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Prática Jurídica I Aulas digitadas

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Prática Jurídica I
Profa. Cristiane Dutra
11/02/2017
Aula – 01
Petição Inicial (art. 319, CPC – Lei 13.105/15)
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
I – Juiz ou Tribunal
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ________________.
(CAIXA ALTA)
II – Qualificação das partes: autor e réu.
Os nomes (deverão ser em caixa alta) e a qualificação (nacionalidade, estado civil, existência de união estável, profissão, o nº de inscrição do CPF ou CNPJ, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência).
Deverão também constar o endereço do advogado, para fins do art. 77, V, CPC:
Art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
III – Mediação/Conciliação (art. 319, VII e 334, CPC)
- No texto é expresso o seguinte: A opção do autor pela realização ou não da audiência de mediação/conciliação.
- É o amplo e irrestrito acesso à resolução do conflito.
- Mediação é um mecanismo por meio do qual o interessado busca o auxílio de um terceiro imparcial que irá contribuir na busca pela solução do conflito.
Terceiro: é o facilitador.
Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10.  A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11.  A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12.  A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
IV – Os fatos e os fundamentos Jurídicos do pedido
- Neste caso é a causa de pedir e o nexo que, ao ver do autor, existe entre ela e o efeito jurídico afirmado ou, em outra palavras, o “porquê” do pedido.
	
Fundamentos - são a demonstração da jurisprudência e da doutrina, onde estão previstos os direitos do autor, naquele caso concreto.
V - Pedido
Deve ser certo (art. 322, CPC – de forma expressa, com precisão, de conteúdo explícito, dizendo a norma – não pode tácito, velado, implícito) e determinado (art. 324, CPC – com quantidade e qualidade definidas – não pode ser genérico ou indeterminado), ou seja, indicar com precisão o provimento jurisdicional que busca obter.
1º - inexistência da dívida.
2º - dano moral ou material.
3º - valor da causa.
VI – O valor da causa do ponto de vista processual
À toda causa um valor certo será atribuído, ainda que não tenha conteúdo econômico imediato:
- Recolhimento da taxa judiciária de 2%.
- Fixação de multa (art. 14 e 334, § 8o, CPC).
Art. 14.  A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
- Fixação de multa por litigância de má-fé (art. 81, CPC).
Art. 81.  De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
- Fixação de honorários advocatícios de 20% (art. 82, CPC).
Art. 82.  Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.
§ 1o Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.
§ 2o A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.
Exercícios
Laura - Fortaleza – CE (embriagada e s/ habilitação)
Ana – João
Competência:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DAVARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTEÇEZA - CE.
Qualificação
Legitimidade ativa – ANA e JOÃO (João representado por sua genitora, Maria)
Legitimidade passiva – LAURA E ANTONIO
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Obs: Fraude contra credores (art. 158 e 171, CC).
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente,ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Obs: Rito comum: Fato e fundamentação. Violação do princípio da boa-fé objetiva (art. 422, CC).
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
DA MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO
DO PEDIDO
- Anulação do negócio jurídico.
- Citação.
- Honorário.
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Profa. Cristiane Dutra
18/02/2017
Aula – 02
Estrutura da Petição Inicial
Competência – art. 319, I, CPC.
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
Qualificação da parte autora (art. 319, II, CPC), com endereço do advogado (art. 77, V, CPC).
Art. 319.  A petição inicial indicará:
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
Art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
(2 linhas)
Ação
(2 linhas)
- Rito + Qualificação da parte ré
Art. 318.  Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único.  O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
1 – Prioridade de tramitação (art. 1.048, CPC)
Art. 1.048.  Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
II - regulados pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
§ 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará ao cartório do juízo as providências a serem cumpridas.
§ 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária.
§ 3o Concedida a prioridade, essa não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite ou do companheiro em união estável.
§ 4o A tramitação prioritária independe de deferimento pelo órgão jurisdicional e deverá ser imediatamente concedida diante da prova da condição de beneficiário.
2 – Gratuidade de Justiça (Lei 1.060/50 c/c art. 98 a 102, CPC)
Art. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
II - os selos postais;
III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;
V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.
§ 2o A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
§ 3o Vencido o beneficiário, ,,, nos 5 (cinco) anos subsequentes... deixou de existir a situação...
 § 4o A concessão de gratuidade não afasta ...as multas processuais que lhe sejam impostas.
§ 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais,. percentual 
§ 6o Conforme o caso, o juiz . parcelamento custas processuais que o beneficiário... tiver de adiantar...
§ 7o Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3o a 5o, ao custeio dos emolumentos previstos no § 1o, inciso IX, do presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva.
