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PENAL IV CASOS

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Caso concreto 1 
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de 
fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da 
condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o 
fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado 
processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de 
laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar 
qualquer montante a RONALDO ESPERTO. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração 
Pública, responda às questões formuladas: 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? 
Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Sim, conforme no artigo 327 do CP ele será considerado funcionário público por estar 
exercendo o cargo. 
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou 
tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer 
montante ao agente. 
R: Ronaldo tendo consciência e vontade, a conduta dele é subjetiva com dolo direto, 
respondendo assim pelo artigo 327 do CP na forma consumada. 
Questão objetiva. 
Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de 
configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, 
ou, ao menos, determinável. 
b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que o 
sujeito ativo,funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a 
guarda da Administração pública. 
c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, 
assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador. 
d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do 
CP) e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do 
CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado. 
e) Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como 
delito material, operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada. 
 
Caso concreto 2 
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio 
público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão 
disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material 
que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir 
sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não 
vindo a ser alcançado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração 
Pública, responda às questões formuladas: 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda 
de forma objetiva e fundamentada. 
Desacato é quando o indivíduo agredir verbalmente o agente público. Resistência trata-se de 
eventual violência ou ameaça contra funcionário público. Desobediência é quando o 
indivíduo não atende a ordem legal emanada pelo funcionário público. 
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda 
de forma objetiva e fundamentada. 
Responderá pelos artigos 329 e 330 do CP. Resistência e desobediência. 
Questão objetiva. 
Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a 
Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: 
I – Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de 
praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, 
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. 
II – O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em 
Mandado de Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação. 
III – Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem 
indevida, é necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular. 
IV – Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, 
cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência 
criminosa. 
V – No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do 
funcionário, não incorre em corrupção ativa. 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. 
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras. 
 
Caso concreto 3 
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, 
procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por 
um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com 
a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a 
Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, 
ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo 
LAURO, considerado partícipe do delito. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e 
Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes 
questões: 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
A capitulação correta é crime da favorecimento real, conforme previsão do artigo 
349 do CP, pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do 
roubo do veículo cometido por Arnaldo. 
Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já 
ele não agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do 
mesmo. 
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de 
LAURO? 
A menoridade de Arnaldo apenas o torna inimputável e, assim, fica isento de 
pena, mas sujeito à medida socioeducativa conforme previsto no ECA. Portanto, 
essa inimputabilidade do agente que cometeu o crime anterior, Arnaldo, é 
irrelevante para a tipificação da conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. 
Arnaldo incorreu no crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP. 
Questão objetiva. 
Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de 
vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma 
denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo 
da inocência deste, apresentando-se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito 
Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de 
a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço. 
b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, 
aumentada de um terço. 
c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. 
d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem 
qualquer majoração. 
e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração. 
 
Caso concreto 4 
Tentativa de roubo de tênis termina com morte de uma adolescente em SP 
O criminoso queria roubar o tênis do namorado da vítima. Gabriela dos Santos tinha 17 
anos, chegou com vida ao hospital, mas não resistiu. 
Disponível em: http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/11/tentativa-de-roubo-de-tenistermina-com-morte-de-uma-adolescente-em-sp.html (Atualizado em 16/11/2016 08h44) 
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na 
capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O 
crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança 
gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida Arraias do 
Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de 
capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim 
que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria 
caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o 
ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. 
Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que 
atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os 
namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando 
foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele 
pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos 
parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos 
constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar 
a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre o 
crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 
20 anos e cerca de um 1,80m de altura. 
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, 
responda às questões formuladas: 
a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou 
tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
De acordo com o tribunal o STF preve que a sumula 610 STF se consuma o 
crime mesmo não havendo subtraçao da coisa. 
 b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito 
praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será 
o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de 
forma objetiva e fundamentada. 
De acordo com a lei 8.072/90 do artigo 2 §2 o Motoquerio sendo Reincidente ele 
poderá progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Reincidente 
por crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007. 
 Questão objetiva 
A respeito do que dispõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei n.º 
8.072/1990, assinale a opção correta. 
a) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não 
comete crime hediondo. 
b) A prática de racismo constitui crime hediondo, inafiançável e 
imprescritível. 
c) A tortura é crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça 
ou anistia. 
d) O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo 
quando praticado contra parente consanguíneo até o quarto grau de agente 
da segurança pública, em razão dessa condição. 
e) A lei penal e a processual penal retroagem para beneficiar o réu. 
 
