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RESUMO DIREITO PENAL ESTÁCIO MAGNATA (1)

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RESUMO DIREITO PENALAV2MAGNATA 
Primária: Proteger os bens jurídicos mais importantes para a sociedade. Ex: Honra vida, patrimônio e etc.
Secundária: Preventiva: Prever os crimes e estabelecer as penas, evitando assim que os delitos aconteçam. Retributiva: Retribuir por meio da aplicação de pena o mal provocado pelo infrator a sociedade. 
Direta: É a lei penal, ou seja, como assevera o art. 1° do C.P e o 22° da C.F, compete privativamente à união legislar matéria penal, sendo essa a principal fonte de toda a aplicação do Direito Penal.
Indireta: Os costumes (Hábitos socialmente aceitos reiterados no comportamento coletivo social), a jurisprudência, a doutrina e os princípios gerais do Direito (Premissas éticas que servem de base para a elaboração da lei penal.
Analogia: Utilização de determinado instituto penal em que se assemelha com situação fática a qual não regula, podendo ser essa aplicação a favor do réu (In Bonam Partem) ou contra (In Malam Partem), sendo certo que a lei penal só admite a analogia a favor do réu (In Bonam Parte) haja vista que o contrário feriria o princípio da legalidade.
Conceito: Pode ela definir crimes, fixar penas e delimitar critérios para aplicação da lei penal. 
Norma incriminadora: Define o crime e fixa a pena (Preceito + Sanção).
Norma Não Incriminadora: Estabelecem a licitude e a impunidade de determinados comportamentos permitidos pela lei penal, podendo ainda: a) Esclarecer determinados conceitos; b) Fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal; c) Fornecer princípios gerais para aplicação da lei penal. D) Tornar lícitas determinadas condutas; Afastar a culpabilidade do agente. Pode ainda a norma penal não incriminadora, se configurar sob três espécies: a) Norma Permissiva b) Norma Explicativa c) Norma penal complementar.
Norma penal em Branco: Necessita para sua aplicação de outro dispositivo legal, complementar, a fim de satisfazer a lacuna da abrangência de seus preceitos. Ex: Lei de Drogas. 
Conflito Aparente de Normas:
Conceito: Ocorre quando mais de um tipo penal se adéqua a conduta criminosa, sendo necessário a fim de evitar-se o bis in idem, a aplicação de um critério para a escolha do tipo penal, seja ele, a especialidade, a absorção ou consunção, ou ainda sim, a subsidiariedade.
Especialidade: Lex EspecialisDerrogat Lex Generalis
Absorção e consunção: Nessa hipótese o crime fim absorve o crime meio.
Subsidiariedade: Se o crime fim não ocorreu, punir-se-á somente o crime meio. 
Humanidade Das Penas: As penas aplicadas aos agentes criminosos deverão sempre respeitar os Direitos Básicos do cidadão, garantindo-se a todos a dignidade da pessoa humana (Direitos Humanos).
Personalidade da Pena: A pena não deverá ultrapassar a pessoa do condenado.
Legalidade: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
Irretroatividade da lei penal: A lei penal é feita para o futuro, em regra, pois essa apenas retroagirá quando for a favor do réu, ou seja, benéfica com relação à lei anterior que regulou o fato ocorrido na sua vigência.
Anterioridade: Assim como o princípio da legalidade prediz, a lei deve ser anterior ao fato criminoso.
Intervenção Mínima: Não deve o Direito Penal criminalizar toda conduta antiética, também não ser esse utilizado como primeiro sumariamente como primeiro recurso a depender do ilícito, haja vista que é uma das áreas mais cinzentas do Direito, segundo a doutrina, cuja restrição chega incidir no Direito de liberdade dos cidadãos, deve ser esse, portanto a ultima ratio do Direito. 
Princípio da Fragmentariedade: O Direito penal se preocupa tão somente com as lesões mais graves aos bens jurídicos mais importantes, logo, constata-se que esse não se reserva a resguardar todo os bens jurídicos tutelados pelo ordenamento jurídico, muito menos todas as possíveis lesões a esses bens, portanto está ai o seu caráter fragmentário, se limitando a uma parcela restrita de ilicitude.
Princípio da Lesividade: O fato somente se entende como criminoso quando esse importa em lesão considerável à bem tutelado pelo Direito Penal. 
Princípio da Culpabilidade (Reprovabilidade Penal): Deve a conduta criminosa ser reprovável, reprovação essa legal, oposição real ao ordenamento jurídico vigente.
Princípio da Proporcionalidade: A pena deverá obter aplicação proporcional ao mal cometido pelo agente contra a vítima e consequentemente à sociedade.
Individualização da pena: Trata-se de relevar os aspectos pessoais de cada autor no momento da aplicação de sua pena, pois assim preleciona a constituição federal, punindo-se conforme as individualidades do agente criminoso.
Insignificância (Bagatela): Tem decidido em sede jurisprudencial, que certas condutas, ainda que Típicas, ilícitas, e culpáveis, não serão criminalizadas e punidas pelo simples fato de oferecerem ínfima e irrelevante lesão ao bem jurídico tutela pelo Direito Penal. 
Princípio da Adequação Social: Concebida por HanzWelzel, preleciona que a conduta não será típica, ou seja, criminosa, se aceita e aderida pela massa coletiva que é a sociedade, será sim, concebida como um fato normal, social, comum e aceito.