§ 8o ... havendo dúvida ..., o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo .. a revogação total ou parcial do benefício ...
Art. 99.  ... pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente ... poderá ser formulado por petição simples, ...
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver ... pressupostos legais...
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação ...
§ 4º  ... advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.
§ 5º  ... honorários de sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo...
§ 6º O direito à gratuidade da justiça é pessoal, ....
§ 7o ... em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, ...
Art. 100.  Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação .. prazo de 15 (quinze) dias, 
Parágrafo único.  Revogado o benefício,... em caso de má-fé, até o décuplo de seu ...
Art. 101.  Contra a decisão que indeferir ... caberá agravo de instrumento,,,
§ 1o O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão ..
§ 2o Confirmada a denegação ou a revogação ... recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 dias...
Art. 102.  Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de todas as despesas ....
Parágrafo único.  Não efetuado o recolhimento, o processo será extinto sem resolução de mérito, ...
3 – Da audiência de conciliação/mediação (art. 319, VII, CPC)
Art. 319.  A petição inicial indicará:
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
4 – Dos fatos (art. 319, III, CPC)
Art. 319.  A petição inicial indicará:
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
5 – Dos fundamentos
6 – Tutela provisória – urgência e evidencia (art. 294 a 311, CPC), quando couber.
Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Art. 311.  A tutela da evidência será concedida,independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental... do contrato de depósito...
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente
7 – Do pedido
8 – Das provas
9 – Do valor da causa
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado.
Caso concreto
Adélia Mendes, única filha de Ângelo.
Ângelo, proprietário de um imóvel em Salvador – BA.
Ângelo vende o imóvel pra Mário Dias e sua mulher, Denise Dias, pelo valor de R$ 60.000,00, em 20/12/09.
Foi declarada a incapacidade de Ângelo, sendo Adélia nomeada curadora, em 12/10/09.
R: É Ação de Anulação de Negócio Jurídico.
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Competência:
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP (art. 319, I, CPC)
(10 LINHAS)
Legitimidade ativa (art. 319, II, CPC):
			ÂNGELO MENDES, brasileiro, viúvo, aposentado, portador da carteira de identidade nº ____, expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF sob o nº ____, com endereço eletrônico (www.com), residente e domiciliado na rua (endereço completo), neste ato representado por ADÉLIA, curadora nomeada (qualificação), por intermédio de seu patrono, advogado inscrito na OAB sob nº xxx, com endereço profissional (endereço completo), para fins do art. 77, V, CPC, ajuizar a presente
(2 LINHAS)
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
(2 LINHAS)
Legitimidade passiva (art. 319, II, CPC):
pelo rito comum, em face de MÁRIO DIAS, (qualificação), e DENISE DIAS, (qualificação),
pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO (quando couber) (art. 1.048, CPC)
Requer prioridade de tramitação, uma vez que o autor possui idade superior a sessenta (60) anos, conforme preceitua o art. 1.048, CPC.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA (quando couber) (Lei 1.060/50 c/c art. 98 a 102, CPC)
Requer a V. Ex.ª sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, com fulcro na Lei 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei 7.510/86, c/c art. 98 e art. 99 do CPC/15, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e da família.
DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO (art. 319, VII e 334, CPC)
Requer a designação de audiência de mediação.
DOS FATOS (art. 319, III, CPC)
(caso concreto)
DOS FUNDAMENTOS (art. 319, III, CPC)
No caso em tela, trata-se de Nulidade do Negócio Jurídico.
Frisa-se que existem duas categorias de nulidade: absoluta e relativa.
Ressalta-se que a manifestação de vontade advém de agente absolutamente incapaz, que quando tiver “objeto ilícito” ou não obedecido a forma prescrita em lei, não gerará os efeitos desejados, não será válida e o ato será nulo.
Com a declaração de nulidade, torna-se sem efeito o ato ou negócio jurídico.
Ressalta-se que as pessoas absolutamente incapazes estão relacionadas no art. 3º, CC, proibidas de praticar ato ou negócio jurídico pessoalmente.
Frisa-se que a distância entre tutela e curatela consiste que a primeira se destina a proteger o incapaz menor e a segunda protege o incapaz maior.
