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RESUMO UN I PSICOLOGIA E DESENVOLVIMENTO - UNIP EAD NOV 2017

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UNIDADE I 
 
Psicologia do Desenvolvimento: Piaget, Vygotsky e Wallon 
 
 Jean Piaget Construtivista-interacionista: maior consideração à base biológica e orgânica dos 
indivíduos. 
 Lev Vygotsky socio-histórico: maior consideração aos fatores sociais e culturais do 
desenvolvimento. 
 Henri Wallon interacionista: maior consideração à interação de ambos os fatores, orgânicos e 
sociais, equilibradamente. 
 
 
Jean Piaget 
 
 Na visão construtivista-interacionista, a inteligência é o que permite a existência de duas 
capacidades distintas e complementares, a saber: a organização e a função. 
 
 
Equilibração majorante 
 
 
 Piaget afirma que a situação que coloca o sujeito diante de um conflito cognitivo faz com que ele se 
empenhe em buscar uma situação que o conduza a se reequilibrar em termos de compreensão. 
 Essa busca conduz a um equilíbrio (provisório, por isso o termo equilibração) cada vez mais estável 
e consistente, maior (majorante) do que o anterior. Isso acontece até o final da vida de cada ser 
humano. 
 
 
Esquemas e estruturas 
 
 No processo de adaptação, o indivíduo cria estruturas nas trocas que desenvolve com o meio em que 
habita. São padrões de ação física e mental que se referem a atos específicos de inteligência e 
correspondem a estágios de desenvolvimento. 
 Os esquemas são estruturas que possibilitam que uma criança disponha de suas ações de maneira 
organizada, por exemplo: olhar procurando seu carrinho de brinquedo, levantar e se locomover até o 
objeto, pegar o objeto e fazer com ele ações típicas de seu jeito de 
brincar. 
 
Assimilação e acomodação 
 
 A assimilação é a aplicação dos esquemas anteriores do sujeito a uma nova situação, 
incorporando a esses esquemas os novos elementos. 
 A acomodação é o que torna possível a adaptação do sujeito, pois pode complementar o processo 
de assimilação. Ela diz respeito à reestruturação ou modificação dos esquemas assimilatórios do 
indivíduo para lhe dar condições de adquirir um novo conhecimento. 
 
As fases do desenvolvimento cognitivo segundo Jean Piaget 
 Estágio sensório-motor: dá todas as bases para a preparação do que é a fala. Na verdade, 
poderíamos dizer que a criança só terá o que falar no próximo estágio graças a todas as 
aprendizagens dos esquemas que ela estrutura em seus dois primeiros anos de vida. 
 O estágio sensório-motor é uma fase de inteligência prática pautada nas ações e percepções da 
criança em contato com o mundo que a cerca. É uma inteligência ainda não verbal e não 
representativa, mas ela possibilita a construção do conceito de objeto e do objeto permanente. 
 
Estágio pré-operatório ou objetivo-simbólico 
 
 Nesse estágio, surge a função simbólica (aproximadamente de dois a quatro anos): é o início da 
interiorização dos esquemas de ação na representação (na linguagem, no jogo simbólico, na imitação 
etc.). 
A presença da mãe é muito importante e o principal elo com o mundo. 
 A representação é a ação de pensar um objeto por meio de outro. Por exemplo, se dizemos carro, por 
meio dessa palavra compreendemos o objeto carro. 
 
Estágio operatório concreto 
 
 A principal conquista desse estágio é o pensamento mais estruturado. Segundo Piaget, o conceito 
de pensamento operatório é uma ação interiorizada reversível. 
 As operações são processos mentais, um conjunto de ações correlatas que formam um todo integrado. 
Uma operação mental não tem uma propriedade, mas um grupo de propriedades. Uma de suas 
características é a reversibilidade, seja pela inversão de combinações (formas alternadas: classes), seja 
pela reciprocidade (formas equivalentes: relações). 
 