Retroatividade: Segundo a ressalva do parágrafo único do Art. 2°, C.P, deverá sim a lei penal retroagir nos casos em que favorecer o réu.
Ultratividade: É a possibilidade de lei penal revogada regular os crimes que ocorreram durante a sua vigência, não se aplicando a nova lei pelo motivo dessa ser mais severa. Obs. A lei temporária, ainda que extinta pelo decurso de seu prazo, valerá sim para aplicação legal aos casos ocorridos durante sua vigência.
Abolitio Criminis: É a abolição de determinado tipo criminoso pela revogação de lei.
Teoria da atividade: O Direito Penal Brasileiro adotou em seu Art. 4°, C.P, a teoria da atividade, por proclamar que o tempo de crime se dará no momento da ação ou omissão do tipo criminoso, e não no do resultado.
Crime Permanente: A ação criminosa se perpetua no tempo, vindo a produzir efeitos sucessivos até que ação criminosa cesse. Obs. Súmula 711: STF Súmula nº 711 “Lei Penal Mais Grave - Aplicabilidade - Crime Continuado ou Crime Permanente - Vigência e AnterioridadeA lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”.
Princípio da Territorialidade: Aplica-se a lei penal em todo o território Brasileiro, sem o prejuízo das convenções e tratado internacionais, sendo que assim, são considerados para fins legais, território e jurisdição Brasileira, os navios, embarcações e aeronaves públicas Brasileiras, no território em que elas estiverem da mesma forma ocorre com os navios, embarcações e aeronaves estrangeiras públicas, serão esses extensão de seu território, mesmo estando em alto mar ou no território nacional Brasileiro. Já as aeronaves, navios e embarcações privadas estrangeiras, estando no território nacional brasileiro, serão consideradas extensão territorial, porém, quando em alto mar, a jurisdição que prevalecerá, será a de sua bandeira.
Lugar do Crime: Segundo o art. 6°, C.P, o lugar do crime será aquele onde ocorreu a ação ou o resultado do crime, adotando assim a lei penal brasileira a teoria mista, ou, da ubiqüidade, valendo salientar que o mencionado dispositivo não define o fórum competente para o julgamento da ação, e sim se lei penal Brasileira será aplicada ou não, visto que essa se aplica, em regra, por todo o território nacional.
Princípio da Extraterritorialidade: Segundo esse conceito, elenca o Art. 7° as hipóteses em que se aplicará a lei penal em fato que ocorreu no estrangeiro, aplicação essa incondicionada (Art. 7°, C.P), ou, condicionada (Art. 7°, II).
Sentença Cumprida no Estrangeiro: Com o fim de se evitar o bis in idem, ou seja, a dupla punição desconta-se a pena já cumprida no estrangeiro quanto à sentença que ainda será cumprida no Brasil.
Eficácia de Sentença Penal Cumprida no estrangeiro (Art. 9°, C.P): Poderá ser homologada pelo STJ a sentença penal cumprida no estrangeirosomente nos casos de cumprimento de medida de segurança ou de reparação civil, caso contrário, jamais haverá essa hipótese. 
Conceitos de Crime: 
Formal: Conduta humana que viola o ordenamento jurídico penal.
Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico penalmente tutelado pela lei criminal.
Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável.
	
			Crime
	
	Fato Típico
	Antijurídico
	Culpável
	Conduta: Dolosa/culposa – Comissiva/omissiva
	Obs. Quando o agente não atua em: Estado de Necessidade
	Imputabilidade
	Resultado
	Legítima defesa
	Exigibilidade de conduta diversa.
	Nexo de Causalidade
	Estrito Cumprimento do Dever Legal
	Potencial conhecimento sobre a ilicitude do fato.
	Tipicidade – Formal e Conglobante.
	Exercício regular de um Direito. Quando não houver o consentimento do ofendido como causa supralegal de exclusão da ilicitude.
	
Fato Típico:
Conceito:Esta relacionado a um tipo incriminador penal. Ex: Matar alguém. Onde possui como elementos subjetivos, o dolo e a culpa. 
Conduta:
Conceito: O dolo e a culpa são elementos subjetivos do Direito Penal, ou seja, revelam a natureza da responsabilidade subjetiva que há no Direito Penal, em se tratando disso, quando não estão presentes esses, não haverá fato típico. 
Dolo ou Culpa
Crime Doloso: O agente quer o resultado, pode se manifestar essa vontade de maneira direta (dolo direto) ou na forma do dolo eventual (o agente prevê o resultado e assume o risco de produzi-lo, porém, desprezando a sua ocorrência).
Crime Culposo: O agente pratica o crime pela simples falta da observação do dever de cuidado, ou seja, pela imprudência, negligência ou imperícia.
Crimes Preterdolosos: Dolo no antecedente e culpa no conseqüente, ou seja, o agente pratica com o crime com certos intentos, porém, supera esses vindo a alcançar, culposamente, um resultado que não desejava.
Obs. Para que a conduta criminosa seja culposa, o tipo incriminador deve assim estabelecer, pois em regra, os crimes são dolos, salvo se a lei penal prescrever sua forma culposa.
Ação ou Omissão
Crimes Comissivos: São aqueles em que para que se consume o resultado, há a exigência de um fazer, uma ação.