DA TUTELA PROVISÓRIA (URGÊNCIA/EVIDÊNCIA) (quando couber)
DO PEDIDO (art. 319, IV, CPC)
Diante do exposto, requer:
O deferimento da prioridade de tramitação;
A gratuidade de justiça;
A concessão/deferimento da Tutela Provisória (urgência/evidência);
A designação da audiência de conciliação;
A citação do réu para integrar a relação processual;
A oitiva do ilustre representante do Ministério Público (art. 178 a 181, CPC);
Art. 178.  O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único.  A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
Art. 179.  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
Art. 180.  O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
Art. 181.  O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
Ser julgado procedente o pedido autoral, declarando a Nulidade do Negócio Jurídico celebrado entre as partes (pedido imediato), com a consequente devolução do bem mediante restituição do valor pago (pedido mediato);
A condenação dos réus ao ônus de sucumbência, ou seja, às custas do processo e honorários advocatícios.
DAS PROVAS (art. 369 e art. 319, VI, CPC)
Requer a produção de todas as provas em direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal e depoimento pessoal dos réus.
DO VALOR DA CAUSA (art. 319, V, CPC)
Dá-se à causa o valor de R$ 60.000,00.
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Profa. Rachel Bambilha
04/03/2017
Caso concreto Aula – 02
Joana – filho preso indevidamente.
Advogado criminalista – R$ 20.000,00 (honorários).
Joana – desesperada e sem condições financeiras.
Joaquim – vizinho oferece comprar o carro de Joana por R$ 20.000,00.
Valor real do automóvel - R$ 50.000,00
Petição:
EXCELENTÍSSIMO SR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITABUNA – BA
(10 LINHAS)
			JOANA, brasileira, solteira, técnica em contabilidade, residente e domiciliada em Itabuna-BA, vem perante Vossa Excelência, através de seu advogado infra-assinado, inscrito na OAB sob nº xxx, conforme endereço na (...) (CEP), com base no art. 77, V, CPC, propor (ajuizar, mover) a presente
(02 linhas)
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
(02 linhas)
pelo procedimento comum, em face de JOAQUIM, (qualificação), pelos seguintes fatos, que passo a expor:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA (caixa alta) (Lei 1.060/50 c/c art. 98 a 102, CPC)
Inicialmente, afirma, de acordo com o que dispõe o caput do art. 98 c/c caput e parágrafo 3º do art. 99, ambos do CPC, não possuir recursos suficientes para arcar com as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios.II – DA PRIORIDADE (idade ou portadora de doença grave) (art. 1.048, CPC)
Requer prioridade de tramitação, uma vez que a autora possui idade superior a sessenta (60) anos, conforme preceitua o art. 1.048, CPC.
III – DOS FATOS
(Bom parágrafo (6 cm) ) – A autora e o réu celebraram contrato de compra e venda tendo como objeto um automóvel, originalmente de propriedade da autora, pelo valor de R$ 20.000,00, sendo que o preço de mercado, na ocasião, era de R$ 50.000,00. Cópia do contrato anexo (Documento nº 1).
Acontece que o negócio foi acordado após a autora ter comentado com o réu, em evidente desespero, que seu filho havia sido preso injustamente e ela estava em dificuldades financeiras, não tendo o valor necessário para pagar os honorários advocatícios, já apressados, no valor de R$ 20.000,00.
Cabe ressaltar que foi o réu que, diante da fragilidade da autora, propôs o negócio, vendo uma oportunidade de obter rápida e fácil vantagem patrimonial.
Não obstante tanto desespero, no dia seguinte à realização do desvantajoso negócio, a autora teve a satisfatória notícia de que a avó paterna de seu filho contratou um advogado e conseguiu obter a liberdade de seu filho querido.
Diante da notícia, a autora pode se recompor e compreender que tinha feito um mau negócio, procurando então o réu para desfazê-lo, por não mais precisar do valor obtido em prejuízo a seu patrimônio e da família.
No entanto, o réu não foi capaz, desta vez, de mostrar sua solicitude, e se negou a desfazer o negócio.
IV – DA FUNDAMENTAÇÃO (Do direito)
Jurisprudência (relacionada ao fato/parágrafo)
V – DOS PEDIDOS
Requer à Vossa Excelência:
A concessão da Gratuidade de justiça.
A prioridade na tramitação do processo.
Citação do réu.
Procedência da ação.
A condenação do réu ao pagamento das custas e dos honorários advocatícios
VI – DAS PROVAS (art. 369 e art. 319, VI, CPC)
Requer a produção de provas (documentais, testemunhais, periciais).
VII – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00.
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Profa. Cristiane Dutra
11/03/2017
Caso concreto Aula – 03
Gerson/Credor – Vitória/ES.
Bernardo/Devedor – Salvador/BA.
Nota promissória – R$ 80.000,00/vencida em 10/10/16.
Doação p/ filha – R$ 300.000,00.
