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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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Direito Administrativo II.
vivianlima@onda.com.br
• Agentes Públicos.
É aquele que exercer função pública (dever-poder de concretização dos direitos estabelecido na CF e nas leis). Agente público é gênero, não individualizando o sujeito. Pode ser pessoa física, jurídica, alguém com vínculo profissional com a administração pública, e pode ser alguém que esteja dentro da estrutura do poder público (ou fora dela). Simplesmente denominar que a pessoa é um agente público, não o identifica na atividade, pois é um gênero.
O conceito de agente público está diretamente ligado à função pública. Este agente público, na condição de gênero, divide-se em três espécies:
a) Agentes políticos: são aqueles que exercem o chamado múnus público (competência pública) sem um vínculo profissional. Ou seja, eles não são concursados, pois o vínculo profissional é a conseqüência do concurso público.
Vínculo político-institucional de confiança: a relação de confiança daqueles que podem nomear agentes políticos 
a) Eleitos: mandato eletivo.
b) Nomeados: cargos em comissão de funções de confiança. Os cargos que ocupam cargo de comissão são aqueles de livre nomeação e livre exoneração. Aqui, a demissão só cabe como sanção administrativa pelo cometimento de falta funcional grave. Quando o sujeito pede para sair, ele pede a exoneração, que serve também para desligar os que ocupam cargo em comissão e não tem qualquer conotação com falta funcional grave.
Os cargos de nomeação foram criados para três funções:
		a) Direção;
		b) Chefia;
		c) Assessoramento.
Os agentes políticos ocupam uma relação de confiança (e estão presentes na Cúpula dos Poderes) e, a princípio, não há uma limitação para a nomeação no cargo. Porém, é um cargo de provimento precário, porque pode ser retirado a qualquer momento. As funções de confiança e os cargos em comissão a serem preenchidos por servidores de carreira destinam-se somente às funções de direção, chefia e assessoramento.
· Súmula vinculante 13, STF: proíbe o nepotismo.
b) Servidores públicos: são aqueles que têm vínculo profissional com a administração pública, ou seja, são submetidos a concursos públicos para serem nomeados. Há dois tipos de servidores públicos: 
a) Aqueles que ocupam cargo público efetivo (servidores públicos estatutários, e estão relacionados ao estatuto funcional, o que lhes garante estabilidade); 
b) Aqueles que ocupam emprego público (são empregados celetistas e estão vinculados à CLT). Ex: trabalhador da Copel, da SANEPAR, etc.
c) Particulares de colaboração com a administração: o vínculo é contratual ou institucional. Há, também, os particulares:
a) Requisitados: são aqueles que obrigatoriamente exercem uma função pública de forma episódica e sem remuneração. Ex: mesário nas eleições. Não se pergunta, se determina o exercício da função, porque é uma convocação, não uma solicitação.
b) Contratados: são aqueles que exercem função pública via contrato legislativo após uma licitação. Ex: contrata-se uma empresa para entregar merenda escolar aos alunos da creche.
c) Concessionários de serviço público: são contratados para exercer um serviço público como coleta de lixo, fornecimento de água, manutenção de rodovia, etc. (Todos os que estão no 2º Setor).
• Regime Jurídico Estatutário. (Regime dos servidores públicos estatutários).
Servidor público estatutário é o servidor que tem estabilidade, que é uma garantia de emprego, uma vedação contra a despedida arbitrária (sem justa causa). É de 88 a exigência de concurso público para ingresso nos quadros de administração pública. 
— Estabilidade e efetividade: desde o início da organização administrativa, até a CF de 88, a administração pública adotava preponderantemente o regime celetista em suas contratações, sem a avaliação técnica para o ingresso de seus servidores. A estrutura era marcada pela pessoalidade, subjetividade e comprometimento do exercício da função pública pela submissão à influência política e econômica. A CF de 88 pretendeu estabelecer um regime jurídico único estatutário, com ingresso exclusivo por concurso público. A CF de 88, através do artigo 19 do ADCT, numa ficção jurídica, transformou todos os empregos estabelecidos na administração direta autárquica e fundacional. Transformou os celetistas em servidores públicos, isso se eles tivessem pelo menos 5 anos de serviço público até a data da CF de 88. O critério de definição do regime estatutário foi o de atividade-fim. Na administração direta havia a atividade-fim do Estado, o que justificaria o regime do cargo e a estabilidade do servidor. Na administração indireta, a empresa pública e a sociedade de economia mista, o regime permaneceu emprego, embora tenha sido incluída também a exigência de ingresso por concurso público.
→ A estabilidade é decorrente do estatuto social, vinculado com a nomeação (é conquistada após 3 anos de avaliação num período de provas no estágio probatório, onde o sujeito será avaliado). A efetividade, por sua vez, é conseqüência da nomeação.
· A estabilidade (art. 41, CF: “São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público”) é uma plena garantia de emprego, porque o servidor não perderá o emprego, a não ser que haja processo administrativo disciplinar porque cometeu falta grave. Há a possibilidade de perder a estabilidade havendo sentença criminal transitada em julgado que determine a perda do cargo. O regime estatutário dá garantias especiais e um regime próprio de aposentadoria. A estabilidade trouxe uma acomodação, porque ela não veio com uma exigência de desempenho (bastava o sujeito passar no concurso e atuar, mesmo não fazendo o seu melhor, pois só seria demitido se cometesse falta grave).
A Emenda 19 veio para alterar profundamente o regime jurídico dos servidores públicos, porque mexeu na estabilidade, na equiparação de cargos, etc. A ADIN 2145 suspendeu a eficácia da Emenda 19 no que se refere à retirada do regime estatutário do caput do artigo 89 da CF.
	· Até 88, havia regime de emprego sem estabilidade sem avaliação de desempenho. 
	· A partir de 88, regime jurídico único estatutário com estabilidade e sem avaliação de desempenho. 
	· Com a Emenda 19, saiu o regime jurídico estatutário. A partir de 98, há regime jurídico único, estabilidade e avaliação de desempenho.
· Agora, o servidor que tiver um mau desempenho no seu trabalho poderá ser demitido.
· Excesso de despesa: se a despesa ultrapassar o de 60%, ocorre a exoneração. [?]
· A efetividade é uma conseqüência da nomeação no cargo público. A efetividade é o próprio vínculo funcional efetivo, estabelecendo o sujeito como servidor público. Quando há a demissão de um servidor, retira-se dele a efetividade de um vínculo. A efetividade é a conseqüência da nomeação, é a titularização do cargo de provimento efetivo.
— Estabilidade:
— Estágio probatório: “Não há direito adquirido à nomeação, apenas expectativa de direito”. A estabilidade é uma conquista decorrente da aprovação num período de provas denominado de “estágio probatório”. A estabilidade é uma vedação à despedida arbitrária. O servidor público estatutário não pode ser demitido sem justa-causa (ou há exoneração ou demissão por justa-causa). Nenhum servidor pode ser desligado do cargo efetivo se não houver uma justa-causa, e isso é derivado da estabilidade.
O estágio probatório serve para provar a aptidão do servidor público (e dura 3 anos). É um período de avaliação, que ocorrerá semestralmente, geralmente. Sendo declarado apto, aí sim o servidor irá adquirir a estabilidade.
A estabilidade não é uma garantia absoluta, pois permite certa flexibilização/relativização, enfim, formas de quebra da estabilidade.
— Relativização:
PAD: Processo Administrativo Disciplinar. O sujeito poderá perder o cargo se cometer alguma falta funcional grave, que deverá ser apurada pelo PAD.
Sentença Judicial: sentença criminal condenatória transitada em julgado também pode fazer comque o servidor público perca o cargo. Art. 41, §1º, CF: “São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa”.
— Hipóteses inseridas pela EC 19:
Insuficiência de desempenho: surgiu por causa da acomodação por parte do servidor público. Assim, com a obrigação de desempenho, a cada 6 meses o sujeito deve ser avaliado, de modo a demonstrar eficiência.
Excesso de quadro (excesso de despesas): é a única hipótese que não trata das ações do servidor público, porque ele pode ser o melhor servidor do mundo, mas ser exonerado do quadro público para diminuir as despesas. Art. 169, §3º e §4º, CF: “A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. §3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências. §4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal”. O limite máximo para se gastar com o pagamento dos servidores públicos é de 60% (da arrecadação).
— Acessibilidade: 
a) 	Concurso: a acessibilidade se dá, via de regra, através do concurso. O que pode ocorrer é a contratação emergencial para atender a necessidade excepcional de interesse público. Pode viger por, no máximo, dois anos
Estrangeiros: tanto estrangeiros quanto brasileiros podem realizar concurso público, exceto alguns casos específicos.
Direitos: não há direito adquirido a nomeação. O que ele tem é uma expectativa de direito. O candidato aprovado e classificado no concurso só tem expectativa de direito (que significada praticamente nada).
→ Cargos públicos são criados somente por lei, mas por que ela cria cargos? Porque é uma medida necessária. Não há como criar uma vaga se não há dinheiro para remuneração. É a mesma coisa em relação ao Estado. Ele só criará cargos se tiver orçamento necessário para criá-los.