Caso concreto 5 
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por 
ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao 
agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na 
sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato 
estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos 
fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus-tratos, previsto no 
art.136,§1º, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes 
hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da 
conduta de ROMOALDO está correta. 
Observa-se a finalidade de Romoaldo em fazer L.T. passar por sofrimento físico emocional , 
exigido para enquadramento no crime de tortura previsto no artigo 1, inciso 2 da lei 
9455/97. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de 
esforços e desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento 
físico a Nicanor. Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, 
mesmo possuindo atribuição investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. 
Nesse contexto é correto afirmar que: 
a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é 
equiparada a crime hediondo. 
b) o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu 
crime previsto na Lei n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu 
crime de prevaricação, não hediondo. 
c) O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a 
hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455. 
e) o policial militar cometeu crime militar, não hediondo; o agente cometeu crime 
previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de 
prevaricação, não hediondo. 
 
Caso concreto 6 
LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro 
de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo 
consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele 
estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou 
denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput,da Lei 
n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: (i) atipicidade 
material da conduta pelo princípio da insignificância; (ii) desclassificação para o delito de 
porte de drogas para uso. 
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam 
qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de 
aplicação das teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Prevalece a não aplicabilidade do princípio da insignificancia, portanto a conduta ultrapassa 
a esfera pessoal do acusado e atinge toda a coletividade, visto o delito de porte de drogas. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para 
consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela 
a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato. 
b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à 
comunidade e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa. 
c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de 
serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial. 
 
Caso concreto 7 
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o 
aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na 
comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi 
visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que 
estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que 
o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulsode sua residência 
e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a 
determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi 
abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi 
denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, 
da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade 
provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas 
alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu 
dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda 
destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se 
fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e 
amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei 
n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente 
as possíveis teses defensivas. 
Sofreu coação moral irresistível, devendo ser absolvido com base no artigo 386, inciso sexto 
do CPP. Poderá suscitar primariedade, bons antecedentes, não dedicação a atividades 
criminosas e não integração a qualquer organização criminosa. 
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes 
hediondos? 
O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada 
a hediondo, sendo inclusive cancelada a súmula 512 do STJ. 
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
É possível a conversão segundo o STF no crime de tráfico, desde que preenchidos os 
requisitos do artigo 44 do CP. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada 
em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga 
em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão 
do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos 
rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse 
contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s): 
a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006. 
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006 
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. 
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006. 
e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006 
 
Caso concreto 8 
Membro de organização criminosa é condenado a 16 anos de prisão no CE. 
Acusado foi preso com maconha, crack e uma escopeta calibre 12. 
Justiça negou habeas corpus a outro membro de uma quadrilha. 
Disponível em: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/12/membro-de-
organizacaocriminosa-e-condenado-16-anos-de-prisao-no-ce.html (atualizado em 15/12/2016) 
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa 
preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de 
tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani 
Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, 
estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado 
negou ainda o direito de recorrer em liberdade. “A gravidade dos crimes imputados ao 
réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à saúde pública, 
justificam a segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem 
pública e a aplicação da lei penal, em caso de confirmação desta condenação”, destacou o 
juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em 
flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais militares notaram 
uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi 
apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, 
munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por 
receber, guardar e distribuir no Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da 
Paraíba. Habeas corpus negado: A Justiça do Ceará também negou habeas corpus para 
Marcos Aurélio de Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, 
tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante 
de uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros estados 
brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no 
parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da 
operação, ele estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por 
policiais civis que estavam investigando, há vários meses, a existência e atuação da 
organização criminosa no Ceará. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e 
fundamentada às seguintes questões: 
a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e 
associação criminosa para fins de tráfico de drogas. 
Organização criminosa é preciso ao menos 4 integrantes, associação seria um crime 
subsidiário e requisitado ao menos 3 pessoas e e só para cometer crimes, associação para 
tráfico de drogas é um crime especial e o requisito são 2 ou mais pessoas. 
b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo 
Aplica-se a lei de drogas, pelo princípio da especialidade. 
Albuquerque. 
QUESTÃO OBJETIVA. 
O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma conhecimento da existência de organização 
criminosa que atua na área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura 
inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de grande gravidade. No 
curso das investigações, determinado indiciado procura o Ministério Público, 
acompanhado de seu advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de 
colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos demais coautores. Para 
tanto, solicita esclarecimentos sobre os requisitos, pressupostos e consequências dessa 
colaboração. No caso, o Promotor de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as 
previsões da Lei nº 12.850/13, que: 
a) considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser proferida com 
fundamento, apenas, nas declarações do agente colaborador; 
b) em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13 não admite que o 
Ministério Público requeira ao magistrado a concessão de perdão judicial ao colaborador, 
apesar de ser possível o requerimento pelo reconhecimento de causa de diminuição de 
pena; 
c) a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação da sentença, de 
modo que qualquer auxílio após poderá apenas ser considerado como atenuante 
inominada; 
d) de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização do acordo de 
colaboração contarão com a participação do magistrado, do Ministério Público e do 
acusado com seu defensor, podendo, ainda, haver contribuição do delegado de polícia; 
e) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, 
na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal 
de dizer a verdade. 
 