Janaina/Filha – Macaé/RJ.
Art. 50.  A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Competência:
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ – RJ
(10 linhas)
Legitimidade ativa:
			GERSON, brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade nº ____, expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF sob o nº ____, com endereço eletrônico (www.com), residente e domiciliado na rua XXX, Salvador – BA, por intermédio de seu advogado, inscrito na OAB sob nº xxx, com endereço profissional (endereço completo), para fins do art. 77, V, CPC, ajuizar a presente
(2 linhas)
AÇÃO PAULIANA
Obs: Ação para atacar ato fraudulento contra um direito seu. Sua finalidade é anular o ato fraudulento, visando o devedor/alienante e ao adquirente que participou. Visa a recomposição do patrimônio.
(2 linhas)
pelo rito comum, em face de BERNARDO, brasileiro, divorciado, portador da identidade nº ___, inscrito no CPF sob nº _____, e JOANA, menor impúbere, nesta ação representada por sua genitora (qualificação), residente e domiciliada na rua xxx, MACAÉ – RJ.
Obs: Litisconsórcio passivo necessário – é quando pela disposição da lei ou pela natureza da relação jurídica , o juiz tem que decidir a lide de modo uniforme para todas as partes.
Baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos.
I - DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO (quando couber) (art. 1.048, CPC)
Requer prioridade de tramitação, uma vez que o autor possui idade superior a sessenta (60) anos, conforme preceitua o art. 1.048, CPC.
II - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA (quando couber) (Lei 1.060/50 c/c art. 98 a 102, CPC)
Requer a V. Ex.ª sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, com fulcro na Lei 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei 7.510/86, c/c art. 98 e art. 99 do CPC/15, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e da família.
III - DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO
Requer a designação de audiência de mediação.
IV - DOS FATOS
(caso concreto)
V - DOS FUNDAMENTOS
No caso em tela, trata-se de trata-se de Fraude Contra Credor.
A fraude contra direito de terceiros, além da transgressão à lei, a ação fraudulenta é dirigida com malícia, com ou sem intenção de ocasionar prejuízo contra o titular do direito lesado.
Presentes estão os requisitos da fraude contra credor, como:
- Anterioridade do crédito, conforme art. 158, §2o, CC:
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
- O “eventus damni”, i.e., a necessidade de estar presente o prejuízo pela provocação da insolvência, pois o objetivo da ação é revogar o ato em fraude ou tornar solvente o devedor.
- O “consilium fraudis”, i.e., a intenção de prejudicar o outro.
- Frisa-se que a alienação pode ser gratuita ou onerosa, desde que essa alienação cause a insolvência do devedor, conforme arts. 158, caput, e 171, II, CC.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Obs: Para prova, estudar todos os vícios de fraude contra credor.
		A jurisprudência, adiante citada, corrobora o entendimento da autora:
Apelação Cível nº0225191-41.2012.8.19.0001 Apelante : BANCO GUANABARA S A Apelante : DECTA ENGANHARIA LTDA Apelante : LIVI EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA Apelado : OS MESMOS Relator : Des. Ferdinaldo Nascimento RELATÓRIO Trata-se de recursos de apelação interpostos pelo autor e pelos réus contra a sentença que, nos autos da ação pauliana, julgou a lide nos seguintes termos: (...)ISTO POSTO, e por tudo mais que dos autos conta, JULGO PROCEDENTE o pedido formulados na exordial, para declarar nulo o negócio jurídico celebrado pelos réus, em prejuízo da autora. Condeno os réus no pagamento das custas do processo e honorários advocatícios, que fixo em 5% (cinco por cento) sobre o valor da condenação devidamente atualizada Monetariamente.
VI - DA TUTELA PROVISÓRIA (URGÊNCIA/EVIDÊNCIA) (quando couber)
VII - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
- A designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação dos réus para comparecimento.
- A citação dos réus para integrar a relação processual;
- A oitivado ilustre representante do Ministério Público (art. 178 a 181, CPC);
Art. 178.  O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único.  A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
Art. 179.  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
Art. 180.  O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
Art. 181.  O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
- Julgue procedente o pedido para anular o Negócio Jurídico (doação).
– A Condenação do réu ao ônus de sucumbência. 
VIII - DAS PROVAS (art. 369 e art. 319, VI, CPC)
Requer a produção de todas as provas em direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal e depoimento pessoal dos réus.
Art. 369.  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
IX - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 300.000,00.
Termos em que.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro - RJ, em 26 de março de 2017.