— Espécies de cargos:
Comissão: é a segunda possibilidade de haver contratação.
Efetivo:
Vitalício:
— Provimento = nomeação + posse + exercício: cargo efetivo. É a formalização do vínculo do servidor com a PUC.
· A nomeação é a convocação pública para o comparecimento do aprovado e classificado na tomada de posse do cargo. Pode acontecer em até 4 anos. Cada estatuto estabelece um prazo para comparecer.
· A posse é a formalização do vínculo profissional. Na iniciativa privada, o trabalhador assim a carteira de trabalho. No poder público, o servidor assina um termo de posse, que é quase um tipo de termo de contratação, formalizando seu vínculo profissional.
· O exercício pressupõe o início das atividades quando de fato o servidor público começa a trabalhar.
Portanto, quando se fala em provimento, significa que as três coisas já se realizaram. Só se torna um ato jurídico perfeito quando há a presença dos três fatores.
· Espécies de provimento:
Inicial e autônomo: o provimento inicial não se vincula a nenhuma relação jurídica de trabalho com o poder público anterior. 
Derivado: apenas o inicial é autônomo, pois todos os outros são derivados em conseqüência do primeiro.
Vertical: é a movimentação para cima na carreira. É a promoção por antiguidade ou por merecimento.
Horizontal: é uma readaptação. Ex: o sujeito apresenta uma limitação física (apesar de corpo, por exemplo, não de mente), então deve ser readaptado a um cargo que represente o mesmo nível hierárquico do cargo anterior. Isso depende de perícia médica.
Reingresso: pressupõe que o servidor tenha saído do quadro da administração pública e aí retornou.
Reversão: refere-se à aposentadoria. É o retorno do servidor aposentado aos quadros da administração pública porque não mais persistem as razões de sua aposentadoria. Ex: mulher que estava aposentada por alcoolismo e conseguiu controlar a doença e voltar “ao normal”.
Recondução: é o retorno do servidor público inabilitado no estágio probatório a um cargo que ele antes titularizava.
Aproveitamento: é o retorno do servidor colocado em disponibilidade remunerada ou daqueles que estão ocupando cargos que foram extintos.
Reintegração: é o retorno do servidor ilegalmente demitido. Este retorno pode ser administrativo ou judicial. O reintegrado tem direitos de receber todos os direitos desde a data da demissão até a reintegração.
— Acumulação de cargos: na regra geral, os cargos públicos não podem ser acumulados. A CF, em seu artigo 37, inciso XVI, estabelece as hipóteses de acumulação possíveis: a gente está falando de dois cargos privativos de profissional de saúde, dois cargos de professor, ou um cargo técnico com cargo de professor. O professor pode trabalhar por até 60 horas semanais em cargo exclusivo.
— Remuneração: implica em duas coisas distintas: vencimento básico + vantagens inerentes ao cargo (adicional do tempo de serviço 30% ou gratificação de titulação 30% sobre o vencimento básico). As vantagens inerentes podem ser fixas ou temporárias. 
Subsídio: O subsídio aparece como uma parcela única de remuneração, que não admite agregação de valor. §4º do artigo 39, CF: “O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI”. Quem recebe por subsídio: Ministros, secretários estaduais e municipais, todos os que ocupam mandato eletivo no executivo e legislativo e os membros de poder.
Teto: ninguém pode ganhar mais que um Ministro do STF, pois esta remuneração é um teto máximo, havendo tetos parciais em algumas estruturas. Art. 37, inciso XI: “a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos”.
— Responsabilidade: servidores públicos respondem por seus atos civil, penal ou administrativamente, mesmo que de forma concomitante. A regra geral é incomunicabilidade das instâncias. Logo, como os processos não se comunicam, é possível que haja decisões independentes.
Civil: ação civil pública.
Penal: ação penal.
Administrativa: processo disciplinar.
• Regime Previdenciário— Aposentadoria.
— Aposentadoria é um benefício da seguridade social.
a) Constituição de 88: é um modelo premial, que não exige para a aposentadoria tempo de contribuição. O sujeito dedicou a vida dele inteira ao trabalho, trabalhou por anos, e hoje pode receber um benefício sem precisar trabalhar.
A CF não estabelece um tempo de contribuição previdenciária.
Tempo de serviço: licença de 3 meses remunerada. O critério único é o tempo de serviço. Para homens: 35 anos de serviço. Para mulheres: 30 anos de serviço (Para aposentadoria integral, por exemplo, ganhava mil no serviço e se aposentava ganhando mil, também).
Para todos os servidores nós temos os regimes próprios dos servidores públicos.
b) Emenda Constitucional 20/98:
Há a vedação do tempo ficto. Agora, para se aposentar, é necessário tempo de serviço (10 anos de serviço público; 5 anos no cargo) + tempo de contribuição (homens: 35 anos; mulheres: 30 anos) + idade mínima (homens: 60; mulheres: 75).
Base de cálculo: remuneração – teto = base de cálculo, e é sobre este valor que incidirá os 11%. Exemplo: ganho 10.000 e o teto é 4.000. Aplica-se os 11% destes 6.000, e então 660 será o valor da contribuição.
Há, aqui, o fim da paridade. Não há mais a obrigação de que a remuneração do sujeito seja aquela prevista no artigo.
Abono previdenciário é a isenção no desconto de contribuição previdenciária para o servidor que, tendo direito adquirido a aposentar-se, permanece em atividade.
c) Emenda Constitucional 41/03:
Idade mínima (homens: 53; mulheres: 48) + tempo de serviço (homens: 35 anos; mulheres: 30 anos) + pedágio (20%).
d) Emenda Constitucional 47/05:
Tempo de serviço (homens: 35 anos; mulheres: 30 anos).
Tempo de contribuição	x	Idade mínima para aposentadoria.
35 anos.				60 anos.
36 anos.				59 anos.
37 anos.				58 anos.
E assim por diante...
• Processo Administrativo — Lei 9784/99.
— Análise geral: a relação do Estado com a sociedade é marcada pelo devido processo legal. Quem maneja o processo administrativo é o administrador público, que pode ser titular de cargo público de diferentes especialidades. 
· Art. 5º, inciso 54 e 55: “ninguém será privado de sua liberdade e de seus bens sem o devido processo legal”; “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. 
— Devido processo legal: é devido porque se trata de direito público subjetivo. Direito subjetivo é um direito oponível ao Estado pelo cidadão, pois ele pode se opor à manifestação do Estado. Devido processo porque se estabelece o contraditório e a ampla defesa na tomada de decisão. É legal porque tem disciplina na CF.
— Processo x Procedimento: procedimento é a seqüência encadeada de atos em que o antecedente vincula o conseqüente para sua realização objetivando uma realização final de interesse público. Processo tem o mesmo conceito de procedimento, mas se inclui o contraditório e a ampla defesa. Nessa perspectiva, dá pra dizer que todo processo é, também, um procedimento, mas nem todo procedimento é um processo (porque nem todo procedimento pode permitir influência na tomada de decisão administrativa [?]). Jamais haverá procedimento para restrição de direitos. No entanto, havendo uma situação em que se declara uma realidade jurídica ou se amplia direitos, não há o estabelecimento de um processo, porque não há a necessidade para tal (porque não precisa de contraditório e ampla defesa).
— Princípios específicos: todos os princípios aprendidos no semestre passado se aplicam no processo administrativo. Impulso oficial significa a instauração de ofício do processo administrativo, ou seja, é a possibilidade de instaurar, independentemente da manifestação das partes, um processo administrativo.
Oficialidade: é o dever da Administração de impulsionar o processo de forma automática.
Gratuidade: todo processo administrativo tem como matriz constitucional o direito de petição. Não se cobram custas processuais em um processo administrativo. Eventualmente, paga-se somente as fotocópias do processo, isso porque não se faz carga dos processos.
Formalismo moderado: é equivalente ao princípio da instrumentalidade das formas no processo civil. Vige, no processo administrativo, a verdade real. A lógica é de que o cidadão vai buscar os elementos de prova a respeito de suas alegações da forma mais ampla possível e com o menor rigor formal possível. O formalismo quer dizer que não há prazo estabelecido, mas uma vez peticionado, a administração tem o dever de responder. Não há revelia na esfera administrativa, pois não há prazo, podendo a administração peticionar a qualquer tempo. Ela permite a manifestação, por diversas vezes, dentro da relação processual, não havendo coisa julgada administrativa. 
Veda-se, também, rigorismos formais inúteis ao interesse público.
Impessoalidade: no processo administrativo, a impessoalidade prevê a igualdade de armas na relação processual. Significa dizer que, no processo administrativo, haverá um equilíbrio entre a administração pública e o cidadão. Há uma vedação de sonegar meio de provas legítimos. A idéia é de igualdade formal. Não se pode estabelecer superioridade jurídica.
Julgamento objetivo: um desdobramento da impessoalidade. A administração pública deve evitar afastar critérios objetivos no julgamento. A tomada de decisão administrativa deve se orientar em critérios objetivos.
