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FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO – FIMCA CURSO DE MEDICINA Porto Velho (RO), Novembro de 2017 FECHAMENTO DE NEUROANATOMIA Disciplina: Anatomia Professor: Me. Carlos André Trench de Souza 1º Ano C T XIV Sumário MEDULA NERVOS ESPINHAS MENINGES VIAS AFERENTES VIAS EFERENTES Generalidades da medula Espinhal Medula significa miolo, o que está dentro. Situada dentro do canal vertebral. Cranialmente limita-se com o bulbo. Caudalmente na 2ª vertebra lombar (L2). Forma e estrutura geral Forma cilíndrica, ligeiramente achatada. Intumescência cervical: Plexo braquial Intumescência lombar: Plexo lombossacral Fonte: https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-espinhal/ Apresenta vários sulcos Substância cinzenta por dentro da branca Substância branca é formada por fibras, a maioria mielínicas Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/medula-espinhal/ CONEXÕES COM OS NERVOS ESPINHAIS SEGMENTOS MEDULARES Filamentos radiculares; Raízes ventral e dorsal; Ramo primário posterior e ramo primário anterior; Segmentação da medula; Distribuição dos pares de nervos espinhais e seus segmentos medulares. Raízes Nervosas Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Topografia Vertebromedular Terminação da medula – L2; Cauda equina; Ritmos de crescimento diferente; Regra prática de correspondência vertebro- medular: Processo espinhoso (C2 – T10): nº do processo espinhoso+2 = numero do segmento medular subjacente Processo espinho (T11 – T12): 5 segmentos lombares Processo espinho L1: 5 segmentos sacrais Fonte: http://correio.rac.com. br/_midias/jpg/2015/ 06/10/medula_espinh al-4076731.jpg Topografia Vertebro Medular Fonte: MACHADO, Angelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006. Artérias espinhais anteriores e posteriores Artérias radiculares IRRIGAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL Artéria espinhal anterior Ramo da artéria vertebral direita Ramo da artéria vertebral esquerda Artéria vertebral direita Artéria vertebral esquerda Artérias Espinhais Artéria espinhal posterior direita Artéria espinhal posterior esquerda Derivam dos ramos espinhais das artérias segmentares; Penetram nos forames intervertebrais; Origem das artérias radiculares anterior e posterior; a maioria não atinge a medula; Artérias radiculares anteriores Artéria espinhal anterior Artérias radiculares posteriores Artéria espinhal posterior ARTÉRIAS RADICULARES Esquematização Da Classificação Dos Neurônios Medulares Neurônicos de axônio longo Radiculares Cordonais Viscerais Somáticos Músculos lisos, cardíacos e glândulas Músculos estriados esqueléticos De projeção De associação Vias ascendentes da medula espinhal Axônio que se bifurca em um ramo ascendentemente e outro descendente Neurônicos de axônio curto Responsáveis pelo arco reflexo Classificação dos Neurônios Medulares Elementos mais importantes da substância cinzenta. Classificação 1. Neurônios de axônio longo (tipo de Golgi) o Neurônios Radiculares: Apresentam axônio muito longo e saem da medula para construir a raiz ventral. Somáticos (neurônios motores primários/neurônios motores inferiores): Localizados na coluna anterior. Inervação de musculo estriado esquelético. Viscerais: Neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo. Corpos localizados na substância cinzenta intermédia lateral (ao nível de T1 a L2). Inervam músculos lisos, cardíaco ou glândulas. o Neurônios α (alfa): São grandes e seu axônio é grosso e contribuem para a contração muscular. Constituem uma unidade motora. o Neurônios γ (gama): Menores e possuem axônio mais finos, tem papel fundamental na regulação da sensibilidade dos fusos neuromusculares. Para a execução de um movimentos voluntários, eles são ativados simultaneamente com os motoneurônios alfa (coativação alfa-gama). Observação Os neurônios radiculares somáticos se diferem de duas formas: Classificação dos Neurônios Medulares o Neurônios Cordonais: São os axônios ganham a substância branca da medula, onde