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UNIDADE V ORÇAMENTO PÚBLICO

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UNIDADE V
ORÇAMENTO PÚBLICO
Disciplina: Contabilidade Governamental II
Turma CONTB 0729 - Itapipoca
Cláudia Patrícia Muniz
Esp. Controladoria e Auditoria Contábil
Esp. Tecnologia de Gestão Pública e Responsabilidade Fiscal
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CONCEITO
Orçamento público é o ato pelo qual o poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
Carta Magna da Inglaterra outorgada pelo Rei João Sem Terra, em 1215, pressionado pela nobreza incluiu um artigo:
“Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino, senão pelo seu conselho comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios para esse fim serão razoáveis em seu montante”
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
Na França, o orçamento surgiu após a adoção do princípio do consentimento popular do imposto, consagrado na Constituição de 1789. Tal princípio foi reforçado em 1817, com a restauração da Assembleia Nacional, que passou a exigir o controle sobre os recursos públicos. Instituiu princípios:
Anualidade do orçamento;
Votação do orçamento antes do início do exercício;
O orçamento deve conter todas as previsões financeiras para o exercício (Universalidade);
Não-vinculação de itens da receita a despesas específicas (Não-afetação das receitas).
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
No Brasil, em 1808, com a vinda de D. João VI, o Brasil iniciou um processo de organização de suas finanças. A abertura dos portos trouxe a necessidade de maior disciplinamento na cobrança dos tributos aduaneiros. Em 1808, foram criados o Erário Público (tesouro) e o regime de contabilidade.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
No art. 172 da Constituição de 1824 surgem as primeiras exigências para elaboração de orçamento:
“O ministro de Estado da Fazenda, havendo recebido dos outros ministros os orçamentos relativos às despesas das suas repartições, apresentará na Câmara dos Deputados anualmente, logo que esta estiver reunida, um balanço geral da receita e despesa do Tesouro Nacional do ano antecedente, e igualmente o orçamento geral de todas as despesas púbicas do ano futuro e da importância de todas as contribuições e rendas públicas”. 
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
Lei 4.320/1964
	Produto resultante de inúmeras colaborações, que institui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, padronizou o modelo orçamentário para os três níveis de governo, facilitando os procedimentos contábeis, financeiros e orçamentários nos diversos níveis de gestão governamental.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
Constituição Federal de 1988
	O tema orçamento foi fortemente discutido entre os constituintes, pois era visto como símbolo dos privilégios perdidos durante o período autoritário. 
	Novos conceitos e regras foram introduzidos, bem com a confirmação de princípios e normas já consagrados. Entre as inovações, a exigência de, anualmente, o Executivo encaminhar ao Legislativo, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias com o objetivo de orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
Constituição Federal de 1988
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
Constituição Federal de 1988
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
Constituição Federal de 1988
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal (...)
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social (...)
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HISTÓRICO
Lei de Responsabilidade Fiscal
	Instrumento de aperfeiçoamento e inovação na gestão dos recursos públicos, disciplinando o inciso I do art. 163 da CF/88, estabelecendo normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, destinando o Capítulo II – do Planejamento, integralmente a matéria orçamentária.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
DIMENSÕES OU ASPECTOS DO ORÇAMENTO
JURÍDICA: é aquela que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país. Atualmente é a posição dominante.
ECONÔMICA: é a característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental que é o poder de intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em função de investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resultando com isso o desenvolvimento do país.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
DIMENSÕES OU ASPECTOS DO ORÇAMENTO
FINANCEIRA: representa o fluxo financeiro gerados pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação da receitas e os dispêndios com essas saídas proporcionados pelas despesas, evidenciando a execução orçamentária.