Devido processo legal: devido processo legal é o direito ao princípio do contraditório e ao princípio da ampla defesa. Os princípios se complementam, mas têm conteúdo diverso. Contraditório é o direito de audiência, é o direito de ser ouvido, de apresentar razões orais ou escritas, é o direito de discussão, de se contrapor ao que está sendo alegado pela administração. A lide é, portanto, um litígio colocado em discussão no processo judicial. 
A ampla defesa é um direito de produção de prova e de influência na prova produzida pela administração. A possibilidade de todas as provas em direito admitidas (documental, testemunhal e pericial). No processo administrativo, a prova testemunhal é muito valorizada. Ampla defesa garante o fato de não ser possível produzir provas unilateralmente.
Segurança jurídica: o que se promove é a estabilidade das relações jurídicas com o cidadão. Há aqui a proibição de reformar atos administrativos favoráveis ao cidadão após 5 anos. O preceito é a boa-fé. Havendo ilegalidade vinda da boa-fé, ela será aceita caso já tenha passado 5 anos (veda-se, portanto, a interpretação retroativa desfavorável).
Boa-fé: diz respeito à lealdade na relação processual. É o respeito da administração pública para com o cidadão na relação processual. Não se deve sonegar direitos indevidamente, a relação deve ser prevista, o administrador não pode buscar o próprio interesse no processo, etc. Deve haver uma relação com o cidadão, no processo, de forma legal, estabelecendo prazos razoáveis para atos, dando oportunidades para que todas as provas sejam produzidas, que nenhum direito seja sonegado, etc. É uma lógica de respeito e equilíbrio na relação processual.
— Espécies:
Litigiosos:
Requerimento administrativo:
Reconsideração:
Recurso hierárquico:
Revisão:
Denúncia:
Representação:
Punitivos:
Sindicância:
Processo administrativo disciplinar:
• Espécies de Processo Administrativo.
— Requerimento administrativo: é qualquer coisa que o cidadão pleiteie ao poder público. É um instrumento processual através do qual o cidadão pode pleitear ao poder público, em defesa de seus direitos ou buscando esclarecimento a respeito de situações de seu interesse pessoal, além de também poder entrar com ação contra abuso de poder ou eventuais ilegalidades. No requerimento, é necessário uma decisão administrativa para submeter a análise ao poder judiciário. O que o juiz fará é verificar se a decisão tomada está de acordo com o Direito, mas ele não decidirá pelo administrador.Sendo realizado o pedido, o sujeito poderá ir até o judiciário com – ou sem – a resposta (porque há vezes em que a administração não responde no prazo).
A petição à Administração não está submetida a uma forma rígida e específica, o que quer dizer que não há uma forma certa. Há uma forma semelhante às das petições do poder judiciário, mas não há rigidez na cobrança desta forma, até porque qualquer cidadão pode peticionar à Administração.
— Reconsideração: é um pedido administrativo feito à mesma autoridade que emanou o ato, solicitando uma decisão diferente.
— Recurso hierárquico: pode ser hierárquico, encaminhado à autoridade superior, e, em algumas exceções, ele é encaminhado à mesma autoridade que emanou a decisão. No processo judicial, todos nós temos direito a, no mínimo, a mais um mínimo de decisão. Na esfera administrativa, fala-se em duplo grau de decisão. A lei de processo administrativo assegura, no mínimo, uma esfera recursal. No máximo, assegura três esferas recursais. É preciso esgotar a esfera recursal para ir à esfera judiciária? Se o efeito do recurso tem efeito suspensivo, será necessário recorrer. Se não tiver, o sujeito poderá imediatamente ir ao poder judiciário.
*O artigo 64 da Lei 9784 permite que haja o reformatio in pejus:
· Art. 64: “O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão”.
Abre-se prazo de contraditório à autoridade. Com a manifestação, a autoridade, com base na prova dos autos e motivadamente, pode majorar a decisão. A restrição de direitos só decorre da lei.
— Revisão: pode ser feita a qualquer tempo, quando surgir um fato novo ou uma circunstância que, embora não sendo nova, justifique a reforma da decisão. A revisão serve para servidores públicos, ao passo que a reconsideração serve para cidadãos e servidores.
— Denúncia e Representação: ambos são instrumentos de ciência de ilegalidade, de abuso de poder, de improbidade e irregularidade funcional. Tem o objetivo de levar à administração alguns fatos irregulares que não interferem diretamente na vida do cidadão. A denúncia não pressupõe violação direta e específica à esfera jurídica individual do cidadão. Pode-se denunciar qualquer relação jurídica errada, mesmo que não se refira à vida pessoal e particular do cidadão. Todo cidadão tem direito público subjetivo de denunciar contra irregularidade ou abuso de poder. Aqui há a denúncia da irregularidade e o pedido de uma providência.
— Prescrição, decadência e preclusão — Lei 9784/99: não existe a figura da coisa julgada no processo administrativo. A coisa julgada judicial é a eficácia imutável da sentença. Esta coisa julgada, dentro do poder judiciário, em outras palavras, estabelece um ponto final. No processo administrativo, não há como se falar isso, porque nenhuma lesão deixará de ser apreciada no poder judiciário. Toda decisão definitiva administrativa poderá ser revista no poder judiciário.
· O que existe é a preclusão, que é o fim da linha administrativa, esgotando sua esfera (implicando no início da judiciária). A preclusão, tal qual a coisa julgada, pode ser material ou formal. A preclusão material diz respeito à decisão de mérito, ao passo que a forma diz respeito ao processo. No momento em que o cidadão está em uma relação com o Estado e percebe uma nulidade, ele deve imediatamente se manifestar – pois ela pode precluir. Apenas matérias de ordem pública não precluem. 
→ Nenhum argumento pode ser levado ao judiciário se ele não foi discutido – ou provocado – na esfera administrativa (pois existe a preclusão).
· A prescrição é a perda do direito de ação, sendo que, na administração pública, o prazo é qüinqüenal. O prazo é de cinco anos, tanto para o cidadão quanto para a administração, para toda e qualquer relação entre eles. Nas relações Estado-Servidor, há disciplinas específicas. Os Estatutos Funcionais estabelecem o prazo de prescrição de 5 anos para demissão, mas também há o prazo de 4 anos para demissão, em alguns casos, entre outros demais prazos específicos. A abertura de processo disciplinar interrompe a prescrição.
· A decadência é a perda do próprio direito, disciplinada no artigo 54 da Lei de Processo Administrativo. A administração pública tem o prazo de 5 anos para desconstituir atos administrativos que tenham produzido efeitos favoráveis na vida do cidadão. A decadência extingue o direito de a administração alterar a realidade jurídica do cidadão. A decadência permite que a ilegalidade praticada de boa-fé produza efeitos jurídicos após 5 anos. 
- Artigo 2º da Lei do Proc. Administrativo (trata do regime jurídico do processo):
- Artigo 18, da Lei (trata de impedimento e suspeição):
- Artigo 24, da Lei: 
- Artigo 26, §2º, da Lei:
- Artigo 30, da Lei (trata da não admissão das provas ilícitas):
- Artigo 44, da Lei (trata do prazo de 10 dias para a defesa):
- Artigo 49, da Lei:
- Artigo 50, da Lei (trata do dever de motivar):
• Processo Administrativo Disciplinar.
— Sindicância: é um instrumento de investigação de um ilícito administrativo, não um instrumento de punição. A sindicância está para o processo disciplinar como o inquérito policial está para o processo criminal (no sentido de que não há contraditório e ampla defesa na sindicância, também, justamente porque ela não visa uma punição). Não há aplicação de sanção na sindicância, é apenas um meio de investigação. A sindicância vai reunir provas à revelia do investigado, porque ele não participa do processo e não influencia na dilação probatória – não tendo direito, também, ao devido processo legal.
O que pode ocorrer é a possibilidade de suspensão de 30 dias. A autoridade administrativa instaura a sindicância e estabelece um processo para colher provas. Se entender, no meio do caminho, que houve indícios de autoria e materialidade e houve um fato não tão grave cometido pelo servidor público, será possível a aplicação de uma leve sanção (mas sempre somente após a colheita de provas). 
O sindicato simplesmente aparecerá na qualidade de testemunha, responderá as perguntas a serem feitas e a produção de provas continuará sem o seu conhecimento. Depois, terminada a produção de provas, se decidirá pelo arquivamento ou pela abertura de processo disciplinar.
· Conseqüência da instauração de sindicância na vida profissional do servidor: nenhuma. Não há conseqüência funcional/jurídica alguma na vida do cidadão.
Investigação: toda vez que a sindicância é apenas um instrumento de investigação, temos uma sindicância-investigação.
Processo: quando da sindicância puder decorrer uma aplicação de sanção, temos a sindicância-processo. Se o Estatuto Funcional não dispuser sobre um rito de processo legal para a sindicância, e se pretender aplicar sanção em sindicância, deve-se observar, para ela, o rito do processo disciplinar. A verdade sabida permite a instauração administrativa de processo disciplinar.