tomam direção ascendente ou descendente e assim constituem as fibras que formam os funículos da medula. Projeção: Possuem um axônio ascendente longo que termina fora da medula, integrando as vias ascendentes da medula. Associação: Possuem axônio que, ao chegar a substancia branca, se bifurcam em um ramo ascendente e outro descendente e ambos terminam na substância cinzenta. Assim constituem um mecanismo de integração de segmentos medulares. Classificação dos Neurônios Medulares 2. Neurônios de axônio curto ou internunciais (tipo II de Golgi): o Em razão do seu pequeno tamanho, os axônios destes permanecem sempre na substância cinzenta. o Um tipo especial de neurônio de axônio curto encontrado na medula, é a célula de Renshaw, localizada na porção medial da coluna anterior. Os impulsos nervosos provenientes da célula de Renshaw inibem neurônios motores. Substância branca da medula Vias Descendentes Fibras que se originam no córtex cerebral ou em várias áreas do tronco encefálico; Terminam fazendo sinapse com os neurônios medulares. O mais importante termina direta ou indiretamente nos neurônios motores somáticos - constituindo as vias motoras descendentes somáticas; Essas vias: piramidais e extrapiramidais Vias Piramidais Dois tractos: córtico-espinhal anterior e córtico-espinhal lateral; Origem no córtex cerebral - impulsos nervosos aos neurônios da coluna anterior da medula A motricidade voluntária é cruzada • Tracto córtico-espinhal lateral Vias descendentes do funículo lateral • Tracto córtico-espinhal anterior Vias descendentes do funículo anterior Vias Extrapiramidais Terminam na medula em neurônios internunciais, se ligam aos neurônios motores – exercem função motora. Tracto rubro-espinhal: liga-se a lateral da coluna anterior, músculos da parte distal dos membros. Demais tractos: ligam-se a parte medial da coluna anterior, musculatura axial e proximal dos membros. Tractos vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal: importantes para a manutenção do equilíbrio e da postura básica. Tracto retículo-espinhal: motricidade voluntária da musculatura axial e proximal. Tracto tecto-espinhal: coordenação de músculos oculares. Vias Ascendentes Fibras do grupo lateral: São mais finas e dirigem-se ao ápice da coluna posterior Fibras do grupo medial: Dirigem-se á face da medial da coluna posterior Filamento radicular da raiz dorsal Grupo lateral Grupo Medial As fibras relacionam com as fibras que penetram a raiz dorsal; Destino das fibras da raiz dorsal: IMPORTANTE!!! Antes dessas fibras penetrar na coluna posterior, cada uma dessas se bifurca, dando um ramo ascendente e outro descente Sistematização Das Vias Ascendentes Da Medula • Dois fascículos: grácil e cuneiforme • Formados por fibras prolongamentos de neurônios Vias ascendentes do funículos posterior • Tracto espino- talâmico axônios • Fibras terminam no tálamo Vias ascendentes do funículo anterior • Tracto espino- talâmico lateral • Tracto espino- cerebelar posterior • Tracto espino- cerebelar anterior Vias ascendentes do funículo lateral Fibras ascendentes se reúnem em tractos e fascículos com funções próprias; Substância Cinzenta da Medula Tem forma de borboleta ou H Dividida em 3 partes: Coluna anterior Coluna posterior Substância intermédiaSubstância cinzenta intermédia central Substância cinzenta intermédia lateral Núcleos e Lâminas da Substância Cinzenta 1.Coluna Anterior: dividida em 2 grupos o Grupo Medial de Neurônios: Localizado em toda extensão da medula. Inervam a musculatura axial através das fibras que emergem a partir das divisões dorsais dos nervos espinhais. o Grupo Lateral de Neurônios: Presentes na região de intumescências lombar e cervical. São as fibras que inervam a musculatura apendicular superior e inferior. Os neurônios medulares não se distribuem de maneira uniforme na substância cinzenta, mas agrupam-se em núcleos ora mais, ora menos definidos. Isso mostra que a medula não é inteiramente homogênea. 