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Profa. Cristiane Dutra
18/03/2017
Caso concreto Aula – 04
Joaquim Maranhão, Antônio Maranhão e Paula Maranhão/Clientes – Nova Friburgo – RJ.
Manoel Maranhão e Florinda Maranhão (avós)/Alienantes – Nova Friburgo – RJ.
Ricardo Maranhão (neto, filho de Marta)/ Adquirente – Nova Friburgo – RJ.
Sítio no valor de R$ 200.000,00 – Petrópolis – RJ.
Escritura de compra e venda – Cartório do 4º Of. – Nova Friburgo – RJ.
Valor Real do sítio - R$ 350.000,00.
Elaborar peça para invalidar a venda do imóvel e, consequentemente, resguardar direitos dos clientes:
Competência:
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FRIBURGO – RJ
(10 linhas)
Legitimidade ativa:
			JOAQUIM MARANHÃO, ANTÔNIO MARANHÃO, e MARTA MARANHÃO, brasileiros, residentes e domiciliado em Nova Friburgo – RJ, por intermédio de seu advogado, inscrito na OAB sob nº xxx, com endereço profissional (endereço completo), para fins do art. 77, V, CPC, ajuizar a presente
Obs: Em caso de pluralidades de partes (litisconsórcio), os atos processuais podem ser endereçados o advogado:
Art. 272.  Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.
§ 5o Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade.
(2 linhas)
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
(2 linhas)
pelo rito comum, em face de MANOEL MARANHÃO, FLORINDA MARANHÃO e RICARDO MARANHÃO, brasileiros, residentes e domiciliados em Friburgo – RJ.
Obs: Litisconsórcio passivo necessário – é quando pela disposição da lei ou pela natureza da relação jurídica , o juiz tem que decidir a lide de modo uniforme para todas as partes.
Baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos.
I - DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO (quando couber) (art. 1.048, CPC)
Requer prioridade de tramitação, uma vez que os réus (???) possuem idade superior a sessenta (60) anos, conforme preceitua o art. 1.048, CPC.
II - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA (quando couber) (Lei 1.060/50 c/c art. 98 a 102, CPC)
Requer a V. Ex.ª sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, com fulcro na Lei 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei 7.510/86, c/c art. 98 e art. 99 do CPC/15, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e da família.
III - DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO
Requer a designação de audiência de mediação.
IV - DOS FATOS
(relatado no caso concreto)
V - DOS FUNDAMENTOS (Legislação que ampara)
5.1 - Do contrato de compra e venda (art. 481 a 532, CC).
5.2 – Do vício de consentimento (art. 104, CC)
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
5.3 - Vedação (art. 496, CC).
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
Trata-se de Ação de Anulação de Negócio Jurídico, elencada no art. 496, CC.
É imperioso ressaltar que a lei expressamente elenca que é anulável a venda de ascendentes para descendentes, sem anuência dos demais herdeiros.
No caso em tela, os filhos do alienante estão vivos e não consentiram com a venda do imóvel por seus pais ao filho e sobrinho.
E ainda, a anulabilidade da venda independe de prova de simulação ou fraude contra demais dependentes.
Do Negócio Jurídico, um dos elementos, é a declaração de vontade e, no caso em tela, houve vício de vontade.
Apesar do princípio da autonomia da vontade que elenca que as partes tem a liberdade de, em conformidade com a lei, celebrar negócio jurídico, criando direitos e contraindo obrigações, esse princípio sofre limitação pelo princípio da supremacia da ordem pública, pois em nome da ordem pública do Estado e do interesse social, o Estado interfere nas manifestações de vontade, especialmente para evitar a opressão dos economicamente mais fortes sobre os mais fracos.
Frisa-se que essa manifestação de vontade tem que ser expressa.
O art. 104, CC, elenca:
Agente capaz: é a aptidão para intervir em negócio jurídico, como declarante e declarado. A capacidade de fato ou de exercício, necessário para que uma pessoa exerça, por si só, os atos da vida civil. A capacidade do agente é requisito principal de validade de um negócio jurídico.
Objeto lícito: é o que não atenta contra a lei.
A forma prescrita em lei: é o meio de revelar a vontade, que deve ser prescrita em lei.
Da doutrina e da jurisprudência:
		A jurisprudência, adiante citada, corrobora o entendimento da autora:
Recurso Especial 752.032 Recurso Especial 752.032 RS/2005/0024158-0. Relator: Ministro Hélio Quaglia Barbosa. Recorrente: carlos Alves Dutra e outro. 
VI - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
- O deferimento da prioridade de tramitação.
– A gratuidade de justiça.
- A designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação dos réus para
comparecimento.