— PAD:
a) Conceito:
b) Fases:
1) Instauração: com a instauração, conseqüências jurídicas surgem na vida do servidor (não são penalidades, mas apenas conseqüências imediatas da instauração do processo disciplinar). 
· Proibição de pedido de exoneração: o sujeito quer aposentar-se, tem o direito a fazê-lo, e se for instaurado o processo disciplinar ele não pode pedir aposentadoria nem exoneração.
Entende-se que o excesso de prazo no PAD não gera nulidade na relação processual administrativa, porém, levanta as conseqüências restritivas impostas com a instauração do processo disciplinar.
· O servidor perde o cargo de “comando”. [?]
· O servidor fica proibido de tirar licença.
A subsidiariedade é a primeira lógica no processo penal e a segunda lógica no processo civil. Devido às conseqüências jurídicas restritivas da instauraçãodo PAD, o correto seria a sindicância também admitir o contraditório e a ampla defesa.
O PAD é um meio de sanção, assim, produz-se novamente as provas do processo de sindicância e incluem-se novas provas, até porque ele é conduzido pelo contraditório e pela ampla defesa. São aplicáveis as seguintes sanções: advertência verbal, repreensão escrita, suspensão de até 90 dias (com ou sem conversão em multa, sendo suspeita também a remuneração), ou mantém o sujeito trabalhando, mas com multa de 50% do salário, ou, ainda, a demissão ou cassação de aposentadoria e disponibilidade. 
— Uma portaria inaugural seria instaurada: autoridade máxima, comissão formada com 3 estáveis de mesma hierarquia funcional com relação ao acusado (Ex: o acusado é procurador federal, sendo que ele só pode ser processado por outros servidores de mesma categoria, qual seja, 3 procuradores federais), narração dos fatos e tipificação proposta. A portaria ainda trará o prazo, podendo abrir prorrogação, notificando o acusado. A defesa prévia vai indicar as provas que se pretende produzir, a prescrição, e a inadequação do tipo legal (não adentrando no mérito). A defesa por advogado era obrigatória, sob pena de nulidade (ou o servidor nomeava um advogado, ou a administração nomeava um dativo); a partir da Súmula tal, considerou-se que não considera mais uma nulidade a falta de advogado.
2) Inquérito ou instrutória: primeiro vem as provas de acusação, depois vem as provas de defesa (todas as provas de direito admitidas).
3) Indiciamento: é a formalização da acusação, podendo a comissão processante arquivar (entendendo que não há ilícito) ou indiciar. Aí, forma-se aqui o indiciado, que será citado para apresentar defesa escrita (normalmente o prazo é de 10 dias). Ao se arquivar, declara-se a absolvição.
4) Defesa: técnica ou não, por causa da súmula que admite a ausência de advogado.
5) Relatório: a comissão processante vai avaliar tudo e emitir o relatório, que é a opinião não vinculante, que pode ser pela absolvição ou pela condenação com indicação de pena.
6) Julgamento: a autoridade máxima (a mesma que instaurou o processo) vai acabar o relatório, simplesmente ratificando ou, então, discordar motivadamente, fazendo cortejo com as provas dos autos.
7) Recurso: no mínimo 1 recurso segundo a lei de processo federal, sendo no máximo 3 recursos. O efeito suspensivo não é regra. Na grande maioria não existe.
• Controle Judicial da Administração Pública.
— Análise Geral:
Controle de legalidade (estrita) e mérito: discutimos o mérito quando falamos em discricionariedade administrativa. Os pressupostos legitimadores do mérito são controlados, sendo que o controle pode ser de legalidade ou de mérito. Num concurso, o controle é de legalidade, não de mérito. Pressupostos legitimadores > controle de legalidade (em questões de concurso).
Controle dos pressupostos legitimidades do mérito.
— Espécies:
Orçamentário – financeiro: controle de finanças públicas é um controle de orçamento, de responsabilidade fiscal. Ou seja, controla o dinheiro público e os gastos. O Tribunal de Contas é do poder legislativo e faz controle técnico de finanças, orçamentos e responsabilidade fiscal, subsidiando de forma significativa o controle judicial.
Político – administrativo: é um controle de gestão administrativa. É o controle da decisão administrativa, ou seja, da política pública, da gestão pública.
— Jurisdição: A jurisdição é única, sofrendo divisões de competência: matérias de competência federal (causas que envolvam autoridade ou entidade pública federal serão processadas na Justiça Federal), entre outras. No que se refere às Varas da Fazenda são 4 públicas e 4 privadas.
— Instrumento:
Mandado de segurança: instrumento de controle de direitos individuais ou coletivos. Pressupõe a violação à esfera jurídico–individual do cidadão. Quanto o MS ou os outros instrumentos exigem, para dar condição de ação, violação à esfera jurídico-individual do cidadão. Um direito líquido e certo é um direito adquirido segundo uma base fática legal ou idônea. É um direito que foi adquirido porque houve o cumprimento de seus requisitos para aquisição. Todo direito líquido e certo é um direito público subjetivo, ou seja, oponível em face do Estado. 
· Lei 12.016/09.
· Art. 5º, LXIX: “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.
· Rito ordinário: exemplo do qual participa a Fazenda Pública – na ação ordinária, havendo uma lide que envolva o Estado ou autoridade de competência pública, há a petição inicial, o despacho de cognição sumária sobre tutela antecipada (se for o caso), depois há a contestação em 60 dias, impugnação à contestação em 10 dias, há a produção de todas as provas em Direito admitidas, as alegações finais em 10 dias e a sentença. A partir daí, obrigatoriamente, o reexame necessário (duplo grau de jurisdição obrigatório).
· Rito do Mandado de segurança: no mandado de segurança, ele já vem acompanhado de provas, que já devem estar produzidas no momento da impetração. O juiz despacha sobre o pedido de liminar, se houver, e notifica para apresentação de informações (o termo não é contestação) no prazo de 10 dias. Apresentada as informações, os autos são conclusos para sentença, e depois há o reexame necessário. O mandado de segurança exige contrafé e só pode ser interposto contra autoridades.
Na petição inicial deve estar apontada a autoridade coatora e a pessoa jurídica a qual ela está vinculada. Para saber a competência, primeiro se lê a Constituição para ver se a autoridade tem algum foro específico. Depois, caso não tenha, se lê se o regimento interno dos Tribunais. Os regimentos internos dividem as competências de acordo com as autoridades. 
Nos pedidos, pede-se a distribuição por urgência do feito, que a autoridade coatora apresente notificações no prazo legal, a manifestação do MP, a concessão de limitar (inaudita altera partes, ou não), a procedência do feito. Não pede condenação e custas, nem honorários. Atribui-se valor de alçada, a não ser que haja um valor específico em relação ao caso.
→ Não cabe mandado de segurança em todas as hipóteses em que há violação de direito líquido de certo. 
Ação civil pública: ação impetrada em relação a patrimônio público (histórico, paisagístico, ambiental, etc.). São legitimados o MP e as associações. É parecido com a ação penal.
Há a petição inicial, o juiz notifica para apresentação de defesa preliminar em 15 dias (não é contestação), depois o juiz irá receber ou arquivar, depois citará para apresentação de contestação pelos réus, então haverá a impugnação da contestação pelo MP, as produções de provas (na mesma lógica do processo penal), aí, no final da dilação probatória, o interrogatório do réu, apresentação de alegações finais, sentença e reexame necessário.
Ação popular: o objeto da ação são objetos públicos, tendo como legitimados os cidadãos.
Habeas data: mesmo rito do MS, referente a um direito líquido de se obter informações de poderes públicos, assegurando o acesso a informações de caráter pessoal.
· Art. 5º, XXXIV: 
Mandado de injunção: espécie de controle difuso incidental de constitucionalidade, ou seja, é um controle feito com efeitos inter partes. O procedimento é o mesmo do Mandado de Segurança. Fala-se em direito líquido e certo fundamentado na Constituição. O mandado de injunção pressupõe omissão legislativa.
· Art. 5º, LXXI: “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”.
Ação ordinária.
• Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado.
— Análise geral: na história jurídica brasileira, já tivemos um momento de irresponsabilidade, depois passoupara a responsabilidade publicista, fundamentada na constituição, não na cúpula. A atividade do Estado é de risco, pois pode vir a trazer danos ao cidadão. Assim, é possível a responsabilidade, pois surge para o cidadão o direito de ter reparado o dano que foi causado (é neste ponto que a responsabilidade civil surge). Sempre que houver ação inadequada/ilícita, omissão ou ação lícita causadora de dano, haverá o dever de indenização. 
Não aplicamos o rito processual para responsabilidade civil, pois o fundamento da responsabilidade do Estado é constitucional (art. 37, parágrafo 6º, CF: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
— Características:
Civil: não se fala em responsabilidade penal, mas em civil. O que interessa é o exercício de função, tanto que a constituição fala de pessoas jurídicas de direito público e de direito privado prestadoras de serviços públicos. A responsabilidade se dá exclusivamente em dinheiro. É importante destacar que não há indenização administrativa. Não é possível você protocolar um requerimento administrativo apontando o dano e requerendo o ressarcimento. É preciso uma ação ordinária para reconhecimento do dano para o pagamento da indenização. A indenização se dá por ofício repositório ou precatório.
