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Direito II - Aula VIII - Princípios do processo de trabalho

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PRINCÍPIOS
A) Princípio da igualdade: consagrado no artigo 5º da Constituição Federal, estabelece que "todos são iguais perante a lei". Neste caso, torna-se importante ressaltar que se trata de uma igualdade de natureza formal.
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b) Princípio do contraditório: também consagrado no artigo 5º da Constituição Federal, estabelece a bilateralidade da ação e do processo. Ou seja, tanto ao autor, quanto ao réu deve ser assegurada a citação válida, a oportunidade de se defender e participar dos atos processuais de seus interesses. 
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C) Princípio da ampla defesa: também se encontra positivado no artigo 5º da Constituição Federal e assegura às partes o direito de defesa com todos os meios e recursos a ela inerentes. Na realidade, pode-se dizer que funciona como um complemento do princípio do contraditório.
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D)Princípio da imparcialidade do juiz: a função judicante deve ser exercida com absoluta imparcialidade, ou seja, o juiz ao exercer sua função deve sempre assegurar que o devido processo legal seja cumprido, nunca apresentando tendências ou interesses que possam macular sua neutralidade. 
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	Como o objetivo de se garantir a imparcialidade dos juízes, a própria Constituição Federal assegurou aos magistrados o gozo das seguintes garantias: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.
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e) Princípio da decisão motivada: consequência direta do princípio da imparcialidade do juiz, o princípio da decisão motivada estabelece que o magistrado deve sempre fundamentar suas decisões. Na realidade, este princípio pode ser entendido como um garantia assegurada aos cidadãos contra o arbítrio dos juízes.
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f) Princípio do devido processo legal: este princípio encontra raízes no due processo f Law do direito americano e estabelece que "ninguém será privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal". Ou seja, todos os cidadãos têm direito a um processo justo, regido por garantias mínimas para ambas as partes e como o emprego de instrumento técnico-processual adequado.
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g) Princípio do juiz natural: estabelece que o cidadão somente seja julgado por pessoa devidamente investida nesta função judicante, afastando assim, julgamentos provenientes de outros Poderes que não detém esta competência ou mesmo, a existência de Tribunais de exceção.
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H) Princípio do promotor natural: estabelece que o cidadão somente seja processado por pessoa devidamente investida nesta função, de acordo com leis processuais previamente estabelecidas. Este princípio visa coibir a possibilidade de "escolha" de processos no qual determinado promotor ou procurador deverá atuar.
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i) Princípio do duplo grau de jurisdição: O duplo grau de jurisdição possibilita o reexame das decisões por um grau jurisdicional superior, diminuindo a possibilidade de erros. O duplo grau de jurisdição tem como base o artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal que garante as partes o direito a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
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j) Princípio da proibição da prova ilícita: também baseado no artigo 5º da Constituição Federal, o princípio da proibição da prova ilícita estabelece que em um processo são inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos. 
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	Ou seja, se determinada parte ou autoridade policial obtém determinada prova por meio ilícito, como, por exemplo, o conhecido "grampo telefônico" obtido sem autorização judicial, este, tendo em vista o princípio da proibição da prova ilícita, não poderá ser utilizado como meio de prova em um processo.
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l) Princípio do livre acesso à justiça: estabelece que a lei não pode afastar da apreciação do poder judiciário ameaça ou lesão de direito, seja este de natureza individual, seja este de natureza coletiva. Um exemplo da aplicabilidade deste princípio, diz respeito à exigência legal de comprovação de tentativa de conciliação nas comissões de conciliação prévia como pré-requisito para o ajuizamento de demanda trabalhista. 
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m) Princípio da publicidade dos atos processuais: estabelece que os atos processuais devem ser públicos, somente podendo sofrer restrições quando a lei assim o determinar, para fins da defesa da intimidade das pessoas ou quando o interesse social exigir. 
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 O Tribunal Superior do Trabalho O órgão mais elevado na hierarquia da Justiça do Trabalho é o Tribunal Superior do Trabalho que detém como principal tarefa, a função de unificar a Jurisprudência trabalhista do país, solucionando eventuais divergências na interpretação da Lei, eventualmente surgidas nos julgamentos proferidos pelos Tribunais Regionais do Trabalho
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	O Tribunal Superior do Trabalho também detém a função de guardião da Constituição e das Leis Federais. Por determinação da Emenda Constitucional 45 de 2004, passou a ter a composição de 27 ministros, escolhidos entre os brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.
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	Os Tribunais Regionais do Trabalho Os Tribunais Regionais devem se situar em todas as capitais dos Estados da Federação, em número de, pelo menos, um. E, é que o que acontece, com exceção do Estado de São Paulo, que conta, atualmente, com dois Tribunais Regionais. (São Paulo e Campinas). 
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	Basicamente, funcionam como primeiro grau jurisdicional nos dissídios coletivos, e como segundo grau, revisor, nos dissídios individuais. Ou seja, quando necessário, revisam as sentenças prolatadas pelos juízes do Trabalho.
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As Varas do Trabalho As Varas do Trabalho são órgãos de primeiro grau, instaladas em localidades maiores, no qual haja um número expressivo de demandas trabalhistas. Resguardadas algumas exceções, funcionam da mesma forma que a Justiça Comum e, são responsáveis pela instauração, processamento e julgamento de quase todas as demandas trabalhistas
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O juiz do trabalho é um bacharel em direito, ou seja, formado em direito e aprovado em concurso público de provas e títulos, para provimento do cargo de juiz Federal do Trabalho.Seu trabalho consiste basicamente em, receber as demandas trabalhistas, efetuar a colheita de provas e julgar o processo, utilizando para isso, regras predeterminadas nas Leis, Códigos e Regulamentos Internos
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O “jus postulandi” na Justiça do trabalho Na justiça do trabalho não é obrigatória a participação de um advogado como requisito para instauração de um dissídio individual, ou seja, em linguajar menos técnico, para se "entrar na justiça".. Por força de um instituto denominado "Jus Postulandi", qualquer trabalhador pode defender os seus direitos e interesses, diretamente, sem a participação de advogado.

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