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PROBLEMA 3
Descrever a fisiologia e quadro clínico do climatério
- Estudar a propedêutica do climatério
No Brasil, a menopausa ocorre, em média, aos 51 anos. Mulheres nessa faixa etária ou acima, com período de amenorreia maior que 1 ano → Climatério pós-menopáusico. A idade da menopausa parece ser determinada geneticamente e não é afetada por etnia, condição socioeconômica, idade da menarca ou número de ovulações prévias. 
OBS: elementos tóxicos para o ovário costumam provocar menopausa precoce, como em fumantes, quimio e radioterapia pélvica. A cirurgia do ovário ou histerectomia pode acarretar menopausa precoce.
Insuficiência ovariana prematura: menopausa antes dos 40 anos, ocorre com 1% das mulheres, pode ser idiopática ou associada a exposição toxica, anormalidade cromossômica ou distúrbio autoimune. 
A menopausa é uma insuficiência ovariana primária: 
No ovário, há esgotamento de folículos ovarianos, provavelmente secundário à apoptose ou à morte celular programada → o ovário perde a capacidade de responder aos hormônios hipofisários, hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) → cessa a produção ovariana de estrogênio e progesterona → O eixo ovariano-hipotalâmico-hipofisário mantém-se intacto durante a transição da menopausa → os níveis de FSH aumentam em resposta à insuficiência ovariana e à ausência de feedback negativo do ovário → A atresia do complexo folicular, sobretudo das células da granulosa, diminui a produção de estrogênio e inibina → gera elevação dos níveis de FSH, um importante sinal de menopausa. O hormônio antimülleriano (AMH) é produzido por pequenos folículos ovarianos → seus níveis caem com o declínio da reserva ovariana.
A produção ovariana de androgênio continua após a transição da menopausa, pois o estroma é preservado; nesse período, as concentrações de androgênios são menores que na idade reprodutiva (associado a ↓atividade ovariana e suprarrenal). Após essa transição, as mulheres continuam a apresentar níveis baixos de estrogênios circulantes, sobretudo pela aromatização periférica de androgênios ovarianos e suprarrenais. O tecido adiposo é um importante local de aromatização; assim, a obesidade afeta muitas das consequências da menopausa.
Os últimos anos reprodutivos caracterizam-se por menstruação irregular associada a altos níveis de FSH. 
• A transição menopáusica é evidenciada por altos níveis de FSH associados à duração variável do ciclo e ausência da menstruação, enquanto o período pós-menopausa é indicado por amenorreia. Essa transição começa com a alteração do ciclo menstrual, acompanhada por níveis crescentes de FHS e termina com o último período menstrual
• A menopausa é definida retrospectivamente como o último período menstrual seguido por 12 meses de amenorreia
• A pós-menopausa é o período após a última menstruação.
Na menopausa, ocorre infertilidade secundária à depleção de oócitos. A interrupção da produção ovariana de progesterona parece não ter consequências clínicas, com exceção do aumento do risco de proliferação, hiperplasia e câncer do endométrio associado à produção endógena contínua de estrogênio ou à administração de estrogenioterapia sem oposição a mulheres na menopausa. As principais consequências da menopausa estão relacionadas basicamente com a deficiência de estrogênio
Os principais problemas de saúde na menopausa são sintomas vasomotores, atrofia urogenital, osteoporose, doença cardiovascular, câncer, declínio cognitivo e problemas sexuais
→ A sintomatologia mais característica do período são Ondas de calor ou fogachos, presente em 75% das mulheres, pode ocorrer mesmo antes da menopausa. Nessa situação pode ser um indicativo de hipoestrogenismo. As ondas de calor típicas correspondem a episódios repentinos de calor que se iniciam no tórax, com sentido ascendente, rapidamente atingindo pes- coço e face, acompanhados de rubor e seguidos por sudorese. Ocorrem principalmente no período noturno e têm duração variável de, em média, 1 minuto.
Sintomas psíquicos, como depressão, irritabilidade e episódios de cefaleia também podem estar presentes, queixas de disfunções sexuais, muitas vezes associadas à atrofia urogenital → têm manifestação mais tardia, acomete de 15 a 38% das mulheres com mais de 55 anos de idade. Queixas de secura vaginal, dispareunia, poliúria, urgência e incontinência urinária, além de episódios de infecções urinárias, são comumente relatadas. 
SINTOMAS VASOMOTORES: podem persistir por 1 a 2 anos após a menopausa. Um processo central, provavelmente iniciado no hipotálamo, aumenta a temperatura corporal central, a taxa metabólica e a temperatura cutânea; essa reação causa vasodilatação periférica e sudorese em algumas mulheres. O processo central pode ser desencadeado por ativação noradrenérgica, serotoninérgica e/ou dopaminérgica. Embora seja frequente a ocorrência de um pico de LH no momento dos fogachos, essa não é a causa. Nas mulheres sintomáticas após a menopausa, os fogachos provavelmente são desencadeados por pequenas elevações da temperatura corporal central em uma estreita zona térmica neutra. Os sintomas vasomotores são consequência da supressão do estrogênio, e não da simples deficiência de estrogênio. Mulheres com sobrepeso e fumantes apresentam sintomas vasomotores mais intensos. 
Discutir o tratamento medicamentoso e não medicamentoso do climatério

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