2.Coluna Posterior: São mais evidentes 2 núcleos o Núcleo Torácico (núcleo dorsal): Está anterior a substancia gelatinosa. Se relaciona com a propriocepção inconsciente, contento neurônios que se projetam até o cerebelo. o Substância Gelatinosa: É a chamada ‘’portão da dor’’ Neste local, há liberação de substância P, sendo também o local onde atua a maioria dos analgésicos. Núcleos e Lâminas da Substância Cinzenta Secção da Medula ao Nível de L5 Mostrando as Lâminas de Rexed e Alguns Núcleos Medulares Nervos Espinhais Generalidades Fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais. São divididos 8 pares de Nervos Cervicais, 12 pares de Nervos Torácicos, 5 pares de Nervos Lombares, 5 pares de Nervos Sacrais, 1 pares de Nervos Coccígeos Componentes Funcionais das Fibras dos Nervos Espinhais Fibras Aferentes Somáticas Viscerais Exteroceptivas Prioceptivas Temperatura Dor Pressão Tato Fibras Eferentes Somáticas Viscerais Consciente Inconsciente Para músculos esqueléticos Para músculos lisos Para músculo cardíaco Para glândulas Trajeto dos nervos espinhais • Ponto de emersão dos nervos espinhais. • Formação dos ramos • Tamanho dos nervos o Exceção dos 3 primeiros cervicais • Diferenciação na distribuição corporal dos nervos dorsais e ventrais Nervos intercostais (ventrais) o Unissegmentar o Disposição metamérica o Disposição embriológica Preferência de caminho o Exceções como o Laríngeo recorrente. • Superficial • Predominantemente sensitivo • Profundo • Predominantemente profundo Territórios cutâneos de inervação radicular (Dermátomos) Denomina-se dermátomo o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal. O dermátomo recebe o nome da raíz que o inerva. O estudo da topografia dos dermátomos é muito importante para a localização de lesões radiculares ou medulares. Relação entre as raízes ventrais e os territórios de inervação motora Campo radicular motor (Miótomo) Músculos Unirradiculares (intercostais) Plurirradiculares (plexos) Unidade motora: Um neurônio motor Todas as fibras musculares inervadas por eles UNIDADE MOTORA • são as menores unidades funcionais do sistema motor. • Graduação da força. o + força o ativação de + unidades motoras o + células musculares contraídas UNIDADE SENSITIVA • Conjunto de um neurônio sensitivo com todas as suas ramificações e seus receptores Unidade Motora e unidade sensitiva. Eletromiografia A eletromiografia é um dos métodos clássicos utilizados para registrar a atividade de um determinado músculo. Pode ser dividida em: eletromiografia de profundidade e eletromiografia de superfície. Meninges Aracnoide Pia Máter Dura-Máter Leptomeninge Paquimeninge • Importante tanto pelo seu papel funcional quanto as patologias acometidas pelos processos de infecções que as atinge (meningite) ou tumores (meningiomas) • Membranas formadas por tecido conjuntivo que revestem e protegem o sistema nervoso • Tipos: Dura-Máter, Aracnoide e Pia Máter. Meninges Medulares DISPOSIÇÃO DAS MENINGES NA MEDULA: Dura-Máter: • Mais externa • Formada por fibras colágenas • Envolve toda a medula (saco dural) • Cranialmente: dura-máter craniana • Caudalmente: “Fundo de saco” ao nível S2 • Seus prolongamentos embainham raízes nervosas como tec. Conj. Epineuro Aracnoide: • Se dispõe entre a dura-máter e a pia máter • Folheto justaposto a dura-máter • Composto por um emaranhado de trabéculas aracnoide Pia Máter • Mais interna e delicada • Adere intimamente ao tec. Nervoso e penetra na fissura anterior • Continua caudalmente mesmo com o término da medula formando o filamento terminal • Forma o ligamento denticulado Cavidade envolvente Epidural • Entre a dura-máter e o periósteo • Contém tecido adiposo • Contém veias que constituem o plexo venoso vertebral interno Subdural • Entre a dura-máter e a aracnoide • Fenda estreita com pequena quantidade de líquido • Evita a aderência das paredes Subaracnoide • Mais importante • Quantidade razoável de líquor Meninges Encefálicas Dura-Máter • Formada por dois folhetos: externo e interno • Comporta-se como periósteo destes ossos • Não existe espaço epitural já que a dura-máter adere aos ossos cranianos • Muito vascularizado • Ricamente inervada Pregas da Dura-Máter As principais Pregas são: Foice do cérebro: • Septo vertical mediano • Ocupa a fissura longitudinal do cérebro • Separa os dois hemisférios cerebrais Tenda do cerebelo: • Projeta-se como um septo entre os lobos occipitais e o cerebelo • Separa a fossa posterior da fossa média • Divide a cavidade craniana em superior e inferior • Sua borda anterior chama-se incisura da tenda Foice do cerebelo • Septo vertical mediano • Abaixo da tenda do cerebelo • Entre dois hemisférios cerebelares Diafragma da sela • Lâmina horizontal • Fecha superiormente a sela túrcica • Protege a hipófise mas dificulta consideravelmente a cirurgia dessa glândula São formadas no folheto interno Dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam Cavidades da Dura-Máter • Em determinadas áreas os dois folhetos da dura- máter separam-se, delimitando cavidades. • Uma delas é o cavo trigeminal ou loja do gânglio trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. Seios da Dura-Máter • São canais venosos revestidos de endotélio situados entre os dois folhetos • que compõe a dura-máter encefálica. • A maioria apresenta secção triangular e suas paredes, embora finas, são • mais rígidas que as das veias. Seios da abóboda craniana: • Seio Sagital Superior • Seio Sagital Inferior • Seio Reto • Seio Transverso • Seio Sigmoide • Seio Occipital Seios da base do crânio: • Seio Cavernoso* • Seios Inter cavernosos • Seio Esfenoparietal • Seio Petroso Superior • Seio Petroso Inferior • Plexo Basilar Cavidades e Seios da Dura Máter Confluência dos Seios: Formada pela confluência do Seio Sagital Superior, do Seio Reto, do Seio Occipital e pelo início dos Seios Transversos Esquerdo e Direito. SEIO CAVERNOSO Um dos mais importantes seios da Dura-Máter. Localização: Situado de cada lado do corpo do esfenoide e da sela túrcica. Recebe sangue das veias oftálmica superior e central da retina, além de algumas veias do cérebro. Drena através dos seios petroso superior e petroso inferior, além de comunicar-se com o seio cavernoso do lado oposto através do seio intercavernoso. É atravessado pela artéria carótida interna, pelo nervo abducente, pelo nervo troclear oculomotor e pelo ramo oftálmico do nervo trigêmeo. Correlação anatomo clínica: Aneurisma de carótida interna, Fístula Carótido-Cavernosae trombose de Seio cavernoso por infecção na face. Aracnoide Membrana delicada Justaposta à Dura-Máter na qual se separa por um espaço virtual chamado subdural Contém uma pequena parte do líquor Formado pelas trabéculas aracnoides que atravessam o espeço até se ligarem a pia máter Apresentam granulações aracnoideas São estruturadas e adaptadas a absorção do líquor que nesse ponto cai no sangue Cisternas Subaracnoideas São dilatações do espaço subaracnóideo formadas em áreas onde parte do encéfalo se afasta d a parede craniana, local este que contém grande quantidade de líquor. Tipos: Cisterna Cerebelo Medular ou Cisterna Magna Cisterna Pontina ou Pré-Pontina Cisterna Interpeduncular Cisterna Quiasmática Cisterna Superior ou Ambiens Pia-Máter Mais interna Adere ao encéfalo e a medula Função de resistência do SNC pois a sua consistência é mole Acompanha os vasos que penetram o tecido nervoso a partir do espaço subaracnoide, formando a parte externa dos espaços perivasculares Espaços Perivasculares: Nestes espaços existem prolongamentos do espaço subaracnóide contendo líquor, cuja função é proteção em torno dos vasos para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho. Líquor Fluido aquoso que ocupa o espaço subaracnoide e as cavidades ventriculares Função principal de proteção mecânica do SNC O SNC fica totalmente submerso e que de acordo com o princípio de Arquimedes reduz os riscos de traumatismos Barreira Hematoencefálica: atua para manter o ambiente metabólico do sistema nervoso central (SNC); proteção. Características citológicas e físico-químicas Reabsorção: o corre nas vilosidades aracnoides (se projetam no interior do lúmen vascular). Volume normal: 