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Perspectivas Profissionais em Serviço Social

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UNIP - SERVIÇO SOCIAL 7º semestre
Perspectivas Profissionais em Serviço Social - Profª Andréa Ribeir
EXERCÍCIO:
Para Marx, como se dá o trabalho no Sistema Capitalista? Explique
Através da Exploração do trabalhador, exploração se dá quando o trabalhador começa a vender sua força de trabalho, visto que, para Marx, no sistema capitalista há apenas duas classes sociais, sendo uma a classe trabalhadora ou operária, que detém a força de trabalho, e a outra a classe burguesa, que detém os meios de produção. Quando esse processo de compra e venda da força de trabalho se inicia, o capitalista, ou o burguês, compra a força de trabalho pelo “preço” que desejar. O trabalhador, por outro lado, como não possui outra alternativa para ter suas necessidades atendidas, vende sua força de trabalho ao burguês pelo preço ofertado. Nesse processo de compra e venda da força de trabalho, os preços pagos pelo burguês ou capitalista são sempre baixos, em relação ao lucro que ele obtém com a venda da mercadoria. Em síntese, é por meio do trabalho que o homem tem suas necessidades atendidas e, na sociedade capitalista, essa atividade é marcada pela exploração. Esta acontece para que o capitalista possa alcançar o lucro, ou mais-va
2) Explique o que é a MAIS VALIA :A esse cenário Marx (1988) chamou de mais-valia. Vejamos uma explicação do que é mais-valia. Tomazi (2000, p. 50) assinala que [...] o trabalhador, ao assinar um contrato para trabalhar numa determinada empresa, está dizendo ao seu proprietário que se dispõe a trabalhar, por exemplo, oito horas diárias, ou quarenta horas semanais, por determinado salário. O capitalista passa, a partir daí, a ter o direito de utilizar essa força de trabalho no interior da fábrica. O que ocorre, na realidade, é que o trabalhador, em cinco ou seis horas de trabalho diárias, por exemplo, produz um valor que corresponde ao seu salário total, sendo o valor produzido nas horas restantes apropriados pelo capitalista; quer dizer, diariamente o empregado trabalha duas horas de graça para o dono da empresa, o que se produz nessas duas horas a mais se chama mais-valia. São as horas trabalhadas e não pagas que, acumuladas e reaplicadas no processo produtivo, vão fazer com que o capitalista enriqueça rapidamente.
MERCADORIA no sistema capitalista? À medida que o trabalhador se coloca à disposição do mercado para trabalhar em troca de um salário, ele se torna também uma mercadoria, ou melhor, seu trabalho passa a ser uma mercadoria, pois ele o vende: embre-se de que o trabalho é um produto de compra e venda no capitalismo. Isto vale para qualquer tipo de trabalho, seja no campo, na cidade, na indústria, no comércio ou no setor de serviços em geral.
3) Explique o conceito de classes sociais para marx.
Nessa perspectiva, a sociedade capitalista é estruturada em classes sociais, as quais, por sua vez, são antagônicas. Enquanto os capitalistas, proprietários dos meios de produção, buscam a todo custo manter-se na riqueza e na opulência à custa da exploração dos trabalhadores, estes, por sua vez, tentam, de todas as formas possíveis, primeiramente, sobreviver, o que os torna, assim, alienados no processo de relações de produção.
4) Explique a atuação do Serviço Social no Sistema Capitalista?
O serviço social, antes de ocupar espaço no campo universitário, já existia como prática social que respondia às demandas do sistema capitalista, no atendimento da questão social aberta pela exploração da força de trabalho.