- A citação dos réus para integrar a relação processual;
- Julgue procedente o pedido para anular o Negócio Jurídico (doação).
– A Condenação do réu ao ônus de sucumbência. 
VIII - DAS PROVAS (art. 369 e art. 319, VI, CPC)
Requer a produção de todas as provas em direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal e depoimento pessoal dos réus.
Art. 369.  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
IX - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 200.000,00. (é o valor docontrato a ser anulado).
Termos em que.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro - RJ, em 26 de março de 2017.
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Profa. Cristiane Dutra
25/03/2017
Caso concreto Aula – 05
Paulo, 65, brasileiro, viúvo, militar da reserva/Cliente – Rua Bauru, 371 – Brusque – SC.
Judite, brasileira, solteira, advogada/procuradora alienante – Rua dos Diamantes, Brusque - SC.
Jonas, espanhol, casado, comerciante e esposa Juliana, brasileira/adquirentes – Rua Jirau 366, Florianópolis– SC.
Imóvel no valor de R$ 150.000,00 – Rua Rubi, 350, Balneário Camboriú – SC.
Escritura de compra e venda – Cartório do 4º Of. – Nova Friburgo – RJ.
Valor Real do sítio - R$ 350.000,00.
Procuração – 11/2011.
Revogação – 16/11/2016.
Notificação da Revogação – 05/12/2016.
Alienação do imóvel – 15/12/2016.
Ciência do negócio por Paulo – 01/02/2017.
Elaborar peça para invalidar a venda do imóvel e, consequentemente, resguardar direitos do cliente:
Competência:
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS – SC
			PAULO, brasileiro, viúvo, militar a reserva, residente e domiciliado na rua Bauru, 371, Brusque - SC – RJ, por intermédio de seu advogado, inscrito na OAB sob nº xxx, com endereço profissional (endereço completo), para fins do art. 77, V, CPC, ajuizar a presente
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
pelo rito comum, em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, residente e domiciliada na rua Dos Diamantes, Brusque – SC., JONAS, espanhol, casado, comerciante, e sua esposa, JULIANA, brasileira, ambos residentes e domiciliados na rua Jirau, 366, Florianópolis – SC.
Obs: Litisconsórcio passivo necessário – é quando pela disposição da lei ou pela natureza da relação jurídica , o juiz tem que decidir a lide de modo uniforme para todas as partes.
Baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos.
I – DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
Requer prioridade de tramitação, uma vez que o autor possui idade superior a sessenta (60) anos, conforme preceitua o art. 1.048, CPC.
II - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer a V. Ex.ª sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, com fulcro na Lei 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei 7.510/86, c/c art. 98 e art. 99 do CPC/15, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e da família.
III - DOS FATOS
Em novembro de 2011, Paulo outorgou procuração para sua irmã Judite, contendo poderes especiais para alienação de bens. 
A procuração foi revogada em 16/11/2016 por Paulo, tendo notificado, em 05/12/2016, o Cartório do 1º Oficio de Notas, onde foi outorgada a procuração, assim como a sua irmã Judite.
Não obstante estar ciente da revogação, Judite, utilizando-se da procuração revogada, alienou, em 15/12/2016, o imóvel de Paulo localizado na rua Rubi, Balneário Camboriú – SC, para o casal Jonas e Juliana, pelo valor de R$ 350.000,00.
Paulo teve conhecimento do negócio somente em 01/02/2017, quando foi ao imóvel e verificou que o mesmo estava ocupado pelo casal.
Diante do fato, decidiu por mover ação para a anulação do negócio jurídico.
IV - DOS FUNDAMENTOS
IV.1 - Do mandato com poderes especiais (art. 661, §1o, CC):
Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.
§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos.
IV.2 – Da extinção do mandato (art. 682, I, CC):
Art. 682. Cessa o mandato:
I - pela revogação ou pela renúncia;
IV.3 – Da nulidade do negócio jurídico (art. 145 à 166, CC):
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
Trata-se de Ação de Anulação de Negócio Jurídico, elencada no art. 166, CC.
É imperioso que a lei expressamente elenca que é nulo o negócio jurídico quando não cumprida alguma solenidade essencial para sua validade.
No caso em tela, a irmã do autor alienou seu patrimônio sem ter os poderes que a lei exige para fazê-lo.
Cabe ressaltar que ao revogar a procuração, o autor tornou clara a sua vontade de não mais delegar seu poder sobre a capacidade de alienar seu patrimônio.
Do Negócio Jurídico, um dos elementos para sua validade, é o cumprimento da solenidade que a lei exija e, no caso em tela, não foi cumprida a exigência de procuração com poderes especiais para alienação de bens.