150 ml (adulto) Suas características variam de acordo com o local da amostra Aspecto e cor: Normal: límpido e incolor Rosado ou vermelho: numerosos eritrócitos Indicações de punção e análise do LÍQUOR: Processos infecciosos do SN e seus envoltórios; Processos granulomatosos com imagem inespecífica; Processos desmielinizados; Leucemias e linfomas (estadiamento e tratamento); Imunodeficiências; Processos infecciosos com foco não identificado; Hemorragia sub-aracnoidea; Três locais de punção: lombar (L1-S1), suboccipital e ventricular; Contraindicações: infecção no local de punção e síndrome de hipertensão intracraniana grave ( maior que 40 cm de H2O) Formação, absorção e circulação do Líquor Processos Patológicos HIDROCEFALIA: Processos que afetam na produção, circulação, absorção de liquor são as principais causas. Caracterizam-se por aumento da pressão e quantidade de liquor levando a dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso. Quando nos fetos, dificulta o parto e em adultos gera problemas. Temo as comunicantes (aumento na produção ou deficiência de absorção por processos patológicos nos plexos ou seios da dura-máter e granulações) e as não comunicantes (obstruções no trajeto do liquor, podendo ocorrer no forame interventricular, aqueduto cerebral, aberturas mediana e laterais do IV ventrículo e incisura da tenda). Um dos tratamentos é a drenagem por meio de um cateter ligando um dos ventrículos à jugular interna, átrio direito ou cavidade peritoneal Hipertensão Craniana •O aumento de volume é o principal causador e pode ser causado por tumores, hematomas e outros processos expansivos intracranianos podendo ocorrer formação de hérnias de tec. nervoso. •Quando se comprime no pescoço as veias jugulares internas que drenam sangue do encéfalo, há estase sanguínea, com aumento da quantidade de sangue nos vasos cerebrais, levando a aumento de pressão e tal fenômeno é utilizado para verificar se o espaço subaracnóideo esta obstruído. •Com suspeita, deve ser feito um exame de fundo de olho, pois o nervo óptico é envolvido por prolongamento do espaço subaracnóideo e pode sofrer obliteração da veia central da retina, podendo ocorrer edema da papila óptica. Hérnias Intracranianas • Protrusão de tecido nervoso (pregas da dura-máter ou outras partes) devido a presença de tumores ou hematomas que aumentem a pressão. • Temos a hérnia do uncus, que empurra-o pela incisura da tenda, comprimindo o mesencéfalo, gerando perda de consciência ou ate coma profundo por lesão de áreas de ativação cerebral. • Temos também as hérnias de tonsilas, resultante de um processo expansivo na fossa posterior (tumor cerebelar em ambos hemisférios), podendo empurrar as tonsilas pelo forame magno, gerando compressão de bulbo e levando a morte por lesão dos centros respiratório e vasomotor e o quadro pode ocorrer na realização de uma punção com consequente queda da pressão no espaço subaracnóideo. Hematomas Extradurais E Subdurais Rupturas de vasos com acumulo de sangue nas meninges. As lesões das artérias meningeas, principalmente a média, resulta em acúmulos de sangue entre dura-máter e ossos formando hematoma extradural. Este cresce separando a dura -mater do osso e empurra o tec. nervoso, levando a morte em poucas horas caso não haja drenagem. Já nos subdurais o sangue é advindo de uma veia cerebral quando entra no seio sagital superior, sendo mais frequentes casos de crescimento lento com sintomatologia tardia. Não há hemorragias no espaço subaracnóideo uma que o sangue se espalha no liquor. Vias Aferentes Vias Aferentes levam os impulsos nervosos para os centros nervosos supra- segmentares. Destacam-se: o Receptores; o O trajeto periférico; o Trajeto central; o A área de projeção cortical. As grandes vias aferentes podem, pois ser consideradas como cadeias neuronais, unindo os receptores ao córtex. Neurônios Inconscientes são: I e II. Neurônios Conscientes são três: I, II e III. VIAS AFERENTES QUE PENETRAM NO SNC POR NERVOS ESPINHAIS Via da Dor e Temperatura; Via de Pressão e tato