POLÍTICA: visa a inclusão e à realização de programas governamentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender sempre a ação política. Diz respeito a característica do plano de governo ou plano de ação do grupo ou facção que detém o poder.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
DIMENSÕES OU ASPECTOS DO ORÇAMENTO
TÉCNICA: representa um conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, aprovação e execução e no controle do orçamento. São os anexos que acompanham a Lei Orçamentaria Anual.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO
	O ordenamento jurídico brasileiro trata o orçamento como lei, prevista no art. 165 da CF/88.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
	Os princípios objetivam assegurar o cumprimento dos fins a que se propõem o orçamento, sendo os mais difundidos:
Legalidade
Anualidade
Unidade
Universalidade
Orçamento Bruto
Programação
Equilíbrio
Participação
Exclusividade
Especificação
Publicidade
Clareza
Uniformidade
Não-afetação das Receitas
Legalidade da Tributação
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: O campo de aplicação da legalidade orçamentária, além de incluir todas as leis do plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, todas de iniciativa do chefe o poder Executivo, abrange também os planos, programas, transposição, remanejamento ou transferência de recursos de uma dotação para outra, bem como a instituição de fundos e operações de créditos.
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE: A lei orçamentária possui
periodicidade anual, coincidindo com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano calendário), conforme previsto no art. 34 da Lei 4.320/64.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO DA UNIDADE: Compreende a existência de uma única Lei Orçamentária, considerando cada ente Federativo. Visa à prática da movimentação financeira do tesouro unindo-se ao chamado princípio da unidade de caixa, objetivando o cumprimento da fiscalização orçamentária e financeira por parte do Poder Legislativo.
PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE: Preceitua que o orçamento único deve conter todas as receitas e todas as despesas pelos seus valores brutos, compreendendo um plano financeiro global, não devendo existir despesas ou receitas estranhas ao controle da atividade econômica estatal. 
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO: Prescreve que todas as receitas e despesas devem constar da lei orçamentária e de créditos adicionais pelos seus valores brutos, vedadas as deduções.
Exemplo
Forma correta
Forma incorreta
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO: fundamenta-se atualmente na obrigatoriedade de especificar os gastos por meios de programas de trabalhos, que permitiram uma identificação dos objetos e metas a serem atingidas. 
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO: O montante da despesa não pode ultrapassar a receita prevista para o período.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO PARTICIPATIVO: No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal. (Art. 44 da Lei nº 10.257 de 10/07/2001 - Estatuto das cidades)
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE: A lei orçamentária não conterá matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. Exceção feita à autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de créditos conforme previsão constitucional.
PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO: Tem por escopo vedar as autorizações globais, ou seja, a classificação e designação dos itens que devem constar do orçamento, de forma as apresentar o planejamento o mais analítico possível, caracteriza o “carimbo” dos recursos públicos. 
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: Torna o conteúdo orçamentário público para o conhecimento da sociedade e eficácia de sua validade.
PRINCÍPIO DA CLAREZA: Não obstante a observação das exigências técnicas orçamentárias, especialmente em matéria de classificação das receitas e despesas, o orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO DA NÃO-AFETAÇÃO DAS RECEITAS: Veda a vinculação de receita de impostos a determinado órgão, fundo ou despesa, salvo as exceções previstas em lei. A essência consiste no recolhimento de todos os recursos a um caixa único do tesouro (conta única), sem que sejam criadas vinculações especificas para as receitas auferidas
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE DA TRIBUTAÇÃO: Limita o Estado a seu poder de tributar, com ênfase no que diz respeito ao atendimento dos princípios da legalidade e anterioridade tributária, considerando, no entanto, as exceções constitucionais. 
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
ORÇAMENTO CLÁSSICO OU TRADICIONAL: Possuía como aspecto principal o fato de não enfatizar o planejamento da ação governamental, pois, em sua elaboração, não havia uma preocupação com o atendimento das necessidades da coletividade, uma vez que não privilegiava um programa de trabalho ou um conjunto de objetivos a atingir. Constituía-se, dessa forma, em mero instrumento contábil, no qual se arrolavam as receitas e despesas, visando a dotar os órgãos com recursos suficientes para os gastos administrativos, tendo por base o orçamento do exercício anterior, sem nenhuma preocupação com o planejamento dos objetivos e metas a atingir. 