Estágio operatório formal 
 
No estágio operatório formal, a criança é capaz de lidar com conceitos como liberdade e justiça, uma vez 
que domina progressivamente a capacidade de abstrair, generalizar e criar teorias sobre o mundo, 
principalmente sobre os aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível graças à capacidade de 
reflexão espontânea que, cada vez mais, se descola do real e é capaz de tirar conclusões a partir de 
puras hipóteses. 
 
A formação do juízo moral na Teoria de Piaget 
 
 Em “O juízo moral na criança”, Piaget escreve: “toda moral consiste num sistema de regras e a 
essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por estas 
regras”. (1994, p. 23) 
 Em caráter de síntese e análise geral das fases encontradas, três etapas podem ser destacadas na 
evolução da prática e da consciência das regras pelas crianças. A primeira é a da anomia, a segunda 
chama- se heteronomia e a terceira é a autonomia. Vamos a cada uma delas para compreender 
melhor tudo isso. 
 
Desenvolvimento da prática das regras 
 Motor individual: nessa fase, não é da relação social implicada pelo jogo que a criança participa, 
mas sim de uma aplicação simples de seus esquemas de ação, como, por exemplo, a criança que 
joga uma bola no chão repetidas vezes sem maiores pretensões. 
 Egocêntrico: nessa fase, a criança costuma imitar superficialmente as regras de um jogo, como 
se as tivesse aprendido com crianças maiores ou com adultos. 
 
Desenvolvimento da prática das regras 
 Cooperação nascente: existe agora uma necessidade de controle de uns sobre os outros. Há uma 
regra única para todos e eles costumam respeitá-la. 
 Codificação das regras: nesse último estágio, não somente as partidas são muito reguladas por 
todos os detalhes a ela inerentes, como também todos os códigos das regras a serem seguidas são 
conhecidos por todos. 
 
Consciência das regras na criança 
 
 Não obrigatoriedade: a criança demonstra não possuir a menor necessidade da regra. Além do 
fato de não colocá-la em prática, a criança mostra, intelectualmente, não possuir o menor respeito 
por regras em geral. 
 Obrigatoriedade sagrada: Caracteriza-se por não dar como legítima quaisquer modificações ou 
adaptações, apesar de demonstrar capacidade de inventar regras. As origens destas ainda são 
dadas como criação paterna ou divina 
 
Consciência das regras na criança 
 
 Obrigatoriedade devido ao consentimento mútuo: segundo palavras do próprio Piaget (1994, p. 60), 
“a democracia sucede a teocracia e a gerontocracia”. Assim, nesse nível a criança se conscientiza do 
caráter arbitrário e necessário das regras, resultado de uma cooperação e aceitação mútua entre 
todos os competidores. 
 
Vygotsky 
 
 Lev S. Vygotsky e sua teoria. 
 Teoria considerada como histórico-social. 
 Sujeito sócio-histórico. 
 Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. 
 
A Mediação, formação de conceitos, processo de internalização, a linguagem e a cultura 
 Mediação: Um meio entre o sujeito e o conhecimento. 
 O outro social pode apresentar-se por meio de objetos, da organização do ambiente, do mundo 
cultural que rodeia o indivíduo. 
 Formação de conceitos e internalização se dão pela cultura e linguagem. 
 
Formação de conhecimentos e da própria consciência e as zonas de desenvolvimento 
 
 Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações interpessoais - para o plano 
individual interno - relações intrapessoais. 
 Zona de Desenvolvimento Real = aquilo que o sujeito já sabe. 
 Zona de Desenvolvimento Potencial = Aquilo que o sujeito consegue aprender. 
 Zona de Desenvolvimento Proximal = Distância entre a Zona D. Real e Potencial. 
 
A escola e o professor na visão de Vygotsky 
 A escola como mediação. A preocupação com as zonas de desenvolvimento dos alunos. 
 No papel do docente provocar avanços nos alunos se torna possível com sua interferência na 
zona proximal. 
 
