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Fisiopatologia de Hepatites de origem nutricional

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Fisiopatologia de Hepatites de origem nutricional
Docentes: Laís Azeredo, Larissa Batista, Philipe Faria, Gabriel Souza, Tatiane Caetano 
Introdução
 O fígado é o principal órgão metabólico do corpo humano e realiza diversas funções importantes no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios. Por meio de complexas reações químicas, armazena glicogênio , é responsável pela gliconeogênese, gera energia por meio dos produtos do catabolismo de lipídios e de aminoácidos, armazena e exporta triglicerídeos e sintetiza colesterol e ésteres. Além disso, produz inúmeras proteínas com função transportadora ou oncótica.
 Por isso, convém estudarmos com afinco os distúrbios nutricionais decorrentes dos distúrbios funcionais hepáticos que costumam ocorrer nas doenças do fígado e na insuficiência hepática crônica.
 Hepatite é toda e qualquer inflamação no fígado que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial a uma doença fatal. Podemos encontrar vários tipos de hepatites e a gravidade da doença é variável em função disso e também dos danos ja causados ao fígado quando a descobrimos. Dependendo do seu tipo de hepatite pode ser curada de forma simples, apenas com repouso, ou pode exigir tratamento mais prolongado.			
 As hepatites podem ser provocadas, por virus, entre os quais estão os seis tipos diferentes de virus da hepatite ( A, B, C, D, E, G ) e também pelo consumo de produtos tóxicos como o álcool, medicamentos e algumas plantas. Uma hepatite pode se tornar-se crônica e pode evoluir para uma lesão mais grave no fígado, ou para o carcinoma hepático e em função disso provocar a morte.
 A cirrose resulta da interrelação entre diversos fatores etiológicos, como necrose, regeneração celular e fibrose. A DHGNA é um termo genérico, para denominar anormalidades hepáticas relacionadas com a infiltração de lipídios no citoplasma dos hepatócitos de pacientes com consumo inferior a 20 g de etanol por dia. Nesta categoria estão incluídas desde esteatose hepática benigna, até esteatohepatite não-alcoólica ou NASH (Nonalcoholic Steatohepatitis) com necrose e regeneração nodular. Se não houver tratamento adequado, com mudança no estilo de vida e implementação de alimentação saudável, a NASH pode evoluir para cirrose e insuficiência hepática. 	
Hepatite A
 A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como “hepatite infecciosa”. Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Geralmente, não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas. 
 O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HAV. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente todas as recomendações médicas. 
 Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno. Causa insuficiência hepática aguda grave e pode ser fulminante em menos de 1% dos casos.
Hepatite B
 Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa também chamada de soro-homóloga. Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. 
 Existem duas formas de se desenvolver hepatite B, aguda e crônica:
 A aguda é quando a infecção tem curta duração.
E a crônica é considerada quando a doença dura mais de seis meses, o risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção. 
Doença Hepatica Alcoólica 
 O aspecto da doença hepática alcoólica (DHA) é bastante variável, mesmo dentro do seu continuum evolutivo que engloba a esteatose, a esteato-hepatite e a cirrose hepática. A esteato-hepatite alcoólica é um paradigma desse fato, pois cursa, desde formas ligeiras e apenas diagnosticáveis histologicamente, até um quadro clínico grave, com prognóstico sombrio por falência hepática aguda, que se designa por hepatite alcoólica aguda (HAA).	
 A sua patogenia envolve a agressão hepática efetuada pelo álcool, através da sua metabolização em acetaldeído.
 A apresentação clínica desta entidade é muito variável, pois a presença do álcool constitui por si só agravante por promover desvios de vias metabólicas aumentando o consumo energético, a produção de H+ e das formas ativas do oxigênio. 
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
 A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é caracterizada pelo acúmulo de gordura nos hepatócitos na ausência de ingestão alcoólica. Inclui a esteatose, quando ocorre apenas uma infiltração gordurosa, e a esteatohepatite, que pode associar-se à fibrose e evoluir para cirrose e hepatocarcinoma.
 A DHGNA geralmente está associada a obesidade, hiperinsulinemia, resistência periférica à insulina, diabetes mellitus, dislipidemias, hipertensão, desnutrição proteica, bypass jejunoileal, nutrição parenteral total e uso de drogas hepatotóxicas. 
 Atualmente, é considerada o componente hepático da síndrome metabólica e configura-se como a doença hepática mais comum nos países industrializados. 
 Mesmo sem o álcool, a presença de desnutrição é elevada nessa doença e pode ter valor prognóstico, por isso resulta em grande impacto nutricional, independentemente de sua etiologia, pelo fato do fígado responsabilizar-se por inúmeras vias bioquímicas na produção, modificação e utilização de nutrientes e de outras substâncias metabolicamente importantes. 	
Esteatose
 O acúmulo de gordura no fígado, tecnicamente chamado de esteatose hepática, é um problema bastante comum que pode ser causado por fatores de risco como obesidade, diabetes, colesterol alto e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
 Apesar de nem sempre o paciente apresentar sintomas, ele pode sentir dor no lado direito do abdômen, barriga inchada, enjoos, vômitos e mal-estar geral. Na presença desses sintomas, deve-se consultar um hepatologista para realizar exames que avaliam o funcionamento do fígado e a gravidade da doença.
 A gordura no fígado pode ser controlada com alterações na dieta e a prática regular de exercício físico, sendo importante seguir o tratamento adequado para evitar complicações como a cirrose.
Esteato-hepatite
 A esteatose hepática, em si, não é uma doença, mas reflete uma doença metabólica. 
 Infelizmente, por motivos ainda em investigação, o organismo desencadeia uma inflamação contra os hepatócitos com acúmulo de gordura, que são gradualmente destruídos (em alguns casos, ocorre o contrário, uma agressão à mitocôndria ou ao hepatócito levando ao acúmulo de gordura por interromper o metabolismo da mesma). 
 Dependendo da intensidade desta destruição, isso pode levar à formação de fibrose (cicatrizes) que vão se acumulando e progredindo até a formação de nódulos, o que caracteriza a cirrose. 
Conclusão 
 Conclui-se que intervenções dietéticas podem melhorar o estado nutricional em pacientes com doença hepática, reduzir complicações, as hospitalizações e seus custos e melhorar a qualidade de vida. O fornecimento de terapia nutricional específica (enteral/parenteral) melhora alguns parâmetros de função hepática, em pacientes com doença hepática grave descompensada. No entanto, não se pode concluir que a terapia nutricional diminua a mortalidade desses pacientes ou reverta o avanço da doença. As consequências metabólicas do comprometimento da função hepática, com ou sem ingestão de álcool, sobre o metabolismo proteico-energético como um todo ou especificamente sobre carboidratos, lipídios e proteínas são revistas, visando melhorar
a compreensão dos fundamentos que norteiam a dietoterapia nesses pacientes.
 Obrigado pela atenção ...

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