Frisa-se que não é caso de anulabilidade do negócio jurídico, mas de negócio jurídico nulo, visto que o não cumprimento de uma solenidade exigida em lei está elencado no rol do art. 166, CC.
IV.4 - Da doutrina e da jurisprudência:
	A jurisprudência, conforme posiciona-se o Egrégio Superior Tribunal do Trabalho, corrobora o entendimento do autor:
Recurso Ordinário 185000-56.2002.5.01.0000. Relator: Ministro Antônio José de Barros Levenhagen. Ementa: RECURSO ORDINÁRIO. AÇÃO RESCISÓRIA. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. PERSISTÊNCIA DA PRESTAÇAÕ LABORAL. NULIDADE DO SEGUNDO CONTRATO DE TRABALHO, SEM O PRECEDENTE DE CONCURSO PÚBLICO. A Constituição Federal de 1988, no inciso II do art. 37 , instituiu o concurso público como requisito para o acesso aos cargos e empregos públicos. Nesse passo, vem à baila o contido no art. 145 , IV , do Código Civil/1916 (art. 166 , V , do CC/2002 ), segundo o qualé nulo o ato jurídico quando for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade, bem como o disposto no art. 146 do mesmo diploma legal , em qualquer tempo (art. 168 , parágrafo único , do CC/2002 ) e a citada nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. Assim, tratando-se a nulidade inserta no § 2º do art. 37 da Lei Maior de nulidade absoluta, ela pode ser argüida a qualquer tempo ou de oficio, não havendo que se falar em preclusão. Recurso a que se nega provimento.
V - DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO
Requer a designação de audiência de mediação.
VI - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
- O deferimento da prioridade de tramitação.
- A gratuidade de justiça.
- A designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação dos réus para
comparecimento.
- A citação dos réus para integrar a relação processual.
- Julgue procedente o pedido para declarar nulo o Negócio Jurídico.
- A Condenação dos réus ao ônus de sucumbência. 
VIII - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal e depoimento pessoal dos réus.
IX - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 150.000,00.
Termos em que.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro - RJ, em 26 de março de 2017.
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Aula Profa. Claudia
29/03/17
1 – COMPETÊNCIA
2 – LEGITIMIDADE
- AUTOR
- RÉU
3 – AÇÃO
 - RITO
4 – MÉRITO (causa de pedir)
4.1 – FATOS (ordem cronológica)
 - dizer quais são as partes
- o que houve entre elas
- o que se quer
4.2 – FUNDAMENTOS
 - indicar artigo
- interpretando
- integrando
5 – PEDIDO
Audiência (ou 1) Gratuidade, 2) Prioridade de tramitação
Citação do réu
Procedência do pedido para...condenar/declarar/..
... ônus da sucumbência (custos, honorários)
6 - DAS PROVAS
7 – VALOR DA CAUSA
Ex: aula 5
Desenvolvimento
4 – MÉRITO (causa de pedir)
4.1 – FATOS (ordem cronológica)
4.2 – FUNDAMENTOS
Indicar art. 104 – Negócio Jurídico
			481 – Compra e venda
				496 – ascendente para descendente s/ outorga, R$ 200.000,00.
					 Anulável
Ex: aula 4
Desenvolvimento
4 – MÉRITO (causa de pedir)
4.1 – FATOS (ordem cronológica)
4.2 – FUNDAMENTOS
Indicar art. 104, III – Negócio Jurídico
			– Compra e venda c/ procuração
				– procuração revogada
				166, IV, V - Nulo
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++Aula 06
1º /04/17
Indenização pelos danos causados no inadimplemento contratual.
Ação:		AÇÃO INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS
É direito pessoal.
Regra do art. 4º, II, Lei 9.099, J. Esp. – Onde a obrigação deve ser satisfeita.
Justiça Especial (JEC – JECRIM):
Com advogado – até 40 salários mínimos.
Sem advogado – até 20 salários mínimos.
Samuel (polo passivo):
Domicilio	- Campo Grande - MS.
Bernardo (polo ativo):
Domicilio	- Dourados - MS.
Objeto da ação
Contrato escrito – Obrigação de Restituir.
Objeto contrato – cavalo manga-larga “Tufão”.
Valor do contrato – R$ 10.000, 00.
Data da obrigação de restituir – 02/10/16.
Motivo da ação – morte do cavalo.
Motivo d morte – forte chuva e alagamento.
Data da morte – jan/17.