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU DE REALIZAÇÕES: Caracterizando um processo de evolução em relação ao orçamento tradicional, evidencia-se neste tipo de orçamento a preocupação com o resultado dos gastos e não apenas com os gastos em si. Buscava-se a definição dos propósitos e objetivos para os quais os créditos se faziam necessários, ou seja, a preocupação era saber “as coisas que o governo faz, e não às coisas que o governo adquire”, enfatizando dessa forma as realizações governamentais em cada programa. Falta-lhe a vinculação a um instrumento central de planejamento das ações do governo. 
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
ORÇAMENTO PROGRAMA: introduzido no Brasil com a Lei 4.320/64 e com o Decreto-Lei 200/67, é uma modalidade de orçamento em que, do ponto de vista de sua apresentação, os recursos financeiros para cada unidade orçamentária vinculam-se direta ou indiretamente aos objetivos a serem alcançados.
1º. Identificar os objetivos e quantificar as metas;
2º. Formalizar os programas para atingir as metas;
3º. Alcançar os objetivos.
Assim, um programa consistiria em um conjunto de meios e ações, direcionados para realizar metas e alcançar objetivos.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
ORÇAMENTO BASE ZERO OU POR ESTRATÉGIA: Constitui-se, na verdade, em técnica utilizada para a elaboração do orçamento-programa, pois é um processo operacional, de planejamento e orçamento, exigindo que cada administrador justifique detalhadamente os recursos solicitados. Todas as funções dos departamentos devem ser analisadas e identificadas em lotes de decisão, os quais serão avaliados e ordenados de acordo com a sua relevância.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
ORÇAMENTO NA CF E NA LRF
O planejamento do futuro é uma ferramenta a ser utilizada no presente por qualquer órgão que faça parte do setor público.	
A Constituição de 1988, em seu art.165, na seção denominada “Dos Orçamentos”, introduziu o que se pode chamar de um processo integrado de alocação de recursos, compreendendo as atividades de planejamento e orçamento, mediante a definição de três instrumentos de iniciativa do Poder executivo, a saber: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
HIERARQUIA DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
PPA
LDO
LOA
Orçamento Fiscal
Orçamento de Investimento das Estatais
Orçamento da Seguridade Social
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PLANO PLURIANUAL
Consiste em planejamento estratégico de médio prazo, que contém os projetos e atividades que o governo pretende realizar, ordenando as suas ações e visando à consecução de objetivos e metas a serem atingidas nos quatro anos de mandato.
“A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e paras as relativas aos programas de duração continuada.”
(art. 165, CF § 1º)
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PLANO PLURIANUAL
É vedado o início de investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro sem que esteja incluso no Plano Plurianual ou em lei que autorize a inclusão.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PLANO PLURIANUAL
Os principais objetivos do PPA consistem em:
Definir com clareza as metas e prioridades da administração, bem como os resultados esperados;
Organizar, em programas, as ações que resultem em incremento de bens ou serviços que atendam demandas da sociedade;
Estabelecer a necessária relação entre as ações a serem desenvolvidas e a orientação
estratégica de governo;
Possibilitar que a alocação de recursos nos orçamentos anuais seja coerente com as diretrizes e metas do Plano;
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PLANO PLURIANUAL
Os principais objetivos do PPA consistem em:
Facilitar o gerenciamento da administração, através de definição de responsabilidade pelos resultados, permitindo a avaliação do desempenho dos programas;
Estimular parcerias com entidades públicas e privadas na busca de fontes alternativas de recursos para o financiamento dos programas;
Explicitar, quando couber, a distribuição regional das metas e gastos do governo;
Dar transparência à aplicação de recursos e aos resultados obtidos.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
PLANO PLURIANUAL
VIGÊNCIA DO PPA
A vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro do mandato do Chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
	A Lei de Diretrizes Orçamentárias surgiu como importante instrumento de conexão entre o plano estratégico das ações governamentais (PPA) e o plano operacional a ser executado (orçamento anual), pois antes da sua existência, havia uma divergência de realização das ações, uma vez que os planos plurianuais raramente conseguiram balizar as ações incorporadas e implementadas constantes do orçamento anual, tornando-os, ao longo de vários anos, meras peças de ficção para o cumprimento de obrigação legal.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