Crimes Omissivos: Já nesses, já um deixa de fazer do agente, que configura na produção do resultado. 
Crimes Comissivos por omissão (Omissivos Impróprios): Nesta modalidade de crime, o fazer do agente com o fim de produzir o resultado, nada mais é que um deixar de fazer, caso o agente que deixe de fazer seja um garante (indivíduo que tem o dever legal de cuidado, proteção e prudência sobre a vítima do crime) a omissão se dará na sua forma própria, crime omissivo próprio.
Resultado: 
Naturalístico: Alteração no mundo dos fatos provocada pelo agente, a qual é visível, física, material.
Jurídico ou normativo: Lesão ou risco de lesão que a conduta produz no bem jurídico, ou seja, todo crime possuirá esse resultado, porém nem sempre estará presente o resultado naturalístico.
Relação de Causalidade (Conditio SineQua Non): É relação de causa e conseqüência entre a ação do agente criminoso e o seu resultado.
Causa: Toda ação ou omissão, dolosa ou culposa, que tenha dado resultado ao crime, e que sem ele, o referido não teria ocorrido. 
Tipicidade: É a adequação do fato criminoso ao tipo legal.
Antijuricidade (Ilicitude).
Conceito: É o fato que vai contra a lei jurídico penal, opondo-se ao ordenamento vigente. Pode ser questionada e discutida a licitude/ilicitude desse, haja vista que a lei coloca como possibilidade algumas situações em que será afasta a ilicitude do fato, ainda que típico e reprovável. 
Causa Excludentes da Ilicitude:
Estado de Necessidade: Sacrifício de um bem jurídico de maior ou igual valor, para salvar-se ou a terceiros de perigo atual que decorre de circunstâncias não provocadas essas pelo agente. 
Legitima Defesa: O indivíduo repele a injusta agressão de outro para salvar-se ou a terceiros.
Exercício Regular de um Direito: Age o indivíduo dentro dos limites autorizados pelo ordenamento jurídico. Ex: UFC.
Estrito Cumprimento do Dever Legal: Age o indivíduo amparado por um dever legal, como por exemplo, a atividade policial num mandado de busca e apreensão.
Consentimento do Ofendido: Trata-se de causa supralegal de exclusão da tipicidade válida somente com relação a bens jurídicos disponíveis.
Culpabilidade:
Conceito: Censurabilidade e reprovabilidade jurídico-penal do ato praticado, presente está essa quando preenchidos seus três elementos: Imputabilidade do agente + Exigibilidade de Conduta diversa + Potencial conhecimento da ilicitude.
Imputabilidade: É a capacidade pessoal e individual que tem o agente de responder pelo fato praticado, alcançada essa com a maioridade aos 18 anos de idade.
Inimputabilidade: É o oposto ao conceito anterior, sendo que a incapacidadeEx: Incapaz por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, nesse caso, exluir-se-a a culpabilidade, sendo o agente isento da pena.
Semi-inimputabilidade: São os que por desenvolvimento mental incompletonão eram inteiramente incapaz de compreender o ato ilícito, tendo-se a possibilidade de redução de sua pena de 1/3 a 2/3.
Obs. Embriaguez voluntária e emoção não excluem a culpabilidade, e quando essa primeira proveniente de caso fortuito ou força maior, extinta ou reduzida de 1/3 a 2/3 será a pena.
Consciência da Ilicitude: É o conhecimento do caráter injusto que possui o tipo criminal que o agente está praticando. 
Erro de Proibição: O agente atua amparado por uma falsa representação da realidade, achando estar agindo sem consciência do caráter injusto de sua pratica. Obs. Se o erro era evitável, a culpabilidade não será afastada, porém, cabendo a hipótese de redução de pena de 1/6 a 1/3. 
Discriminante putativa: O agente atua achando que sua ação é legitima por estar amparado por uma suposta causa de exclusão da ilicitude, achando que as circunstâncias justificam o seu agir. 
Exigibilidade de Conduta Diversa:
Conceito: Nesse instituto discute-se a possibilidade que o agente possuía ou não de agir de outro modo. 
Obediência Hierárquica: Caracteriza-se essa nas funções públicas, onde o agente, por motivos de hierarquia, atua obedecendo a ordem superior, a qual não é manifestamente ilegal, respondendo assim pelo fato criminoso o autor da ordem. 
Coação Moral Irresistível: O agente pratica o fato sendo coagido, não tendo como resistir a essa coação, respondendo pelo crime nessa hipótese, o autor da coação. 
Inexigibilidade de Conduta Diversa: Causa supralegal excludente da culpabilidade, onde, o agente pelas circunstâncias em que se encontrava, não poderia agir de outra maneira, a fim de resguardar-se. 
Causas excludentes da culpabilidade:
Inimputabilidade.
Erro de Proibição. 
Discriminante putativa.
Obediência Hierárquica.
Coação Moral Irresistível.
Inexigibilidade de Conduta Diversa.
Crime Consumado, Tentativa e arrependimento.
Crime Consumado: 
Conceito: Punido é o agente pela cominação completa do tipo, haja vista que ao gente completou todas as fases do iter criminis:
Cogitação: Não é punida penalmente.
Preparação: Punem-se os atos de preparação apenas quando constituem infração penal autônoma.