Caso concreto 9 
Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua 
residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registrosvencidos. Indagado por policiais, informou que tinha conhecimento das regras 
estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas que não tinha a intenção de utilizá- 
las, mas, de tornar-se um colecionador de armas, pois acreditava ser esta conduta 
permitida por lei. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, 
responda de forma objetiva e fundamentada às questões: 
a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO? 
Uma corrente diz configurar apenas uma irregularidade administrativa, alegando que o 
registro vencido não configura o crime do estatuto do desarmamento e a segunda corrente 
entende que caracteriza-se crime de posse ilegal de armas com munição permitida. 
b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas? 
Seria de mera infração administrativa, não respondendo assim por crime. 
QUESTÃO OBJETIVA. 
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, assinale a resposta correta. 
a) O crime previsto no art. 14 do Estatuto (porte ilegal de arma de fogo de uso 
permitido) versa sobre armas de fogo e munições, não contem plando os acessórios entre 
suas elementares. 
b) Entende-se como posse de arma de fogo a conduta de possuir ou manter arma em 
casa ou local de trabalho, qualquer que seja ele, em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar. 
c) Comete o crime do art. 14 do Estatuto o praticante de tiro esportivo que transporta 
arma de fogo municiada, quando a guia de tráfego autoriza apenas o transporte de arma 
desmuniciada. 
d) Para a consumação da infração penal prevista no art. 13 do Estatuto, basta que o 
sujeito ativo omita as cautelas necessárias para impedir que pessoas menores de 18 anos 
ou portadores de deficiência mental se apoderem de munições. 
e) O porte de simulacro de arma de fogo de uso restrito caracteriza o crime previsto no 
art. 16 do Estatuto. 
 
Caso concreto 14 
JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre vontade e 
consciência, submeteu a filha adolescente E. A, de 14 anos à época dos fatos, com 
emprego de violência, a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar 
castigo pessoal, prevalecendo-se de relações domésticas e familiares. Em tese defensiva 
alegou não ter causado intenso sofrimento físico e mental, mas apenas ter batido na 
vítima com cinto sob o argumento de que a filha só queria ficar na rua, à noite e com más 
companhias, bem como relatou que a filha lhe disse que estava fumando NARGUILÉ, 
razão pela qual teria perdido o controle e batido nela, tendo a filha revidado o arranhando 
no rosto e braços. Dos fatos, JOSIVALDO restou denunciado pela conduta de tortura 
artigo 1º, inciso II c/c §4º, inciso II, da Lei 9.455/97, tendo a defesa suscitado a 
desclassificação para o delito de lesões corporais. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados, indaga-se: 
a) Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de 
JOSIVALDO? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Ficou comprovado que houve uma agressão, caracterizando crime de lesão corporal. Não 
houve dolo de intenso sofrimento físico e mental, mas sim de dano. Lesão corporal dolosa 
cometida contra sua filha. 
B)Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica. 
Violência discriminatória de gênero é praticada contra mulher por preconceito, 
discriminação, superioridade física e econômica, em razão de sua vulnerabilidade atrelada 
ao gênero feminino. Violência doméstica e familiar é aquela praticada contra mulher no 
ambiente doméstico e familiar. 
Questão objetiva 
Adamastor, em ação baseada no gênero, praticou vias de fato contra sua sogra Carmelita, 
com quem coabitava, razão pela qual foram deferidas pelo juízo competente medidas 
protetivas que obrigaram o agressor a afastar-se do lar e a manter certa distância em 
relação à ofendida. Adamastor, no entanto, manifestou sua irresignação judicialmente, 
pleiteando a revogação das medidas com esteio nos seguintes argumentos: (I) a Lei n° 
11.340 não se aplicaria às relações de parentesco por afinidade; (II) igualmente, o 
diploma não teria incidência sobre as contravenções penais, por força de seu art. 41; e 
(III) a Lei n° 11.340 seria inconstitucional, por criar situação de desigualdade entre os 
gêneros masculino e feminino. Assim, com esteio na jurisprudência dominante nos 
tribunais superiores, a irresignação de Adamastor: 
a) não merece prosperar. 
b) merece prosperar, com esteio no terceiro argumento. 
c) merece prosperas com esteio nos dois primeiros argumentos. 
d) merece prosperar, com esteio no primeiro argumento. 
e) merece prosperas com esteio no segundo argumento

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