Extracontratual: a responsabilidade é extracontratual porque ela não decorre de uma relação contratual com o poder público, mas de uma relação entre o Estado e a sociedade, de uma relação político-institucional.
Objetiva/Subjetiva: a responsabilidade, na regra geral, é objetiva, pois deve-se comprovar o dano, a ação estatal ou daquele que está agindo em nome do Estado, e deve-se comprovar que existe um nexo lógico entre o dano e a ação do Estado. Ex: o dano só existiu porque o Estado agiu, agiu mal ou deixou de agir.
Ação/Omissão: atos comissivos geram responsabilidade e atos omissivos também.
Ato lícito e ilícito: por ato lícito, o fundamento é o da igualdade, da igualitária distribuição de encargos da sociedade. A ação ilícita tem fundamento no princípio da legalidade; o Estado responde pela ilicitude, pela ação irregular.
Dano moral e material: o Estado pode responder pelas duas propostas: pelo dano moral em si como pelas perdas.
— O dano indenizável: o dano a ser indenizado é aquele anormal e especial. É aquele que é anormal em relação ao risco que existe entre a relação Estado-Sociedade. O dano é anormal quando há desequilíbrio. A especialidade diz respeito ao que serve para um cidadão ou para um grupo de cidadão (a especialidade individualiza a sobrecarga, porque não são todos os cidadãos que estão submetidos à sobrecarga, mas apenas um grupo específico de cidadãos).
A responsabilidade civil do Estado será objetiva ou subjetiva dependendo do dano (se for derivado de ato comissivo ou omissivo). Em especial nas questões objetivas, as teorias são muito cobradas.
— Teorias:
Irresponsabilidade: o Estado teocêntrico não tinha responsabilidade sobre seus atos, pois o Estado, divino como era, não poderia errar.
Culpa: primeiro passo para a responsabilização do Estado (culpa civil aquiliana). O que se fez foi enquadrar o Estado dentro do Código Civil, fazendo-o responder pelos atos ilícitos que seus agentes causassem. Nesse momento, estou falando de uma teoria civilista (subjetiva) da culpa. Preciso obrigatoriamente demonstrar que houve negligência, imprudência ou imperícia. É um passo para dizer que o Estado não pode fazer o que bem entende. Só há indenização no caso de culpa.
Esta teoria é falha porque é complicado individualizar a culpa.
Acidente administrativo: é um híbrido da teoria objetiva do risco e da teoria subjetiva da culpa. Essa teoria trabalha exatamente quando há defeito na prestação do serviço. Ela enquadra a falta de serviço, que corresponde à hipótese do serviço não funcionar ou funcionar mal. Parto do pressuposto da culpa anônima. É dever de indenizar quem causa dano a outro. O ato ilícito gera indenização, mas o lícito também (enquadrando aqui o acidente administrativo).
Risco: 
Integral: tem o mesmo conteúdo do risco administrativo, mas este admite a avaliação de excludentes e atenuantes, ao passo que o risco integral não admite. Na regra geral, o Estado responde integralmente, exceto quando apresentar uma excludente ou atenuante, podendo responder parcialmente.
Administrativo.
— Excludentes e atenuantes: há três ordens: culpa da vítima (pode ser tanto uma atenuante quanto uma excludente. Ocorre a culpa da vítima quando ela não obedece alguma ordem expressa e muito bem definida), caso fortuito (evento humano e imprevisível) e força maior (evento da natureza que também seja imprevisível).
— Responsabilidade subsidiária: as pessoas jurídicas de direito público e privado, prestadoras de serviço público, responderão aos danos causados a terceiros. Ou seja, as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público irão responder igual o Estado.
— Denunciação da lide e direito de regresso: aquele que deve ser denunciado deve ser chamado à lide para responder a denúncia. O melhor entendimento é que veda-se a denunciação da lide, porque o Estado responde, mesmo que o servidor que seja denunciado (Ex: se o servidor agiu com culpa, o Estado será denunciado, tendo direito de regresso em face do servidor). O direito de regresso não é administrativo. Ocorre quando o réu é o Estado, obrigando a usar dinheiro do erário público para ressarcimento. Assim, tem o Estado direito de regresso em face do servidor que causou o efetivo dano.
— Prescrição:
Prazo para responsabilidade civil: 3 anos.
Dívidas da Fazenda Pública: 5 anos.
Qual aplico? O Código Civil busca reger responsabilidade civil entre particulares. O Decreto 20.910/32 rege a relação de direito público entre o Estado e o cidadão. A matéria de direito público deve ser regulada pelo direito público. A matéria de direito privado deve ser regulada pelo direito privado. Assim, usa-se o Decreto 20.910/32, cabendo o prazo prescricional de 5 anos.
• Licitação.
— Conceito: é um instrumento através do qual a Administração realiza um contrato com particulares. A regra geral é a licitação, porque o poder público não pode contratar diretamente, já que o princípio da igualdade não permite. Ou seja, o Poder Público não pode contratar com seus “amigos” e “conhecidos”, mas com aquele que oferecer a proposta mais vantajosa. Todos os que estiverem em condições de contratar com o poder público poderão participar da licitação, que acaba por se constituir em uma grande competição. A licitação é uma competição em igualdade de condições entre particulares que preenchem os requisitos do edital para contratar.
A exceção é a dispensa e a inexigibilidade (ausência de competição) da licitação, ou seja, a exceção é a contratação direta.
— Normas gerais e a disciplina constitucional: a previsão está na Lei 8.666 e no artigo 37, inciso XXI, na CF: “Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”.
· Quando se fala em igualdade de condições do artigo 37, significa que a Administração não pode indicar marcas, características específicas de uma determinada marca (a não ser que a Administração indique exatamente as características da marca – como ocorre nas contratações super técnicas, como equipamentos para hospitais).
· Todo processo de licitação tem um edital e uma minuta de contrato que estabelece os direitos e deveres do contratado e do contratante.
· Só podese exigir numa licitação o que for indispensável ao cumprimento da execução contratual.
A licitação é um processo todo marcado pelo contraditório e pela ampla defesa. É possível haver licitações envolvendo agentes internacionais.
· A competência para legislar sobre a licitação é privativa ou concorrente. 
Em se tratando de normas gerais, há competência privativa da União para legislar (Art. 22, inciso XXVII: “Compete privativamente à União legislar sobre: normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista”). 
Normas específicas há competência concorrente da União, Estado e Municípios. 
— Processo Formal: não é procedimento, mas processo, isto porque desde o início a licitação é marcada pelo contraditório e pela ampla defesa. É um processo com ampla participação do licitante, é um processo com influência na tomada de decisão do licitante. Pode-se estabelecer um padrão de qualidade mínimo, mas não pode definir demais um item a ponto que impeça a concorrência.
A lei de licitação tem um regime jurídico próprio pautado pelo devido processo legal. A lei é bastante formal.
— Modalidades: são as espécies de licitação, sendo que a lei fala em seis espécies:
Concorrência pública: serve para a contratação de grandes valores, entre quaisquer interessados que preencham os requisitos do edital. Grandes valores: fornecimento em geral (acima de 650.000 reais); obras e serviços de engenharia (acima de 1.500.000,00 reais). Concorrência pública é o maior processo de licitação do Brasil, com o rito melhor definido, mais definição de fases e, portanto, é o processo com mais detalhes e maior controle, justamente porque é um processo que envolve maiores valores públicos.
Tomada de preços: modalidade de licitação para grandes valores, mas aqui só pode participar os previamente cadastrados num sistema chamado Sistema de Registro Cadastral (registro de dados permanente, onde o particular que pretende com o poder público licitar mantém o seu cadastro atualizado, demonstrando as condições de habilitação). Limite de preços: para fornecimento geral, o teto é 650.000 reais para a tomada de preços (ao passo que, passando desse valor, já entra na categoria de concorrência pública).
Carta convite: é a modalidade de licitação para pequenos valores e pequenas contratações. Limite: entre 8.000 e 80.000 reais para fornecimento em geral; entre 8.000 e 150.000 reais para obras e serviços de engenharia. Ela é uma modalidade de carta convite entre licitantes previamente convidados ou aqueles que tenham conhecimento do certame. Como funciona? O Poder Público encaminha a 3 fornecedores da área um convite para participação da licitação. A carta convite deve ser publicada em diário oficial e, facultativamente, em jornal de grande circulação.
→ Sendo o valor abaixo de 8.000 reais, pode haver dispensa da licitação.
Concurso: modalidade para selecionar serviço técnico ou científico mediante remuneração. Estabelece-se um valor fixo, critérios de seleção, etc.
Leilão: modalidade de licitação para venda de bens públicos (que são inalienáveis e, portanto, insuscetíveis de venda, precisando de desafetação e venda por licitação).