Execução: Fase punível penalmente, já que o agente já inicia a pratica do crime colocando em risco o bem jurídico tutelado pelo Direito Penal.
Consumação: É o resultado alcançado pelo crime. 
Tentativa: 
Conceito: O agente não alcança a consumação, não sendo punido pela cominação completa do tipo, porém sim, obrigatoriamente, sendo punido pela cominação completa do tipo reduzida de 1/3 a 2/3, dependendo do grau de aproximação da consumação do delito, sendo assim, é combinado o tipo penal com o Art. 14 inc. II.
Tentativa Perfeita: O agente pratica os atos executórios, porém, não alcança a consumação por circunstâncias alheias a sua vontade. 
Tentativa Imperfeita: A ação do agente é interrompida, não esgotando ele sua potencial atitude lesiva.
Tentativa Branca: É a qual, segundo a doutrina,não produz quaisquer vestígios. 
Crimes que não admitem tentativa:
Mera conduta
Culposo
Habitual.
Omissivo próprio
Atentado
Desistência e Arrependimento:
Desistência Voluntária: O agente não chega à consumação por sua própria vontade, seu intento, respondendo penalmente somente se os atos que praticou até a preparação se esses configurarem crime autônomo.
Arrependimento Eficaz: O agente esgota o iter criminis, porém, arrependido, pratica uma conduta, impedindo a consumação de seu feito, respondendo ele agora, somente se os atos que praticou até a preparação se esses configurarem crime autônomo.
Arrependimento Posterior: Trata-se de restituição do objeto do crime a vitima, mesmo esgotado o iter criminis, restituição posterior, porém, ante da denúncia ou recebimento da queixa pelo juiz, sendo nessa hipótese cabível a redução de pena, além disso, vale ressaltar que esse instituto somente cabe aos crimes sem violência ou grave ameaça.
Crime Impossível e Flagrante.
Crime Impossível:
Conceito: De acordo com o art. 17 não se pune o crime quando for ineficácia absoluta pelo meio de execução ou por impropriedade do objeto escolhido pelo agente do crime impossível, não há punibilidade porque a conduta praticada pelo agente, operar de sua intenção criminosa, não causa lesão ou risco de lesão ao bem jurídico.
Crime impossível por absoluta ineficácia do meio: Nesta hipótese, o agente fica impune apesar de sua intenção criminosa, pois executa o delito de maneira desastrosa, escolhendo uma maneira para realizar o crime que jamais lhe permitirá atingir a consumação.
Flagrante:
Flagrante preparado: Der acordo com a súmula 145 do STF, é considerado crime impossível a hipótese de flagrante preparado hipótese esse onde a polícia induz alguém a praticar o crime, para que no momento da execução para realizar o flagrante.
Flagrante esperado: A polícia não induz ninguém ao crime nesta hipótese a polícia não induz ninguém ao crime. Nesta hipótese a polícia é avisada do crime que está acontecendo, ou que está prestes a acontecer, e adota as medidas devidas para prender o flagrante criminoso no momento oportuno. O flagrante esperado é aceito pela jurisprudência, e não constitui crime impossível.
Flagrante forjado: A polícia “planta” provas contra alguém com a finalidade de incriminar a pessoa por um crime que não praticou o que obviamente é uma prisão legal. Nesta hipótese não se pune a tentativa, uma vez que a conduta do agente recai sobre um determinado o objeto que não é adequado para a consumação do crime. 
Erro
Erro de tipo (Art. 29): O agente pratica a conduta induzida a erro pelas circunstâncias e desconhece algo dentro do fato que constitui elemento do tipo penal, que sem saber, ele está realizando. Quando a conduta do agente é praticada em erro de tipo, diz o artigo que deve ser afastado o dolo da conduta, sendo punível a punição na forma culposa, se a forma culposa for prevista em lei. Se o erro de tipo é inevitável, em razão das circunstâncias, fica afastado o dolo e a culpa.
Erro determinado por terceiro: De acordo com o Art. 29, parágrafo 2°, se alguém pratica delito induzido a erro por terceiro não deve responder penalmente, pois nesta hipótese, quem determina o erro é o verdadeiro criminoso.
Erro sobre pessoa (Art. 20, Parágrafo 3°): O autor do crime, por engano executa o delito sobre a pessoa errada, errando a vítima do crime. Neste caso, responderá penalmente como se tivera atingido a pessoa pretendida.
Aberractio ictus (Erro de pontaria) (Art. 73): Na aberractio ictus, temos o erro de execução, onde o agente atinge pessoa diversa da pretendida no momento da execução do delito, como se fosse um erro de pontaria ou erro de alvo. Nesta hipótese, o agente responde penalmente como se tivesse atingido a pessoa pretendida.
Obs. Na legítima defesa também pode ocorrer aberractio ictus, onde o agente reage a uma injusta agressão, mas erra a pontaria atingindo pessoa diversa da pretendida. Neste caso, a aberractio não afasta a legítima defesa, pois o agente responderá penalmente com se tivesse atingido o seu injusto agressor.
Delicti ou Aberratio criminis (Art. 74°): Nesta hipótese o agente erra na execução e atinge o resultado criminoso, diverso do resultado pretendido. O agente responderá, pelo crime produzido, na forma culposa, se a forma culposa do delito, for prevista em lei.