Protopática; Via de Propriocepção consciente, tato epicritico e sensibilidade vibratória; Via de Propriocepção inconsciente; Via da Sensibilidade Visceral. Via da Dor e Temperatura divide-se em duas vias principais: oNeospino-Talâmica; oPaleoespino-Talâmica. Via de Pressão e Tato Protopático: Via De Propricepção Consciente, Tato Epicrítico E Sensibilidade Vibratória Via De Propricepção Inconsciente Vias Da Sensibilidade Visceral Vias Aferentes Que Entram No SNC Por Nervos Cranianos Vias Trigeminais: Dos nervos responsáveis por garantir a sensibilidade da cabeça, o trigêmeo é o principal. • Apresente em duas vias distintas: ◦ Vias Trigeminais Exteroceptivas ◦ Vias Trigeminais Proprioceptivas Via Trigeminal Exteroceptiva Receptores são Idênticos aos medulares de temperatura, dor, pressão e tato Neurônio I Estão nos Gânglios sensitivos anexos aos nervos V, VIII, IX e X. São pseudo-unipolares. Todos os prolongamentos centrais de seus anexos (nervos) terminam no núcleo do tracto espinhal do nervo V. Neurônio II Estão localizados no núcleo do tracto espinhal ou no núcleo sensitivo principal do trigêmeo. Fibras terminadas no núcleo sensitivo levam impulsos de tato discriminativo. As terminadas no núcleo do tracto espinhal levam impulsos de temperatura e dor; Fibras bifurcadas, que terminam em ambos os núcleos se relacionam ao tato protopático e pressão. Formam o Lemnisco Trigeminal. Neurônio III Estão localizados no núcleo ventral póstero-medial do tálamo. Suas Fibras ganham o córtex, passam pela capsula interna e coroa radiada. Terminam na porção da área somestésica que correspondem à cabeça. Via Trigeminal Proprioceptiva Neurônio I Estão localizadosno Núcleo do tracto mesencefálico; Tem o mesmo valor funcional de células ganglionares; São pseudo-unipolares com o corpo grande; Seus prolongamentos periféricos se ligam aos fusos neuromusculares (Musculatura mastigadora, mimica e da língua); Se ligam também a receptores na articulação temporo-mandibular e nos dentes (Posição da mandíbula e força da mordida); Formam arco-reflexos simples (fazem sinapse com o núcleo motor do V). Os receptores são corpúsculos gustativos da língua e da epiglote. Os impulsos originados nos corpúsculos situados nos 2/3 anteriores da língua, após um trajeto periférico pelos nervos lingual e corda do tímpano, chegam ao sistema nervoso central pelo nervo intermédio (VII par). Os impulsos do terço posterior da língua e os da epiglote penetram no sistema nervoso central, respectivamente, pelos nervos glossofaríngeo (IX) e vago (X). Via Gustativa Via Olfatória Os receptores são os cílios olfatórios das vesículas olfatórias, pequenas dilatações do prolongamento periférico da célula olfatória. Via Auditiva Os receptores da audição estão no- órgão espiral (de Corti) situado na cóclea do ouvido interno. Vias Vestibulares Os receptores estão localizados na porção vestibular do ouvido interno (cristas dos canais semicirculares e máculas do utrículo e do sáculo). São considerados Proprioceptivos (informam sobre a posição da cabeça no espaço). Neurônio I: o São Bipolares e se encontram no gânglio vestibular. Neurônio II: o Se localizam nos núcleos vestibulares, a partir desses núcleos temos dois trajetos: consciente ou inconsciente. Vias Vestibulares VIA CONSCIENTE o Foi provada a conexão entre os núcleos vestibulares e o córtex cerebral, apesar de haver controvérsias quanto ao trajeto da via; o A localização da área vestibular no córtex fica no lobo parietal; o Há quem admita a existência de outra área vestibular no lobo temporal. VIA INCONSCIENTE o Axônios do neurônio II formam o fascículo vestíbulo-cerebelar (que ganha o córtex do arquicerebelo); o Constitui o chamado Corpo Justa- restiforme (quando passa pela parte medial do pedúnculo cerebelar inferior); o Algumas de suas Fibras vão diretamente ao cerebelo (sem sinapse nos núcleos vestibulares). Via Óptica Receptores e Neurônios I, II e III se localizam na Retina. Mácula Lútea: Área da Retina na qual a visão é mais distinta Camadas da Retina: Células Fotossensíveis (Neurônio I) Cones: Parte Central da Retina Bastonetes: Parte Periférica da Retina Células Bipolares (Neurônio II) Células Ganglionares (Neurônio III) Via Óptica Na Área Periférica da Retina: Axônios de Células Ganglionares Papila Óptica Várias células bipolares fazem a sinapse célula ganglionar Na Mácula: Um Cone Célula Bipolar Faz Sinapse Com Uma Célula Ganglionar Bastonetes Uma Célula Bipolar Trajeto das Vias Ópticas Retina Nasal: Medial (CRUZA) Retina Temporal: Lateral Campos Visuais Nasal Temporal Binocular Trajeto das Vias Ópticas Quiasma Óptico: Decussação das duas porções do Nervo Óptico Fibras Retino-Hipotalâmicas Fibras Retino-Tectais Fibras Retino-Pré-Tectais Fibras Retino-Geniculadas Radiação Óptica Lesões nas Vias Ópticas Escotoma: Falha dentro do Campo Visual Hemianopsia: Escotoma em metade do Campo Visual o Heterônima: Lados diferentes do Campo Visual o Homônima: Mesmo lado de cada olho. Ex: Lesão do Campo Temporal de olho de um lado e Campo Nasal do outro olho Lesão do Nervo Óptico Lesão da Parte Mediana do Quiasma Óptico Lesão da Parte Lateral do Quiasma Óptico Lesão do Tracto Óptico Lesões da Radiação Óptica Controle da Transmissão das Informações Sensoriais O SNC é capaz de modular a transmissão dessas informações através de fibras centrifugas que agem principalmente sobre os núcleos relés existentes nas grandes vias aferentes. A presença de vias eferentes reguladoras da sensibilidade explica a capacidade que temos de selecionar, entre as diversas informações sensoriais que nos chegam em um determinado momento, aquelas mais relevantes e que despertam nossa atenção. Tensão Seletiva Habituação de Estímulos Assim como se liga o ventilador da sala de aula, o seu ruído inicialmente atrai nossa atenção. Contudo, logo ficamos habituados com o barulho, que deixa de ser percebido, a menos que a nossa atenção volte novamente para ele, isto pode ocorrer, por exemplo, se o ruído se modifica tornando-se mais alto ou mais baixo sabe-se que o fenômeno da habituação se deve a um mecanismo de inibição dos impulsos sensoriais pouco relevantes e que por conseguinte, não atraem nossa atenção. ” “ Regulação da dor: Vias da Analgesia Teoria do portão: 1965, por P.D. Wall e r. Melzack, para explicar a influência da estimulação cutânea tátil no alívio da dor. Esse portão seria controlado por fibras descendentes supre espinhais e pelos próprios impulsos nervosos que entram pelas fibras das raízes dorsais. Assim, os impulsos nervosos conduzidos pelas grossas fibras mielínicas de tato (fibras A beta) teriam efeitos antagônicos aos das fibras finas de dor (fibras A delta e C), estas abrindo e aquelas fechando o portão. Ou seja, existe um portão para a dor envolvendo complexos circuitos da substancia gelatinosa, controlados por fibras de origem espinhal e supra espinhal. A descoberta mais importante nesta área foi feita em 1969 por Reynolds que estimulando a substancia cinzenta periaquedutal do rato, obteve uma analgesia tão acentuada que permitiria a realização de cirurgias abdominais no animal sem anestesia. Analgesia obtida nesses casos depende de uma via que liga a substancia cinzenta periaquedutal ao núcleo magno da rafe Estes neurônios inibem a sinapse entre neurônios 1 e 2 da via da dor através da liberação de um opioide endógeno, a encefalina, substancia do mesmo grupo químico da morfina. Vias Eferentes DEFINIÇÃO As vias eferentes são as vias responsáveis por transmitir o impulso nervoso do sistema nervoso central até um órgão efetuador (músculo ou glândula). Formam um sistema de resposta aos estímulos que chegam ao sistema nervoso. GENERALIDADES Comunicação: Centros supra-segmentares do sistema nervoso → Órgãos efetuadores o Segue o caminho: Córtex (área 4) → Coroa Radiada → Cápsula interna → Base do pedúnculo cerebral → Base da ponte → Pirâmide Bulbar → Decussação das pirâmides → Trato córtico-espinhal (anterior/lateral) Vias eferentes do sistema nervoso autônomo Sistema nervoso Supra-segmentar → Atividade visceral Estimulações elétricas nessas áreas resultam em modificações