Pregão: é modalidade de licitação para contratação de bens e serviços comuns, independentemente do critério de valor. Bens e serviços comuns são aqueles disponíveis de forma padronizada no mercado. São aqueles que não precisam de uma elaboração técnica diferente, pois já existem bem definidos no mercado. O pregão não nasceu com a Lei 8.666, mas com uma Lei 10.520/02, e é hoje a principal forma de licitação, por ser simples, rápida e com menos amarras, além de não ter limitação de valor.
Há o pregão eletrônico e o presencial.
— Proposta mais vantajosa é aquela que melhor atende o interesse público. Esta proposta será selecionada dentro de uma das modalidades de licitação, através de um tipo.
— Tipos:
Técnica e preço: é o que ocorre na concorrência e na tomada de preços.
Menos preço ou lance: menor preço vai existir sempre na carta convite e no pregão (porque o nome é menor lance).
Maior lance: é o que ocorre no leilão.
Melhor técnica: é o que ocorre no concurso.
— Regime jurídico específico:
Vinculação ao edital: edital ou instrumento convocatório (são sinônimos). Há a obrigação de obedecer ao edital. No edital estão as obrigações do contratado, o objeto, o prazo de execução, o modo de execução e todas suas particularidades, o direito de receber o preço, o direito de o contrato não ser alterado, etc. Uma vez publicado e entrado em vigor, ele vincula as partes igualmente. O poder público pode eventualmente alterar o edital. O edital com a hora extra no certame traz todas as condições da licitação, daí a necessidade de se analisar o edital antes de se iniciar a licitação, a fim de verificar se não há nada que venha a restringir a competição ou, eventualmente, violar a lei.
Julgamento objetivo: por este princípio, a administração pública não pode decidir julgar propostas/documentos segundo critérios subjetivos ou pessoais. O julgamento deve ser objetivo e impessoal, vedando pessoalidade e subjetivismo em qualquer dos julgamentos.
Formalismo: o princípio do formalismo estabelece que a administração pública que a licitação é um processo extremamente formal. Há um rito estabelecido e cumprido ao pé da letra. A receita do bolo não pode ser alterada em uma única vírgula, devendo ser cumprida milimetricamente (havendo, é claro, a vedação dos rigorismos formais inúteis que não aproveitam em nada a administração pública).
Sigilo de propostas: as propostas são sigilosas até o momento de abertura.
Adjudicação compulsória: estabelece ao poder público a obrigação de com o vencedor contratar, assim que estabelece com o vencedor da licitação de contratar com o Poder Público. Não haverá adjudicação em casos de anulação (ilegalidade) ou revogação (ausência de conveniência e oportunidade verificada pela presença de fato superveniente). Tirando essas hipóteses, a adjudicação é compulsória.
→ A regra geral é licitar, e, portanto, para haver um contrato administrativo, deve haver primeiro a licitação.
— Dispensa e inexigibilidade: em somente duas hipóteses é possível a contratação direta (dispensa ou inexigibilidade). A contratação direta por dispensa vai ocorrer na seguinte situação: art. 24 da Lei 8666. Não pode haver dispensa fora dos casos estabelecidos pela lei. Este rol traz, como exemplo de dispensa, contratações de pequeno valor, contratação de pesquisas científicas, etc.
· Na dispensa, a licitação é viável e possível, porém, a lei autoriza que ela não ocorra.
· A inexigibilidade pressupõe uma realidade distinta: ausência de competição no mundo dos fatos. Não existe como se realizar a competição, por ela ser materialmente impossível e inviável. Assim, a licitação é inexigível. São três hipóteses de inexigibilidade:
Quando há um único fornecedor.
Quando há a contratação de um serviço técnico de singular (ou seja, algo que foge da rotina para atender a certa situação particular).
Contratação de um trabalho artístico ou cultural que tenha reconhecimento público nacional, que tenha reconhecimento da crítica especializada.
— Fases: rito da licitação.
Fase interna: contém os atos preparatórios da licitação. Responde as perguntas: “Existe a necessidade de licitar?”; “O que preciso licitar?”; “Quanto pagar, no máximo?”. Só a Administração participa da fase interna.
Requisição: também chamada de termo de referência. Ela vai estabelecer a necessidade, pois é na requisição que temos o objeto, a descrição da necessidade. É na requisição que a administração pública afirma que precisa de algo. A requisição vai definir o que contratar. Toda licitação precisa ter prova documental da pesquisa de mercado, ou seja, é indispensável para a validade do certame que orçamentos requisitadosa particulares dentro do mercado sejam ao processo de licitação anexados, porque a pesquisa de mercado vai definir o valor máximo a ser contratado, e esse valor vai corresponder à média do mercado. A requisição responda a pergunta “Preciso contratar?”.
Pesquisa de mercado: define o quanto se precisa gastar. 
Avaliação do impacto orçamentário: a possibilidade de contratar passa por diversas avaliações. A primeira é se há disponibilidade orçamentária; a segunda é se o orçamento vai ser impactado (e qual o impacto no orçamento); a terceira é se haverá a possibilidade de cumprir as demais obrigações para realizar o contrato.
Aprovação: neste momento analisa se a contratação é oportuna e conveniente. Se houver resposta positiva, continua-se na próxima fase. 
Edital: no edital estarão definidas as regras da competição, as equações econômicas do contrato (composta por preço, prazo e objeto), etc. 
Assessoria jurídica: a assessoria jurídica verifica se o edital está de acordo. Estando, encaminha-se o edital para a publicação.
Publicação: último ato da fase interna. A partir do momento em que o edital é publicado, inicia-se a fase externa do certame, havendo assim a sua publicidade.
Fase externa: é aqui que começa a competição. Toda dispensa e inexigibilidade não tem fase externa, porque não tem competição, mas obrigatoriamente tem competição.
Impugnação ao edital: o edital tem previsão no artigo 40 da lei, que estabelece seus requisitos. O parágrafo 1º trata da impugnação, que é o momento em que o cidadão que pretende ser licitante pode impugnar as regras estabelecidas. Toda contagem de prazo de licitação é em dias úteis, não em dias corridos. Ex: a abertura dos envelopes ocorre no dia 10, e o cidadão tem o dia 5 para protocolar a impugnação. O licitante tem até 2 dias úteis para protocolar a impugnação. Vencida a parte de impugnação ao edital, passa-se à habilitação.
Habilitação: habilita-se licitantes, pois é uma análise do licitante e das condições que ele apresenta para executar o objeto da licitação. 
São quatro as condições da habilitação: habilitação jurídica (avaliação da existência jurídica do licitante, como R
• Contratos Administrativos.
— Conceito: Objetivo de qualquer licitação é obter o contrato. O objetivo é o contrato. Contrato administrativo é um ajusto entre o particular e o poder publico muito diferente do contrato do direito civil. Devemos esquecer o que aprendemos sobre contratos no direito civil, pois aqui é muito diferente. No direito administrativo é um ajuste firmado entre o poder público e o particular sem a igualdade entre as partes, não há liberdade. Todos os elementos da pact sund servanda não aparecem no contrato administrativo.
O administrador não faz o que ele quer, ele faz o que a lei o autoriza. O contrato administrativo é um negocio jurídico entre o poder publico e o particular com desigualdade jurídica, não há autonomia da vontade de nenhuma das partes. O contratado não influencia a contratação, ele não senta para discutir as clausulas do contrato pois estas já foram previamente estabelecidas. Ou o particular aceita o contrato ou não.
A minuta do contrato é anexo obrigatório no edital de licitação pois o licitante deve saber exatamente o contrato que lhe espera caso ganhe a licitação. Esse contrato não será alterado pela vontade do contratado.
Conceito é um negocio jurídico feito entre poder publico e particular que tem clausulas exorbitantes, estas são clausulas que materializam no contrato as prerrogativas do poder publico contratante. São clausulas que exorbitam do direito comum, conferem a administração publica uma posição de superioridade jurídica. Todo contrato administrativo é marcado pela presença destas clausulas. O contrato administrativo respeita o equilíbrio econômico financeiro do contrato. O contratado tem direito ao equilíbrio econômico financeiro do contrato. Equilíbrio da equação econômica financeira do contrato (preço, prazo e objeto). Equação econômica é que determinara toda a relação contratual, a equação é formada por preço, prazo e objeto. Essa equação não poderá ser alterada.
Contratos de administração são diferentes de contrato administrativo. Os contratos de administração são contratos onde o poder publico aparece em posição de igualdade com o particular, aqui ele aparece despido de suas prerrogativas (ex: locação). Contrato administrativo é onde o poder publico aparece com prerrogativas, com clausulas exorbitantes, superioridade etc. A lei de licitação trata deste ultimo tipo de contrato.
 
— Características:
Todo contrato administrativo tem características que o identificam
a.     Adesão
Todo contrato administrativo é um contrato de adesão, unilateralmente elaborado pelo poder publico. O particular não participa da elaboração do contrato.
Há uma exceção que são as parcerias publico privadas, aqui o contratado pode participar da elaboração do projeto básico.
b.    Oneroso
Todo contrato administrativo é oneroso, deve haver contraprestação, não pode ser gratuito. Contrato pressupõe entrega de objeto de um lado e dinheiro do outro.
