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Aula 10 A psicologia e suas interfaces com os sistemas

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A psicologia e suas interfaces com os sistemas jurídico e judiciário. 
Ana Manuela Lima de Santana Orico
Aula 10
DIREITO X JUSTIÇA 
Direito - Um conjunto de normas da vida social.
Justiça - tem o sentido de uma norma cumprida, observada e respeitada.
Fazer Justiça – é respeitar o direito e não realizar qualquer ação que perturbe o equilíbrio social em relação ao respeito das leis por cada um de nós.
DIREITO X JUSTIÇA 
Para Cavalieri Filho (2002), Direito e Justiça são considerados pela sociedade como uma coisa só. Sabemos que nem sempre é assim.
Nem tudo que é Direito é justo nem tudo que é justo é Direito.
A Ideia de Justiça envolve valores inerentes ao ser humano, tais como liberdade, igualdade, fraternidade, o que vem sendo chamado de Direito Natural desde a Antiguidade.
O Direito é uma invenção humana, um fenômeno histórico e cultural, considerado uma técnica de pacificação social e de realização de justiça.
DIREITO X JUSTIÇA 
Direito – é um conjunto de princípios e regras destinados a realizá-la.
Justiça – é um sistema aberto de valores, em constante modificação.
Pode-se dizer que o Direito está em permanente busca da Justiça e, por isso, em permanente transformação.
Então, qual a finalidade da Justiça?
Poderíamos dizer que é a transformação social, na busca de uma sociedade justa.
DIREITO X JUSTIÇA
O que é uma sociedade justa?
É uma sociedade sem preconceito e discriminação de raça, sexo, cor ou idade; uma sociedade livre, solidária, sem pobreza e desigualdade social, na qual a cidadania e dignidade da pessoa humana são as principais metas.
O Operador do Direito deve adequar o Direito a Justiça.
O Direito é um sistema aberto de valores e suscetível às mudanças, por melhor que seja a lei, sempre terá de ser ajustada às transformações sociais e aos novos ideais de Justiça.
Psicologia, o Judiciário e a busca do acesso à Justiça
O Código de Ética dos Psicólogos afirma que o psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiando nos valores que embasam a Declaração Universal de Direitos Humanos.
O psicólogo trabalhará visando a promoção a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
O psicólogo trabalha por uma justiça mais justa.
Importante...
Desde meados de 2007, a Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, definiu o tema “Democratização do Acesso à Justiça” como eixo prioritário de suas ações.
Baseado na “Democratização do Acesso à Justiça”, o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 14 de agosto de 2014, assinou um acordo para incentivar a Justiça Restaurativa com o objetivo de diminuir a judicialização de infrações e reparar relações sociais. 
Justiça Restaurativa x 
Justiça Retributiva
Justiça Restaurativa
Surgiu na Nova Zelândia, a partir de um movimento da comunidade local. Eles estavam insatisfeitos em relação aos procedimentos adotados pela justiça formal com os jovens que praticavam atos infracionais.
Princípios Importantes da Justiça Restaurativa
Voluntariedade, em que não há obrigação em participar, todos são convidados e devem sentir-se livres para aceitar o convite ou recusá-lo sem que isso cause prejuízo a nenhuma das partes.
Horizontalidade – todos são iguais na condição de seres humanos; não existe uma hierarquia, não há a imposição de poder de uns sobre os outros.
Resgate de valores – participação, respeito, honestidade, humildade, interconexão, responsabilidade, empoderamento (inclusão social) e esperança.
Princípios Importantes da Justiça Restaurativa
Busca-se alcançar a responsabilização do autor do ato infracional, sem deixar de oferecer-lhe o apoio de que necessita.
É oferecido a vítima atendimento e acolhimento de sua dor, bem como a oportunidade de ressignificação e restituição de dano, mesmo que simbolicamente.
Nesta abordagem, todos são protagonistas: vítimas, ofensor e sua comunidade.
Ler livro páginas: 95, 96 e 97 - TABELAS

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