da atividade visceral. Ligam-se aos neurônios efetuadores: o Formação reticular (via indireta) o Hipotálamo – neurônios pré – ganglionáis ( Via Direta) Vias eferentes somática Sistemas piramidais: Movimentos voluntários. Sistemas extra piramidais: Movimentos automáticos, regulação de tônus e da postura. Vias Piramidais Trato Córtico-nuclear Trato Córtico-espinhal Passam pelas pirâmides bulbares Une córtex cerebral aos neurônios motores da medula. Trato Córtico-nuclear Trato Córtico-nuclear: constituído por fibras que se originam nas áreas motoras do córtex e, após cruzarem o plano mediano, se dirigem aos neurônios motores situados em núcleos motores de nervos cranianos. No caso da ponte, os núcleos do facial, trigêmeo e abducente. Quando desce para o bulbo, distribui fibras para os núcleos ambíguo, hipoglosso e dorsal do vago. Trato Córtico espinhal O trato córtico-espinhal ou trato piramidal é uma grande coleção de axôniosque viajam entre o córtex cerebral do cérebro e a medula espinhal. O trato corticoespinhal é composto principalmente de axônios motores, constituindo o componente voluntário da motricidade. As vias piramidais consistem em um único trato, originado no encéfalo, que se divide em dois tratos separados na medula espinhal: o trato corticoespinhal lateral e o trato corticoespinhal anterior. Cápsula interna A cápsula interna é um contingente de fibras motoras e sensoriais, que conectam o córtex e a medula passando entre duas massas que são os núcleos da base Vias piramidais Trato Córtico – Espinhal: o Este trato tem o mesmo valor funcional do trato córtico-espinhal, diferindo de transmitir impulsos aos neurônios motores do tronco encefálico. Vias piramidais x extrapiramidais Componentes Trato Rubro-Espinhal; Trato Teto-Espinhal; Trato Vestíbulo-Espinhal; Trato Retículo-Espinhal; Visão conjuntiva das vias eferentes somáticas Vias eferentes somáticas: Estabelecem ligação entre as estruturas supra segmentares relacionadas com o controle da motricidade somática com os efetores, ou seja, os músculos estriados esqueléticos. Principais estruturas relacionadas com a motricidade somática: Cerebelo, corpo estriado, núcleos motores do tronco encefálico. Organização do movimento voluntário Etapa de Preparação: O corpo estriado e o núcleo denteado do cerebelo são ativados antes do início do movimento. Etapa de execução: Execução do movimento. Organização do movimento voluntário Áreas encarregadas por elaborar o programa motor: o Zona Lateral do cerebelo, através da via córtico-ponto-cerebelar; o Corpo estriado; o Área motora suplementar. Áreas encarregadas por executar o movimento: o Área motora e pré-motora do córtex; o Neurônios corticais; oNeurônios motores via tracto córtico-espinhal; Correções no movimento O cerebelo é responsável por comparar as características do movimento executado com o programa motor e promover as correções necessárias; Um outro mecanismo que permite a correção do movimento já iniciado é o chamado reflexo transcortical. Lesão das vias motoras somáticas Síndrome do neurônio motor superior: o Mais frequente nos AVCs; o Acometimento da cápsula interna ou a área motora do córtex; o Após uma paralisia flácida, instala-se uma paralisia espástica (presença do sinal de Babinski); o Sintomatologia era confundida com a Síndrome piramidal; oEnvolve necessariamente vias motoras descendentes, como a córtico-retículo- espinhal e a córtico-rubro-espinhal. Síndrome do neurônio motor inferior: oComum na paralisia infantil; o Destruição do neurônio motor inferior, na coluna anterior da medula em núcleos motores de nervos cranianos; o Paralisia com perda dos reflexos e do tônus muscular (paralisia flácida); o Seguido de atrofia dos músculos inervados pelas fibras nervosas destruídas. Referências MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2004. Ed. Atheneu. São Paulo. http://portalantigo.cefid.udesc.br/laboratorios/anatomia/neuroanatomia/16_Vias_eferentes.pdf, acesso 13/05/2013. Obrigado pela atenção
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