	A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais, compreendendo aqui o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas e o orçamento da seguridade social, de forma a adequá-los às diretrizes objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano plurianual.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
	A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
CARACTERÍSTICAS
Iniciativa de competência do chefe do Poder Executivo;
Orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que deverá ser elaborada em harmonia com o PPA;
Compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente;
Disporá sobre as alterações na legislação tributária (previsão de novos tributos, diminuições ou aumento de alíquotas e outros pertinentes);
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
CARACTERÍSTICAS
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e demais agências oficiais fomentadoras do desenvolvimento);
Autorizará a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração de servidores, a criação de cargos, empregos, funções ou alteração na estrutura de carreira, bem como a admissão e contratação de pessoal a qualquer título nos órgãos e entidades da Administração Pública, com exceção das empresas públicas e sociedades de economia mista.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
	Resumidamente, podemos dizer que a LDO é o elo entre o planejamento PPA e a execução dos programas e ações, que ocorre por meio da LOA, logo percebe-se que a LDO traz do PPA quais os programas e ações, para determinado exercício, que serão executado pela LOA.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
VIGÊNCIA
	A LDO deve ser elaborada pelo Chefe do Poder Executivo e encaminhado à respectiva casa Legislativa até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para a sanção, por parte do chefe do Poder Executivo, até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. 
	A lei deve ser elaborada e encaminhada até o dia 15 de abril para ser apreciada, emendada, votada e aprovada até o dia 30 de junho e devolvida para sanção e publicação por parte do Chefe do Poder Executivo. Entrando em vigor no segundo semestre do ano em que foi aprovada.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
CHEFE DO EXECUTIVO
(ELABORAÇÃO)
CASA LEGISLATIVA
Encaminhada até 8 meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro
(15 de abril)
CHEFE DO EXECUTIVO
(SANÇÃO)
Devolvido até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa
(30 de junho)
Lei de Diretrizes Orçamentárias entra em vigor no segundo semestre do ano em que foi aprovada.
VIGÊNCIA
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
	A Lei Orçamentária Anual (LOA), de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, compreende a programação das ações a serem executadas, visando a viabilização das diretrizes, objetivos e metas programadas no Plano Plurianual, buscando a sua concretização em consonância com as diretrizes estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
	A LOA é parte integrante do planejamento público e contém a previsão da receita e fixação da despesa para um determinado exercício. 
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Empresas que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do Capital Social com direito a voto.
Abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
VIGÊNCIA
	Seguindo o definido no próprio princípio da anualidade, entende-se que a lei orçamentária possui vigência anual, ou seja, adstrita ao exercício financeiro, que, segundo o art. 34 da Lei nº 4.320/64, coincidirá com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro).
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
ELABORAÇÃO
	Inicia-se com a definição a cargo de cada unidade gestora acerca da apresentação da sua proposta parcial de orçamento, que deverá ser consolidada em nível de Órgão ou Ministério, no caso do Governo Federal, e equivalentes, em se tratando de Estados e Municípios. Ato contínuo, essas propostas setoriais, incluindo as dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, serão remetidas ao órgão central do sistema de orçamento, visando a uma nova consolidação.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
ELABORAÇÃO
	Surge, a partir daí, o projeto de lei orçamentária a ser submetido ao Chefe do Executivo, que providenciará o seu encaminhamento ao Poder Legislativo, por meio de mensagem. Na etapa da elaboração do projeto de lei orçamentária, devem ser observadas e obedecidas as orientações definidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
APROVAÇÃO
	Uma vez remetido ao Poder Legislativo, o projeto de lei orçamentária será apreciado pela Comissão Mista Permanente de Orçamento. A esta comissão caberá examinar e emitir parecer sobre o projeto, além de exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária. As emendas serão apresentadas na Comissão Mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciação em plenário.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
EXECUÇÃO