Crimes e suas Subspécies.
Sujeito Ativo: É aquele que pratica a conduta tipificada pela lei ou então aquele que colabora para a pratica do tipo penal.
Sujeito Passivo: O sujeito passivo é aquela pessoa contra quem é praticada conduta típica.
Obs. Crime próprio: é aquele que para se configurar exige uma qualidade especial do agente, ou seja, do sujeito ativo do crime. Ao contrário do crime comum, que é aquele tipo do crime que qualquer um pode praticar. Ex: Peculato.
Crime de Mão Própria: É aquele que o sujeito ativo pratica diretamente, e não tem como mandar alguém fazer em seu lugar. Ex: Prevaricação.
Obs. Crime vago: Os crimes vagos são aqueles em que o sujeito passivo é toda coletividade.
Objeto jurídico: Significa o bem jurídico que é tutelado pela norma incriminadora, o crime só se configura quando a conduta do agente produz lesão ou risco de lesão, ao bem jurídico, protegido pelo tipo penal.
Crime simples: È aquele que protege um único bem jurídico e o crime complexo, aquele que tutela mais de um bem jurídico. 
Crime Complexo: Ofende mais de um bem jurídico por possuir diversos núcleos na esfera de seu iter criminis.
Objeto Material: é a pessoa ou a coisa, sobre a qual recai a conduta criminosa. Todo crime tem objeto jurídico, mas nem todo crime tem objeto material.
Crime Material: São aqueles que necessitam da ocorrência do resultado descrito no tipo penal para que o delito seja consumado. Todos os crimes dolosos e materiais admitem tentativa e somente estarão consumados quando a alteração no mundo dos fatos prevista na norma incriminadora estiver configurada. Art. 121, Art. 157. E 155.
Crime Formal: É aquele que possui para a consumação do crime. Nesta espécie de crime. A descriminação típica da norma incriminadora prevê a consumação do delito mesmo que o resultado previsto no tipo não aconteça. Art. 317. (Também é chamado de crime de consumação antecipada uma vez que o crime formal está consumado antes mesmo de o resultado ocorrer.Ex: Art. 158. O crime Formal e doloso admite teoricamente à tentativa, mas na prática é muito difícil da tentativa se caracterizar.
Crime de mera conduta: Não possui nenhum resultado material previsto na norma incriminadora, onde a simples conduta adotada pelo agente já consuma o delito independente de qualquer resultado. Ex: Art. 14. Estatuto do desarmamento. Art. 135. Omissão de socorro.
CASOS CONCRETO1
No dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 03h20min , na Avenida Nossa Senhora Apare cida, n. 10, Vila Aparecida, em Alvorada/RS, o denunciado portava arma de fogo de uso permiti do, consistente e m uma pistola, marca Taurus, calibre .380...
Qual a distinção entre crimes de dano e perigo? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
O crime de dano é aquele que se consuma com a efetiva lesão do bem jurídico (ex :homicídio). Já os crimes de perigo se consumam tão - só com a possibilidade do dano (ex : crime de contágio venéreo). 
No caso concreto, qual a correta classificação do delito previsto no art.16, da Le i n.10 82 6/200 3? 
O crime de porte ilegal de arma é um crime de perigo abstrato, não exige demonstração de ofensividade real para a sua consumação, sendo irrelevante para a sua configuração en contra- se - a arma minuciada ou não ( HC1035 39/ RS, DJ e 17/05/ 2012) . O fato é típico.
Segundo a qualificação doutrinária dos crimes, assinale a alternativa incorreta:
Ocorre delito putativo por erro de proibição quando o agente supõe estar infringindo uma norma penal que na realidade não existe. Já no delito putativo por erro de tipo o agente se equivoca quanto a existência das elementares do tipo. Um exemplo do primeiro poderia ser o damulher que supondo estar grávida (quando não está na verdade) ingere substância abortiva;
Pergunta: 128º EXAME DE ORDEM SP No que consiste a teoria da actio libera in causa? É adotada no direito brasileiro? Fundamentar legalmente. 
Conforme consta da Exposição de Motivos do Código, foi adotada, com o artigo 28 do Código Penal, a teoria da actio libera in causa. Por essa teoria, "não deixa de ser imputável quem se pôs em estado de inconsciência ou de incapacidade de autocontroledolosa ou culposamente (em relação ao fato que constitui o delito) , e nessa situação comete o crime" (Mirabete, 5.7.2). Esclarece o autor citado: "A explicação é válida para os casos de embriaguez preordenada ou mesmo da voluntária ou culposa quando o agente assumiu o risco de, embriagado, cometer o crime ou, pelo menos, quando a prática do delito era previsível, mas não nas hipóteses em o agente não quer ou não prevê que vá cometer o fato ilícito".
CASOS CONCRETO2
A Polícia Civil acredita que a Justiça deverá aplicar o perdão judicial após o envio do inquéritoque apura a morte de uma criança de dois anos que foi esquecida dentro de um carro em Cuiabá...
Qual a distinção entre as condutas comissivas e omissivas? 
