seus vários papéis, atuando num mundo repleto de informações. Representação social e cultural. Transformações ao longo da vida. Corpo-sujeito no mundo Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Composi%C3%A7%C3%A3o_%C3%A9tnica_do_Brasil Ao discutir a construção cultural do corpo, Daólio afirma que [...] o ser humano, por meio do seu corpo, vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais, num processo de incorporação. Estão escritos nos corpos todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade, por ser o corpo o contato primário do indivíduo com o ambiente que o cerca. (DAOLIO, 1995, p.39). Antiguidade (4000 a.C – 476) – divisão entre sensível e inteligível; Idade Média (476 – 1453) – fonte de mal e pecado; Idade Moderna (1453 – 1789) divisão entre corpo e mente; Corpo na história Idade Contemporânea (1789 – atualidade) – novos olhares sobre o corpo: totalidade; holístico; indissociável. Atualidade: mercadoria; boa forma; juventude; preocupação com a saúde. Corpo na história Constitui-se de dimensões: física, emocional- afetiva, mental-espiritual e a sócio-histórico- cultural. Essas dimensões são indissociáveis e constituem a corporeidade. (JOÃO; BRITO, 2004, p. 33). Corpo como totalidade O que entendemos por corporeidade? Corporeidade é voltar os sentidos para sentir a vida; olhar o belo e respeitar o não tão belo; cheirar o odor agradável e batalhar para não haver podridão; escutar palavras de incentivo, carinho, de odes ao encontro, e ao mesmo tempo buscar silenciar, ou pelo menos não gritar, nos momentos de exacerbação da racionalidade e do confronto... Corporeidade ... tocar tudo com o cuidado e a maneira como gostaria de ser tocado; saborear temperos bem preparados, discernindo seus componentes sem a preocupação de isolá-los, remetendo essa experiência a outras no sentido de tornar a vida mais saborosa e daí transformar sabor em saber.” (MOREIRA, 2005, p. 31). Corporeidade Ser-estar-no-mundo. Compreender a si, o outro e o lugar que ocupamos na sociedade. Corporeidade Fonte: https://pixabay.com/pt/redes-sociais-faces-%C3%A1lbum-de-fotos-550774/ Como o corpo é tratado na escola? A escola trata o ser humano de formal dual: separação em corpo e mente em sala de aula; Valorização da mente sobre o corpo; Movimento corporal = muitas vezes é interpretado como indisciplina. Fonte: https://pixabay.com/pt/manequim-boneco-de-neve-madeira-1169852/ Vídeo Corpo e Movimento na Educação Infantil – Marco Santoro Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=TC3RpoTFb1w Corpo sujeito – que se expressa no mundo sem separação entre as dimensões, que se move para atingir seus ideais, não alheios em sua relação com o mundo. Corpo objeto – formado por partes isoladas e estanques sem inter-relações, restringindo à funcionalidade. Corpo na escola A escola que não potencializa o desenvolvimento global do ser e prioriza a dimensão racional, pois “ao dicotomizar o sujeito do objeto, o ser do saber, considera os fenômenos da subjetividade como a emoção, o sentimento, a intuição, a sensibilidade como sendo um aspecto de segunda categoria.” (SANTOS, 2005). O movimento não pode parecer relacionar-se apenas ao desenvolvimento do corpo (físico), pois quando as crianças correm, dançam, escorregam, pulam, não estão apenas desenvolvendo suas capacidades físicas. A capacidade de pensar, de criar, de enfrentar situações e resolver problemas, estão intrínsecas nessas atividades. Corpo e movimento no processo de ensino e aprendizagem O que é movimentar-se com intencionalidade? Como isso ocorre na prática docente? Mover-se sem se mover!!! Processo reflexivo ≠ Movimento mecânico Movimento com intencionalidade Diante do que vimos, diferencie movimento intencional e movimento mecânico. Atividade em Sala Vídeo Propostas de investigação corporal CUNHA, Manuel Sérgio. Motricidade humana: contribuições para um paradigma emergente. Lisboa: Instituto Piaget, 1994. (Coleção Epistemologia e Sociedade). DAOLIO, Jocimar. A construção cultural do corpo humano. In. Da Cultura do Corpo. Campinas: Papirus, 1995, p. 31-49. FÉLIX, Maria Tatiana de Lima Rocha; GAMA, Tatiane; FÉLIX, Tiago Sousa. Metodologia do ensino da atividade rítmica e dança. Londrina: Educacional, 2015. GOIS, Ana Angélica Freitas. A dança como expressão cultural na educação física escolar. Aracaju: Infographics, 2015. GONÇALVES, Maria Augusta S. Sentir, pensar e agir: corporeidade e educação. São Paulo: Papirus, 2008. JOÃO, Renato Bastos; BRITO, Marcelo de. Pensando a corporeidade na prática pedagógica em educação física à luz do pensamento complexo. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 263-72, jul./set. 2004. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16567 . Acesso em: 17 de abr. 2016. Bibliografia MOREIRA, Wagner Wey. Corpo presente num olhar panorâmico. In: ______. (Org.). Corpo presente, corpo pressente. Campinas: Papirus, 1995. Cap. 1, p. 17- 36. (Coleção Corpo e Motricidade). MOREIRA, Wagner Wey. Fenômeno da corporeidade: pensado e corpo vivido. In: DANTAS, Estélio Henrique Martin (Org.). Pensando o corpo e o movimento. Rio de Janeiro: Shape, 2005. p. 53-60. PROSCENCIO, Patrícia Alzira. Concepção de corporeidade de professores da educação infantil e sua açãodocente. 2010. Dissertação de Mestrado em Educação, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, 2010. SANTOS, Akiko. O que é transdisciplinaridade?: I parte. Rural Semanal: Informativo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, ano, 12, n. 31, p. 3 ago. 2005. Disponível em: <http://www.ufrrj.br/leptrans/link/O_QUE_e_TRANSDISCIPLINARIDADE.doc>. Acesso em: 15 dez. 2008. VERDERI, Érica. Dança na Escola: uma proposta pedagógica. São Paulo: Phorte, 2009. Bibliografia
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