Henri Wallon: O orgânicoe o social e suas leis de desenvolvimento 
 
 A relação entre organismo e meio constitui um par indissociavelmente complementar, colocando as 
disposições genéticas como potencial; somente irão se desenvolver se encontrarem possibilidades do 
meio que habita. 
 Alternância Funcional (para si ou para o mundo). 
 Alternância da Predominância (motor, afetivo e cognitivo se alternando mutuamente). 
 Integração Funcional (todos funcionando integrados e ligados ao 4º Conjunto, 
a Pessoa). 
 
Os conjuntos funcionais ou aspectos do desenvolvimento humano 
 Conjunto Cognitivo: Racionalidade. Capacidades da Inteligência. 
 Conjunto Físico-Motor: Envolve a movimentação, a postura, a locomoção... 
 
Conjunto funcional afetivo ou afetividade 
 
 Wallon entende afetividade como a disposição ou capacidade de ser afetado pelo mundo interno e 
externo, por sensações agradáveis ou desagradáveis, prazerosas ou desprazerosas. 
A afetividade se manifesta em: 
 Emoções: orgânica, primitiva, arrebatadora e ligada a todo sistema postural. 
 Sentimentos: é uma emoção depois de ter a racionalidade misturada. Uma emoção cognitivizada. 
 Paixão: trata-se do autocontrole cognitivo sobre as emoções, tendo o poder de retardar a manifestá-la. 
 
Aprendizado para Wallon 
 
 Wallon entende que aprender é diferenciar. 
 Passamos do sincretismo para a diferenciação. 
 
As fases de desenvolvimento: Entre o orgânico e o social 
 As fases de desenvolvimento devem respeitar a cultura a qual está inserida. 
 Não se trata do estabelecimento de idades rigidamente fixadas. 
 Essas idades descritas são de sua cultura francesa e por algumas décadas do século XX. 
 Wallon diz que somos geneticamente sociais. Isto significa que desde o nascimento estamos 
sujeitos as condições do meio social que nos inserimos. 
 
Impulsivo-emocional (0 a 1 ano) 
 
 Impulsivo-emocional: 0 a 03 meses (impulsivo): atividade generalizada do organismo; 
movimentos reflexos e impulsivos. 
3 a 12 meses: as atividades descoordenadas vão se transformando em sinalizações cada vez mais 
precisas para expressar mal-estar e bem-estar; movimentos 
 
 expressivos; atividades circulares. 
 
Sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos) 
 Sensório-motor e Projetivo: Marcha e fala; 12 a 18 meses = sensório-motor movimentos 
instrumentais (praxias). 
 18 a 36 meses projetivo; comunicação simbólica, exploração sistemática do real: nomear, 
identificar, localizar objetos e pessoas; ato mental prolonga-se em atos motores; 2 movimentos 
projetivos: imitação e simulacro. 
 
Personalismo (3 a 6 anos) 
 
 Personalismo: Formação da Personalidade. 
3 fases distintas-> relações interpessoais características: 
 -> fase da oposição ao outro (relações negativistas) recusa e reinvindicação; 
 -> fase da sedução ou idade da graça (relações sedutoras); 
 -> fase da imitação (relações imitativas para usar o outro que negou antes como modelo para a 
ampliação das competências) -> necessidade de autossubstituir os outros. 
 
Categorial (6 a 11) 
 
 Fase Categorial: coincide com a entrada da criança no Ensino Fundamental aqui no Brasil. 
 Autodisciplina mental (Atenção Voluntária). 
 Pensamento pré-categorial que é ainda marcado pelo sincretismo e o par sustenta o pensamento. 
 Pensamento Categorial (a partir de + ou - 9 anos): formação de categorias intelectuais. 
 
Fase da puberdade e adolescência (acima de 11 anos) 
 
 Puberdade e Adolescência: Última e movimentada etapa que separa a criança do adulto. 
 Há um fortalecimento do pensamento categorial e a apreensão do tempo completa a 
consciência de si. 
 Há uma alteração do esquema corporal. Nova crise de personalidade como na fase do personalismo. 
 Todas as fases não se prendem a idades, pois cada pessoa depende da interação entre sua 
estrutura orgânica e do seu contexto social para passar de 
uma fase de desenvolvimento a outra!

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