5) Explique quais impactos que a Revolução Industrial trouxe a Sociedade? O século XVIII foi um século de extremas mudanças: sociais, culturais, políticas, científicas, mas, sobretudo, econômicas. Foi como se expressou, sobre esse período, uma testemunha ocular, o pensador político Alexis de Tocqueville: “Estamos dormindo sobre um vulcão [...]. Os senhores não percebem que a terra treme mais uma vez? Sopra o vento das revoluções, a tempestade está no horizonte” (HOBSBAWM, 2002, p. 27). Iniciada na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, a Revolução Industrial imprimiu profundas e duradouras marcas na sociedade, fato que pode ser compreendido a partir de determinados fatores, tais como: a) substituição de ferramentas por máquinas; b) substituição do sistema de trabalho artesanal e doméstico pelo sistema fabril (fábricas); c) novas alternativas energéticas, como o uso do vapor para movimentar o trabalho das máquinas, para a produção de bens e transporte (trens, navios
6) Explique como IAMAMOTO define Trabalho e questão social. 
Questão social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade. 
7) Explique quem foi MARY RICHMOND e qual sua importância para o Serviço Social?
Antes da criação da primeira escola de serviço social no mundo, havia a Escola de Filantropia Aplicada. Ela foi proposta por Mary Richmond, da Sociedade de Organização da Caridade de Baltimore, durante a realização da Conferência Nacional e Correção, em Toronto (1897). Essa escola realizava cursos de aprendizagem da aplicação científica da filantropia, visando, conforme afirma Martinelli (2006, p. 106), a desenvolver “a tarefa assistencial como eminentemente reintegradora e reformadora do caráter [...]”. Richmond contribuiu para desenvolver a concepção dominante na sociedade capitalista, de que os problemas sociais estavam diretamente associados aos problemas de caráter. Mary Richmond foi uma assistente social norte-americana do início do século XX, autora do livro Caso social individual, publicado em 1917, que trata da prática profissional do assistente social. Iniciou o estudo e a elaboração de documentos sobre o serviço social, apontou que praticar a “assistência social” como filantropia ou caridade era diferente de desenvolver o serviço social.
8) Explique o que é o Neoliberalismo? 
O neoliberalismo é uma política econômica que envolve vários aspectos, como: privatizações de empresas estatais, desresponsabilização da área social com redução de gastos e cortes nas políticas públicas, flexibilização das relações trabalhistas, ocasionando a precarização do trabalho, denominada de reestruturação produtiva. A política neoliberal é um retrocesso no campo social para os diversos segmentos minoritários da sociedade, pois fortalece a exploração, a acumulação capitalista e acirra as expressões da questão social com uma expansão constante da desigualdade e do desemprego estrutural. O neoliberalismo reforça a competitividade entre as pessoas e as empresas, na busca de maior espaço para seus produtos no mercado, com menor custo possível, o que expõe os trabalhadores a condições de maior exploração de sua mão de obra, a uma maior produção de mais-valia e à precarização das relações de trabalho. 
9) O que Ricardo Antunes quis dizer sobre a precarização do trabalho? Essa mudança no âmbito da produção ainda pressupõe como regra o just in time, ou seja, o melhor aproveitamento possível do tempo durante o processo produtivo, e a recorrência ao sistema Kanban, que disciplina inclusive a utilização de senhas com o objetivos de repor peças no processo produtivo. Esse sistema de produção tem como enfoque ainda atingir níveis mais elevados de qualidade, sendo esses processos construídos para se alcançar a esperada “qualidade total” (ANTUNES, 1999). No âmbito das relações trabalhistas, segundo Antunes (1999), há uma precarização das mesmas. Assim, o autor nos coloca que há uma redução considerável do proletariado fabril em decorrência dos processos de inovação tecnológica nos quais há uma economia do trabalho vivo pelo trabalho morto, ou tecnológico. O trabalho formal declina e aumenta, substancialmente, o setor da prestação de serviços. O trabalho feminino nesse momento também aumenta, apesar dos baixos salários em relação ao trabalho masculino, e há uma exclusão de jovense idosos do mercado de trabalho.