	Ocorrendo todas as etapas nos prazos fixados, a lei orçamentária começará a ser executada pelos órgãos a partir do início do exercício financeiro, logo após a publicação do Quadro
de Detalhamento da Despesa (QDD), documento contendo dados mais analíticos acerca da autorização dada na lei, em nível de projeto, atividade, operação especial e de elemento de despesa. Nesta terceira etapa, a Secretaria do Tesouro Nacional, no caso do Governo Federal, providencia a consignação da dotação orçamentária, em nível de QDD, a todos os órgãos e ministérios que a partir desse momento, podem efetivamente executar os seus programas de trabalho.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
EXECUÇÃO
	Na ocorrência de algum incidente no decorrer das etapas do ciclo orçamentário, que impeça a disponibilização da dotação orçamentária à disposição das unidades orçamentárias no início do exercício financeiro, os órgãos poderão utilizar-se do duodécimo, caso esteja previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Tal instituto possibilita aos órgãos, caso autorizado na LDO, a executar em cada mês do exercício financeiro, um doze avos do projeto de lei orçamentária que está sendo apreciado, de modo a não prejudicar totalmente a execução orçamentária prevista para o exercício.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
AVALIAÇÃO E CONTROLE
	O acompanhamento e a avaliação do processo consistem nas ações que caracterizam o exercício da fase do controle que, segundo a legislação em vigor, será interno quando realizado por agentes do próprio órgão, ou externo quando realizado pelo Poder legislativo, auxiliado tecnicamente pelo Tribunal de Contas. O propósito da avaliação deve ser o de contribuir positivamente para a qualidade da elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando, assim, o ciclo do orçamento.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
A CONTABILIDADE NO CICLO ORÇAMENTÁRIO
	A contabilidade é a principal fonte informativa dos instrumentos da chamada Transparência da Gestão Fiscal, aos quais serão dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público. São eles:
Os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias;
As prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
Relatório Resumido da Execução Orçamentária; e
Relatório de Gestão Fiscal;
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CRÉDITOS ADICIONAIS
	Os créditos adicionais são utilizados como mecanismo de retificação do orçamento, consistindo em “autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei do orçamento” (art. 40 da Lei nº 4.320/64).
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CRÉDITOS ADICIONAIS
Destinados a reforçar a dotação orçamentária que se tornou insuficiente durante a execução do orçamento e objetivam geralmente a correção de erros de orçamentação.
Destinados a atender despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Sua ocorrência indica, geralmente, a existência de erros de planejamento.
Destinados somente ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CRÉDITOS ADICIONAIS
Os créditos adicionais suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, vedada a sua prorrogação;
Todos os créditos adicionais serão abertos por decreto do Poder executivo.
Créditos especial e suplementar dependem da prévia autorização legislativa e de indicação dos recursos disponíveis que sustentarão a abertura dos respectivos créditos.
Crédito extraordinário, no caso da União, poderá ser feita, ainda, por meio de medidas provisórias (art.62 da CF/88).
A autorização para a abertura de crédito suplementar pode constar da própria Lei Orçamentária Anual (art. 165 § 8º da CF/88).
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
CRÉDITOS ADICIONAIS
Art. 167. São vedados:
(...)
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
EXERCÍCIO 1
	A instituição orçamentária sempre foi cercada de regras, visando aumentar-lhe a consistência no cumprimento de sua finalidade. Na fase em que os orçamentos possuíam forte conotação jurídica, tais regras ou princípios recebiam grande ênfase, tendo sido incorporadas à legislação e chegado até os dias atuais. Os princípios de direito são normas referendadas de alto grau de abstração, que envolvem o sistema jurídico com um todo.
	Baseado no texto ora exposto, discorra sobre os princípios orçamentários, ressaltando a importância deles na elaboração dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA).
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UNIDADE V – ORÇAMENTO PÚBLICO
EXERCÍCIO 2
“O Plano Plurianual - PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”
 
Considerando a conceituação do PPA acima listada, desenvolva um texto objetivo abordando os seguintes aspectos dos instrumentos de planejamento:
 
A integração do PPA com a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e com a Lei Orçamentária Anual – LOA;
Sua limitação, tendo em vista a vinculação temporal à duração do mandato do Presidente da República e o alto grau de vinculação das receitas públicas.
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