O que poder haver que não é oneroso é o convenio.
c.     Clausulas exorbitantes
Clausulas que exorbitam do direito comum, dão supremacia ao interesse publico. Há supremacia do interesse publico sobre o contratado. Essas clausulas dão bastante poder ao contratante. A utilização de prerrogativa esta voltada a satisfação do interesse publico, não podem ser usadas para outro fim.
d.    Equilíbrio econômico financeiro
Direito do contratado de respeito a proporcionalidade da equação econômica inicial.
e.     Escrito
Todo contrato administrativo é escrito, não há contrato administrativo verbal.
f.      Comutativo sinalagmático
Todo contrato administrativo é comutativo e signalagmático, isto quer dizer que eles tem uma reciprocidade de direitos e obrigações.
 
— Cláusulas exorbitantes:
Estas clausulas permitem ao poder publico a imposição unilateral de diferentes realidades jurídicas.
a) Alteração unilateral:
O contrato administrativo poFtde ser alterado unilateralmente. Permite alteração quantitativa e qualitativa do objeto. Independente da vontade do contratado, de consulta previa, de concordância, pode alterar o contrato. Para qualquer das possibilidades exige fato superveniente que justifique a alteração, tem que existir uma razão de interesse publico superveniente a contratação que justifique a alteração unilateral.
Alterações quantitativas, a lei fala em limite máximo quando é feita unilateralmente. Para todo o resto posso majorar ou reduzir em até 25%, se for obra ou serviço de engenharia posso majorar ou reduzir em até 50%. Para cada alteração quantitativa é necessária uma nova equação econômica do contrato para readequar a situação.
Alterações qualitativas não tem limite. Ex: professora falou do viaduto que ia passar por cima do habitat de uma nova espécie de perereca. Por isso tiveram que elaborar novo projeto básico, uma vez que ninguém sabia que iria encontrar essa nova espécie. Tudo teve que ser mudado, não havia como prever quanto iria ser gasto a mais por causa desse fato superveniente.
O fato superveniente tem que ser escrito, documentado.
G, CNPJ, CPF, contrato social, etc.); regularidade fiscal (pressupõe a quitação de dívidas e adimplemento total com as Fazendas Públicas, afinal, nenhuma empresa pode contratar se estiver devendo dinheiro. Ou se apresenta uma certidão negativa de débito, ou uma certidão positiva com efeito de negativa – ou seja, que tem dívida, mas está pagando); capacidade técnica (demonstrada, no caso de engenharia, com as ART’s) e qualificação econômica (balanço patrimonial que demonstre a boa situação econômica da empresa, demonstrando, também, garantias da execução do contrato, quais sejam: fiança bancária, caução em dinheiro e seguro garantia). 
Recurso: o processo é super rápido. A administração abre os envelopes, relaciona os documentos e encerra a sessão. Pouco tempo depois há o edital dehabilitação e, então, abre prazo para recurso em 5 dias. Há interesse de todos recursarem contra todos. 5 dias depois, apresenta-se as impugnações ao recurso. A comissão toma uma decisão e publica uma ata final na fase de julgamento da licitação. Os recursos têm efeito suspensivo.
Classificação: pressupõe não mais análise do licitante, mas de suas propostas (técnica ou de preço). Apresentadas as propostas, apresenta-se uma ordem delas, abrindo-se sessão pública para abrir os envelopes e, posteriormente, publicação de uma ata de julgamento.
Recurso: repete a mesma coisa. 5 dias úteis para recorrer e 5 dias úteis para impugnar.
Homologação: ratificação de todos os atos até então praticados, pressupondo controle de legalidade, de conveniência e oportunidade.
Adjudicação: é a entrega do contrato. É a sua formalização.
— Cláusulas Exorbitantes: cláusulas que exorbitam do direito comum e conferem à administração pública uma posição privilegiada.
Alteração unilateral: tem que existir interesse público suficiente para que haja alteração unilateral.
Rescisão unilateral: a rescisão inclui a anulação (contratos que pressupõe um vício de legalidade, decorrido de má-fé ou de erro administrativo), revogação (o contrato será extinto porque não há mais conveniência de mantê-lo), encampação (específica para contrato de concessão, e ela pressupõe a retomada do objeto contratual. Ou seja, seria o equivalente de fazer o seguinte: o Estado do Paraná encampa a estrutura do pedágio e ele mesmo incorpora de novo essa atividade, tirando-a do segundo setor. A encampação pressupõe indenização + perdas e danos por todo o investimento realizado pela empresa do segundo setor) e caducidade (pressupõe inadimplemento contratual, pois é o reconhecimento da inexecução total ou parcial do contrato). Tem que ter o fato superveniente obrigatoriamente.
→ Apesar de ser unilateral, é essencial que o contratado possa apresentar suas razões (ou seja, tem direito ao contraditório e à ampla defesa, se respeitando o princípio do devido processo legal).
Restrição à exceção do contrato não cumprido: se uma das partes descumpre o contrato, a outra parte fica livre de ônus. Há uma limitação em relação a esta cláusula: se o Poder Público não pagar o dinheiro devido, o contratado deverá, mesmo assim, executar o objeto em até 90 dias.
Poder de fiscalização: a administração tem o dever de vigiar a realização do contrato, fiscalizando se tudo está de acordo com as leis trabalhistas, ambientais, etc.
Aplicação de sanções: Deve-se observar uma dosimetria da sanção, tendo como parâmetros o princípio da razoabilidade.
Advertência:
Suspensão do direito de licitar: aplicada pela própria administração pública contratante, por inexecução contratual. Ela é localizada no tempo e vige por no máximo dois anos.
Declaração de inidoneidade: o prazo mínimo é de dois anos, não havendo prazo para finalizar. Portanto, só o direito administrativo tem sanção perpétua, pois pode existir para sempre. A declaração de inidoneidade implica em uma proibição para contratar com a administração pública, em qualquer esfera.
Multa.
— Equilíbrio econômico financeiro do contrato: todo contrato administrativo contém uma equação econômica composta por três elementos: preço, prazo e objeto. A proporcionalidade decorrente dessa equação econômica é intangível. Ou seja, o direito ao equilíbrio de a proporcionalidade se restabelecer. Um fato superveniente é necessário, que se chama “Alea”. Há as ordinárias (que são um risco normal do negócio. Ex: aumento da inflação, queda no preço dos insumos, etc.). Alea ordinária não desequilibra contrato, pois é um risco normal do negócio, como já mencionado. O que pode gerar repactuação contratual é a Alea extraordinária, que são os riscos anormais, imprevisíveis ou irresistíveis.
Alea extraordinária:
Fato do príncipe: evento de poder público (que não é o poder público contratante) e que afeta diretamente a relação contratual. Ex: alteração tributária.
Fato da administração: fato do próprio poder público contratante. Ex: alteração de prazo, que mexe com a equação econômica inteira.
Agravo econômico: é alguma alteração econômica no contrato decorrido da teoria da imprevisão (caso fortuito – evento do homem – ou força maior – evento da natureza).
Sujeição imprevista: estamos falando não de um agravo econômico, mas de um evento que não foi previsto e que altera completamente a relação contratual. Ex: contrata-se uma empresa para construir o edifício e, no momento em que se está cavando para iniciar a construção, descobre-se um lençol freático não previsto.
— Prazo e prorrogação: todo contrato administrativo vige enquanto vigir o crédito orçamentário. Ou seja, todo contrato administrativo tem a regra geral do prazo de um ano. Qual a exceção? Serviços de celebração continuada (com prazos de até 60 meses) e também os contratos de concessão de serviço público, que sempre podem ser celebrados por longo prazo, embora a lei de concessões (Lei 8987/95) não diga qual o prazo, afirmando apenas que é longo.
Por essas lógicas a prorrogação é vedada (para se dar espaço a uma nova licitação). Ela só é admitida para atendimento de necessidades especiais e emergenciais.
— Espécies:
Fornecimento: contratos de fornecimento são diferentes dos contratos de concessão e permissão.
Concessão: tudo o que se falar para concessão valerá para contratos de permissão de uso de serviço público (mas não para uso de bem público). Contrato de concessão pressupõe uma lógica completamente diferente dos contratos de fornecimento. O Estado ou não tem dinheiro, ou não tem know how, para prestar a atividade. O que ele faz é transferir a atividade para o segundo setor, delegando-a para um particular, através de contrato, para que ele execute o serviço público (sob sua conta e risco). O contrato é remunerado por tarifa paga pelo usuário. Ex: tarifa que pagamos à SANEPAR, à Copel, etc.
O fundamento legal para a concessão está no artigo 175, caput, CF: “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”.
Serviço Público:
Obra + Serviço Público:
Permissão: permissão de serviço público hoje é tratada com o serviço de taxi e serviço funerário. A outorga tem por natureza a precariedade, porque ela pode ser revogada/alterada.
Uso de bem público: regulado por permissão.