O significado contemporâneo da questão social no Brasil 
Essas mudanças históricas e a urbanização das sociedades transformaram as relações sociais e as relações de trabalho e contribuíram para a formação dos problemas sociais em todo o mundo. A questão social no Brasil tem seu fundamento nas contradições de classes e na exploração das minorias. No contexto histórico brasileiro, podemos constatar o crescimento da questão social, que se traduz em problemas sociais desde o período da escravização do indígena, passando pela escravização do negro, a discriminação da mulher, a exploração da criança e do adolescente, o trabalho escravo que ainda permeia as comunidades rurais, a discriminação com as pessoas idosas e os processos de exclusão. São expressões que marcam a composição de questões profundas e que se perpetuam sob outras nuances até hoje.
O neoliberalismo e a “nova questão social”
Há uma maior flexibilização das relações de trabalho, maiores exigências quanto às habilidades dos trabalhadores; vivenciam-se a precarização das relações de trabalho, novas modalidades de desemprego, como a do “analfabeto digital”, que muitas vezes não consegue se inserir no mercado de trabalho formal devido à completa ausência de conhecimentos acerca do manuseio de computadores simples, ou mesmo o capacitado ao mercado que não consegue inserção devido ao desemprego estrutural.
A questão social em uma sociedade em transformação
Segundo Iamamoto e Carvalho (2005, p. 77): 
[...] a questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão.
Decifrando a nova questão social... não tão nova assim!
Formas de enfrentamento da questão social no Brasil
As políticas sociais são, segundo Demo (1998), formas organizadas de enfrentamento da questão social, conduzindo os estudos ao entendimento de que o planejamento das ações deve sempre existir e considerar as variáveis regionais, os recursos existentes e os parceiros institucionais como aspectos que podem conduzir o processo a um maior ou menor grau de eficiência e efetividade.
Segundo afirma Demo (1998, p. 14): A política social pode ser contextualizada, de partida, do ponto de vista do estado, como proposta planejada de enfrentamento das desigualdades sociais. Por trás da política social existe a questão social, definida desde sempre como a busca de composição pelo tolerável entre alguns privilegiados que controlam a ordem vigente e a maioria marginalizada que os sustenta.
Reflexão acerca da exclusão social
Trabalho e Serviço Social: a profissão ante as transformações societárias recentes
Trabalho e serviço social
A prática profissional do assistente social é considerada trabalho, pois é um trabalho orientado para uma finalidade, possuidor de uma teleologia. E esse profissional é um trabalhador assalariado. O assistente social, na condição de trabalhador assalariado, “também sofre todas as injunções decorrentes da divisão social do trabalho, da reestruturação produtiva e das reformas por que vem passando o estado” (ABESS/CEDEPESS, 1996, p. 163-164).
O cenário atual, suas incidências na questão social e a consolidação do projeto ético-político do serviço social
O redimensionamento da profissão: o mercado e as condições de trabalho
Leia o Resumo da unidade 1 na pág 62 e Faça os exercícios das pag. 63 ate 67 Bons estudos!
As demandas e as respostas da categoria profissional aos projetos societários Unid II
O que podemos entender como projetos societários? 
Aqui cabe a resposta: são projetos de determinada classe social. Assim, recorrendo mais uma vez à teoria marxista, constatamos que na atualidade identificamos duas classes sociais, sendo essas a classe burguesa e a classe operária, tal como elencamos na unidade I, logo no início de nossas considerações. Bem, o fato é que cada classe social possui um projeto societário, um projeto de sociedade, de uma sociedade que se espera construir. Assim, o que a autora pretende colocar é que nós, como assistentes sociais, estaremos sempre na mediação dessas relações entre as classes sociais. No caso, ela ainda destaca o fato de que, em nosso fazer profissional, estaremos em contato com os diferentes projetos societários que são defendidos por cada uma delas.