Competência:
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DORADOS – MS
			BERNARDO, residente e domiciliado em Dourados - MS, por intermédio de seu advogado, inscrito na OAB sob nº xxx, com endereço profissional (endereço completo), para fins do art. 77, V, CPC, ajuizar a presente
AÇÃO DE INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS
pelo rito especial, em face de SAMUEL, residente e domiciliada em Campo Grande – MS, baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos.
I – DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
Requer prioridade de tramitação, uma vez que o autor possui idade superior a sessenta (60) anos, conforme preceitua o art. 1.048, CPC.
II - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer a V. Ex.ª sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, com fulcro na Lei 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei 7.510/86, c/c art. 98 e art. 99 do CPC/15, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e da família.
III - DOS FATOS
Em 02 de outubro de 2016, o réu deveria restituir um cavalo manga-larga de nome “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00, ao autor, por força de um contrato escrito anteriormente firmado entre as partes. 
Acontece que em janeiro de 2017 o réu não havia ainda adimplido o contrato quando uma forte chuva causou um alagamento e o referido cavalo veio a falecer.
Diante do a fatalidade, visando recuperar o patrimônio perdido, o autor procurou o réu para que ele viesse a indeniza-lo pela perda sofrida, não obtendo resultado satisfatório.
Não vislumbrando outra forma de resolver o conflito, decidiu o autor por mover essa AÇÃO INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS.
IV - DOS FUNDAMENTOS
IV.1 - Da responsabilidade em caso de mora (art. 399, CC):
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
IV.2 – Das perdas e danos devidas ao credor (art. 239, 389 e 402, CC):
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
IV.3 – Da boa-fé e do dano por omissão voluntária (art. 186 e 187, CC):
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
IV.4 – Da obrigação de reparar o dano (art. 927, CC):
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Trata-se de Ação Indenizatória por Perdas e Danos, elencada no art. 239, CC.
É imperioso que a lei expressamente elenca que aquele que causa dano a alguém, por ação ou omissão, comete ato ilícito.
No caso em tela, o réu agiu com dissidia ao não restituir o patrimônio do autor no prazo estipulado em contrato, assumindo, assim, a responsabilidade por qualquer dano que viesse a ocorrer.
Cabe ressaltar que o réu estava em mora quando ocorreu a morte do animal, ainda que tenha sido decorrente de caso de força maior, e que o mesmo não teria ocorrido caso tivesse adimplido o contrato.
Na obrigação de restituir, diante da impossibilidade da prestação, o devedor responde pelo equivalente, mais perdas e danos.
Frisa-se que é caso de indenização por perdas e danos, assim como juros e atualizações monetárias, onde o autor visa a recuperação daquilo que perdeu, assim como do que deixou de lucrar, conforme disposto no art. 389 e 402, CC.
IV.5 - Da doutrina e da jurisprudência:
	A jurisprudência, conforme posiciona-se o Egrégio Superior Tribunal do Trabalho, corrobora o entendimento do autor:
Recurso Ordinário 185000-56.2002.5.01.0000. Relator: Ministro Antônio José de Barros Levenhagen. Ementa: RECURSO ORDINÁRIO. AÇÃO RESCISÓRIA. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. PERSISTÊNCIA DA PRESTAÇAÕ LABORAL. NULIDADE DO SEGUNDO CONTRATO DE TRABALHO, SEM O PRECEDENTE DE CONCURSO PÚBLICO. A Constituição Federal de 1988, no inciso II do art. 37 , instituiu o concurso público como requisito para o acesso aos cargos e empregos públicos. Nesse passo, vem à baila o contido no art. 145 , IV , do Código Civil/1916 (art. 166 , V , do CC/2002 ), segundo o qualé nulo o ato jurídico quando for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade, bem como o disposto no art. 146 do mesmo diploma legal , em qualquer tempo (art. 168 , parágrafo único , do CC/2002 ) e a citada nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. Assim, tratando-se a nulidade inserta no § 2º do art. 37 da Lei Maior de nulidade absoluta, ela pode ser argüida a qualquer tempo ou de oficio, não havendo que se falar em preclusão. Recurso a que se nega provimento.
V - DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO
Requer a designação de audiência de mediação.
VI - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
- O deferimento da prioridade de tramitação.
- A gratuidade de justiça.
- A designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação dos réus para
comparecimento.
- A citação dos réus para integrar a relação processual.
- Julgue procedente o pedido para declarar nulo o Negócio Jurídico.
- A Condenação dos réus ao ônus de sucumbência. 
VIII - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal e depoimento pessoal dos réus.
IX - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 150.000,00.
Termos em que.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro - RJ, em 26 de março de 2017.

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