Serviço Público:
— Contrato de concessão:
Comum: regulado pela lei 8987/95 (Lei de Concessões e Permissões da Administração Pública). A concessão comum é um contrato entre o poder público e o particular com um prazo longo (maior que o prazo de fornecimento), porque o contrato de concessão prevê a remuneração mediante pagamento de tarifa do usuário. O contrato de concessão só tem conveniência se ele oportunizar o serviço público e que este seja acessível aos brasileiros (por isso que o contrato é de prazo longo, de modo a permitir a amortização do capital investido, tarifa módica e lucro mediante tal tarifa).
Aqui não entra um centavo de serviço público para remuneração, pois ela ocorre exclusivamente por tarifa. O prazo deve ser longo, mas não estabelece um mínimo ou máximo.
O contrato é exclusivamente licitado por concorrência pública (só cabe esta modalidade de licitação).
PPP: (Parceria Público-Privada) regulado pela lei 11.079/04 (que diz que tem que ter prazo mínimo de 5 anos e máximo de 35 anos).
Administrativa: pressupõe atribuição de um serviço público onde a usuária do serviço é a própria administração, sendo que ela mesma paga pelo serviço (usando o Erário Público).
Patrocinada: nela, há dinheiro público do Erário e, também, dinheiro de tarifa do usuário (ou seja, investimento tanto público quanto privado). O investimento inicial que no contrato de concessão comum é exclusivamente do concessionário, aqui há concessionário e poder público, que pode comprometer até 1% do orçamento com o contrato de concessão. É um modelo híbrido.
• PPP:
— Características:são contratos que partem de uma lógica que não é de imposição de prerrogativa, mas de uma lógica consensual. Eles são o símbolo de uma nova proposta de relação Estado-Sociedade. 
SPE: Sociedade de Propósito Específico é uma pessoa criada para gerir o contrato, é uma proposta de blindagem para garantir decisão técnica. A proposta é colocar muros ao redor do contrato, de modo que decisões políticas supervenientes não interfiram no contrato. A Sociedade é composta por membros do consórcio de particulares e também por membros do poder público da área técnica específica do contrato. A gestão pretende ser técnica, não jurídica.
Aqui, o empresário investe muito dinheiro, para que possa ganhar mais dinheiro ainda.
Fundo garantidor: é um fundo que vai usar 1% do orçamento para ser gasto em PPP. Concentra os recursos do contrato, as verbas do poder público e as verbas particulares. O fundo garantidor compreende os recursos que o contratado vai investir, os recursos que o Poder Público vai investir e os bens referentes ao contrato de concessão. O contrato de PPP trabalha com essa realidade: é o fundo garantir que terá o direito. Há uma separação entre os bens do concessionário e os bens do contrato. O dinheiro sai do fundo diretamente para o contrato, não para o concessionário ou atendimento de qualquer necessidade da Administração Pública.
Prazo: mínimo 5 e máximo 35 anos. A lei não define o prazo de cada contrato, pois depende da análise de cada contrato, levando em conta o investimento do particular; o tempo de amortização necessária do investimento e lucro, de modo que a tarifa seja módica. A lógica de acesso pressupõe modicidade de tarifa – e quem a define é o Poder Público.
Recursos: no contrato de PPP Patrocinada existe recursos públicos e recursos do usuário. Na PPP Administrativa, há apenas recursos públicos.
• Intervenção do Estado na Economia Privada: 
Análise geral: até 1988, a propriedade tinha três características delimitadoras de seu núcleo conceitual: era perpétua (a propriedade não poderia ser retirada do domínio individual, pois ela não se perdia pelo não uso ou pelo decurso do tempo), absoluta (porque o proprietário poderia fazer dela do modo que bem entender, usando-a de acordo com sua vontade e condicionamento) e exclusiva (porque ela pressupunha produção de efeitos apenas para o proprietário).
O século XXI marca uma evolução significa no que diz respeito à propriedade, pois marca uma alteração no modo do direito enquadrar a propriedade. A CF de 88 diz no artigo 5º que garante a propriedade privada, que deverá atender a sua função social. A propriedade não é mais absoluta, deve seguir com os preceitos legais (caso contrário, a propriedade pode ser perdida).
Cabe ao Estado regular a propriedade. Se ela não é mais absoluta, perpétua e exclusiva, o Estado deve controlar o seu uso de modo a garantir a função social.
São três hipóteses de intervenção:
Tombamento/Limitação Administrativa (Tombamento é a mais famosa delas, mas há também o Poder de Polícia): o tombamento restringe o uso do bem. Pelo tombamento o proprietário fica impedido de alterar as características originais do bem. Há uma imposição de preservação das características originais do bem. É uma preservação do bem para as presentes e futuras gerações. Pressupõe fundamento cultural, artístico, histórico, etc. Pode-se tombar, além de bens, algumas atividades, como o frevo.
O tombamento é ato administrativo compulsório, coercitivo, perpétuo e que não retira a propriedade do domínio privado, apenas restringe seu uso. A partir do tombamento o proprietário tem dever jurídico de preservação do bem. Se ele não o fizer, incidirá em ato de improbidade administrativa consistente em prejuízo ao erário. O tombamento não acompanha o proprietário, mas o bem.
Servidões administrativas: o poder público usa parte do bem independentemente da vontade do proprietário. A servidão pressupõe, para a satisfação do poder público, o uso parcial do bem. Isso não gera indenização indiretamente. Se a servidão causar prejuízos ao proprietário, aí sim haveria a possibilidade de indenização. Tal como o tombamento, a servidão acompanha o bem.
Desapropriação: 
Conceito e objetivo: é uma forma de desapropriação compulsória da propriedade privada pelo poder público. É uma transferência compulsória (porque independe da vontade do proprietário) do bem do domínio privado para o domínio público, mediante pagamento de indenização obrigatória, desde que seja prévia, justa, em dinheiro ou em títulos da dívida pública, com fundamento na necessidade pública, utilidade pública ou interesse social.
Forma de aquisição: é uma aquisição originária, pois nunca um bem desapropriado vai sofrer evicção. O bem ingressa no domínio público exonerado, livre de ônus. Na indenização vai se computar todo o ônus, que será entregue ao proprietário do bem.
Espécies: previstas no artigo 5º da CF.
Necessidade pública: pressupõe uma situação que atende o interesse público e que tem o elemento da urgência.
Utilidade pública: não tem o elemento de urgência, apenas o interesse público. É uma situação que será declarada via decreto (tal como a necessidade pública).
Interesse social: a desapropriação por interesse social é uma sanção por descumprimento da função social. No Brasil, só pode haver expropriação em um único caso (quando são encontradas plantações de drogas ou produtos ilegais). Na área urbana, o artigo 182 da CF é que regula o interesse social.
Área urbana e rural: na urbana, ocorre quando o Plano Diretor não é cumprido. Na área rural, ocorre por previsão na CF. Por interesse social a proposta de desapropriação é diferente. Ocorre reforma agrária em imóvel que não esteja cumprindo a sua função social e para cumprir interesse social.
Indenização: a indenização é prévia (ou seja, mesmo com títulos ela deve ser entregue integralmente ao proprietário no início do processo, e antes que o domínio passe para o público). A indenização justa pressupõe o valor real do bem + perdas e danos + danos morais.
Imissão provisória na posse: o Poder Público pode, declarando urgência, que estará sempre relacionada ao interesse público que se pretende satisfazer. O prazo de pagamento da indenização é de 120 dias. 
Processo:
Extrajudicial – declaração e avaliação de mercado do bem: declara a utilidade pública de interesse social. Depois, realiza-se a avaliação do bem, notifica-se o proprietário da desapropriação.
Judicial – ação de desapropriação:
Homologatória: quando a ação possui um acordo.
Contenciosa: será contenciosa quando o proprietário não concorda com o valor da desapropriação.
Desapropriação por zona: é a desapropriação de uma área maior que a necessária para atender o interesse público, como reserva para o futuro. Ex: um hospital desapropria uma área bem maior que ele precisa hoje, já olhando para o futuro, para o caso de aumento de demanda.
Desapropriação indireta: é o reconhecimento doutrinário do absurdo. Pressupõe esbulho possessório do poder público sobre o particular. Ocorre quando é o poder público que te esbulha.
É um reconhecimento doutrinário do absurdo. Pressupõe esbulho possessório do poder publico sobre o proprietário. O poder publico esbulha a posse do proprietário. A lei não prevê essa desapropriação, mas isso ocorre. A doutrina e a jurisprudência criaram a figura da desapropriação indireta, amplamente aceita. Ninguém discute ela.
O particular esbulhado pode ajuizar uma ação ordinária de ação de desapropriação indireta. Nessa ação ele pedirá que o poder publico use a maneira “correta” de desapropriar, através de indenização etc, já que ele já perdeu a posse de qualquer jeito. A propriedade continua em seu nome, mas não pode usar, gozar, dispor etc. De fato já houve a desapropriação, mas o particular ainda é proprietário.
Retrocessão: retorno do bem ao domínio privado por desvio de finalidade na desapropriação, por alguma nulidade na desapropriação, enfim, o processo de desapropriação é declarado nulo por desvio de finalidade ou por

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