Uma conduta comissiva exige que o agente tenha uma atividade concreta, uma ação; ou seja, o agente faz o que uma norma o proíbe de fazer (exemplo: subtrair para si algo móvel). Já as condutas comissivas se subdividem em próprio ou impróprio (ou impuro) . A conduta omissiva própria são as que objetivamente são descritos como uma conduta negativa, de não fazer o que a lei de termina, consistindo a omissão na transgressão da norma jurídica e não sendo necessário qualquer resultado naturalístico. São delitos nos quais existe o chamado dever e nérico de proteção. A conduta omissiva imprópria (ou comissivo por omissão) só pode se r praticada pelas pessoas referidas no § 2º do art. 13 do C.P. , uma vez que para el as existe um dever especial de proteção. São elas:
 I – pessoa que se encontre na posição de garante ou garanti dor, ou seja, que te n ha a obrigação legal de cuidado, proteção ou vigilância;
 II – Pessoa que, de outra forma, assuma a responsabilidade de impedir o resultado;
III – Pessoa que , com seu comportamento anterior, tenha criado o risco da o corrência do resultado.
Qual o fundamento para a responsabilização penal do denominado agente garantidor? 
O caso versa sobre um menino, filho único, que deveria ter sido levado para uma escolinha no início da tarde, mas o pai acabou indo para o trabalho e este só percebeu o ocorrido no final da tarde . A criança chegou a ser socorrida por uma Un idade de Pronto Atendimento particular da capital , porém não resistiu. Sua fundamentação para a responsabilização penal apresenta -s e no §2º d o art. 13 do C.P (A ) " § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente de via e podia agir para evitar o resultado. O dever de agirincumbe a quem: 
a)tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;" “Só a Justiça pode conceder o perdão judicial . Mas ele é normalmente aplicado em casos como esse , porque se entende que não há pena maior para o pai do que a morte do próprio filho”, afirmou Botelho
A respeito da omissão própria e da omissão imprópria (também denominada crime comissivo por omissão), é correto afirmar que:
segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-lo.
CASOS CONCRETO3
Helena retirou de algumas roupas os sensores de alarme com um alicate de unhas e as colocou na bolsa, na tentativa de subtraí-las, entretanto foi presa em flagrante delito ao tentar sair do estabelecimento comercial...
O princípio da insignificância, como se sabe, não é uma causa excludente da punibilidade, mas, da própria tipicidade (material), o que traz importantes diferenças no tratamento jurídico conferido ao acusado. Para que se reconheça uma causa excludente da punibilidade o fato, antes de tudo, precisa ser punível. O fato para ser punível precisa, antes de tudo, ser típico.
a) A partir da teoria finalista da ação, diferencie as condutas dolosas e culposas e apresente seus elementos caracterizadores. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Para a teoria finalista, crime é um fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade meropressuposto de aplicação da pena. Sendo assim , analisa- se a conduta do agente se foi dolosa ou culposa, se tal conduta é típica e , por final, como pressuposto de aplicação da pena, verifica-se a culpabil idade do agente. 
A conduta culposaconsisten uma conduta voluntária que realiza um fato ilícito não querido pelo agente , mas que foi por ele previsto ( culpa consciente ) ou lhe era previsível ( culpa inconsciente ) e que podia se revitado se o agente atuasse com o devido cuidado.
As si m, são e le me ntos do crime culposo: 
a) Conduta humana voluntária ( A voluntariedade está relacionada à ação, e não ao resultado) 
b) Violação de um deve r de cuidado objetivo (São formas de violação do dever de cuidado, ou mai s conhecidas como modalidades de culpa, a imprudência, a negligência e a imperícia)
C) Resultado naturalístico; D) nexo causal ;E) previsibilidade ; F) tipicidade . 
O crime culposo está previsto no artigo 18, II, do Código Penal Brasileiro com a seguinte redação: 
Art. 18 - Diz- se o crime : ( .. .) II - culpos o, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou impe rícia. E, também, no Código Penal Militar: 
Art. 33 . Diz - se o crime : ( .. .) II - culposo, quando o agente , deixando de empregar a cautela, ate nção, ou diligência ordinária, ou especial , a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo- o, supõe levianamente que não se realizari a ou que poderia evitá -l o
O dolo apresenta duas espécies, o dolo direto ou imediato e o dolo indireto ou e ventual. No dolo direto a finalidade do agente é a produção do resultado proibido pelo tipo objetivo, ou seja, a v ontade e a consciência do agente são voltadas à realização do fato típico.
No caso concreto ora narrado, a conduta do médico foi dolosa ou culposa? Responda de f orma objetiva e fundamentada.
O médico teve conduta culposa consciente por ter agido com imperícia na hora de entubar e negligênci a por não ter submetido a vítima à uma avali ação anestésica pré- operatória, mas acreditou sinceramente na sua não ocorrência. Não se trata de dolo e ventual . O dolo eventual e a culpa consciente são dois institutos do Direito Penal parecidos , com muita dificuldade de distinção, e com efeitos práticos diferentes .
Caso concreto elaborado a partir de decisão proferida em sede Apelação Criminal, cuja decisão foi proferida em novembro de 2016 pelo TJRS, acerca da prática de homicídio culposo decorrente de negligência e imperícia - erro médico em procedimento cirúrgico. 
Por ser médico a nestesista e lidar com a quilo no seu dia a dia , achou que nada de ruim iria ac ontecer. Mas o que oocasionou a morte da crianç a foi a sua imperícia na hora de entubar a cria nça . Sua intenção não era matar a cri ança , mas sim ajudar, salvar uma vida; mas por imperícia, não foi possível.
Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que:
o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias;
CASOS CONCRETO4
Paulo, 85 anos de idade, visivelmente embriagado pelo álcool, irrogava ofensas contra Jonas, 33 anos de idade, no interior de um botequim. Cansado de ouvir xingamentos e impropérios acerca de sua sexualidade, Jonas desferiu violento soco em Paulo fazendo-o cair da cadeira onde estava sentado....
A possibilidade de produção do resultado morte encontrava-se na esfera de previsibilidade objetiva da conduta. Logo, cumprido o comandodo art. 19 do CP, eis que o resultado mais grave do que o pretendido foi produzido pela imprudência do infrator.
Acidentes de viação sucessivos envolveram, esta tarde de sexta-feira, em Braga, quatro viaturas, entre as quais a carrinha da Esquadra de Trânsito da PSP, que regularizava o primeiro embate. A circulação na variante à Estrada Nacional 14 (Braga - Porto) e que dá acesso à A3 e à A11 esteve interrompida durante cerca de uma hora, por questões de segurança.
O nosso código, no tema relação de causalidade, adotou como regra a teoria da equivalência dos antecedentes causais ( ou da causalidade simples ou conditio sinequanon ). O assunto nexo causal ganha ainda mais importância quando se verifica que o resultado não é feito de um só comportamento representando produto final uma associação de fatores entre os quais a conduta do agente aparece como seu principal elemento desencadeante, mas não é o único. 
Assim, identificados quais antecedentes , podem figurar como causa dentro de uma linha de eventos que se sucedem, nota- se , que no caso concreto é possível que haja mais de 1 causa con correndo para o resultado (concausa). De fato houve a superveniência de causa relativamente independente e consequente interrupção do nexo causal em face do acidente de trânsito provocado pela motorista do VW Golf. É superveniente porque a causa efetiva acontece após a causa concorrente . O elemento propulsor que se soma para produção do resultado é a causa efe tiva (enguiço do caminhão) . Sendo assim, notabilizamos a ocorrência da causalidade adequada q ue está prevista no art. 13, §1 do C.P.
Questão objetiva 
Pablo atingiu Luiz com cinco disparos de arma de fogo, um na cabeça, dois no tórax e dois nas pernas. Luiz foi socorrido e levado ao hospital público mais próximo, apurando -se que ne cessitava de urgente intervenção cirúrgica.
O resultado morte decorreu do desdobramento normal da conduta praticada por Pablo, que responderá pelo resultado produzido.
CASOS CONCRETO 5
Homem é flagrado em loja com pé de cabra em tentativa de furto em RO PM foi chamada, pois alguém teria quebrado vidro do estabelecimento....
a) A partir da análise do iter criminis, identifique em que fase o agente se encontrava. 
Execução:pois o homem já havia iniciado a sua conduta, que só não teve consumação porque o furto não foi concretizado.
b)Ainda, a partir da premissa de que o agente tentou se desfazer da ferramenta,jogando-a no lixo, sua conduta configuraria tentativa ou desistência voluntária? Quais seus consectários penais?
 Configuratentativa, uma vez que um fato externo o atrapalhou,impedindo-o de terminar sua conduta, tendo consectários penais o artigo 155 C/C artigo 14, inciso II do Código penal. 
Questão objetiva.
No trajeto do transporte de dois presos para o foro criminal por agentes penitenciários um deles saca de um instrumento perfurante e desfere diversos golpes contra o outro preso. Os agentes da lei presenciaram a ação desde o início e permaneceram inertes. Na conduta dos agentes
a omissão é penalmente relevante porque a causalidade é normativa.
CASOS CONCRETO6
Liu Xia, no período de março de 2011 a agosto de 2014, em horários diversos, exercia a atividade de Acupuntura Chinesa em sua residência. Após diversas reclamações de vizinhos pela excessiva circulação de pessoas no prédio, o síndico ofereceu noticia crime na delegacia e Luana veio a ser denunciada posteriormente, em processo-crime, pela prática do crime de exercício ilegal da medicina, previsto no art.282...
a) É correto afirmar que a figura típica prevista no art.282, do Código Penal, configura norma penal do mandato em branco? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Se constitui como penal em branco pois n ecessita de complemento, s endo esse complemento encontrado no Conselho Federal de Medicina, se for lei é u ma lei h omogênea e se f or um decreto é heterogêneo.
b) Com base nos estudos realizados sobre tipo penal e tipicidade, apresente as teses defensivas a serem utilizadas para exclusão da responsabilidade penal. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Como tese defensiva pode ser usado a ausência de tipi cidade penal, uma vez que a Acupuntura não está previsto no CFM como profissão típica de Médico, sendo assim, qualquer pessoa que deseje fazer o curso e seguir tal profissão, estaria apto.
Sobre tipicidade, considere as afirmações abaixo.
I - Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal.II - Tipicidade legal é a individualização que a lei faz da conduta, mediante o conjunto dos elementos descritivos e valorativos (normativos) de que se vale o tipo legal.III - A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas.
Quais estão corretas?
Apenas II e III.
CASOS CONCRETO7
Jonas e Tenório, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de um armazém localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica.
Ele agiu em estado de necessidade, artigo 23, inciso I, código penal.
Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão direção deles.
Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro.
CASOS CONCRETO8
A Polícia Federal concluiu que os policiais militares que entraram em confronto com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná, agiram em legítima defesa. A conclusão faz parte do inquérito policial federal que investiga o enfrentamento ocorrido no dia 7 de abril, quando dois sem-terra morreram e ao menos seis ficaram feridos....
Os policias militares somente poderiam alegar legítima defesa ou também seria possível a alegação de estado de necessidade ou estrito cumprimento do dever legal? 
Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Os policiais iniciaram a açao do estrito cumprimento do dever legal, no entanto apartir da injusta agressão agiram em legitima defesa propria e de 3°.
Caso, efetivamente, no curso da ação penal, fosse caracterizada a legítima defesa por parte dos policiais militares, mas através da tese apresentada pelo advogado do MST fosse comprov ada a ocorrência de excesso por parte dos policiais militares, qual seria a correta fundam entação da defesa do M ST?
A fundamentaçao concreta, seria legitima sucessiva ou seja a partir do abuso na legitima defesa por parte dos policiais seria possivel que o menbros do MST agissem em legitima defesa contra o abuso.
Policial que, encontrando-se em situação de troca de tiros com delinquente, acerta um deles causando-lhe a morte, poderá ter excluída a ilicitude pela causa justificante:
Legítima defesa
CASOS CONCRETO9
Tício e Mévio, inimigos capitais e reciprocamente jurados de morte, deparam-se frente a frente num local ermo da cidade, sem que esperassem por tal encontro....
Não, porque ambos agiram em legítima defesa putativade direito próprio por suposição de agressão injusta e iminente. Foram utilizados os meios necessários e de forma moderada. Os alunos devem apontar os elementos do caso concreto que se amoldem às normas permissivas em questão.
Homem é morto em briga por uma dose de pinga e suspeito é preso
Crime aconteceu na madrugada desta quarta-feira, em Aquidauana, MS. Preso confessou o homicídio. Um homem de 53 anos foi morto na madrugada desta quarta-feira (24), em Aquidauana, a 131 quilômetros de Campo Grande, durante briga por causa de uma dose de pinga.
Não há possibilidade de exclusão da punibilidade pois trata-se de uma embriaguez voluntária.
O caso concreto narrado será utilizado como disparador da identificação das espécies de embriaguez e consequências penais. Caso ele tivesse se embriagado de forma voluntária no bar não seria possível a exclusão de sua responsabilidadepenal, na medida em que a lei expressamente prevê a exclusão da pena somente nos casos de embriaguez acidental (oriunda de caso fortuito ou força maior),
No que concerne à exigibilidade de conduta diversa e hipóteses de sua exclusão, é correto afirmar que a:
exclusão da culpabilidade pela obediência hierárquica exige ordem não manifestamente ilegal
Pergunta: Segundo as aulas ministradas em sala, na hipótese de um sujeito que deseja praticar um delito e que interrompe voluntariamente os atos executórios impossibilitando a ocorrência do resultado, responde pela tentativa? Responda analisando os elementos deste instituto e a desistência voluntária
 Não há tentativa, pois neste caso o resultado não ocorre por fato alheio à vontade do sujeito, enquanto que na desistência voluntária o crime não se consuma, mas por vontade dele.
Policiais militares ingressaram num coletivo que ia do município de Salgueiro para o Município de Arcoverde, ambos no sertão pernambucano, e relataram aos passageiros que haviam recebido informe no sentido de que algum daqueles passageiros estaria transportando significativa quantidade da substância entorpecente de uso proscrito, popularmente conhecida por cocaína.
[...] Constatada a veracidade da alegação de "X", ele deverá ser absolvido, porque sua conduta caracterizaria erro de tipo essencial e seria atípica [...]
Wellington pretendia matar Ronaldo, camisa 10 e melhor jogador de futebol do time Bola Cheia, seu adversário no campeonato do bairro. No dia de um jogo do Bola Cheia, Wellington vê, de costas, um jogador com a camisa 10 do time rival.
Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro sobre a pessoa.
Ana Maria colocou um par de botas no sapateiro para consertar. Na ocasião, ela recebeu um comprovante da entrega das botas, contendo o preço, o prazo de entrega e uma observação em caixa alta e negrito, na qual constava que a mercadoria seria vendida para saldar a dívida do conserto, caso não viesse a ser retirada no prazo de três meses
[...] incidiu em erro de proibição. [...]
Analise as seguintes situações:
I. Quando, por erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, levando-se em consideração as qualidades da vítima que almejava. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do concurso formal.
II. Há representação equivocada da realidade, pois o agente acredita tratar-se a vítima de outra pessoa. Trata-se de vício de elemento psicológico da ação. Não isenta de pena e se consideram as condições ou qualidades da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
III. Trata-se de desvio do crime, ou seja, do objeto jurídico do delito. O agente, objetivando um determinado resultado, termina atingindo resultado diverso do pretendido. O agente responde pelo resultado diverso do pretendido somente por culpa, se for previsto como delito culposo. Quando o agente alcançar o resultado almejado e também resultado diverso do pretendido, responderá pela regra do concurso formal. Tais ocorrências configuram, respectivamente:
aberratio ictus; error in persona; aberratio criminis.

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