As demandas profissionais no âmbito das relações entre o estado e a sociedade
Condições de trabalho e respostas profissionais
O momento que vivemos é um momento pleno de desafios. Mais do que nunca é preciso ter coragem, é preciso ter esperanças para enfrentar o presente. É preciso resistir e sonhar. É necessário alimentar os sonhos e concretizá-los dia-a-dia nos horizontes de novos tempos mais humanos, mais justos, mais solidários (IAMAMOTO, 2004, p. 17).
Ler resumo na pag. 76 e fazer exercício pág. 77 a 79Bons estudos!
A instrumentalidade no trabalho do assistente social – Unid III
Instrumentalidade: capacidade, propriedade de algo.
A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional
Instrumentalidade e fazer profissional na contemporaneidade
Guerra (2007) explica que o sufixo idade que compõe a palavra em questão refere-se a uma capacidade, qualidade ou propriedade de algo. Assim sendo, nos diz que a instrumentalidade refere-se a uma determinada capacidade ou propriedade de nossa profissão, por meio da qual é realizado um aporte aos conhecimentos teóricos e uma recorrência a esses no momento da intervenção prática.
Instrumentalidade
Assim, segundo Guerra (2010), as técnicas e os instrumentos são de suma importância para os assistentes sociais, desde que sejam desenvolvidos com recorrência a uma bagagem teórica. Sem essa bagagem teórica, a profissão acaba sendo desenvolvida de forma “utilitarista”, “tecnocrática” e “instrumental”, apenas como um solucionador de problemas de forma imediata e pontual, sem que haja qualquer reflexão sobre os mesmos, ocorrendo assim uma aplicação indiscriminada de técnicas.
No entanto, para Guerra (2010), a metodologia, a instrumentalidade do serviço social pode assumir dois caminhos: o conservadorismo ou a emancipação. O conservadorismo faz referência à manutenção de práticas já desenvolvidas, sem que sobre elas seja realizada uma reflexão. Já a emancipação consiste em buscar, por meio da práxis, a superação da ação pautada exclusivamente no tecnicismo. O que daí deriva é a requisição por um profissional que seja “culturalmente versado e atento ao tempo histórico”, conforme nos coloca Iamamoto (2004), mas que tenha também pleno domínio da metodologia de sua intervenção.
Somente a partir da relação equilibrada entre a utilização dos instrumentos e técnicas é que será possível ao assistente social desenvolver uma prática condizente com o projeto ético-político de sua categoria e assim colaborar para o fortalecimento dos segmentos menos favorecidos de nossa sociedade. Isso seria assim a instrumentalidade, ou seja, a capacidade que o profissional adquire durante a sua formação e que permite que ele congregue os instrumentais técnico-operativos a um referencial teórico que, no caso dos assistentes sociais, é o marxismo. E essa união deve resultar em melhoria significativa da vida dos segmentos mais empobrecidos e pauperizados de nossa sociedade.
As dimensões: Ético-políticas, Técnico-operativas e Teórico metodológicas 
no serviço social contemporâneo e os rumos ético-políticos do trabalho profissional
Associação de Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), que é o órgão responsável por delimitar aspectos mínimos que precisam ser trabalhados pelos centros de formação de assistentes sociais, reforça a necessidade da compreensão teórico-metodológica, da dimensão ético-política e aindada questão técnico-operativa. Assim, segundo as Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social, publicada em 1997 pela ABEPSS, que deve ser utilizada como referência na formação dos futuros profissionais por todas as unidades de ensino, em todo território nacional, essas dimensões precisam ser trabalhadas nos centros de estudos por meio de disciplinas, atividades complementares, estágios e outros mecanismos de formação profissional (SANTOS, 2004).
 Ler Pág 94 a 96.
As competências do serviço social na contemporaneidade: política, ética, investigação e intervenção
Ler pág 97 a 102. Lei de regulamentação e Diretrizes curriculares do Curso de Serviço Social segundo a ABEPSS.
Ler resumo e fazer os exercícios pag 105 a 109. Bons estudos!

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